Banco Central confirma vazamento de dados cadastrais de 46 mil chaves Pix
Mesmo com o vazamento de dados cadastrais de 46 mil chaves Pix, dados sigilosos como saldos e senhas não foram afetados.
O Banco Central (BC) confirmou nesta segunda-feira (18) que os dados cadastrais de 46 mil chaves Pix foram esvaziados. De acordo com o BC, 46.093 clientes da Fidúcia Sociedade de Crédito ao Microempreendedor e à Empresa de Pequeno Porte Limitada (Fidúcia) foram vítimas do vazamento de dados. No entanto, dados sigilosos como saldos e senhas não foram afetados.
Conforme explicado pelo Banco Central, o vazamento de dados cadastrais de mais de 46 mil chaves Pix ocorreu em virtude de falhas no sistema da instituição de pagamento. Ainda de acordo com o BC, o caso, por ter sido de baixo potencial lesivo aos clientes, poderia até mesmo não ser comunicado, mas houve a informação pelo fato de a autarquia visar sempre a transparência.
Vale lembrar que esta não é a primeira vez que dados cadastrais das chaves Pix são vazados. Desde o lançamento do sistema instantâneo de pagamentos, em novembro de 2020, seis vezes os dados dos clientes foram vazados. O maior deles ocorreu em 2021, quando 414,5 mil chaves Pix por número telefônico do Banco do Estado de Sergipe (Banese) foram vazadas. Ao todo, quase 1 milhão de chaves já foram vazadas por falhas de segurança e nos sistemas informatizados.
Cresce o número de brasileiros que sacam dinheiro em bancos
Mesmo em meio à tecnologia avançada, houve registro de crescimento de saques em bancos e caixas eletrônicos.
Em meio ao avanço tecnológico, o uso de moeda de papel parece algo do passado. Atualmente, o uso de cartões de cartões, seja físico ou no celular, além do Pix, modo de transferência instantânea de valores, são usados pela maioria dos brasileiros. No entanto, engana-se quem pensa que a população não saca mais dinheiro em bancos e caixas eletrônicos.
Em pesquisa contratada pela TecBan, dona da rede de caixas eletrônicos Banco24Horas, e executada pelo Data Folha, ficou constatado que houve um aumento de pessoas que passaram a sacar dinheiro em espécie. Em comparativo com o ano de 2022, houve um aumento de 12%, ou seja, o número de usuários que sacou dinheiro em bancos e caixas eletrônicos saltou de 42% para 54%.
De acordo com o Instituto Data Folha, além dos saques em dinheiro, outras operações bancárias utilizadas com frequência pelos brasileiros são o pagamento de contas (69%), recebimento de dinheiro (67%), além da consulta de saldo e extrato (60%). Por outro lado, recargas de celular e depósitos são ações menos frequentes dos usuários de bancos e caixas eletrônicos.
A pesquisa ainda destacou que 85% dos brasileiros tem mais medo de ter o celular roubado do que a carteira. Além disso, situações como ter o dinheiro transferido instantaneamente para outra conta, ter os dados pessoais vazados, ser vítima de golpes pela internet e ser forçado a fazer transferências instantâneas também preocupam os brasileiros.
Número de transações em Pix bate recorde em um único dia
Transações realizadas em Pix num único dia bateu seu recorde.
A tecnologia desempenha um papel fundamental na sociedade e está presente em todas as áreas, incluindo o setor financeiro. Em 2020, foi introduzido um novo sistema de pagamento e transferência eletrônica chamado Pix, que agora é uma parte integral da vida cotidiana no Brasil. Prova disso é que houve recorde de transações realizadas num único dia por esse sistema de transferência.
De acordo com o Banco Central, 152,7 milhões de transferências instantâneas foram realizadas na última quarta-feira (06), tendo superado os 142,4 milhões do dia 4 de agosto. Ao todo, foram transacionados R$ 76,1 bilhões, o que gerou uma média de aproximadamente R$ 500 por transferência Pix.
“A maturação do Pix, a conveniência no seu uso e o desenvolvimento de soluções de integração pelo mercado estão permitindo maior diversificação nos casos de uso, aumentando sua importância no bom funcionamento da economia nacional. Os números reforçam a forte adesão de pessoas e empresas ao Pix”, disse o Banco Central por meio de nota.
Desde a sua criação, foram cadastradas mais de 650 milhões de chaves, com um total de 153 milhões de usuários. Entre os cadastrados, 92% são pessoas físicas e 8% são pessoas jurídicas. Ainda segundo os dados do Banco Central, 60% das transações por Pix são realizadas por pessoas entre 20 e 39 anos.
Pix Automático já tem data de lançamento
O Banco Central já estipulou uma data para o lançamento do Pix Automático, que deve ocorrer no ano que vem.
Nesta quarta-feira (21), o Banco Central anunciou que o Pix Automático deve ser lançado em abril de 2024. Essa função servirá para que pagamento sejam realizados com recorrência automática, visando o pagamento de contas de telefone, luz, escola, academia, condomínio, serviços de streamings, seguros e clubes por assinatura.
O usuário que desejar fazer o uso da nova função terá de solicitar uma autorização prévia, para que os pagamentos comecem a ser pagos de forma automática. Isso facilita a transação, já que não precisará da autenticação do cliente.
Para as pessoas que buscam a autorização, basta acessar o aplicativo do banco, com o QR Code ou através do Pix Copia e Cola. Essa autorização também pode ser cancelar no momento desejado pelo usuário, sem burocracias.
O Banco Central informou através de sua nota oficial, que o Pix Automático será direcionado a empresas de qualquer porte e segmento.
“A novidade irá ampliar o leque de alternativas disponíveis para que empresas de todos os tipos e segmentos recebam seus pagamentos recorrentes. Atualmente, o débito automático, por exemplo, depende de convênios bilaterais com múltiplas instituições, gerando complexidade operacional e custos elevados, o que restringe o serviço a grandes empresas, geralmente prestadoras de serviços públicos. Por outro lado, os pagamentos recorrentes no cartão de crédito não são acessíveis a parte relevante da população”, diz o BC através da nota.
Ainda de acordo com o Banco Central, o Pix Automático será sem taxas para o pagador. Já as empresas, recebem a tarifa no momento do ato. O pagador também conta com a função de limitar o valor da parcela que será paga.
Número de usuários de cartão de crédito aumentou mais de 30%
Entre 2019 e 2022, houve um aumento de 30% nos usuários de cartão de crédito.
É bem verdade que o Pix chegou para invar como meio de pagamento e transferência instantânea de valores. No entanto, muitas pessoas ainda se valem do bom e velho cartão de crédito, sendo que o número de usuários aumentou. De acordo com os dados do Banco Central, houve um crescimento de 30,9% entre 2019 e 2022 no número de clientes que utilizam o cartão de crédito como método de pagamento.
Segundo o Banco Central, em junho de 2019 64,7 milhões usuários possuíam saldo devedor no cartão de crédito. Já no mesmo mês, porém, em 2022, o número registrado era de 2019 84,7 milhões. Isso quer dizer que houve maior utilização do cartão de crédito ao longo dos anos, sendo que diversos fatores influenciaram para esse aumento significativo.
Entre eles, está a o grande aumento de instituições financeiras que surgiram no mercado brasileiro, principalmente fintechs e bancos digitais, que corresponderam a 27,6 milhões desses usuários. Além disso, a possibilidade de utilização de cartão de crédito pré-pago também influenciou nos números. Por fim, a possibilidade de ter prazo maior para pagamento e fato de poder consumir sem ter o dinheiro em espécie também colaborou para o aumento significativo no número de usuários de cartão de crédito.
PayPal deixa de usar o Pix
Em comunicado aos clientes, PayPal informou que não será mais possível utilizar o Pix em suas plataformas.
Desde a implementação do Pix, sistema de pagamento instantâneo de valores criado pelo Banco Central, a vida dos brasileiros melhorou significativamente. No entanto, indo na contramão da maioria das pessoas e empresas, o PayPal está deixando de utilizar o Pix em suas plataformas. Em comunicado, a empresa informou seus clientes que saiu do arranjo de pagamentos do Pix e que deverão buscar outras alternativas para sacar ou depositar dinheiro na plataforma.
“Este é um comunicado para informar que o PayPal não é mais um participante do arranjo Pix e, desta forma, todas as funcionalidades do Pix foram descontinuadas conforme anteriormente informado. Convidamos você a continuar aproveitando os benefícios de pagar com o PayPal”, diz o comunicado.
O comunicado gerou muitos questionamentos dos clientes PayPal, pois a empresa não mencionou os motivos de ter deixado de utilizar o mecanismo Pix. Após questionamentos sobre os motivos que levaram a tomar a decisão, inclusive sendo questionada se sabia de algo envolvendo o Pix que as demais pessoas não saibam, o PayPal informou que foi apenas no seu sistema de operação, por isso a descontinuação da funcionalidade.
Pagamento de contas e compras com o Pix batem recorde
Banco Central confirmou o recorde no pagamento de contas e compras realizadas com o Pix.
A tecnologia é algo muito importante para a sociedade e está inserida em todas as áreas. No setor financeiro, isso não é diferente. Em 2020, foi criado um novo sistema de pagamento e transferência eletrônico, conhecido como Pix. Já faz parte do cotidiano brasileiro e prova disso é que o pagamento de contas e compras realizadas por meio dele bateu recorde no primeiro trimestre.
De acordo com o Banco Central, o uso do Pix para o pagamento de contas e compras alcançou uma marca histórica no primeiro trimestre deste ano. No mês de março, por exemplo, as transações entre pessoas físicas e empresas corresponderam a 27% das operações realizadas no Pix. Ao todo, foram realizadas 683,75 milhões de transações no Pix de pessoas físicas para empresas, categoria que abrange compras físicas, compras pela internet e pagamento de contas.
Embora o pagamento de contas e compras tenha batido recorde, são as transações entre pessoas físicas que ainda dominam as operações. No mês passado, 67% das transações no Pix foram realizadas entre pessoas físicas. No geral, o mês de março também alcançou pela primeira vez a marca de 3 bilhões de transações mensais. Além disso, foram transferidos R$1,28 trilhão por meio do Pix no último mês.
Aneel obriga distribuidoras de energia a adotarem o Pix como meio de pagamento
Após obrigação da Aneel, distribuidoras de energia deverão aceitar Pix como meio de pagamento.
O Pix, método de transação bancária instantâneo, é uma das ferramentas mais utilizadas pelos brasileiros. Agora, os consumidores de energia elétrica também poderão utilizar a ferramenta para quitar seus débitos. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) determinou que as distribuidoras de energia passem a aceitar o Pix como meio de pagamento e o prazo para a regularização é de quatro meses.
“O Pix veio para modernizar o sistema de pagamento no Brasil. Hoje já é o mais usado. O sistema elétrico não poderia ficar fora disso. Algumas distribuidoras já anteciparam, fizeram isso facultativamente. Então, cabe à Aneel vir regular e exigir que todas oportunizem ao consumidor essa ferramenta”, disse Ricardo Tili, diretor e relator do processo na Aneel.
De acordo com a Aneel, muitas distribuidoras já disponibilizavam o Pix como meio de pagamento, porém, a adoção não era unânime entre as distribuidoras. A agência de energia ainda afirmou que os pagamentos com código de barras, convênios com bancos e débito automático não serão extintos, sendo que a adoção do Pix é apenas para gerar mais um meio para o consumidor pagar suas faturas de energia. A Aneel ainda afirmou que com o Pix as próprias distribuidoras de energia irão reduzir seus custos, pois a impressão do QR Code é mais barata que a impressão do código de barras.
Pix é o meio de pagamento mais usado no Brasil
Lançado há exatos dois anos, Pix se tornou o meio de pagamento mais usado do Brasil.
Já se foi o tempo em que as transações eram feitas, em sua maioria, através de dinheiro vivo, DOC (documento de crédito) e TED (transferência eletrônica disponível). Desde a implementação do Pix (método de transferência monetária instantânea) em novembro de 2020, o novo método de pagamento ultrapassou as transações realizadas nos modelos acima citados, sendo o mais utilizado no Brasil.
De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o Pix caiu no gosto dos brasileiros, tanto nos dois anos após o seu lançamento houve 26 bilhões de operações feitas no sistema financeiro nacional, sendo os valores das transações acabaram atingindo R$ 12,9 trilhões. Ainda de acordo com a Febrabran, o número de transações em Pix superou o de DOC e TED juntos em apenas seis meses de funcionamento. Além disso, nos últimos doze meses houve um aumento de 94% nas transações por Pix.
Transações de valores mais baixos e localidades onde o Pix foi mais usado
Outro dado importante que foi divulgado é que as pessoas utilizam o Pix para transações de menores valores se comparadas à TED. Prova disso é que em setembro deste ano o Pix atingiu R$ 1,02 trilhão em transações e seu tíquete médio foi R$ 444, enquanto a TED somou R$ R$ 3,4 trilhões e seu tíquete médio acabou sendo de R$ 40,6 mil.
“Os números mostram que a população está usando o Pix como meio de pagamento de menor valor, como por exemplo, em transações com profissionais autônomos, e também para compras do dia a dia, que seriam feitas com notas, como foi previsto à época do lançamento da ferramenta”, afirmou Leandro Vilain, diretor executivo de Inovação, Produtos e Serviços Bancários da Febraban.
Em setembro, as regiões que mais usaram o Pix foram a Sudeste (43%), seguida do Nordeste (26%), Sul (12%), Norte (10%) e Centro Oeste (9%), sendo que os usuários entre 20 e 39 anos correspondem a 64% das pessoas que realizaram tais operações.
Pagamentos com cartões apresentaram crescimento
Pagamentos com cartões registraram um crescimento no primeiro trimestre.
Por mais que o Brasil ainda esteja vivenciando o Covid-19, é inegável que o pior momento da pandemia já ficou para trás. Desta forma, a economia começa a voltar a funcionar e, consequentemente, os gastos também começam a acontecer. Prova disso, é que os pagamentos com cartões registraram um crescimento no primeiro trimestre de 2022, período compreendido entre janeiro e março.
De acordo com o balanço divulgado pela Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), tanto os pagamentos como cartão de crédito, de débito e pré-pagos registraram alta no primeiro trimestre se comparado com o mesmo período de 2021. Ainda segundo a associação, foram movimentados aproximadamente R$ 760 bilhões em operações com cartões.
Em relação aos pagamentos com os cartões de crédito, houve um crescimento de 42,4% no primeiro trimestre se comparado com a mesma época do ano passado. Isso representa R$ 478,5 bilhões em pagamentos com cartões de crédito nos três primeiros meses do ano. Já a alta em relação aos cartões de débito, o crescimento ficou na casa de 15,2%, representando R$ 235,4 bilhões em pagamentos no primeiro trimestre. Por fim, as transações com cartões pré-pagos somaram R$ 44,6 bilhões de janeiro a março, alta de 148,4%.
No entanto, por mais que os pagamentos com cartões apresentassem crescimento, um dado negativo chamou a atenção. A inadimplência dos usuários de cartões de crédito vem em grande crescimento nos últimos meses e, segundo a Abecs, o desemprego elevado, a inflação alta e a taxa de juros elevada estão provocando uma corrosão da renda das famílias.