Ministro diz que passagens aéreas não devem subir no Brasil

Caso a fusão entre a Azul e a Gol se confirme, ministro diz que passagens aéreas não devem ter suba de valor.
Conforme divulgado pelo Giro Econômico nos últimos dias, a Azul Linhas Aéreas Brasileiras e a Abras, dona da Gol Linhas Aéreas, emitiram um comunicado informando que as empresas assinaram um memorando para começar a trabalhar na fusão das duas companhias. Caso isso se confirme, as empresas praticamente dominariam o mercado aéreo brasileiro, o que gerou dúvidas sobre um possível aumento das passagens aéreas. Porém, de acordo com Silvio Costa Filho, ministro de Portos e Aeroportos, isso não deve ocorrer.
“Eu tenho muita confiança que não haverá aumento de passagem. Pelo contrário, a gente vai ter o fortalecimento da aviação regional, a gente vai ter economicidade em muitos voos. Por exemplo, às vezes, você tem um voo para a mesma cidade, por exemplo, saindo aqui de Foz do Iguaçu para Curitiba, você tem um voo da Gol e tem um voo da Azul. Às vezes, esse voo, os dois aviões têm capacidade, por exemplo, de mais de 150 passageiros, mas só que um voo sai com 80 da Azul e o voo da Gol sai com 80. Então, em um único voo, a gente poderia levar a população e sobrar uma aeronave para outros destinos do Brasil. Quanto mais as companhias se estruturam, quanto mais ampliam voos, quanto mais se organizam estruturalmente, mais têm capacidade de baixar preços de voos, ou seja, é ampliar a ocupação e melhor qualificar a malha aérea da aviação do país”, disse o ministro em compromisso na cidade de Foz do Iguaçu.
Vale destacar que antes da possível fusão da Azul e da Gol acontecer será necessário que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) analise os prós e contras da unificação. Caso a fusão ocorra, ambas as empresas seguirão atuando no mercado aéreo com as suas marcas, sendo que a grande diferença é que as companhias continuarão a existir de forma independente. Assim, poderão compartilhar aeronaves, com uma companhia fazendo voos da outra, de modo a aumentar a ligação entre grandes cidades e destinos regionais.