Golpe do bilhete premiado usava criptomoedas para lavar dinheiro

“Lavagem Digital” investiga crimes financeiros e movimentação de criptomoedas.
A Polícia Civil de Santa Catarina deflagrou, na quarta-feira (12), a operação “Lavagem Digital”, visando desmantelar um esquema criminoso que aplicava o golpe do bilhete premiado, utilizando criptomoedas para ocultar e lavar grandes quantias de dinheiro. Durante a operação, as autoridades cumpriram mandados de busca e apreensão em diversas cidades do Paraná, incluindo Rolândia e Londrina, além de realizar a prisão temporária de um dos envolvidos, que responderá por estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
A investigação teve início em julho de 2024, após uma idosa de 81 anos, moradora de Florianópolis, cair no golpe e perder cerca de R$ 1 milhão. O valor foi movimentado de maneira complexa: R$ 550 mil foram transferidos por meio de banco, enquanto o restante foi entregue em joias. Para dificultar o rastreamento, os criminosos utilizaram contas bancárias de laranjas, convertendo o dinheiro em criptomoedas, que foram então enviadas para uma corretora na China.
A Polícia Civil constatou que o grupo movimentou, entre 2023 e 2024, aproximadamente R$ 55 milhões através de corretoras de criptomoedas. Os recursos circulavam por meio de empresas fantasmas e estavam diretamente ligados a atividades criminosas de grande escala, incluindo tráfico internacional de drogas e mineração ilegal de ouro, além de operações em áreas de fronteira e portos.
Além disso, os investigadores descobriram que os criminosos utilizavam cadastros falsos para abrir contas em plataformas de criptomoedas, dificultando ainda mais a identificação dos responsáveis e o rastreamento do dinheiro.
A prática de usar ativos digitais para ocultar a origem dos recursos ilícitos é uma tática comum entre organizações criminosas, que buscam lavar grandes somas e disfarçar seus fluxos financeiros.
Durante a operação, foram apreendidos 22 celulares, 8 computadores, 14 HDs, uma carteira física de criptomoedas (cold wallet), e diversos outros dispositivos eletrônicos, que podem fornecer provas adicionais sobre o esquema.
Além das apreensões, a Justiça determinou o bloqueio de até R$ 1 milhão nas contas dos suspeitos e das empresas envolvidas, bem como a indisponibilidade de imóveis e quatro veículos de luxo, incluindo um Mini Cooper S, uma BMW S 1000 R, um Audi A3 LM e um Jeep Compass Limited.
Um dos envolvidos segue foragido e já estava sendo investigado na operação “Emergentes”, que foi realizada no dia anterior (11) pela Polícia Federal, focada no combate ao tráfico internacional de drogas. As autoridades acreditam que o grupo faça parte de uma rede criminosa maior, que utiliza golpes financeiros para arrecadar dinheiro, que posteriormente é direcionado para financiar outras atividades ilícitas.
Os suspeitos enfrentam graves acusações de estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. As investigações continuam em andamento, com o objetivo de identificar outros membros da rede e recuperar os valores desviados. A operação contou com o apoio da Polícia Civil do Paraná, com o auxílio das unidades de Londrina e Rolândia.
Novas regras do Imposto de Renda 2025 afetam investidores de criptomoedas

Imposto de Renda 2025 e as novas exigências para declarar criptomoedas e ativos no exterior.
A Receita Federal do Brasil (RFB) anunciou, em uma transmissão ao vivo realizada nesta quarta-feira (12), as atualizações para o Imposto de Renda de 2025, com um foco significativo nas novas diretrizes que impactam diretamente os investidores em criptomoedas.
Uma das mudanças mais notáveis é a criação de um campo específico na declaração para registrar investimentos em criptomoedas e outros ativos adquiridos fora do país. Com a implementação da Lei 14.754/2023, torna-se obrigatória a declaração para os cidadãos que possuam investimentos no exterior.
José Carlos da Fonseca, auditor fiscal da RFB, explicou em sua apresentação os impactos da Lei 14.754. Ele detalhou que, antes dessa legislação, os brasileiros com investimentos fora do Brasil tinham que pagar impostos mensalmente. No entanto, com a nova lei, esse pagamento passa a ser anual, a ser realizado na declaração do Imposto de Renda.
Entre as mudanças destacadas, uma das mais relevantes é a inserção de um campo dedicado exclusivamente a criptomoedas na declaração. Fonseca explicou como funcionaria o preenchimento dessa nova seção: “Neste exemplo da ficha do PGP, que representa um criptoativo da Bulgária, é necessário informar o valor dos investimentos tanto no dia 31 de dezembro de 2023 quanto no dia 31 de dezembro de 2024. Novos campos foram adicionados para que o contribuinte possa informar se o investimento é uma aplicação financeira, lucro ou prejuízo, o imposto pago no exterior e, no caso de lucros ou dividendos, o imposto pago e o valor recebido.”
Além disso, Fonseca comentou sobre a automação do processo: “Ao preencher essas informações, o sistema automaticamente compila os dados dos investimentos no exterior e gera um demonstrativo detalhado, que inclui a apuração dos valores informados.”
Um exemplo prático foi dado para ilustrar: “No caso de uma aplicação financeira de R$ 10.000,00, com um imposto devido de 15%, ou seja, R$ 1.500,00, e um pagamento já realizado de R$ 2.000,00 no exterior, não há mais imposto a ser pago. Caso o pagamento tenha sido excessivo, isso precisa ser resolvido fora do Brasil, mas, aqui, consideramos apenas o valor que seria cobrado segundo nossa legislação, permitindo que o contribuinte abata o valor pago a mais.”
Fonseca também abordou outros exemplos apresentados durante a live: “No caso de lucros e dividendos, se o contribuinte recebeu R$ 30.000,00 e o imposto devido era de R$ 45.000,00, após o pagamento de R$ 1.200,00, parte da base de cálculo fica descoberta. Somando-se R$ 22.000,00 à base de cálculo, juntamente com os R$ 10.000,00 da aplicação anterior, o valor total é R$ 32.000,00, com um imposto devido de R$ 4.800,00, calculado a 15%.”
Em sua análise, o auditor também ressaltou que essas mudanças não afetarão uma grande parte da população brasileira: “Com menos de 5% das 40 milhões de declarações de Imposto de Renda no Brasil contendo rendimentos de aplicações financeiras no exterior, o impacto será baixo. No entanto, conforme a legislação exige, nosso sistema está preparado para processar essas informações.”
Estima-se, com base nos dados da Receita Federal, que aproximadamente 2,3 milhões de brasileiros realizam investimentos no exterior, considerando os 43,2 milhões de declarações feitas em 2024. Para o próximo ano, espera-se que o número suba para 46,2 milhões, mesmo com o aumento do limite de isenção, que passou de R$ 30.636,90 para R$ 33.888,00.
Além disso, a partir de 1º de abril, as criptomoedas também estarão inclusas na declaração Pré-Preenchida, junto com outros tipos de rendimentos. No entanto, é importante ter cautela ao utilizar esse serviço, pois ele pode apresentar erros e não ser totalmente preciso.
Binance irá recompensar investidores vítimas de fraudes

Investidores que tiveram prejuízos com fraudes de duas altcoins serão recompensados pela Binance.
A Binance, maior corretora de criptomoedas do mundo em volume de negociações, confirmou que irá recompensar investidores que foram vítimas de fraudes de duas altcoins. De acordo com a exchange, foram descobertas duas fraudes envolvendo as altcoins GPS e Shell, em que market makers são responsáveis por dar volume e liquidez para negociações de investidores em plataformas, o que pode afetar no preço e volatilidade do mercado e das criptomoedas devido a manipulação de mercado.
“Com base nas descobertas da investigação sobre um dos criadores de mercado (o “Criador de Mercado”) para GoPlus Security (GPS), identificamos o projeto MyShell (SHELL) usando o mesmo Criador de Mercado. Devido à má conduta do Market Maker, com o propósito de melhor proteger os usuários da Binance, tomamos as seguintes medidas adicionais: 1- Desligado e proibido qualquer outra atividade de criação de mercado pelo Market Maker na Binance; 2- Receitas confiscadas do Market Maker com a finalidade de compensar os usuários pelo GPS e SHELL (o plano de compensação detalhado será determinado e comunicado pelos respectivos projetos em uma data posterior)”, diz o comunicado da Binance.
Diante do problema encontrado, a Binance informou que os market makers autorizados a atuar na plataforma devem seguir estritamente às regras existentes sob pena de banimento. Além disso, a exchange informou que irá tomar medidas extras para proteger seus investidores de market makers que estejam com intenção de manipular o mercado de bitcoin e outras criptomoedas. Por fim, a corretora agradeceu a compreensão dos usuários pelo transtorno ocorrido.
Bank of America pretende criar stablecoin

Criação de stablecoin de dólar é objetivo do Bank of America.
Um dos maiores bancos dos Estados Unidos, o Bank of America (BofA), está próximo de dar um passo importante nos seus negócios. A instituição financeira está determinada a criar uma stablecoin de dólar, sendo que apenas estão aguardando um sinal verde do governo norte-americano para prosseguirem com o projeto. Quem confirmou a informação foi Brian Moynihan, CEO do BofA.
“Está bem claro que haverá uma stablecoin, que será totalmente lastreada em dólares, algo que não é diferente de um fundo de mercado monetário com acesso a cheques, ou de uma conta bancária, na verdade. Então, se eles (governo) legalizarem isso, entraremos nesse negócio, e você terá uma moeda do Bank of America e um depósito em dólares americanos, e poderemos movê-las de um lado para o outro”, disse Moynihan à Bloomberg.
É importante destacar que a decisão tomada pelo Bank of America não é apenas para explorar o mundo dos ativos digitais. Na realidade, as stablecoins já representam 1% de todo M2 (papel-moeda + depósitos à vista) do dólar americano. Atualmente, o valor de mercado das stablecoins chega a US$ 221 bilhões (R$ 1,3 trilhão), sendo que a tendência é que haja um grande crescimento nos próximos meses e anos.
Caso se confirme a criação da stablecoin pela instituição financeira, o Bank of America será o primeiro gigante do ramo tradicional dos bancos a possuir uma stablecoin própria.
Bybit sofre ataque hacker e perde R$ 6,4 bilhões em Ethereum

Corretora de criptomoedas confirma falha durante migração de fundos e garante segurança das outras carteiras. ETH sofre queda após o incidente.
Na última sexta-feira (21), a corretora de criptomoedas Bybit, a segunda maior do mundo, foi alvo de um ataque hacker que resultou no desvio de 401.346 ETH, o equivalente a R$ 6,4 bilhões. A movimentação dos fundos foi rapidamente identificada por Whale Alert, que notou as transações a partir das 11h22 (horário de Brasília).
O ataque foi confirmado pelo CEO e cofundador da Bybit, Ben Zhou, que explicou em suas redes sociais que a falha ocorreu durante a migração de fundos para uma carteira quente. De acordo com Zhou, a transferência foi mascarada por um erro no sistema, em que a interface mostrou um endereço correto, mas o código assinado alterou o contrato inteligente da carteira fria, permitindo que o hacker assumisse o controle.
Estratégia de mitigação e segurança das demais carteiras
Após o incidente, Zhou garantiu que as outras carteiras frias da empresa permanecem seguras e que os saques estavam ocorrendo normalmente. Ele também anunciou que mais detalhes sobre o ataque seriam compartilhados à medida que novas informações surgissem.
Apesar do incidente, a Bybit afirmou que seus serviços permanecem operantes para todas as criptomoedas, incluindo Ethereum, e que as únicas interrupções ocorreram em redes que já estavam inativas antes do ataque.
O impacto no mercado e nas reservas da Bybit
A carteira afetada, que anteriormente armazenava cerca de 7,5% das reservas totais da Bybit, era responsável por aproximadamente US$ 1 milhão em ETH. O valor foi transferido para diversos outros endereços, incluindo a conversão dos fundos, o que gerou especulações sobre a natureza da operação.
Além de prejudicar a corretora, o ataque também afetou o mercado de Ethereum, fazendo com que o ETH perdesse cerca de 4,7% de seu valor. Antes do hack, o ETH estava operando em alta devido à resolução do processo envolvendo a SEC contra a Coinbase.
A Bybit, que segue em segundo lugar no ranking mundial de corretoras de criptomoedas em volume de negociação, continua sendo um player importante no mercado, mas este incidente ressalta a vulnerabilidade das plataformas e a necessidade de medidas de segurança mais robustas.
Google aposta em soluções para integrar Bitcoin à Web2

Kyle Song compartilha estratégias para facilitar o acesso e a negociação de Bitcoin para usuários tradicionais.
Durante o evento Bitcoin Tech Carnival, realizado em Hong Kong nesta terça-feira (18), Kyle Song, especialista em Web3 do Google, compartilhou que a empresa está focada em facilitar a integração do Bitcoin para usuários que ainda não estão imersos no universo Web3. Ele afirmou que o Google busca maneiras de remover as barreiras que dificultam a adoção da criptomoeda, visando simplificar o acesso para aqueles acostumados com a Web2.
Song detalhou uma das iniciativas da gigante da tecnologia: a melhoria das carteiras de Bitcoin. A proposta é permitir que os investidores utilizem suas contas do Google para acessar seus bitcoins, oferecendo uma experiência mais fluida e intuitiva, semelhante à dos serviços financeiros tradicionais.
Embora o Google tenha adotado uma postura mais cautelosa em relação ao setor de criptomoedas, quando comparado a outras grandes empresas, a companhia já deu passos significativos ao investir em soluções para a indústria. Entre as iniciativas, estão parcerias com projetos de blockchain, incluindo uma equipe dedicada a explorar e desenvolver soluções para o ecossistema cripto.
O avanço do Google no universo cripto
O Bitcoin Tech Carnival, evento que reuniu grandes nomes do setor, também contou com a presença de Jeremy Rubin, desenvolvedor do Bitcoin Core, Muneeb Abi, fundador da Stacks, e Jeff Garzik, cofundador da Hemi Labs, entre outros. O destaque, no entanto, foi Kyle Song, que trouxe insights sobre como o Google está se posicionando para facilitar o acesso e a negociação do Bitcoin, especialmente com o crescimento dos ETFs de Bitcoin. Suas declarações foram documentadas pelo Bloomingbit.
Em sua apresentação, Song enfatizou que o Google está desenvolvendo soluções para reduzir as barreiras que impedem a adoção do Bitcoin, especialmente para usuários acostumados com a Web2. Ele afirmou: “Estamos buscando maneiras de tornar o Bitcoin mais acessível e fácil de usar para todos.”
O executivo também mencionou o aprimoramento das carteiras de Bitcoin, com o objetivo de oferecer uma experiência mais próxima ao que os usuários de Web2 estão habituados. A ideia é permitir que qualquer pessoa consiga acessar suas carteiras e negociar Bitcoins com a mesma facilidade dos sistemas de pagamento tradicionais. “O nosso objetivo é proporcionar uma integração simples, onde os usuários possam usar suas contas do Google para gerenciar e negociar seus bitcoins sem complicações”, completou Song.
O Google e o futuro das criptomoedas
Em 2022, o Google já dava sinais claros do seu interesse no mercado cripto ao contratar Arnold Goldberg, ex-PayPal, com o objetivo de fortalecer as parcerias estratégicas relacionadas a blockchain e criptomoedas. Contudo, desde então, a empresa não divulgou grandes inovações no setor, o que gera curiosidade sobre as futuras movimentações da gigante da tecnologia nesse mercado em expansão.
Kyle Song também abordou o papel das tecnologias de criptografia, mencionando as inovações em sistemas on-chain e off-chain. Ele detalhou os esforços para aumentar a confiabilidade das transações através do uso de Zero-Knowledge Proofs (ZKP), uma tecnologia que garante maior segurança e privacidade nas interações digitais.
O impacto do Google na adoção do Bitcoin
Acompanhando Song no painel estavam outros importantes nomes do setor, como Thomas Chen, CEO da Function Bitcoin, Eugene Cheung, Head de Negócios Institucionais da OSL, e Brian Mahony, cofundador da Mezo. Jun Ian Wong, cofundador da ACJR Network, moderou a conversa e trouxe importantes contribuições sobre as tendências atuais no mercado cripto.
O movimento do Google em facilitar o acesso e a negociação de Bitcoin pode acelerar a adoção da criptomoeda. Com mais de 560 milhões de pessoas investindo em ativos digitais até 2024, o potencial de crescimento é gigantesco. A medida que as soluções do Google tornam o processo mais simples e acessível, espera-se que esse número continue a crescer, aproximando cada vez mais o Bitcoin de um público maior e mais diversificado.
Tether amplia influência e faz proposta para assumir controle da Adecoagro

Empresa por trás da stablecoin USDT quer adquirir 51% das ações da gigante do setor agrícola, diversificando seus investimentos além do mercado de criptomoedas.
A Tether, empresa responsável pela stablecoin USDT, está expandindo sua atuação global e apresentou uma proposta para adquirir 51% das ações ordinárias de uma companhia de capital aberto. O alvo da negociação é a Adecoagro SA (NYSE: AGRO), uma empresa de origem argentina, sediada em Luxemburgo, que atua nos setores de alimentos e energia renovável.
A Adecoagro se consolidou como uma das principais produtoras agrícolas da América do Sul, possuindo terras na Argentina, Brasil e Uruguai, além de escritórios estratégicos nesses países. Sua maior operação ocorre em território brasileiro, onde conta com uma usina de energia em Monte Alegre (MG) e outras duas em Mato Grosso do Sul, nas cidades de Angélica e Ivinhema.
Além da produção de energia renovável, a empresa também investe no cultivo de arroz, grãos e outros alimentos sustentáveis, sinalizando um interesse da Tether em diversificar seus investimentos para além do setor de criptomoedas.
Em comunicado oficial aos investidores, a Adecoagro confirmou que a Tether já possui 19,4% das ações da empresa e agora busca ampliar essa participação para obter controle sobre as decisões estratégicas. Caso a negociação seja concluída, a Tether poderá indicar novos executivos e direcionar os rumos da companhia.
A proposta de aquisição foi formalmente apresentada na sexta-feira (14), sendo discutida pelos investidores no domingo (16). Na segunda-feira (18), um comunicado foi divulgado ao mercado e registrado na SEC, órgão regulador dos EUA.
A oferta da Tether incluiu o pagamento de US$ 12,41 por ação, representando um aumento de 26% em relação ao valor de mercado da Adecoagro na sexta-feira (14), quando as ações estavam cotadas a US$ 9,79. Após o anúncio, o mercado reagiu rapidamente, e na terça-feira (18), os papéis da companhia já eram negociados a US$ 11,12.
O Conselho de Administração da Adecoagro deverá avaliar a proposta e responder à Tether em breve. Até que haja uma decisão oficial, os investidores da empresa não precisam tomar nenhuma medida, mas podem, em um futuro próximo, ter que decidir sobre a venda de suas ações.
Embora a Tether seja uma gigante do setor de criptomoedas, também demonstrando forte apoio ao Bitcoin, ainda não há informações concretas sobre como pretende utilizar a estrutura da Adecoagro. Especulações apontam para um possível interesse em integrar operações relacionadas ao mercado cripto, como mineração, mas a empresa não fez declarações públicas a respeito de seus planos para a companhia agrícola.
Golpes com criptomoedas ganham força

Golpistas exploram chaves privadas e frases de recuperação para roubar fundos de investidores inexperientes.
A maior corretora de criptomoedas do mundo, a Binance, emitiu um alerta importante sobre um golpe crescente que explora a vulnerabilidade das chaves privadas e frases de recuperação. Esses dados são fundamentais para acessar as carteiras digitais dos investidores, mas, se expostos, podem resultar em perdas significativas.
Nas redes sociais, surge um outro golpe semelhante, no qual golpistas utilizam frases-semente e carteiras com tokens como isca para atrair depósitos de criptomoedas, enganando ainda mais vítimas.
O crescente interesse pelas criptomoedas, impulsionado pela valorização do Bitcoin e pela entrada de novos investidores, criou um terreno fértil para golpistas que se aproveitam da inexperiência dos novatos.
Em essência, a chave privada ou as 12 palavras de recuperação são os únicos meios para acessar uma carteira de autocustódia. Se essas informações forem divulgadas, os golpistas ganham total controle sobre os fundos.
Como as transações de criptomoedas não podem ser desfeitas, qualquer erro nesse processo pode ser devastador, levando à perda definitiva dos ativos.
A Binance alertou para um golpe mais sofisticado, no qual os criminosos adotam uma abordagem inversa. Em vez de tentar que a vítima revele suas palavras de recuperação, eles mesmos criam essas sequências e as enviam para os investidores.
De acordo com a Binance, os golpistas se passam por representantes da corretora e entram em contato com os investidores, alegando que suas contas foram invadidas. Eles instruem as vítimas a moverem seus fundos para uma nova carteira fraudulenta.
A corretora esclarece que “serviços legítimos nunca solicitarão sua frase-semente nem fornecerão uma para você utilizar”. Caso a vítima insira essas palavras e realize a transferência de criptomoedas, os golpistas, já com acesso à carteira, transferem rapidamente os fundos para outro endereço, sem deixar rastros e provocando a perda total dos recursos.
A recomendação da Binance é clara: ignore qualquer tentativa de contato suspeita, não transfira fundos e nunca instale aplicativos a pedido de terceiros. O mais importante, nunca compartilhe sua frase-semente com ninguém, em nenhuma circunstância.
Golpes semelhantes também têm sido registrados em outras plataformas, como YouTube e redes sociais, com foco em chaves privadas. Esses esquemas têm ganhado notoriedade e estão chamando a atenção da comunidade cripto.
Em um exemplo típico, os golpistas postam as 12 palavras de recuperação em comentários, alegando problemas para acessar seus próprios fundos. Quando a vítima importa essas palavras em uma carteira, percebe que o endereço está associado a uma stablecoin ou algum token na rede Ethereum ou Solana.
Porém, como é necessário ter ETH ou SOL para realizar a transferência desses tokens, as vítimas acabam sendo induzidas a depositar uma quantia para cobrir as taxas de transação. Nesse momento, os golpistas aproveitam a oportunidade e transferem os fundos para outro endereço, antes que a vítima tenha chance de agir.
Esses tokens funcionam como iscas, criando a falsa impressão de que a vítima está ganhando algum benefício, quando, na realidade, está sendo manipulada para perder seus próprios recursos.
Em ambos os casos, fica claro que a proteção das chaves privadas e das frases-semente é crucial. A melhor prática é armazená-las em dispositivos físicos, como papel ou chapa de metal, que estejam completamente offline, sem acesso à internet, e em um local seguro para evitar que sejam roubadas ou expostas.
Esses golpes são um lembrete constante da importância de manter um alto nível de vigilância e segurança ao lidar com criptomoedas, especialmente para aqueles que estão começando no universo digital.
Criptomoedas transformam o mercado de pagamentos no Brasil

Como o mercado de pagamentos digitais e a regulação estão transformando a confiança e a segurança no setor financeiro.
O mercado de criptomoedas no Brasil continua em expansão, com empresas globais de destaque mostrando crescente interesse em estabelecer suas operações no país. A introdução de novos serviços de pagamentos com criptos surge como resposta ao aumento da adoção no Brasil, que se tornou um dos mercados mais promissores para ativos digitais.
Plataformas de serviços, companhias aéreas e grandes redes de varejo já estão permitindo transações com Bitcoin e outras criptomoedas, acompanhando a digitalização da economia e a confiança crescente dos consumidores nessa tecnologia. O setor financeiro também segue esse caminho, com fintechs e bancos digitais como o Nubank, que agora permite compras e saques em criptomoedas, trazendo mais praticidade para os usuários.
Além disso, a regulação no Brasil tem se adaptado para dar maior segurança ao mercado. Com a Lei 14.478/2022, que criou um marco regulatório para provedores de serviços de ativos virtuais, o Banco Central passou a supervisionar as empresas do setor. Isso inclui a exigência de compliance rigoroso, prevenção à lavagem de dinheiro e proteção ao consumidor, fatores que aumentam a confiança e a segurança nas transações digitais no país.
O crescente interesse das corretoras, como Gate e Bybit, e a adesão de grandes empresas refletem um cenário de forte transformação no Brasil, onde a população exige soluções de pagamento mais seguras e eficientes. O futuro dos pagamentos digitais no país parece cada vez mais promissor, impulsionado pela inovação e pela regulação que acompanha o ritmo das mudanças tecnológicas.
Tether investe na Juventus e amplia presença no futebol

Tether marca sua ascensão no futebol com investimento na Juventus, impulsionando a conexão entre criptomoedas e esportes.
A gigante do mercado de criptomoedas, Tether, anunciou nesta sexta-feira (14) um investimento estratégico na Juventus Football Club. Com o setor de ativos digitais em constante expansão, a empresa que emite a stablecoin USDT almeja solidificar sua presença também no mundo do futebol, buscando novas formas de alavancar seu impacto global.
Ao longo dos últimos anos, os clubes italianos se mostraram abertos à entrada de criptomoedas, com equipes como Roma, Inter de Milão e Lazio já recebendo investimentos do setor. Com o envolvimento da Juventus, um dos maiores e mais tradicionais clubes da Itália, o cenário do futebol europeu começa a refletir essa transição para as novas tecnologias financeiras.
A Juventus e o movimento em direção à inovação financeira
Fundada em 1897, a Juventus se destaca não apenas por sua história, mas também por sua capacidade de se reinventar. Conhecida como a “Velha Senhora” do futebol italiano, a equipe tem sido um dos maiores vencedores de torneios nacionais, conquistando uma legião de torcedores ao longo das décadas. Agora, com a chegada da Tether, a Juve fortalece sua conexão com o futuro financeiro, estabelecendo um novo marco de inovação para o futebol.
No acordo fechado, a Tether adquiriu uma participação minoritária na Juventus, embora o percentual exato não tenha sido revelado. Esse movimento é considerado um passo audacioso da empresa, que, pela segunda vez em sua história, entra no mundo do futebol. No ano passado, em outubro de 2024, a Tether havia firmado um acordo com o Lugano FC, exibindo o bitcoin na camisa do time durante as competições. Agora, ao investir em um clube de prestígio mundial como a Juventus, a Tether marca sua entrada em um novo nível do esporte.
Impactos positivos no mercado financeiro e de criptomoedas
O investimento tem gerado repercussão positiva no mercado. A moeda $JUV, que está listada em grandes exchanges como Binance e Bybit, viu seu preço disparar logo após o anúncio. A alta foi impressionante: a cotação, que antes estava em torno de US$ 1,00, saltou para US$ 2,94, registrando um aumento de 194%. Ao momento da publicação desta matéria, o preço se estabilizava em US$ 2,25, mantendo uma valorização de 114% no dia, um reflexo claro do entusiasmo do mercado.
Este crescimento no valor da moeda demonstra a receptividade dos fãs e investidores em relação à entrada da Tether no clube, mas também reflete o potencial dessa movimentação para fortalecer a ligação entre futebol e criptomoedas.
O futuro das parcerias entre criptomoedas e clubes de futebol
A aquisição da participação da Tether na Juventus faz parte de um plano mais amplo da empresa para diversificar seus investimentos, com foco não apenas em ativos digitais, mas também em setores emergentes como Inteligência Artificial, mineração de Bitcoin e biotecnologia. A empresa busca expandir seus horizontes e consolidar sua posição como um grande nome do mercado financeiro, explorando novas frentes no universo digital.
Apesar de a Juventus ser uma empresa de capital aberto na bolsa italiana, a administração do clube ainda não se manifestou oficialmente sobre o acordo com a Tether até o fechamento desta reportagem. A movimentação, no entanto, deixa claro que o clube está se aproximando de novos mercados, e a dúvida permanece sobre até que ponto essa parceria com as criptomoedas pode impactar suas futuras decisões.
Reação do mercado financeiro tradicional e aprovação das ações
Por fim, as ações da Juventus também mostraram desempenho positivo na bolsa, refletindo a aprovação do mercado financeiro tradicional sobre a nova aliança. Esse movimento pode indicar que o futebol, cada vez mais, está aberto a novas formas de investimento e parceria, especialmente em setores inovadores como o de criptomoedas, onde a Tether se destaca como um player relevante.