Aneel obriga distribuidoras de energia a adotarem o Pix como meio de pagamento
Após obrigação da Aneel, distribuidoras de energia deverão aceitar Pix como meio de pagamento.
O Pix, método de transação bancária instantâneo, é uma das ferramentas mais utilizadas pelos brasileiros. Agora, os consumidores de energia elétrica também poderão utilizar a ferramenta para quitar seus débitos. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) determinou que as distribuidoras de energia passem a aceitar o Pix como meio de pagamento e o prazo para a regularização é de quatro meses.
“O Pix veio para modernizar o sistema de pagamento no Brasil. Hoje já é o mais usado. O sistema elétrico não poderia ficar fora disso. Algumas distribuidoras já anteciparam, fizeram isso facultativamente. Então, cabe à Aneel vir regular e exigir que todas oportunizem ao consumidor essa ferramenta”, disse Ricardo Tili, diretor e relator do processo na Aneel.
De acordo com a Aneel, muitas distribuidoras já disponibilizavam o Pix como meio de pagamento, porém, a adoção não era unânime entre as distribuidoras. A agência de energia ainda afirmou que os pagamentos com código de barras, convênios com bancos e débito automático não serão extintos, sendo que a adoção do Pix é apenas para gerar mais um meio para o consumidor pagar suas faturas de energia. A Aneel ainda afirmou que com o Pix as próprias distribuidoras de energia irão reduzir seus custos, pois a impressão do QR Code é mais barata que a impressão do código de barras.
Pix é o meio de pagamento mais usado no Brasil
Lançado há exatos dois anos, Pix se tornou o meio de pagamento mais usado do Brasil.
Já se foi o tempo em que as transações eram feitas, em sua maioria, através de dinheiro vivo, DOC (documento de crédito) e TED (transferência eletrônica disponível). Desde a implementação do Pix (método de transferência monetária instantânea) em novembro de 2020, o novo método de pagamento ultrapassou as transações realizadas nos modelos acima citados, sendo o mais utilizado no Brasil.
De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o Pix caiu no gosto dos brasileiros, tanto nos dois anos após o seu lançamento houve 26 bilhões de operações feitas no sistema financeiro nacional, sendo os valores das transações acabaram atingindo R$ 12,9 trilhões. Ainda de acordo com a Febrabran, o número de transações em Pix superou o de DOC e TED juntos em apenas seis meses de funcionamento. Além disso, nos últimos doze meses houve um aumento de 94% nas transações por Pix.
Transações de valores mais baixos e localidades onde o Pix foi mais usado
Outro dado importante que foi divulgado é que as pessoas utilizam o Pix para transações de menores valores se comparadas à TED. Prova disso é que em setembro deste ano o Pix atingiu R$ 1,02 trilhão em transações e seu tíquete médio foi R$ 444, enquanto a TED somou R$ R$ 3,4 trilhões e seu tíquete médio acabou sendo de R$ 40,6 mil.
“Os números mostram que a população está usando o Pix como meio de pagamento de menor valor, como por exemplo, em transações com profissionais autônomos, e também para compras do dia a dia, que seriam feitas com notas, como foi previsto à época do lançamento da ferramenta”, afirmou Leandro Vilain, diretor executivo de Inovação, Produtos e Serviços Bancários da Febraban.
Em setembro, as regiões que mais usaram o Pix foram a Sudeste (43%), seguida do Nordeste (26%), Sul (12%), Norte (10%) e Centro Oeste (9%), sendo que os usuários entre 20 e 39 anos correspondem a 64% das pessoas que realizaram tais operações.
Pagamentos com cartões apresentaram crescimento
Pagamentos com cartões registraram um crescimento no primeiro trimestre.
Por mais que o Brasil ainda esteja vivenciando o Covid-19, é inegável que o pior momento da pandemia já ficou para trás. Desta forma, a economia começa a voltar a funcionar e, consequentemente, os gastos também começam a acontecer. Prova disso, é que os pagamentos com cartões registraram um crescimento no primeiro trimestre de 2022, período compreendido entre janeiro e março.
De acordo com o balanço divulgado pela Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), tanto os pagamentos como cartão de crédito, de débito e pré-pagos registraram alta no primeiro trimestre se comparado com o mesmo período de 2021. Ainda segundo a associação, foram movimentados aproximadamente R$ 760 bilhões em operações com cartões.
Em relação aos pagamentos com os cartões de crédito, houve um crescimento de 42,4% no primeiro trimestre se comparado com a mesma época do ano passado. Isso representa R$ 478,5 bilhões em pagamentos com cartões de crédito nos três primeiros meses do ano. Já a alta em relação aos cartões de débito, o crescimento ficou na casa de 15,2%, representando R$ 235,4 bilhões em pagamentos no primeiro trimestre. Por fim, as transações com cartões pré-pagos somaram R$ 44,6 bilhões de janeiro a março, alta de 148,4%.
No entanto, por mais que os pagamentos com cartões apresentassem crescimento, um dado negativo chamou a atenção. A inadimplência dos usuários de cartões de crédito vem em grande crescimento nos últimos meses e, segundo a Abecs, o desemprego elevado, a inflação alta e a taxa de juros elevada estão provocando uma corrosão da renda das famílias.
Banco Central limita transferências por PIX
Banco Central limita transferências por PIX à noite.
Em virtude dos inúmeros casos de golpes, fraudes e crimes violentos, o Banco Central anunciou que as transferências via PIX serão limitadas à noite. De acordo com João Manoel Pinho de Mello, diretor do BC, entre as 20h e 6h o valor máximo por transferência será de R$1.000,00. Segundo Mello, o valor foi estipulado com base nos dados e médias dos valores que são transferidos por PIX.
“Vimos que na média as transações eram de cerca de R$ 500. E vai proteger o patrimônio do usuário, bem como evitar crimes como sequestro relâmpago, já que o valor não é tão alto”, disse João Manoel Pinho de Mello.
Apesar do Banco Central limitar as transferências por PIX na parte de noite, a medida não foi exclusiva a este meio de operação. Segundo a instituição, outros meios de pagamentos serão afetados, porém houve o direcionamento maior ao PIX devido aos problemas que vem acontecendo desde a sua implementação em novembro de 2020.
“O BC acompanha todos os sistemas no seu perímetro regulatório e há efeitos colaterais no Pix, assim como há com cartões de créditos. Após monitorar e fazer um diagnóstico preciso e avaliar os custos, como fraudes, golpes e crimes, como sequestros relâmpagos, entendemos que era necessário fazer uma intervenção. “E essas alterações tem como objetivo não onerar com burocracia os participantes dos arranjos de pagamentos (bancos, coorporativas, fintechs) e sem desincentivar o usuário a usar o meio de pagamento. A agenda de digitalização é inevitável e extremamente positiva”, afirmou Mello.
Abaixo, confira as principais mudanças realizadas:
Como era antes |
Limite do Pix diurno: limitado a TED como referência; |
Período do Pix noturno (entre 20h e 6h): limite do cartão de débito como referência; |
Clientes podem reduzir ou aumentar seu limite, pelo app, com efeitos imediatos (redução) e entre 1 horas e o dia útil seguinte (aumento); |
Como ficou |
Limite do Pix diurno: limitado a TED como referência (não muda); |
Período do Pix noturno (entre 20h e 6h): R$ 1.000; |
Clientes podem reduzir ou aumentar seu limite, pelo app ou canais digitais, com efeitos imediatos (redução) e entre 24 e 48 horas (aumento); válido para Pix, TED, DOC, boleto e cartão de débito. |
Novos limites valem apenas para transferências entre pessoas físicas e entre pessoas físicas e MEI; |
Transações para empresas/PJ não tem limites em nenhum horários; |
Pode pedir para aumentar o limite diretamente com o banco no caso de contas pré-cadastradas pelo usuário, ou seja, um contato cuja transferência já foi feita alguma vez. Mas esse aumento só será disponibilizado após 24 horas para garantir mais segurança; |
O usuário poderá optar por zerar o limite, mas demorará entre 24h e 48h para reaver o limite maior seja igual ao anterior ou não; as instituições; |
Pix já está em funcionamento
Agora, de maneira definitiva, Pix já está em funcionamento
A tecnologia é algo muito importante para a sociedade e ela está inserida em todas as áreas. No setor financeiro, isso não seria diferente, tanto que foi criado um novo sistema de pagamento e transferência eletrônico. O Pix já está em funcionamento sem restrições para os seus usuários e os mesmos poderão realizarem transferências pelo novo sistema que vai funcionar por 24h todos os dias.
Ao todo, o Banco Central autorizou 762 instituições financeiras a utilizarem o sistema Pix para pagamentos e transferências. Segundo o Banco Central, o sistema não tem uma limitação de valores diário para realizar transações. Entretanto, visando principalmente combater os riscos de fraude, lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo, as instituições que ofertam o serviço poderão estipular um valor máximo diário.
Para Roberto Campos Neto, atual presidente do Banco Central, “o Pix é rápido, barato, seguro, transparente e aberto”. Disse ainda que o sistema terá novas funcionalidades no futuro, fazendo com que a vida dos usuários se torne ainda mais fácil. O Pix já está em funcionamento e pode ser utilizado tanto por pessoas físicas como por pessoas jurídicas.
Para as pessoas físicas, as operações de transferência e de compra serão gratuitas, por outro lado, as instituições financeiras poderão tarifar recebimento de vendas de produtos e de serviços. Enquanto isso, se tratando de pessoas jurídicas, poderá ser realizada a cobrança de tarifas por parte da instituição financeira.
Quase mil empresas irão ofertar o Pix
Quase mil empresas irão ofertar o Pix, novo método de operação financeira
Não é mais novidade que a tecnologia vem tomando conta do mundo e, com isso, até mesmo as instituições financeiras devem se adaptar. Com isso, quase mil empresas irão ofertar o Pix, novo método de operação financeira, que começará a ter validade a partir de 16 de novembro.
Para ser mais específico, 762 instituições, incluindo bancos, financeiras, fintechs (empresas de tecnologia no setor financeiro), instituições de pagamentos, entre outras, passarão a ofertar a tecnologia. No entanto, pelo menos momentaneamente, novos interessados não poderão ofertar o serviço, afinal a adesão foi encerrada no dia 16 de outubro.
“Os interessados foram aprovados com sucesso em todos testes necessários e estão prontos para ofertar o Pix de forma segura e em conformidade com os requisitos definidos pelo Banco Central. A quantidade e a diversidade das instituições que estão aptas a ofertar o Pix reforçam o caráter aberto e universal do arranjo de pagamento, evidenciam a grande competitividade que o Pix traz ao mercado e demonstram o forte engajamento dos diversos agentes para a adoção do Pix”, informou o Banco Central.
O que é o Pix?
O Pix é um novo meio de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central, que vai ser uma nova opção ao lado de TED, DOC e cartões para pessoas e empresas fazerem transferências de valores, realizarem ou receberem pagamentos. Com o Pix, as pessoas e empresas poderão fazer essas transações em menos de 10 segundos, usando apenas aplicativos de celular.