Voepass deixará de operar nove rotas
Após queda que matou 62 passageiros, Voepass irá deixar de operar nove rotas.
Há aproximadamente duas semanas uma tragédia aérea parou o Brasil. O voo 2283 da Voepass, antiga Passaredo, que ia de Cascavel-PR para Guarulhos-SP, caiu na cidade de Vinhedo-SP, matando todas as 62 pessoas a bordo. Dias após a tragédia, uma notícia divulgada pela empresa aérea acabou chamando a atenção. Segundo a Voepass, a companhia está deixando de operar nove rotas de sua responsabilidade, isso pelo menos até o final de outubro.
Desde o último dia 9, data em que ocorreu o acidente, os voos com destino a Fortaleza, Belo Horizonte e Porto Seguro (BA) foram suspensos. A partir do dia 26 de agosto a empresa também deixará de operar as rotas para Salvador, Natal e Mossoró (RN), enquanto no dia 2 de setembro São José do Rio Preto (SP), Cascavel (PR) e Rio Verde (GO) saem da lista de operação da Voepass.
“Com uma aeronave a menos em sua frota, a Voepass Linhas Aéreas informa que foi necessário realizar uma readequação em sua malha. A medida objetiva garantir uma melhora significativa na experiência dos passageiros, minimizando eventuais atrasos e cancelamentos”, diz a explicação da Voepass.
Causas do acidente do voo 2283
As principais suspeitas das autoridades é que o acidente envolvendo o voo 2283 tenha sido causado por conta do acúmulo de gelo sobre as asas do ATR 72-500. Porém, no relatório a ser divulgado pelo Cenipa, deverão existir informações mais precisas sobre o que levou a causar a grande tragédia, inclusive os eventuais problemas de manutenção que são corriqueiramente relatados por passageiros.
A aeronave operada pela Voepass, cujo prefixo era PS-VPB, partiu de Cascavel (PR) na manhã da última sexta-feira (9), transportando 62 pessoas, das quais 58 eram passageiros e quatro tripulantes. O voo tinha como destino final o Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP), mas o ATR 72-500 caiu abruptamente, girando em parafuso, enquanto sobrevoava a cidade de Vinhedo, no interior de São Paulo, a cerca de 110 quilômetros de Guarulhos. Mesmo com a rápida chegada das equipes de salvamento, não foi possível resgatar sobreviventes.
Voos internacionais em alta
Embratur revela que voos internacionais apresentaram crescimento.
Não é novidade para ninguém que a pandemia do Covid-19, que teve o seu auge entre o início de 2020 e o início de 2022 afetou diretamente a economia. Entre os setores mais atingidos estão os de turismo e de viagens aéreas. Contudo, com a situação querendo voltar ao normal, os números começam a melhorar. Prova disso é que acabou sendo registrada uma alta nos voos internacionais.
De acordo com a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo, a Embratur, o mês de junho registrou 3.806 chegadas de voos internacionais ao país. Isso quer dizer que houve um aumento de 7,28% na conectividade se comparado a maio e, sendo que em relação a junho do ano passado o crescimento foi de 355,36%. Ainda segundo a agência, haverá um aumento expressivo até o começo de 2023.
Conforme divulgado pela Embratur, há a previsão de 84 novos voos e 47 frequências adicionais até fevereiro do próximo ano. Já em relação a janeiro a junho deste ano, 84 voos entraram em operação e 36 frequências foram adicionadas. Com a pandemia em ritmo fraco, ou ao menos sendo considerada menos letal, as próprias empresas aéreas viram a demanda aumentar.
Se tratando de voos internacionais, a Gol, por exemplo, aumentou o número de voos de Buenos Aires, Miami e Orlando para Brasília. Já a United Airlines retomou os seus voos que ligam Chicago e Houston à São Paulo e Rio de Janeiro, respectivamente. Já a Lufthansa aumentou a frequência de voos entre Frankfurt e Munique para o Rio de Janeiro, enquanto Amsterdam já tem voos diários para a capital carioca.
Enquanto isso, as empresas Eastern Air, Latam, Delta Airlines e Iberia já estão programando a inclusão de novos voos entre o Brasil e outros países.
Anvisa exige comprovante de vacinação
A Anvisa exige que sejam mostrados comprovantes de vacinação e inclusive, notificaram os postos sobre a decisão.
Nesta segunda-feira (13), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) comunicou os postos de fronteira, principalmente os aeroportos, sobre a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de exigir comprovante de vacinação a quem entra no país. Essa decisão passou a valer de maneira imediata.
“A decisão teve efeito imediato, sem prazo de adequação e, por isso, exige da agência a realização de avaliações pontuais, especialmente em relação aos passageiros que já estavam em deslocamento ou em trânsito no momento em que a decisão foi emitida”, disse a nota da Anvisa.
Além disso, a Anvisa informa que as avaliações são realizadas pontualmente visando também os casos em que as pessoas que viajam para o país e possam ser prejudicadas pela mudança nas regras entre os períodos de embarque e de chegada no Brasil.
Dessa forma, o comprovante de vacinação contra a Covid-19 está sendo exigido ao longo do dia em todos os aeroportos com voos internacionais “de forma que os passageiros já foram interpelados em relação à exigência do documento”, completa a Anvisa.
A Anvisa ainda espera pela edição da portaria interministerial com o maior número possível de detalhes sobre as regras impostas às pessoas que entram no Brasil, “a fim de que possa realizar as adequações operacionais que se fizerem necessárias”.
Crescimento do turismo no Brasil
Em 2020 o Brasil registrou crescimento no turismo, mas ainda foi mais baixo que em 2019.
O Brasil registrou, em maio, crescimento no setor do turismo, num faturamento de R$ 9,6 bilhões, sendo 47,5% maior do que maio do ano passado. Porém, se comparado ao mesmo mês do ano de 2019, que era antes do início da pandemia da Covid-19, o país apresentou redução de 31,2% no faturamento do turismo.
Os dados do crescimento do turismo no Brasil em 2020 foram divulgados hoje (sexta-feira 16), através da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
Além disso, em maio, o transporte aquaviário foi o único dos grupos de atividades analisados pela FecomercioSP, que conseguiu ultrapassar o momento pré-pandemia, tendo alta registrada em 20% no faturamento se comparado ao mesmo mês em 2019. Já o transporte aéreo, é o que registra a menor queda com relação a 2019, de 50,5% – variação similar à da redução da demanda de passageiros, na mesma comparação, de 43%.
Em maio deste ano, o ramo dos restaurantes e alojamentos tiveram faturamento de R$ 2,8 bilhões, sendo 33,5% abaixo do garantido em maio de 2019. Assim, a variação foi muito próxima do grupo de atividades culturais, recreativas e esportivas (-33,8%), que também sofreu por conta do isolamento social.
Já o conjunto de atividades que envolve agências, operadoras de turismo e locação de veículos, registrou uma queda de 13,2% em maio, se comparado a 2019 o setor de transporte terrestre registrou redução de 6,6%.
“A vacinação ainda é a principal variável para os turistas voltarem a viajar com segurança e para os empresários se planejarem de forma mais sólida”, diz, em nota, a FecomercioSP. “Iniciativas como a redução das restrições, a ampliação das ofertas dos serviços turísticos e a aceleração da vacinação em todo o país são fundamentais para uma melhora gradativa e mais consistente do setor”.
Como visto, mesmo o Brasil tendo registrado crescimento no setor do turismo em 2020, ainda assim ficou abaixo com relação a comparação de 2019.
Por conta do Covid-19, movimentos em aeroportos será menor neste fim de ano
De acordo com uma estimativa da Infraero, por conta do Covid-19, os movimentos em aeroportos serão menores neste fim de ano.
A Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) estima que por conta do Covid-19, os movimentos em aeroportos serão 41% menores neste fim de ano. A Infraero é uma empresa administradora de 48 aeroportos brasileiros, o que inclui o de Congonhas (SP) e o Santos Dumont (RJ).
Assim, segundo a empresa, 32 aeroportos cujo estão sob sua responsabilidade, receberão aproximadamente 1,91 milhão de passageiros do dia 18 ao dia 4 de janeiro. Em comparação com as festas de fim de ano de 2019, 3,27 milhões de pessoas frequentaram os aeroportos administrados pela Infraero, o que totaliza 30% da movimentação de passageiros em todo o Brasil.
A Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas) informou que a partir da segunda quinzena de dezembro e até o fim da semana que vem, a média diária de decolagens previstas de todos os aeroportos do Brasil oscila entre 72% e 70% da média das semanas anteriores à confirmação da presença do Covid-19, no final do mês de fevereiro.
Além disso, segundo as informações da Abear, se em média 1.663 partidas por dia forem confirmadas, os movimentos de dezembro ficarão por volta de 69% do nível da pré-crise sanitária. Já para a primeira semana do mês de março, a previsão era em média de 2,4 mil viagens domésticas por dia nos aeroportos brasileiros.