Bybit sofre ataque hacker e perde R$ 6,4 bilhões em Ethereum

Corretora de criptomoedas confirma falha durante migração de fundos e garante segurança das outras carteiras. ETH sofre queda após o incidente.
Na última sexta-feira (21), a corretora de criptomoedas Bybit, a segunda maior do mundo, foi alvo de um ataque hacker que resultou no desvio de 401.346 ETH, o equivalente a R$ 6,4 bilhões. A movimentação dos fundos foi rapidamente identificada por Whale Alert, que notou as transações a partir das 11h22 (horário de Brasília).
O ataque foi confirmado pelo CEO e cofundador da Bybit, Ben Zhou, que explicou em suas redes sociais que a falha ocorreu durante a migração de fundos para uma carteira quente. De acordo com Zhou, a transferência foi mascarada por um erro no sistema, em que a interface mostrou um endereço correto, mas o código assinado alterou o contrato inteligente da carteira fria, permitindo que o hacker assumisse o controle.
Estratégia de mitigação e segurança das demais carteiras
Após o incidente, Zhou garantiu que as outras carteiras frias da empresa permanecem seguras e que os saques estavam ocorrendo normalmente. Ele também anunciou que mais detalhes sobre o ataque seriam compartilhados à medida que novas informações surgissem.
Apesar do incidente, a Bybit afirmou que seus serviços permanecem operantes para todas as criptomoedas, incluindo Ethereum, e que as únicas interrupções ocorreram em redes que já estavam inativas antes do ataque.
O impacto no mercado e nas reservas da Bybit
A carteira afetada, que anteriormente armazenava cerca de 7,5% das reservas totais da Bybit, era responsável por aproximadamente US$ 1 milhão em ETH. O valor foi transferido para diversos outros endereços, incluindo a conversão dos fundos, o que gerou especulações sobre a natureza da operação.
Além de prejudicar a corretora, o ataque também afetou o mercado de Ethereum, fazendo com que o ETH perdesse cerca de 4,7% de seu valor. Antes do hack, o ETH estava operando em alta devido à resolução do processo envolvendo a SEC contra a Coinbase.
A Bybit, que segue em segundo lugar no ranking mundial de corretoras de criptomoedas em volume de negociação, continua sendo um player importante no mercado, mas este incidente ressalta a vulnerabilidade das plataformas e a necessidade de medidas de segurança mais robustas.
Jogador de poker “encontra” o equivalente a R$ 200 mil em Bitcoin

O jogador de poker afirmou que descobriu 0,37 Bitcoin em sua gaveta de meias.
Dificilmente quem acha dinheiro não fica feliz, mas já pensou em encontrar o equivalente R$ 200 mil em Bitcoin? Quem teve essa “sorte” foi Kevin Martin, que descobriu que havia 0,37 Bitcoin (aproximadamente 35 mil dólares) em sua gaveta de meias. Kevin, que é ex-participante do Big Brother Canadá, publicou nas redes sociais, com euforia, o acontecido.
“MEU DEUSSSS! A mensagem desse cara me fez revirar uma carteira de criptomoedas antiga na minha gaveta de meias. Achei que tivesse, no máximo, uns 1.000 dólares. Tem 0,37 bitcoin”, disse o jogador de poker.
Apesar da felicidade, Kevin Martin fez questão de mencionar que deve ter perdido muito dinheiro em sua vida por conta da sua desorganização, afinal também encontrou 2,4 mil dólares em uma conta antiga de um site de poker.
“Tô surtando, tô muito feliz! Mas fico pensando em quanto dinheiro já deixei escapar na minha vida por ser todo desorganizado”, disse Kevin, que anteriormente havia falado sobre os valores em sua conta de poker: “Já aconteceu de você encontrar dinheiro que tinha esquecido? Fazia mais de um ano que eu não logava no Stake Kings, e tem US$ 2.400 parados lá porque o Cody Daniels ganhou um torneio em janeiro de 2024”.
A euforia de Kevin Martin é algo totalmente compreensível, mas nem todo mundo tem sorte. Vale lembrar que o investidor James Howells jogou fora por acidente um HD que continha 8 mil unidades de Bitcoin, que por sinal até hoje não foi encontrado.
Google aposta em soluções para integrar Bitcoin à Web2

Kyle Song compartilha estratégias para facilitar o acesso e a negociação de Bitcoin para usuários tradicionais.
Durante o evento Bitcoin Tech Carnival, realizado em Hong Kong nesta terça-feira (18), Kyle Song, especialista em Web3 do Google, compartilhou que a empresa está focada em facilitar a integração do Bitcoin para usuários que ainda não estão imersos no universo Web3. Ele afirmou que o Google busca maneiras de remover as barreiras que dificultam a adoção da criptomoeda, visando simplificar o acesso para aqueles acostumados com a Web2.
Song detalhou uma das iniciativas da gigante da tecnologia: a melhoria das carteiras de Bitcoin. A proposta é permitir que os investidores utilizem suas contas do Google para acessar seus bitcoins, oferecendo uma experiência mais fluida e intuitiva, semelhante à dos serviços financeiros tradicionais.
Embora o Google tenha adotado uma postura mais cautelosa em relação ao setor de criptomoedas, quando comparado a outras grandes empresas, a companhia já deu passos significativos ao investir em soluções para a indústria. Entre as iniciativas, estão parcerias com projetos de blockchain, incluindo uma equipe dedicada a explorar e desenvolver soluções para o ecossistema cripto.
O avanço do Google no universo cripto
O Bitcoin Tech Carnival, evento que reuniu grandes nomes do setor, também contou com a presença de Jeremy Rubin, desenvolvedor do Bitcoin Core, Muneeb Abi, fundador da Stacks, e Jeff Garzik, cofundador da Hemi Labs, entre outros. O destaque, no entanto, foi Kyle Song, que trouxe insights sobre como o Google está se posicionando para facilitar o acesso e a negociação do Bitcoin, especialmente com o crescimento dos ETFs de Bitcoin. Suas declarações foram documentadas pelo Bloomingbit.
Em sua apresentação, Song enfatizou que o Google está desenvolvendo soluções para reduzir as barreiras que impedem a adoção do Bitcoin, especialmente para usuários acostumados com a Web2. Ele afirmou: “Estamos buscando maneiras de tornar o Bitcoin mais acessível e fácil de usar para todos.”
O executivo também mencionou o aprimoramento das carteiras de Bitcoin, com o objetivo de oferecer uma experiência mais próxima ao que os usuários de Web2 estão habituados. A ideia é permitir que qualquer pessoa consiga acessar suas carteiras e negociar Bitcoins com a mesma facilidade dos sistemas de pagamento tradicionais. “O nosso objetivo é proporcionar uma integração simples, onde os usuários possam usar suas contas do Google para gerenciar e negociar seus bitcoins sem complicações”, completou Song.
O Google e o futuro das criptomoedas
Em 2022, o Google já dava sinais claros do seu interesse no mercado cripto ao contratar Arnold Goldberg, ex-PayPal, com o objetivo de fortalecer as parcerias estratégicas relacionadas a blockchain e criptomoedas. Contudo, desde então, a empresa não divulgou grandes inovações no setor, o que gera curiosidade sobre as futuras movimentações da gigante da tecnologia nesse mercado em expansão.
Kyle Song também abordou o papel das tecnologias de criptografia, mencionando as inovações em sistemas on-chain e off-chain. Ele detalhou os esforços para aumentar a confiabilidade das transações através do uso de Zero-Knowledge Proofs (ZKP), uma tecnologia que garante maior segurança e privacidade nas interações digitais.
O impacto do Google na adoção do Bitcoin
Acompanhando Song no painel estavam outros importantes nomes do setor, como Thomas Chen, CEO da Function Bitcoin, Eugene Cheung, Head de Negócios Institucionais da OSL, e Brian Mahony, cofundador da Mezo. Jun Ian Wong, cofundador da ACJR Network, moderou a conversa e trouxe importantes contribuições sobre as tendências atuais no mercado cripto.
O movimento do Google em facilitar o acesso e a negociação de Bitcoin pode acelerar a adoção da criptomoeda. Com mais de 560 milhões de pessoas investindo em ativos digitais até 2024, o potencial de crescimento é gigantesco. A medida que as soluções do Google tornam o processo mais simples e acessível, espera-se que esse número continue a crescer, aproximando cada vez mais o Bitcoin de um público maior e mais diversificado.
Tether amplia influência e faz proposta para assumir controle da Adecoagro

Empresa por trás da stablecoin USDT quer adquirir 51% das ações da gigante do setor agrícola, diversificando seus investimentos além do mercado de criptomoedas.
A Tether, empresa responsável pela stablecoin USDT, está expandindo sua atuação global e apresentou uma proposta para adquirir 51% das ações ordinárias de uma companhia de capital aberto. O alvo da negociação é a Adecoagro SA (NYSE: AGRO), uma empresa de origem argentina, sediada em Luxemburgo, que atua nos setores de alimentos e energia renovável.
A Adecoagro se consolidou como uma das principais produtoras agrícolas da América do Sul, possuindo terras na Argentina, Brasil e Uruguai, além de escritórios estratégicos nesses países. Sua maior operação ocorre em território brasileiro, onde conta com uma usina de energia em Monte Alegre (MG) e outras duas em Mato Grosso do Sul, nas cidades de Angélica e Ivinhema.
Além da produção de energia renovável, a empresa também investe no cultivo de arroz, grãos e outros alimentos sustentáveis, sinalizando um interesse da Tether em diversificar seus investimentos para além do setor de criptomoedas.
Em comunicado oficial aos investidores, a Adecoagro confirmou que a Tether já possui 19,4% das ações da empresa e agora busca ampliar essa participação para obter controle sobre as decisões estratégicas. Caso a negociação seja concluída, a Tether poderá indicar novos executivos e direcionar os rumos da companhia.
A proposta de aquisição foi formalmente apresentada na sexta-feira (14), sendo discutida pelos investidores no domingo (16). Na segunda-feira (18), um comunicado foi divulgado ao mercado e registrado na SEC, órgão regulador dos EUA.
A oferta da Tether incluiu o pagamento de US$ 12,41 por ação, representando um aumento de 26% em relação ao valor de mercado da Adecoagro na sexta-feira (14), quando as ações estavam cotadas a US$ 9,79. Após o anúncio, o mercado reagiu rapidamente, e na terça-feira (18), os papéis da companhia já eram negociados a US$ 11,12.
O Conselho de Administração da Adecoagro deverá avaliar a proposta e responder à Tether em breve. Até que haja uma decisão oficial, os investidores da empresa não precisam tomar nenhuma medida, mas podem, em um futuro próximo, ter que decidir sobre a venda de suas ações.
Embora a Tether seja uma gigante do setor de criptomoedas, também demonstrando forte apoio ao Bitcoin, ainda não há informações concretas sobre como pretende utilizar a estrutura da Adecoagro. Especulações apontam para um possível interesse em integrar operações relacionadas ao mercado cripto, como mineração, mas a empresa não fez declarações públicas a respeito de seus planos para a companhia agrícola.
Golpes com criptomoedas ganham força

Golpistas exploram chaves privadas e frases de recuperação para roubar fundos de investidores inexperientes.
A maior corretora de criptomoedas do mundo, a Binance, emitiu um alerta importante sobre um golpe crescente que explora a vulnerabilidade das chaves privadas e frases de recuperação. Esses dados são fundamentais para acessar as carteiras digitais dos investidores, mas, se expostos, podem resultar em perdas significativas.
Nas redes sociais, surge um outro golpe semelhante, no qual golpistas utilizam frases-semente e carteiras com tokens como isca para atrair depósitos de criptomoedas, enganando ainda mais vítimas.
O crescente interesse pelas criptomoedas, impulsionado pela valorização do Bitcoin e pela entrada de novos investidores, criou um terreno fértil para golpistas que se aproveitam da inexperiência dos novatos.
Em essência, a chave privada ou as 12 palavras de recuperação são os únicos meios para acessar uma carteira de autocustódia. Se essas informações forem divulgadas, os golpistas ganham total controle sobre os fundos.
Como as transações de criptomoedas não podem ser desfeitas, qualquer erro nesse processo pode ser devastador, levando à perda definitiva dos ativos.
A Binance alertou para um golpe mais sofisticado, no qual os criminosos adotam uma abordagem inversa. Em vez de tentar que a vítima revele suas palavras de recuperação, eles mesmos criam essas sequências e as enviam para os investidores.
De acordo com a Binance, os golpistas se passam por representantes da corretora e entram em contato com os investidores, alegando que suas contas foram invadidas. Eles instruem as vítimas a moverem seus fundos para uma nova carteira fraudulenta.
A corretora esclarece que “serviços legítimos nunca solicitarão sua frase-semente nem fornecerão uma para você utilizar”. Caso a vítima insira essas palavras e realize a transferência de criptomoedas, os golpistas, já com acesso à carteira, transferem rapidamente os fundos para outro endereço, sem deixar rastros e provocando a perda total dos recursos.
A recomendação da Binance é clara: ignore qualquer tentativa de contato suspeita, não transfira fundos e nunca instale aplicativos a pedido de terceiros. O mais importante, nunca compartilhe sua frase-semente com ninguém, em nenhuma circunstância.
Golpes semelhantes também têm sido registrados em outras plataformas, como YouTube e redes sociais, com foco em chaves privadas. Esses esquemas têm ganhado notoriedade e estão chamando a atenção da comunidade cripto.
Em um exemplo típico, os golpistas postam as 12 palavras de recuperação em comentários, alegando problemas para acessar seus próprios fundos. Quando a vítima importa essas palavras em uma carteira, percebe que o endereço está associado a uma stablecoin ou algum token na rede Ethereum ou Solana.
Porém, como é necessário ter ETH ou SOL para realizar a transferência desses tokens, as vítimas acabam sendo induzidas a depositar uma quantia para cobrir as taxas de transação. Nesse momento, os golpistas aproveitam a oportunidade e transferem os fundos para outro endereço, antes que a vítima tenha chance de agir.
Esses tokens funcionam como iscas, criando a falsa impressão de que a vítima está ganhando algum benefício, quando, na realidade, está sendo manipulada para perder seus próprios recursos.
Em ambos os casos, fica claro que a proteção das chaves privadas e das frases-semente é crucial. A melhor prática é armazená-las em dispositivos físicos, como papel ou chapa de metal, que estejam completamente offline, sem acesso à internet, e em um local seguro para evitar que sejam roubadas ou expostas.
Esses golpes são um lembrete constante da importância de manter um alto nível de vigilância e segurança ao lidar com criptomoedas, especialmente para aqueles que estão começando no universo digital.
Dólar apresenta maior queda desde novembro de 2024

Leilões do Banco Central e alta nas commodities impactam o câmbio, enquanto o Ibovespa registra leve queda após três dias de alta.
O dólar registrou uma leve desvalorização nesta terça-feira (18), encerrando o dia cotado a R$ 5,689, abaixo de R$ 5,70, o que representa o menor valor desde novembro. A queda foi de 0,41%, o que equivale a uma perda de R$ 0,016 em relação ao fechamento anterior. Embora tenha iniciado o dia em alta, com a moeda alcançando R$ 5,72 por volta das 11h, a tendência de queda foi acentuada após o Banco Central (BC) realizar a venda de US$ 3 bilhões em um leilão de linha. Além disso, o anúncio de emissão de títulos de dez anos pelo Tesouro Nacional no mercado externo também exerceu impacto no movimento cambial.
Esse movimento de queda no dólar reflete uma série de fatores, incluindo a alta nas commodities, que atraiu recursos para o Brasil. A entrada de capital foi impulsionada pela valorização desses produtos primários no mercado internacional, o que também ajudou a reduzir a pressão sobre a moeda. Em 2025, a divisa norte-americana acumula uma desvalorização de 7,93%, registrando o menor valor desde 7 de novembro, quando a cotação estava em R$ 5,67.
O mercado de ações também experimentou um dia de volatilidade. O índice Ibovespa, da B3, terminou o dia em 128.532 pontos, com uma queda leve de 0,02%. Após três dias consecutivos de alta, o índice chegou a subir 0,58% por volta das 12h46, mas perdeu força à medida que investidores buscaram realizar lucros, ou seja, venderam ações para garantir os ganhos recentes.
No cenário internacional, o dólar se valorizou frente à maioria das moedas, mas registrou quedas significativas contra o peso colombiano, o peso mexicano e o real. A alta das commodities e o leilão de linha do BC impulsionaram a entrada de capital no Brasil, contribuindo para a valorização do real. A medida de intervenção cambial do Banco Central ajudou a reduzir a pressão sobre a moeda nacional.
Além disso, a venda de US$ 3 bilhões em leilão de linha pelo Banco Central foi a quarta intervenção cambial de 2025, ano em que Gabriel Galípolo assumiu a presidência da autoridade monetária. Esse tipo de operação, no qual os recursos são retirados das reservas internacionais com o compromisso de recompra em alguns meses, visa equilibrar a oferta de dólares no mercado e mitigar a volatilidade da moeda.
Outro fator que ajudou a fortalecer a confiança no Brasil foi a emissão de US$ 2,5 bilhões em títulos do Tesouro Nacional no mercado externo. O governo obteve uma taxa de juros de 6,75% ao ano, a maior em 20 anos, mas conseguiu um spread de 2,2 pontos percentuais em relação aos juros norte-americanos, o menor desde 2019, o que também é visto como um sinal positivo para o país.
Criptomoedas transformam o mercado de pagamentos no Brasil

Como o mercado de pagamentos digitais e a regulação estão transformando a confiança e a segurança no setor financeiro.
O mercado de criptomoedas no Brasil continua em expansão, com empresas globais de destaque mostrando crescente interesse em estabelecer suas operações no país. A introdução de novos serviços de pagamentos com criptos surge como resposta ao aumento da adoção no Brasil, que se tornou um dos mercados mais promissores para ativos digitais.
Plataformas de serviços, companhias aéreas e grandes redes de varejo já estão permitindo transações com Bitcoin e outras criptomoedas, acompanhando a digitalização da economia e a confiança crescente dos consumidores nessa tecnologia. O setor financeiro também segue esse caminho, com fintechs e bancos digitais como o Nubank, que agora permite compras e saques em criptomoedas, trazendo mais praticidade para os usuários.
Além disso, a regulação no Brasil tem se adaptado para dar maior segurança ao mercado. Com a Lei 14.478/2022, que criou um marco regulatório para provedores de serviços de ativos virtuais, o Banco Central passou a supervisionar as empresas do setor. Isso inclui a exigência de compliance rigoroso, prevenção à lavagem de dinheiro e proteção ao consumidor, fatores que aumentam a confiança e a segurança nas transações digitais no país.
O crescente interesse das corretoras, como Gate e Bybit, e a adesão de grandes empresas refletem um cenário de forte transformação no Brasil, onde a população exige soluções de pagamento mais seguras e eficientes. O futuro dos pagamentos digitais no país parece cada vez mais promissor, impulsionado pela inovação e pela regulação que acompanha o ritmo das mudanças tecnológicas.
X pode revolucionar pagamentos com criptomoedas até o fim de 2025

Parceria com a Visa e a crescente demanda por ativos digitais posicionam a plataforma para integrar criptoativos em seu sistema de pagamentos, com foco em moedas como Bitcoin, Dogecoin e USDT.
Em 2025, o X (antigo Twitter) poderá se tornar um dos principais players no mercado de pagamentos com criptomoedas, conforme prevê Ran Goldi, vice-presidente de pagamentos da Fireblocks. O executivo acredita que a plataforma, após parcerias estratégicas e a crescente adoção de ativos digitais, estará pronta para processar pagamentos em criptos até o final deste ano. Ele destacou que grandes empresas de pagamento estão buscando alternativas para integrar criptomoedas e, com isso, o X estará bem posicionado para atender essa demanda.
O X já deu passos significativos rumo a essa transformação. Em janeiro deste ano, a CEO Linda Yacarrino anunciou uma colaboração com a Visa, permitindo que os usuários conectem seus cartões de débito ao ‘X Money’ e realizem pagamentos via ‘X Wallet’. Além disso, a plataforma obteve uma licença para fornecer serviços financeiros nos Estados Unidos, consolidando sua estratégia de se tornar um “superaplicativo” multifuncional, como prometido por Elon Musk desde a aquisição do Twitter em 2022.
Essa jornada financeira do X ganhou mais impulso com a parceria com a Visa e a previsão do lançamento do X Money em 2025, conforme Yacarrino ressaltou, afirmando que este é apenas o começo de uma série de inovações a serem anunciadas neste ano. A empolgação com o X Money também foi reforçada com a menção de Cuy Sheffield, chefe de Criptomoedas da Visa, que demonstrou otimismo com o futuro da colaboração.
Dentre as criptomoedas que devem integrar o sistema de pagamentos do X, a Dogecoin se destaca como uma possível favorita, considerando a conexão direta com Elon Musk. Contudo, moedas como Bitcoin e USDT têm grande chance de dominar, devido à sua popularidade global e confiabilidade no mercado de criptoativos.
Além disso, o setor bancário observa com atenção essas mudanças. Brian Moynihan, CEO do Bank of America, destacou que o principal obstáculo para a adoção mais ampla de criptomoedas não é a falta de interesse, mas sim a falta de clareza regulatória. Isso coloca o X em uma posição privilegiada para liderar essa transição para o futuro dos pagamentos digitais, à medida que os bancos aguardam mais definição sobre as normas do mercado de ativos digitais.
Tether investe na Juventus e amplia presença no futebol

Tether marca sua ascensão no futebol com investimento na Juventus, impulsionando a conexão entre criptomoedas e esportes.
A gigante do mercado de criptomoedas, Tether, anunciou nesta sexta-feira (14) um investimento estratégico na Juventus Football Club. Com o setor de ativos digitais em constante expansão, a empresa que emite a stablecoin USDT almeja solidificar sua presença também no mundo do futebol, buscando novas formas de alavancar seu impacto global.
Ao longo dos últimos anos, os clubes italianos se mostraram abertos à entrada de criptomoedas, com equipes como Roma, Inter de Milão e Lazio já recebendo investimentos do setor. Com o envolvimento da Juventus, um dos maiores e mais tradicionais clubes da Itália, o cenário do futebol europeu começa a refletir essa transição para as novas tecnologias financeiras.
A Juventus e o movimento em direção à inovação financeira
Fundada em 1897, a Juventus se destaca não apenas por sua história, mas também por sua capacidade de se reinventar. Conhecida como a “Velha Senhora” do futebol italiano, a equipe tem sido um dos maiores vencedores de torneios nacionais, conquistando uma legião de torcedores ao longo das décadas. Agora, com a chegada da Tether, a Juve fortalece sua conexão com o futuro financeiro, estabelecendo um novo marco de inovação para o futebol.
No acordo fechado, a Tether adquiriu uma participação minoritária na Juventus, embora o percentual exato não tenha sido revelado. Esse movimento é considerado um passo audacioso da empresa, que, pela segunda vez em sua história, entra no mundo do futebol. No ano passado, em outubro de 2024, a Tether havia firmado um acordo com o Lugano FC, exibindo o bitcoin na camisa do time durante as competições. Agora, ao investir em um clube de prestígio mundial como a Juventus, a Tether marca sua entrada em um novo nível do esporte.
Impactos positivos no mercado financeiro e de criptomoedas
O investimento tem gerado repercussão positiva no mercado. A moeda $JUV, que está listada em grandes exchanges como Binance e Bybit, viu seu preço disparar logo após o anúncio. A alta foi impressionante: a cotação, que antes estava em torno de US$ 1,00, saltou para US$ 2,94, registrando um aumento de 194%. Ao momento da publicação desta matéria, o preço se estabilizava em US$ 2,25, mantendo uma valorização de 114% no dia, um reflexo claro do entusiasmo do mercado.
Este crescimento no valor da moeda demonstra a receptividade dos fãs e investidores em relação à entrada da Tether no clube, mas também reflete o potencial dessa movimentação para fortalecer a ligação entre futebol e criptomoedas.
O futuro das parcerias entre criptomoedas e clubes de futebol
A aquisição da participação da Tether na Juventus faz parte de um plano mais amplo da empresa para diversificar seus investimentos, com foco não apenas em ativos digitais, mas também em setores emergentes como Inteligência Artificial, mineração de Bitcoin e biotecnologia. A empresa busca expandir seus horizontes e consolidar sua posição como um grande nome do mercado financeiro, explorando novas frentes no universo digital.
Apesar de a Juventus ser uma empresa de capital aberto na bolsa italiana, a administração do clube ainda não se manifestou oficialmente sobre o acordo com a Tether até o fechamento desta reportagem. A movimentação, no entanto, deixa claro que o clube está se aproximando de novos mercados, e a dúvida permanece sobre até que ponto essa parceria com as criptomoedas pode impactar suas futuras decisões.
Reação do mercado financeiro tradicional e aprovação das ações
Por fim, as ações da Juventus também mostraram desempenho positivo na bolsa, refletindo a aprovação do mercado financeiro tradicional sobre a nova aliança. Esse movimento pode indicar que o futebol, cada vez mais, está aberto a novas formas de investimento e parceria, especialmente em setores inovadores como o de criptomoedas, onde a Tether se destaca como um player relevante.
Curitiba perto de aceitar pagamento de tributos em Bitcoin

Além do Bitcoin, outras criptomoedas também servirão como forma de pagamento de tributos em Curitiba se PL for aprovada.
Com o avanço do mercado de moedas digitais, não seria uma surpresa se municípios, estados e países passagem a aderir os criptoativos como pagamento. Nesta semana, surgiu a notícia que o Bitcoin e outras criptomoedas muito em breve poderão servir como pagamento de tributos na cidade de Curitiba, capital do Paraná. Para Guilherme Kitler, autor do Projeto de Lei que permite o pagamento com ativos digitais, a medida será benéfica para todo mundo.
“A iniciativa traz múltiplos benefícios: Para os contribuintes: flexibilidade adicional no pagamento de tributos, permitindo a utilização de seus ativos virtuais; Para o Município: modernização dos mecanismos de arrecadação sem exposição a riscos, mantendo o recebimento exclusivamente em moeda nacional; Para o ecossistema local: estímulo à inovação tecnológica e ao desenvolvimento do setor de tecnologia financeira”, disse o político.
No Projeto de Lei, os tributos vencidos, a vencer e até os inscritos em dívida ativa podem ser pagos com criptomoedas. Caso os contribuintes optem pelo uso do Bitcoin e de outros ativos digitais, o valor irá diretamente para uma empresa credenciada pela prefeitura. Assim, esta terá a missão de converter os valores para Real, repassando o valor em moeda corrente para a prefeitura.
O assunto, que foi colocado em pauta no início do mês de fevereiro, ainda será discutido mais algumas vezes pelos vereadores do município. Para que haja o começo do pagamento de tributos com Bitcoin e criptomoedas, há a necessidade de aprovação de ampla maioria da Câmara de Curitiba e aprovação do prefeito.