Banco Central diz que todas as corretoras de criptomoedas terão que seguir regras
Com regulamentação das criptomoedas no Brasil, Banco Central afirma que corretoras terão que seguir regras.
Um dos assuntos mais discutidos no mercado financeiro nacional é a regularização das corretoras criptomoedas no Brasil. O assunto vem sendo amplamente discutido e foi alvo de debate durante o seminário internacional “Regulação e concorrência no mercado digital”, que foi promovido pela Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU). Em sua fala, o diretor de Regulação do Banco Central do Brasil, Otávio Ribeiro Damasceno, falou sobre o tema e afirmou que as exchanges deverão seguir regras para atuação em território brasileiro.
“Esse é um universo novo para o Banco Central, o BC não regulava isso, teve uma lei se eu não me engano há dois anos atrás, há um ano atrás. O Presidente da República designou que o órgão responsável seria o Banco Central. A gente ficou esse ano estudando e soltou e uma consulta pública”, disse Damasceno.
Além de falar sobre ser um universo novo para o Banco Central, Damasceno foi enfático ao dizer que todas as corretoras de criptomoedas que atuam no Brasil deverão seguir regras, estando de acordo ou não com o regramento.
“Vai ser um grande desafio, porque é um mercado que o Banco Central não conhece, ele não tem relação direta com ele, a gente não sabe sequer quantas exchanges de criptomoedas existe no país. Nem todas vão querer regras, e estamos preocupados com mercado marginal. Pela a nossa regulamentação, todas vão ter que ser autorizadas e vão ser supervisionadas pelo Banco Central”, afirmou o diretor do BC.
O evento que foi promovido pela ESMPU teve parceria com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a Universidade de Brasília (UnB). Além disso, também houve a participação de representantes do MPF, do MPDFT e dos MPs estaduais, do Instituto Brasileiro de Estudos de Concorrência, Consumo e Comércio Internacional (Ibrac), da Associação Brasileira de Direito e Economia (ABDE) e do Instituto de Estudos em Ciências Sociais (IE).
Shaquille O’Neal faz acordo em processo envolvendo NFTs
Para encerrar processo envolvendo NFTs, Shaquille O’Neal irá desembolsar US$ 11 milhões.
Considerado um dos maiores jogadores da história da NBA, o astro do basquete Shaquille O’Neal concordou em pagar US$ 11 milhões (aproximadamente R$ 63 milhões) para encerrar um processo envolvendo NFTs (tokens não-fungíveis). O acordo, que ainda depende da aprovação de um juiz, encerrará uma ação coletiva.
O montante será destinado a compradores que alegam prejuízos financeiros com os NFTs e tokens, além de cobrir os honorários advocatícios. De acordo com o site DL News, o caso está relacionado ao projeto Astrals, que incluía uma coleção de NFTs e um token de governança. Este token foi concebido para funcionar como um sistema de votos em uma organização autônoma descentralizada (DAO).
Um tribunal federal na Flórida, nos Estados Unidos, avaliou que os ativos poderiam ser classificados como títulos não registrados e apontou que O’Neal teve um papel importante no projeto, principalmente por ser uma figura pública. Embora o site oficial do Astrals tenha sido desativado, os NFTs ainda estão disponíveis na plataforma OpenSea. Esses tokens, inicialmente projetados como personagens 3D para um jogo, agora enfrentam incertezas em relação ao seu valor.
Donald Trump diz que poderá usar exército para deportações
Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump confirmou a seguidor que poderá usar o exército para deportações.
No início do mês, o empresário e multimilionário Donald Trump foi eleito para mais um mandato como presidente dos Estados Unidos. Conservador, Trump afirmou durante sua campanha que seu objetivo era recuperar a economia norte-americana e fechar as fronteiras, além de trabalhar arduamente para efetuar deportações de pessoas que estejam ilegalmente no país.
Nesta segunda-feira (18), em publicação na Truth Social, sua rede social, Donald Trump concordou com um seguidor que disse que ele “declararia uma emergência nacional e utilizaria ativos militares” para deportações. A declaração do presidente dos Estados Unidos não chega a ser uma surpresa, pois esse tipo de fala foi amplamente dita ao longo de sua campanha na corrida presidencial.
Na caminhada pela Casa Branca, Donald Trump acabou afirmando que se fosse necessário iria declarar uma emergência nacional para acionar poderes que facilitariam envolver o exército dos Estados Unidos para ajudar a deportar milhões de pessoas que ele considera estar ilegalmente dentro do país.
Ibovespa fecha estável enquanto inflação e juros ganham destaque
Com o feriado da Proclamação da República, o mercado se manteve calmo, mas os dados inflacionários do Brasil e dos EUA e as declarações de Jerome Powell sobre a taxa de juros atraem atenção dos investidores.
O Ibovespa fechou a quinta-feira (14) com uma leve alta de 0,05%, alcançando os 127.799 pontos. A movimentação moderada pode ser explicada pela proximidade do feriado da Proclamação da República, o que resultou em menor liquidez no mercado. Segundo Idean Alves, planejador financeiro e especialista em mercado de capitais, o feriado provocou uma diminuição nas negociações, já que muitos investidores preferem não assumir posições ativas antes de um período de baixa movimentação, temendo possíveis correções nos mercados internacionais, que poderiam afetar o mercado local na retomada das negociações na segunda-feira.
O dólar comercial encerrou a semana com uma variação mínima de -0,01%, cotado a R$ 5,78, refletindo a estabilidade nas negociações. A semana foi curta devido ao feriado, mas trouxe importantes dados inflacionários tanto do Brasil quanto dos Estados Unidos. No Brasil, o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) de novembro registrou uma alta de 1,45%, superando a mediana das expectativas, que era de 1,41%.
O IGP-10, calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), antecipa a inflação para o mês, e a aceleração do índice em relação ao mês anterior (1,3%) foi impulsionada principalmente pelo aumento nos preços das commodities no atacado e pela alta na energia elétrica. Esse aumento sugere uma pressão inflacionária, já que os preços no atacado costumam ser repassados para o varejo, indicando que a inflação poderá se manter elevada no curto e médio prazo.
Nos Estados Unidos, a inflação no atacado, medida pelo Producer Price Index (PPI), subiu 0,2% em outubro em relação a setembro, com um avanço de 2,4% na comparação anual. Apesar das expectativas estáveis, a inflação segue acima da meta de 2%, e a percepção inflacionária dos consumidores permanece alta. Esse cenário torna ainda mais relevante o discurso de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), feito na quinta-feira.
Em suas declarações, Powell apontou que o crescimento econômico constante, o mercado de trabalho robusto e a inflação ainda acima da meta permitem que o Fed continue com cautela nas decisões sobre a taxa de juros. Isso alinha-se com as expectativas do mercado, que preveem menos cortes nas taxas de juros no próximo ano do que os membros do Fed haviam indicado anteriormente.
Powell também destacou que o ritmo dos cortes na taxa de juros “não está predefinido” e que a economia dos Estados Unidos não está enviando sinais de que seja necessário reduzir rapidamente as taxas. Ele enfatizou que a atual resiliência da economia oferece ao Fed a capacidade de tomar decisões com mais cuidado e sem pressa.
Além disso, após as eleições recentes, que podem ter alterado a visão dos eleitores sobre as questões econômicas do país, Powell afirmou que o cenário econômico atual é “notavelmente positivo”, destacando que a força da economia permite que o banco central aborde as questões econômicas de forma prudente e gradual.
Caixa já registrou lucro de mais de R$ 9 bilhões em 2024
Com um aumento de 21,6%, lucro da caixa em 2024 já superou os R$ 9 bilhões.
Em balanço divulgado nesta quarta-feira (13), a Caixa Econômica Federal confirmou que registrou um lucro líquido de mais de R$ 9 bilhões nos primeiros nove meses de 2024. Para ser mais exato, a instituição financeira lucrou até o mesmo de setembro R$ 9,4 bilhões, registrando uma alta de 21,6% se comparado ao mesmo período do ano que passou.
Se tratando apenas do terceiro trimestre de 2024 (julho, agosto e setembro), o lucro líquido foi de R$ 3,3 bilhões, um crescimento de 0,7% se comparado ao mesmo período de 2023. Por outro lado, se comparado com o segundo trimestre de 2024 (abril, maio e junho), o lucro líquido da Caixa acabou recuando 0,7%. Ainda assim, os números são positivos e existe a expectativa de ultrapassar os R$ 10 bilhões em lucro este ano.
Em relação às despesas de pessoal e administrativas, a Caixa informou que gastou R$ 10,8 bilhões, ou seja, houve um crescimento de 6,3% em relação ao mesmo período de 2023 e de 0,3% quando comparado ao segundo trimestre deste ano. No acumulado dos nove primeiros meses de 2024, a instituição financeira já acumulou R$ 33 bilhões com gastos de despesas de pessoal e administrativas.
Spotify prevê lucro acima do calculado pelo mercado
Mudanças operacionais e cortes de gastos fazem o Sportify acreditar que o lucro do último trimestre será maior do que o esperado.
A tecnologia faz parte do cotidiano do cidadão e isso está inserido em qualquer meio. Na hora de relaxar, especialmente ouvindo música, quem está presente são os streamings, plataformas digitais que possuem em seus sistemas os mais variados artistas. A maior e mais conhecida delas, o Spotify, divulgou um comunicado informando que prevê um lucro acima do esperado para o quatro trimestre do ano.
De acordo com a gigante sueca, seus números serão maiores do que o previsto pelos especialistas de Wall Street. Para que isso seja possível, o Sportify demitiu funcionários, descontinuou podcasts e cortou seus gastos com marketing ao longo do último ano para aumentar a lucratividade, além disso, confia no aumento da assinatura de usuários “premium” para alcançar sua meta.
O Spotify projeta um lucro operacional de 481 milhões de euros no quarto trimestre, superando a estimativa média de 445,7 milhões de euros dos analistas de Wall Street. A previsão para usuários ativos mensais é de 665 milhões, também acima das estimativas de 661 milhões, segundo a Visible Alpha. A plataforma espera adicionar cerca de 8 milhões de assinantes premium no último trimestre, totalizando 260 milhões de assinantes.
Bitcoin ultrapassa a casa dos R$ 500 mil
Em dia histórico, Bitcoin ultrapassou pela primeira vez a barreira dos R$ 500 mil.
A segunda-feira, 11 de maio, entrou para a história das criptomoedas, principalmente no mercado brasileiro de ativos digitais. O Bitcoin, maior criptoativo em valor de mercado, ultrapassou a marca de R$ 500 mil por unidade. Esta é a primeira vez na história que a criptomoeda ultrapassa essa barreira e isso é resultado de uma forte demanda pela criptomoeda no país.
Não podemos deixar de destacar que a vitória de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos afetou na suba do valor de mercado do Bitcoin. Por outro lado, cada vez mais os investidores estão buscando ativos descentralizados e resistentes à inflação, em um cenário econômico global incerto e marcado por instabilidades, o que não é diferente no Brasil.
“O Bitcoin continua a desafiar as expectativas ao estabelecer novos máximos. O mercado está se movendo como se finalmente percebesse que estaremos em um mercado em alta inegável nos próximos anos”, afirmou Chris Newhouse, diretor de pesquisa da Cumberland Labs.
No momento da redação desta matéria, o valor unitário do Bitcoin correspondia a R$ 505.386,47, valor histórico. Por ser um mercado volátil, não se sabe se o valor irá se estabilizar ou se irá ter novas variações. De qualquer forma, ter ultrapassado a barreira dos R$ 500 mil foi um marco histórico para o mercado cripto brasileiro.
Venda de veículos automotores tem registrado alta em 2024
Acumulado de 2024 registrou alta na venda de veículos automotores.
A Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) divulgou nesta quinta-feira (07) o balanço de vendas de veículos novos até o final de outubro. Conforme os números apresentados, o número de venda de veículos automotores até o final de outubro representou uma alta de 16,4% se comparado ao mesmo período do ano passado.
Até o final do mês de outubro, as vendas de veículos automotores no país alcançaram a marca de 3,89 milhões de unidades. Em outubro, foram comercializadas 452,8 mil unidades, uma elevação de 9,6% em relação a setembro e de 20,6% sobre o mês de outubro de 2023. Segundo José Maurício Andreta Júnior, presidente da Fenabrave, os números foram impulsionados pela oferta de crédito.
“A oferta de crédito continua impulsionando os automóveis e comerciais leves, com taxa de aprovação das propostas em 75%. A alta acumulada nos licenciamentos é semelhante à nossa projeção anual, de elevação de 15%”, disse o presidente da Fenabrave.
O relatório aponta que foram comercializadas 1,9 milhões de unidades de automóveis e comerciais leves, o que significa uma alta de quase 15% em relação ao mesmo período de 2023. Já em relação às motocicletas, foram vendidas 1,57 milhão de unidades, resultando em 19,6% acima do registrado no ano passado. Já em relação aos veículos elétricos, o crescimento nas vendas foi muito grande, com uma alta de 106,6% em relação ao mesmo período do ano que passou.
Passagens aéreas tiveram redução de preços em setembro
De acordo com a Anac, alguns fatores influenciaram na queda dos preços das passagens aéreas em setembro.
É bem verdade que as passagens aéreas não baratas, porém, nem se compara com os preços praticados antigamente, quando somente pessoas com bom poder aquisitivo conseguiam andar de avião. Atualmente, é possível comprar bilhetes por valores bem mais em conta, o que aproximou a aviação de muitas pessoas. Em setembro, por exemplo, as passagens aéreas apresentaram uma redução em seu preço.
De acordo com os dados disponibilizados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a redução nos preços em setembro alcançou 14,7% se comparado com o mesmo período de 2023, cujo ticket médio foi de R$ 666,01. De acordo com Silvio Costa Filho, ministro de Portos e Aeroportos, fatores como a queda no preço do querosene de aviação e maior oferta de voos colaboraram com a redução nos preços das passagens aéreas.
“O resultado também é fruto do plano de universalização do transporte aéreo que lançamos juntos com as companhias brasileiras. Estamos trabalhando para tornar as tarifas ainda mais acessíveis. Estamos no caminho certo”, disse o ministro.
Conforme os indicadores disponibilizados pela Anac, a região Norte foi a que registrou o maior percentual de queda com 22%, seguida pelo Centro-Oeste (18,2%), Sudeste (16,7%), Nordeste (9,4%) e Sul (8,6%). Os números foram apurados levando em consideração o aeroporto de origem dos voos. No geral, setembro registrou uma redução real nos preços das passagens aéreas em 23 estados e no Distrito Federal.
Eletrobras registra lucro bilionário no terceiro trimestre
Balanço do terceiro trimestre da Eletrobras teve registro de lucro bilionário.
A Eletrobras é conhecida por ser a maior empresa de energia elétrica da América Latina e uma das maiores do mundo. Em relatório divulgado nesta quarta-feira (06), a empresa informou que obteve um lucro líquido de R$ 7,195 bilhões no terceiro trimestre de 2024, o que representa um aumento de 387,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Em relação ao lucro líquido ajustado, o valor foi de R$ 7,56 bilhões no terceiro trimestre, um avanço significativo frente ao lucro ajustado de R$ 1 bilhão registrado um ano antes.
Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado atingiu R$ 11,96 bilhões, um crescimento de 164% em relação ao ano anterior, mais que o dobro das expectativas dos analistas, que previam R$ 5,4 bilhões. O Ebitda regulatório ajustado somou R$ 6,77 bilhões no trimestre, alta de 8,7% em comparação ao mesmo período do ano passado. O Ebitda sem ajustes avançou 152,5% no trimestre, alcançando R$ 12,159 bilhões.
Por fim, o relatório divulgado pela Eletrobras mostra que receita operacional líquida da empresa no terceiro trimestre foi de R$ 11,04 bilhões, 25,8% superior ao registrado no mesmo período de 2023. O indicador de alavancagem financeira, medido pela relação entre dívida líquida ajustada e Ebitda ajustado, ficou em 1,7 vezes em setembro de 2024, uma redução de 15,3 pontos percentuais em comparação ao mesmo período de 2023.