Binance Square lança Live Trading para Cripto Investidores

Nova ferramenta oferece transmissões ao vivo e interação em tempo real para aproximar traders e aumentar a transparência nas negociações.
A Binance Square acaba de integrar uma ferramenta inovadora à sua plataforma social focada em criptomoedas: transmissões ao vivo para negociações em tempo real. A partir de segunda-feira (26), os usuários poderão acompanhar as operações de outros investidores diretamente pelo aplicativo ou site da Binance, acompanhando as negociações ao vivo com interação imediata.
Essa novidade traz uma combinação inédita entre o dinamismo das redes sociais tipo o X e a imersão de plataformas como Twitch, criando um ambiente que reforça a transparência e o engajamento entre a comunidade de traders. Segundo a Binance, o Live Trading não se resume a uma reprodução passiva das operações, mas sim a uma experiência interativa, onde os criadores podem transmitir suas telas, apresentar análises detalhadas e oferecer explicações ao vivo, aproximando o conteúdo das atividades reais de trading.
Os criadores de conteúdo têm a liberdade de destacar tokens específicos, mostrar seus portfólios e compartilhar negociações conforme elas acontecem, enquanto o público pode acompanhar tudo e reagir instantaneamente, com apenas um toque. Essa proximidade promete elevar a confiança dos espectadores, que terão acesso a uma experiência concentrada e sem a necessidade de recorrer a outras plataformas de streaming para encontrar esse tipo de conteúdo.
Além de melhorar a experiência dos usuários, a Binance vê o Live Trading como uma oportunidade para os criadores ampliarem sua audiência e consolidarem sua autoridade no mercado. Para reforçar essa proposta, a corretora vai oferecer comissões sobre negociações copiadas diretamente das lives, incentivando a produção de conteúdo de qualidade e a participação ativa na comunidade.
Com o lançamento dessa função, a Binance também inicia um programa de incubação para traders, selecionando investidores com experiência comprovada, conta ativa na plataforma nos últimos seis meses, movimentação superior a US$ 1.000 em negociações nesse período e perfil íntegro na Binance Square, sem violações recentes. Os aprovados terão maior visibilidade, o que pode impulsionar suas carreiras e reputação no mercado.
O interesse crescente pelo Bitcoin e outras criptomoedas coloca a Binance em posição estratégica para atrair tanto investidores experientes quanto novatos. A integração do Live Trading promete facilitar o acesso ao conhecimento prático, transformando a plataforma em um ponto de referência para quem busca orientação e deseja se aprofundar no universo das negociações digitais.
Governo Brasileiro zera imposto de estações de mineração de criptomoedas.

Com a medida adotada pelo Governo Brasileiro, imposto de importação de estações de mineração de criptomoedas estão zerados.
Uma medida adotada pelo Governo Brasileiro chamou a atenção do mercado de ativos digitais. Por meio do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e com a assinatura do vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, foi assinada uma resolução que zera os impostos de importação de equipamentos utilizados na mineração de Bitcoin e criptomoedas.
A nova medida se deu pela Resolução Gecex nº 726/2025, que alterou o Anexo I da Resolução Gecex nº 322/2022. Nela, consta que estações completas de armazenamento e resfriamento de servidores dedicados à mineração de Bitcoin e Criptomoedas estarão isentas de imposto de importação, ou seja, os equipamentos poderão ser trazidos para o Brasil sem o pagamento de tributos à União.
“Estações completas de armazenagem e resfriamento de servidores dedicados à mineração de criptomoedas de algoritmo SHA256, dotadas de prateleiras metálicas com capacidade de armazenamento igual ou superior à 200 servidores, sistema de exaustão, painéis de controle e de distribuição, dispositivo de bombeamento para circulação de líquido para arrefecimento dos servidores e torres de resfriamento à seco”, diz a resolução.
Vale destacar que esta não é a primeira medida adotada favorecendo o mercado cripto. Ainda em 2022, o Governo Brasileiro já havia isentado de impostos a importação de servidores utilizados para a mineração de Bitcoin e outras criptomoedas.
Criptomoeda Monero (XMR) tem alta de 70%

Segundo investigador, valorização da criptomoeda Monero (XMR) pode estar ligada a ataque hacker.
O mercado de criptomoedas começou a segunda-feira (28) com uma grande surpresa: a valorização de mais de 70% da criptomoeda Monero (XMR). O ativo digital, que é focado em transações anônimas, saltou dos US$ 229 para os US$ 391 em questão de horas. No entanto, a grande suba de valor pode estar ligada a um ataque hacker.
De acordo com ZachXBT, que é conhecido por suas investigações no mundo digital, um possível ataque hacker envolvendo R$ 1,9 bilhão em Bitcoin pode ser a causa da alta da Monero (XMR). Ainda segundo ZachXBT, ele acredita ser um hack porque se trata de um investidor de longo prazo de Bitcoin que usava corretoras americanas comuns (Gemini, Coinbase, River, etc.).
“Nove horas atrás, uma transferência suspeita foi feita de uma possível vítima no valor de 3.520 BTC (US$ 330,7 milhões/R$ 1,9 bilhão). Pouco depois, os fundos começaram a ser lavados através de mais de 6 corretoras instantâneas e foram trocados por XMR (Monero), causando um aumento de 50% no preço da XMR”, disse ZachXBT no X, antigo Twitter.
De acordo com os dados obtidos pelo Giro Econômico junto ao CoinMarketCap, o volume de negociações da criptomoeda Monero (XMR) apresentou um crescimento de mais de 500% nas últimas 24 horas. O ativo digital ainda segue em alta, porém, no momento da redação desta matéria sua alta era de 15%. Atualmente, a XMR está entre as 25 maiores criptomoedas do mercado.
Brasil participa de evento internacional sobre criptomoedas

Secretário da Receita Federal será presença na Itália para discutir lavagem de dinheiro e ativos digitais.
Nos próximos dias, Pedro Augusto Frantz, auditor-fiscal da Receita Federal do Brasil, representará o país em um evento de destaque na Itália, focado em criptomoedas. O encontro ocorrerá em Óstia, cidade italiana, e será promovido pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Frantz ocupa atualmente o cargo de coordenador da Coordenação-Geral de Tecnologia e Segurança da Informação da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil (RFB), um setor crucial para a fiscalização digital e o combate a crimes financeiros, utilizando tecnologias de ponta.
O servidor foi autorizado a participar do evento por Robinson Sakiyama Barreirinhas, Secretário Especial da RFB. As despesas com passagens aéreas e seguro internacional serão custeadas pela própria Receita Federal, enquanto as diárias de hotel serão cobertas pela OCDE.
Embora o Brasil ainda não faça parte oficialmente da OCDE, o país mantém um status de parceiro estratégico desde 2007 e tem um pedido formal em trâmite para adesão à organização. Essa parceria tem se traduzido em implementações de diversas diretrizes da OCDE e na participação ativa do Brasil em comitês técnicos internacionais.
O evento, que se concentrará nas tendências, desafios e processos relacionados ao uso de criptomoedas no combate à lavagem de dinheiro, representa uma oportunidade importante para o Brasil estreitar sua colaboração com os membros da organização.
A agenda do evento, com sete dias de treinamento focados em criptomoedas, ainda não está disponível no site oficial da OCDE, mas a participação de Frantz visa aprofundar a integração do Brasil com as políticas globais sobre ativos digitais.
O despacho publicado no Diário Oficial da União (DOU) autoriza a ausência de Pedro Frantz entre os dias 3 e 10 de maio de 2025, incluindo o período de deslocamento, evidenciando a relevância internacional do evento.
Desde 2019, a Receita Federal tem se dedicado ao monitoramento do mercado de criptomoedas, especialmente após a publicação da IN 1.888/2019. Essa iniciativa é um reflexo do compromisso da RFB com a cooperação internacional no enfrentamento de práticas ilícitas envolvendo ativos digitais.
A participação de Pedro Frantz no evento da OCDE reforça o engajamento do Brasil nas discussões globais sobre criptomoedas, consolidando a posição do fisco brasileiro no cenário internacional e alinhando-o cada vez mais com as políticas adotadas pelos 38 países membros da OCDE.
Slash, guitarrista do Guns N’ Roses, se irrita com memecoin

Slash teve seu perfil no X (ex-Twitter) hackeada e viu memecoin do Guns N’ Roses ser promovida.
O guitarrista do Guns N’ Roses, Slash, afirmou nesta semana que está deixando de usar o X, antigo twitter. A revolta do músico se deu após ter seu perfil hackeado e ver que os criminosos usaram sua fama e seus milhares de seguidores para promover a memecoin GUNS. O rockstar disse ainda que a decisão foi tomada após sofrer diversas vezes com perfis hackeados.
“Eu gostaria de informar vocês que decidi que vou me afastar do X/Twitter e não vou mais estar ativo nesta plataforma. Esta é uma decisão tomada após repetidos hacks, e reflete uma mudança de como eu gostaria de estar conectado para o futuro adiante”, disse o guitarrista do Guns N’ Roses.
Conforme apuração do Giro Econômico, a conta de Slash no X ainda segue ativa, porém, não houve mais publicações desde o comunicado. No entanto, as demais contas do guitarrista no Facebook (80 mil seguidores), Instagram (4,2 milhões seguidores) e TikTok (970 mil seguidores) seguem ativas. No antigo Twitter, Slash possuí 3,4 milhões de seguidores.
Fundador da Cardano diz que Bitcoin irá triplicar seu valor

Devido aos embates econômicos dos países, Bitcoin poderá triplicar seu valor em 2025 segundo fundador da Cardano.
Charles Hoskinson é um nome bastante conhecido no meio das criptomoedas, afinal é o fundador da Cardano e co-fundador do Ethereum. Para o empresário, os problemas e embates econômicos que vem acontecendo entre os países do mundo podem fazer com que o Bitcoin triplique o seu valor ainda em 2025. Para Hoskinson, os problemas econômicos geopolíticos fortalecem as criptomoedas.
“O que acaba acontecendo é que as criptomoedas se beneficiam no longo prazo porque, geopoliticamente, o que está acontecendo é que estamos passando de uma ordem internacional baseada em regras para um conflito entre grandes potências”, disse o empresário.
De acordo com Hoskinson, um dos motivos para acreditar que o Bitcoin poderá triplicar o seu valor neste ano é que os investidores poderão precisar utilizar criptomoedas para fazer negócios com países que os Estados Unidos, Rússia e China não aprovam, ou seja, terão que abdicar do mercado financeiro tradicional.
“Se você quer fazer negócios com países que os Estados Unidos, a Rússia ou a China não aprovam, em um espaço global, você não pode mais fazer isso por meio de organizações de tratados, bancos tradicionais ou outras instituições antigas; só pode fazer isso com criptomoedas”, afirmou o fundador da Cardano.
Para Charles Hoskinson, que acredita que as atuações discussões sobre tarifas serão um fracasso, o preço do Bitcoin poderá alcançar até 250 mil dólares até o final de 2025 ou nos primeiros meses de 2026.
Ripple compra corretora de criptomoedas e entra no jogo institucional

Com Hidden Road, empresa estreia como operadora global e mira integração entre criptos e finanças tradicionais.
A Ripple deu um passo ousado para consolidar sua posição no mercado financeiro global ao anunciar a aquisição da corretora de criptomoedas, Hidden Road, por US$ 1,25 bilhão. O acordo, ainda pendente de aprovação regulatória, está previsto para ser concluído nos próximos meses e representa uma das maiores movimentações já registradas no setor cripto.
Com a compra, a Ripple se tornará a primeira empresa de ativos digitais a operar uma corretora prime global e multiativos, sinalizando sua ambição de liderar a integração entre finanças tradicionais e descentralizadas. A Hidden Road, especializada em atender grandes players institucionais, movimenta cerca de US$ 3 trilhões anualmente e possui uma base de mais de 300 clientes, incluindo fundos, bancos e gestoras de ativos.
A operação não apenas amplia o alcance da Ripple no cenário internacional, como também fortalece sua estrutura para oferecer novos produtos e soluções. Entre as novidades, estão serviços de pagamentos internacionais e custódia digital para os clientes da corretora, que agora terão acesso a uma gama mais ampla de mercados e ativos.
Além disso, toda a atividade pós-negociação da Hidden Road será migrada para o XRP Ledger, a blockchain da Ripple. A transição busca otimizar custos, dar escala às operações e reforçar o XRPL como uma infraestrutura pronta para aplicações institucionais em DeFi.
Outro destaque da aquisição é o papel da stablecoin RLUSD, lançada pela Ripple, que será utilizada como colateral em operações da Hidden Road. A moeda se posiciona como a primeira stablecoin voltada a proporcionar margem cruzada eficiente entre os mercados tradicionais e digitais, ganhando relevância como um ativo de utilidade real.
Brad Garlinghouse, CEO da Ripple, afirmou que o mercado dos Estados Unidos está entrando em uma nova fase, com o cenário regulatório mais estável. Segundo ele, a empresa está estrategicamente posicionada para liderar a próxima etapa de adoção institucional dos ativos digitais. “Com o fim da pressão regulatória anterior e a maturação do mercado, temos agora o ambiente ideal para acelerar nossa expansão e elevar o patamar da infraestrutura financeira global baseada em blockchain”, declarou o executivo.
Regulação das carteiras digitais avança com proposta do Banco Central

Banco Central inicia discussão sobre novas regras para carteiras digitais como Apple Pay e Google Pay, em movimento que pode impactar também o uso de tokens e a implementação do Drex no Brasil.
Em meio à crescente dependência de carteiras digitais como Apple Pay, Google Pay e Samsung Pay, o Banco Central do Brasil (BCB) decidiu abrir uma nova frente de discussão que pode redefinir o equilíbrio de forças no setor de pagamentos digitais. A autarquia iniciou uma tomada de subsídios pública para avaliar a inclusão de empresas que emitem tokens de segurança — peças-chave para transações digitais — no rol de participantes oficiais do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB).
Na prática, isso significa que gigantes da tecnologia poderão passar a ser formalmente reguladas, enfrentando obrigações como transparência nos serviços e eventuais limites tarifários. O movimento acende um alerta não apenas entre bancos e fintechs, que hoje dependem das soluções oferecidas por essas plataformas, mas também entre especialistas e desenvolvedores do ecossistema cripto, atentos a qualquer sinal de avanço regulatório que envolva infraestrutura digital.
Os tokens em questão funcionam como substitutos temporários dos dados reais do cartão em pagamentos digitais. Ao evitar o envio do número verdadeiro do cartão, esses códigos criptografados elevam o nível de segurança nas transações — sobretudo em operações por aproximação. Embora distintos dos tokens utilizados em blockchains descentralizadas, como Ethereum, eles ocupam uma posição estratégica semelhante: blindam o usuário e otimizam a operação.
O que começou como um mecanismo técnico de proteção virou um ativo valioso nas mãos de poucas big techs. A emissão dos tokens passou a ser controlada por essas empresas, que os vinculam a dispositivos como celulares e relógios inteligentes. Segundo o Banco Central, essa concentração trouxe desequilíbrios ao mercado e obrigou emissores de cartões — bancos e fintechs — a se submeterem às condições impostas pelas plataformas, mesmo quando envolvem custos elevados.
Nova proposta pode redistribuir poder no setor
Para o regulador, a ausência de regulação específica cria uma assimetria que compromete a competitividade do sistema. Sem alternativas, instituições de menor porte enfrentam dificuldades para permanecer no mercado ou acabam transferindo os custos operacionais aos clientes, restringindo o acesso a meios de pagamento digitais. A proposta avaliada pelo BC busca justamente equilibrar esse cenário ao incluir os chamados “solicitantes de token” no marco regulatório do SPB.
Caso a medida avance, essas empresas passarão a ter regras próprias, com supervisão regulatória, maior exigência de transparência e, possivelmente, limites sobre tarifas. O edital publicado pelo Banco Central alerta que, se nada for feito, há risco real de exclusão de agentes menores e de concentração ainda maior do poder de mercado.
Contudo, o próprio BC reconhece o desafio: uma regulação mal calibrada pode gerar efeitos colaterais indesejados, como o esfriamento da inovação e a criação de barreiras para novos entrantes. Por isso, optou por abrir uma tomada de subsídios — mecanismo diferente da consulta pública tradicional. Nessa etapa, o objetivo não é comentar um texto já escrito, mas ouvir o mercado antes mesmo da elaboração de uma proposta formal.
A Tomada de Subsídios nº 118/2025, assinada por Renato Dias de Brito Gomes, diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução, visa tornar o processo regulatório mais participativo. O BC quer entender como o setor enxerga a emissão de tokens, quais os riscos envolvidos e de que forma uma eventual norma pode afetar a dinâmica atual do mercado.
A abertura ao diálogo é, segundo a própria autarquia, um caminho para criar uma regulação mais justa, funcional e conectada com a realidade. A iniciativa valoriza a escuta ativa de empresas, especialistas e cidadãos, em uma tentativa de evitar distorções e antecipar possíveis gargalos legais e operacionais. Em teoria, é um modelo que favorece a criação de normas equilibradas, capazes de proteger o mercado sem inibir sua evolução.
Conexões com o ecossistema cripto
Embora não trate diretamente de tokens em redes blockchain, a discussão levanta preocupações no universo das finanças descentralizadas. O setor cripto observa com atenção os movimentos dos bancos centrais, sobretudo no que tange à infraestrutura digital, interoperabilidade e controle sobre os sistemas. O avanço de normas voltadas para tokens centralizados pode influenciar a forma como ativos digitais, stablecoins e carteiras auto custodiais serão tratados futuramente.
Grande parte das inovações em blockchain surgiu justamente como resposta à centralização de poder, com promessas de maior transparência, controle distribuído e autonomia do usuário. A regulação sobre tokens operados por big techs, portanto, acaba reforçando a importância da descentralização — tema central do debate cripto atual.
Além disso, o Banco Central já concluiu recentemente duas consultas públicas voltadas à regulamentação das criptomoedas, em conformidade com a Lei 14.478/2022, que atribui à autarquia a supervisão do mercado de ativos virtuais no Brasil. Embora o foco seja diferente, os princípios envolvidos — como governança, segurança e liberdade de escolha — se entrelaçam.
Impacto potencial no Drex e projetos futuros
Outro possível reflexo da nova abordagem regulatória pode ser sentido no Drex, projeto do próprio Banco Central que visa à tokenização do Real. Como a proposta envolve uma nova camada digital na infraestrutura financeira nacional, toda e qualquer mudança regulatória que envolva tokens pode impactar o desenvolvimento e a adoção do Drex.
Por ora, o processo segue em fase preliminar. O regulador ainda está apenas colhendo percepções e informações. Mas o recado já foi dado: o Banco Central está atento à evolução tecnológica do setor de pagamentos e disposto a redesenhar as regras do jogo para acompanhar as transformações em curso — seja para garantir segurança, reduzir abusos, ou mesmo pavimentar o futuro digital da moeda nacional.
STJ valida penhora de criptomoedas e amplia poder da justiça

A decisão inédita permite bloqueio direto de ativos digitais em corretoras e reforça fiscalização sobre o setor.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) estabeleceu um marco inédito para o mercado de criptomoedas no Brasil, ao permitir que juízes solicitem diretamente a corretoras de criptoativos a localização e penhora de bens digitais pertencentes a devedores. A decisão amplia significativamente o alcance da Justiça sobre esse tipo de patrimônio, gerando preocupação entre investidores e empresas do setor.
O caso que motivou essa jurisprudência envolveu a Pearson Education do Brasil Ltda e teve como relator o ministro Humberto Martins. O tribunal considerou válida a penhora de criptomoedas mesmo quando não há saldo em contas bancárias tradicionais, reforçando o entendimento de que ativos digitais podem ser utilizados para quitar débitos judiciais.
A decisão também autoriza o acesso a carteiras digitais e permite investigações para rastrear e bloquear criptoativos, consolidando o reconhecimento dessas moedas como parte do patrimônio expropriável dos devedores. Embora o Bitcoin e outras criptomoedas não sejam moedas de curso forçado, a Justiça brasileira os trata como reserva de valor e meio de pagamento.
O ministro Ricardo Villas Bôas Cueva, que solicitou vista no julgamento, reconheceu os desafios técnicos na execução dessas medidas, apontando a descentralização dos criptoativos e o uso da tecnologia blockchain como fatores que dificultam seu rastreamento. No entanto, enfatizou que o poder público deve buscar soluções eficazes diante da crescente utilização de criptomoedas para blindagem patrimonial.
Outro ponto de destaque foi a menção ao desenvolvimento do CriptoJud, um sistema criado pelo Conselho Nacional de Justiça em parceria com a Associação Brasileira de Criptoeconomia. A ferramenta será utilizada para rastrear e bloquear ativos digitais em exchanges, suprindo a limitação do atual SisbaJud, que não abrange criptoativos.
Com essa decisão, o mercado de criptomoedas passa a estar sob maior vigilância judicial. A possibilidade de bloqueio desses ativos deixa de ser meramente teórica e se torna uma realidade com respaldo legal. Além disso, a ausência de uma regulamentação específica não impede a penhora de criptoativos, visto que o Judiciário os reconhece como parte do patrimônio dos devedores.
Diante desse novo cenário, exchanges e bancos que operam com criptomoedas precisarão reforçar suas práticas de conformidade para evitar implicações legais, uma vez que a Justiça vem adotando uma postura cada vez mais rigorosa em relação ao setor.
Brasil pode incluir bitcoin em suas reservas internacionais

Bitcoin no Cofre do Brasil: O Debate Avança e Ganha Força no Congresso, podendo mudar o futuro econômico do país.
A ideia de o Brasil manter uma parcela de suas reservas internacionais em Bitcoin, modelo já adotado com o ouro e o dólar, está deixando de ser um tema exclusivo de entusiastas do mercado cripto. Agora, essa discussão começa a ganhar relevância no cenário político e econômico, atraindo atenção de analistas e investidores.
Em um evento oficial realizado em Brasília na última quarta-feira (25), um representante do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) se posicionou favoravelmente à criação de uma “reserva estratégica de valor em bitcoin” para o país. A declaração foi feita durante um encontro promovido pela Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo (FPBC).
A declaração de Pedro Giocondo Guerra, chefe de gabinete de Alckmin, gerou surpresa por vir de dentro do governo Lula, que até então demonstrava certa distância da discussão sobre criptomoedas. Guerra, em sua fala, destacou que o Bitcoin representa o “ouro da internet”. Para ele, a criptomoeda não só facilita a transferência de riqueza de forma ágil, mas também serve como uma maneira eficiente e segura de armazenar valor. Em suas palavras, a conversa sobre o tema precisa ser conduzida com seriedade e profundidade.
Brasil Perde Tempo ou se prepara para o Futuro?
Essa fala surge poucos dias depois de o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, autorizar formalmente a utilização de criptomoedas como parte da reserva estratégica do governo americano. A medida é um reflexo do crescente reconhecimento global do Bitcoin como um ativo robusto contra a inflação e outras incertezas econômicas.
Com características semelhantes ao ouro, como a oferta limitada e a descentralização, o Bitcoin já é adotado por grandes investidores e empresas como um meio de proteção financeira. O Brasil, portanto, corre o risco de ficar para trás em uma corrida tecnológica que vai além do simples mercado financeiro. O exemplo de El Salvador, que adotou o Bitcoin como moeda legal em 2021, e a recente aproximação do governo argentino com o setor cripto, mostram que o futuro digital das economias está sendo moldado agora.
Proposta de Lei ganha força no Congresso
Se o Brasil não tomar medidas agora, pode acabar pagando um preço elevado por um recurso que poderia estar acumulando de forma estratégica. Essa visão já foi expressa pelo Deputado Federal Eros Biondini (PL-MG), que propôs no Congresso uma lei para instituir a reserva de Bitcoin. A ideia é usar a criptomoeda como uma alternativa para proteger o Brasil contra possíveis crises globais e flutuações no mercado cambial.
Em um evento recente, o deputado reforçou a urgência da proposta, afirmando que o Brasil não pode adiar mais essa decisão estratégica.
A discussão está acontecendo agora
Além das declarações de Guerra, o Congresso Nacional já está discutindo a viabilidade da reserva de Bitcoin, e a proposta de Biondini ganha cada vez mais força. A iniciativa visa instruir o Tesouro Nacional a criar e manter essa reserva digital, com o objetivo de trazer maior estabilidade econômica ao país, diversificando suas reservas e prevenindo os impactos de crises externas.
Embora não haja uma decisão final sobre o tema, o tom das discussões mudou significativamente. O Bitcoin, antes tratado como algo restrito a especuladores e entusiastas, agora é um assunto amplamente discutido dentro do governo e entre os parlamentares, indicando que o debate pode estar se aproximando de uma transformação concreta na política econômica do Brasil.