A ascensão financeira de Donald Trump
Da derrota política à reinvenção financeira: A notável transformação de Donald Trump em um novo cenário empresarial.
Após enfrentar uma derrota significativa nas urnas e seu segundo impeachment em janeiro de 2021, Donald Trump retornou a Palm Beach, na Flórida, para encontrar seu império em dificuldades. A maioria de seus imóveis comerciais estava vazia, suas operações hoteleiras acumulavam prejuízos e suas iniciativas de licenciamento estavam estagnadas. No entanto, uma proposta de negócios que prometia reviver sua fortuna estava prestes a surgir.
Uma semana após sua volta, Trump recebeu Wes Moss e Andy Litinsky, ex-participantes de “O Aprendiz”, em seu clube privado. Juntos, apresentaram uma ideia ambiciosa: criar uma empresa de mídia e tecnologia sob a marca Trump, que incluiria uma rede social semelhante ao Twitter e um serviço de streaming. O mais atrativo para Trump era a possibilidade de deter 90% das ações sem precisar investir capital inicial.
Essa proposta deu início a uma transformação notável ao longo de quatro anos, levando Trump a acumular uma riqueza sem precedentes a partir de sua trajetória política. Ao contrário de outros ricos que buscaram cargos públicos, Trump se destacou por faturar em uma escala impressionante.
Em 2021, a Forbes avaliou sua fortuna em US$ 2,4 bilhões. Contudo, Trump agora figura na lista Forbes 400 com um patrimônio de US$ 4,3 bilhões, em grande parte proveniente de seu empreendimento na mídia social, que se tornou público em março. Em menos de quatro anos, Trump não apenas aumentou sua riqueza, mas também reconfigurou completamente seu patrimônio.
Durante sua presidência, Trump viu sua receita operacional crescer significativamente, atingindo US$ 218 milhões no ano passado. Os clubes de golfe, anteriormente considerados secundários, transformaram-se em uma fonte importante de receita, com suas taxas de adesão exorbitantes. Além disso, produtos variados, como livros e NFTs, contribuíram para seu fluxo de renda, evidenciando sua habilidade em cativar consumidores.
No entanto, essa trajetória não foi isenta de desafios. A Trump Media & Technology Group, responsável pela Truth Social, enfrentou prejuízos e uma queda na receita, enquanto a marca Trump se polarizava politicamente. Mesmo após deixar o cargo, Trump tentou recuperar sua fortuna, centralizando suas operações em Mar-a-Lago e capitalizando sobre o aumento das taxas de adesão.
Apesar de uma avaliação inicial de sua empresa de mídia em US$ 30 bilhões, a realidade dos negócios mostrou-se mais complexa, revelando flutuações nas ações que indicavam uma desconexão com os fundamentos financeiros. Atualmente, Trump enfrenta desafios legais que podem impactar sua situação financeira, enquanto seu patrimônio líquido é estimado em US$ 413 milhões.
A trajetória de Trump, marcada por altos e baixos, reflete sua capacidade de transformar crises em oportunidades, além dos desafios impostos por sua marca e decisões empresariais.
Índia ultrapassa China em índices financeiros e atrai investidores globais
Com um crescimento no MSCI AC World IMI, a Índia se posiciona como um novo motor do crescimento econômico, enquanto a China enfrenta desafios.
O recente desempenho da Índia em métricas globais importantes colocou o país em destaque, superando a China em vários aspectos. Essa evolução promete atrair um volume significativo de investimentos internacionais, com expectativa de forte impacto positivo no mercado de ações indiano.
Conforme um relatório divulgado na terça-feira (17) pelo Morgan Stanley, a Índia agora representa 2,35% no índice MSCI AC World IMI, superando os 2,24% da China. Com essa marca, o país se posiciona como o sexto maior mercado financeiro do mundo, ficando logo atrás da França.
No início deste mês, a Índia assumiu a liderança sobre a China, tornando-se o maior mercado no índice MSCI Emerging Markets Investable Market, segundo outra análise do Morgan Stanley.
Esse acontecimento ressalta a crescente confiança dos investidores na Índia como um potencial motor do crescimento econômico global, especialmente em um momento em que a China enfrenta desafios, como a falta de estímulos robustos e pressões deflacionárias. Estrangeiros, cujas participações no mercado acionário indiano diminuíram ao longo deste ano, estão se preparando para realizar suas maiores aquisições trimestrais desde junho de 2023.
Marvin Chen, estrategista da Bloomberg Intelligence, comentou que a ascensão da Índia em relação à China em certos índices MSCI simboliza uma mudança contínua, na qual os investidores estão se voltando para novos motores de crescimento entre os mercados emergentes. Ele destacou que os influxos de capital estrangeiro para a Índia foram robustos no ano passado, e essa alteração de peso nos índices reflete essa tendência.
No MSCI AC World IMI Index, os Estados Unidos lideram com uma participação significativa de 63,23%, seguidos pelo Japão com 5,73% e pelo Reino Unido com 3,51%. O Canadá ocupa a quarta posição com 2,83%, enquanto a França aparece com 2,38%. A Índia, agora com um peso de 2,35%, ultrapassou a China, que tem 2,24%, conforme dados da pesquisa do Morgan Stanley, atualizados em 16 de setembro.
O robusto mercado de ações da Índia, avaliado em impressionantes US$ 5 trilhões, vem alcançando novos patamares este ano, especialmente com a retomada do interesse dos investidores globais após a dissipação de incertezas políticas relacionadas às eleições. Em contraste, a participação da China em índices globais tem diminuído nos últimos anos, com o Índice CSI 300 se aproximando de mínimas históricas.
Apesar de suas conquistas, a Índia ainda não superou a China nos índices MSCI World e MSCI Emerging Markets, que são os mais seguidos pelos investidores. Embora os índices IMI incluam uma gama mais ampla de empresas, incluindo aquelas de menor porte, os investidores globais tendem a favorecer índices que se concentram em ações de grande e média capitalização.
Petrobras ultrapassa a marca de um milhão de acionistas
Número de acionistas individuais da Petrobras ultrapassou um milhão.
A Petrobras é uma das empresas mais conhecidas e mais fortes do país, não sendo por acaso que os investidores a buscam para realizar seus investimentos. Prova disso é que a estatal brasileira ultrapassou a marca de um milhão de acionistas individuais, o que caracteriza um crescimento de 170% do número de pessoas que têm ações da companhia nos últimos cinco anos.
“O aumento do número de acionistas se soma a uma série de boas notícias que a companhia vem obtendo no mercado e reflete a confiança dos investidores no potencial da companhia e na geração de valor de seus projetos e resultados”, disse, em nota, a Petrobras.
Vale destacar que o número de investidores individuais também é maior que os investidores institucionais, o que mostra a força da Petrobras e o mercado de capital brasileiro. Investidores individuais são pessoas, físicas ou jurídicas, que aplicam seu próprio capital em diversos ativos, como ações de empresas negociadas na bolsa. Por outro lado, os investidores institucionais são entidades, como fundos de investimento, fundos de pensão, bancos ou seguradoras, que investem recursos em nome de terceiros.
Bitcoin e Ethereum foram os melhores investimentos do 1º semestre
Bitcoin e Ethereum superaram o mercado de ações e foram os melhores investimentos do 1º semestre.
Já não é mais novidade que os investidores estão cada vez mais interessados no mercado de ativos digitais. Prova disso é que o Bitcoin e o Ethereum foram os melhores investimentos do 1º semestre em 2024. As referidas criptomoedas superaram em mais de duas vezes o mercado de ações americano e os números são ainda maiores se comparados com outras commodities.
Um dos principais motivos para o BTC e o ETH terminarem o primeiro lugar na questão melhores investimentos do 1º semestre foram as suas chegadas ao mercado de Wall Street. Os ETFs de Bitcoin estão disponíveis desde o mês de janeiro, enquanto os ETFs de Ethereum foram aprovados no mês de maio e devem chegar à bolsa de valores ainda no mês de julho. A crise inflacionária nos país e a desvalorização de moedas também influenciou.
Em relação ao segundo semestre, Bitcoin, Ethereum e outras criptomoedas devem continuar crescendo. Novamente, a economia dos Estados Unidos serve como base para as previsões, afinal assuntos como inflação, corte na taxa de juros e as eleições devem agitar fortemente o mercado.
Binance é condenada a indenizar investidor
Investidor que teve seus saques negados pela Binance será indenizado pela corretora.
A Binance é uma das maiores corretoras de criptomoedas do mundo, mas isso não significa que não tenha problemas. O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ/SP) condenou a empresa a indenizar um investidor que teve negado o direito de sacar seus fundos da corretora.
Em junho de 2022, um investidor tentou sacar US$ 14 mil, o equivalente a R$ 75 mil, para a realização de procedimentos de saúde. Contudo, foi surpreendido com a negativa da Binance em relação ao saque de seus fundos junto à corretora. O investidor ainda tentou resolver a situação de forma extrajudicial, mas devido insucesso precisou ingressar no judiciário.
O juiz que cuidou do caso entre o investidor e a corretora entendeu serem procedentes os pedidos pleiteados pelo autor da ação. O magistrado determinou que a Binance devolvesse imediatamente o dinheiro de seu cliente e ainda condenou a empresa a pagar R$ 10 mil a título de danos morais. A Binance ainda argumentou que houve problema com a empresa que transferia o dinheiro e estava buscando uma solução, mas não teve sucesso na sua argumentação.
Em nota enviada ao portal Livecoins, a Binance afirmou que não fala de suas ações judiciais, mas explicou que já possui um novo parceiro para novos problemas não ocorrerem.
Nota da Binance:
“A Binance não comenta ações judiciais em andamento, mas destaca que a proteção e segurança dos usuários são prioridades para a empresa e que não realiza quaisquer ações em contas que não sejam devidamente embasadas nos termos e condições, contratos e políticas vigentes e aceitos por todos os usuários.
A Binance destaca que, desde 24 de julho de 2022, tem um novo parceiro mais alinhado com seus valores e com os usuários brasileiros. Antes mesmo da integração completa da Latam Gateway, a exchange sempre ofereceu diversas soluções para depósitos e saques via sistema P2P, PIX, transferências bancárias e cartão. A nova parceira anunciada em junho permitiu que a Binance passasse a oferecer uma solução melhor para os clientes enquanto conduz o processo de aquisição da corretora local Sim;paul.
A Binance, maior provedora global de infraestrutura para ecossistema blockchain e maior corretora de criptomoedas do mundo, reforça seu compromisso com a proteção e a segurança dos usuários, que são prioridade para a empresa. Como líder de mercado no Brasil e no mundo, a Binance realiza investimentos constantes em novas ferramentas e processos para continuar contribuindo para o desenvolvimento do setor cripto de forma sustentável e segura, o que inclui o programa de compliance mais robusto do setor de fintech, que incorpora princípios e ferramentas de análise para prevenção a ilícitos financeiros.”
Nassim Taleb chama investidores de criptomoedas de burro
Considerado um guru do mercado financeiro, Nassim Taleb chamou investidores de criptomoedas de burro.
O escritor líbano-americano Nassim Taleb, considerado um por muitos um guru do mercado financeiro, causou polêmica nesta semana. Declaradamente contra o mercado de ativos digitais, Nassim Taleb chamou os investidores de criptomoedas de burros e idiotas através de suas redes sociais.
“Nem todos os idiotas adotam criptomoedas, mas todas as pessoas que as adotam são idiotas, ou seja, burras de uma maneira especial: há um parafuso faltando em algum lugar (para alguns) de um cérebro que funciona de outra forma. Você pode usar as criptomoedas em um currículo como um marcador de uma futura falência”, disse Taleb.
O escritor, que outrora foi defensor do Bitcoin e das demais criptomoedas, afirmou que via os ativos digitais como algo positivo, porém, com o passar do tempo, viu que tudo relacionado ao tema não passava de uma farsa. Em seu comentário, Nassim Taleb ainda diz que não foi cegado por uma esperança na nova tecnologia.
“Sim, eu tinha esperança nas criptomoedas, mas não era o que eu esperava e, conforme me aprofundei na blockchain, vi que era uma farsa para os bitolados da tecnologia. Eu nunca fui cegado pela esperança”, concluiu o escritor.
É importante lembrar que no início do mês Nassim Taleb se envolveu em outra polêmica. Em meio ao caos e ao colapso da FTX, o líbano-americano sugeriu Sam Bankman-Fried, então CEO da corretora, fosse preso e responsabilizado pelos atos ilegais cometidos e pelos prejuízos causados aos investidores.