Marcos Valério ganha autorização para sair da prisão

Preso em regime semiaberto, empresário condenado no Mensalão do PT deve ficar fora da penitenciária durante para trabalhar e retornar à noite para dormir
Nesta quinta-feira (25 de setembro), a juíza Míriam Vaz Chagas autorizou o empresário Marcos Valério a sair da prisão para trabalhar, enquanto ele cumpre sua pena em regime semiaberto, em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte.
Valério foi condenado a 37 anos de prisão por participação no esquema de desvios conhecido como Mensalão do PT, o empresário está preso desde 2013. Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), no dia 4 de setembro concedeu ao detento a progressão para o regime semiaberto, dessa foram, ele poderá sair para trabalhar durante o dia e voltar a noite para a prisão.
Segundo a defesa de Marcos Valério, a juíza liberou o cliente para trabalhar em empresas conveniadas à Penitenciária Público Privada, de Ribeirão das Neves. No entanto, caso as companhias não tenham vagas que atendam as necessidades do preso, ele poderá ser contratado por outras firmas particulares.
Ainda de acordo com o advogado do empresário, a decisão da magistrada também da direito ao benefício de saída temporária. Dessa forma, Valério poderá deixar a penitenciária durante 35 dias do ano. A liberação foi fracionada. A cada saída, ele poderá ficar sete dias solto. Em seguida, o empresário deve fiar detido por ao menos 40 dias para ser liberado novamente.
Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), a juíza Míriam Vaz Chagas informou que não vai comentar o caso, pois o processo corre em segredo judicial.
Pedido de Lula é negado pelo STF

Esse pedido pó negado por unanimidade entre os ministros da Segunda Turma da Suprema Corte
A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) negou por unanimidade o pedido de defesa do ex-presidente Lula. O pedido de Lula foi contra o ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro.
Veja os que foram contra o pedido de Lula: Cármen Lúcia, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Edson Fachin. No entanto, o Ministro Celso Mello não participou do julgamento virtual por conta de uma licença médica.
Esse processo só foi analisado pelo plenário virtual, pois o relator dos processos relacionados à Operação Lava Jato no Supremo, Fachin, havia negado o andamento do pedido do ex-presidente Lula em abril. “A irresignação não merece prosperar”, escreveu o ministro na ocasião.
No entanto, diante da decisão monocrática, a Procuradoria-Geral da República (PRG) não manifestou interesse em recorrer do voto de Fachin.
Está marcado o depoimento de Lula sobre compra de caças da FAB

O Ex-presidente Lula é acusado de receber R$ 2 milhões para influenciar na compra dos caças
Vallisney de Oliveira, juiz da 10° Vara Federal de Brasília, marcou o interrogatório do ex-presidente Lula para o dia 22 de outubro. Visto que, o ex-presidente é acusado de receber R$ 2 milhões para influenciar na compra dos caças Gripen, da sueca Saab, para a Força Aérea Brasileira.
A ação entrará em sua etapa final após o interrogatório dos acusados, com a apresentação das alegações finais. Na qual, é o último ato dos acusados e do Ministério Público Federal antes da sentença.
O Interrogatório de Lula já chegou a ser vezes, por decisões do desembargador Néviton Guedes, do Tribunal Regional Federal da 1° região. A audiência com os réus já vem se arrastando desde o fim de 2017, após decisões do desembargador.
Segundo ele, os interrogatórios só poderiam acontecer após o depoimento de todas as testemunhas. Visto que, faltavam declarações de pessoas que estavam fora do país. Entretanto, na mesma decisão o desembargador fixou o prazo de quatro meses para que as cartas rogatórias internacionais fossem cumpridas e assim as testemunhas prestassem seus depoimentos.
Vallisney de Oliveira:
Vallisney rela que: “as cartas rogatórias visando à inquirição das testemunhas residentes no Reino Unido e na França foram expedidas em outubro de 2017, ou seja já transcorreu 01 (um) ano e 08 (oito) meses do atol e inexiste qualquer previsão de cumprimento das diligências com grave violação ao princípio da razoável duração do processo e da efetividade/economia processual”.
Segundo ele: “que não se pode admitir é a indefinida suspensão/sobrestamento deste feito à espera da boa vontade de países soberanos, cujas autoridades não se dispuseram a dar celeridade aos atos de cooperação, do mesmo modo como fizeram as autoridades suecas, impondo-se a continuidade do processo (parágrafo único do art. 222-A do CPP), porquanto presentes nos autos depoimentos aptos a esclarecer os pontos sustentados pelas defesas como caracterizadores da imprescindibilidade das oitivas das testemunhas residentes no exterior, conforme acima explanado bem como por não haver prejuízo à Defesa que se colha o depoimento dos réus por economia processual”.
“O que não se pode é esperar eternamente o cumprimento de diligência internacional sem perspectiva alguma de cumprimento nos próximos meses ou anos. Entendo satisfeita, assim, a exigência constante das decisões do eminente Desembargador Federal do TRF la Região, uma vez configurada, no caso concreto, a hipótese de não cumprimento do ato rogado em prazo razoável, hipótese apta a ensejar o prosseguimento da instrução mesmo sem o retorno das missivas internacionais”, finalizou.
Soltura do Lula será analisada no dia 25
Após o vazamento de conversas do então Juiz Sérgio Moro, Supremo decidirá sobre soltura do Lula
Com argumento de uma possível parcialidade por parte do ex-juiz, soltura do ex-presidente Lula será julgado pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 25. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está preso desde o dia 7 de abril de 2018.
O caso foi liberado para julgamento após o vazamento de informações de uma possível troca de mensagens entre o ex-juiz Moro e o procurador da força-tarefa. Nas mensagens trocadas, Moro dava sugestões ao procurador, como inversão de fases da operação e menor intervalo entre ações da Policia Federal.
Apesar da possibilidade das informações obtidas pelo The Intercept sejam ilegais, ainda sim são informações extremamente comprometedoras. As conversas entre o então juiz e o procurador Dallagnol, revelam uma intimidade que não deveria haver, já que o juiz deveria ser totalmente isento e imparcial.
O julgamento da possível suspeição de Moro no caso triplex, não será julgado ainda essa semana. O mesmo ocorrerá também no dia 25 de junho, junto com o habeas corpus de Lula.
Futuras revelações reforçam intervenção de Sérgio Moro
Greenwald afirma ter um grande número de conteúdos não publicados que confirmam a intervenção de Moro
O jornalista Gleen Greenwald um os autores das diversas reportagens iniciadas ontem pelo site “The Intercept Brasil” revelou em entrevista hoje que ainda possui um vasto volume de dados não publicados. E citou que estes dados reforçam a sua opinião, de que Sérgio Moro, influenciou em prisões e opiniões públicas. O Site divulgou como algumas trocas de mensagens entre o ex-magistrado, Sérgio moro, e a força-tarefa lava Jato podem ter influenciado no rumo das eleições.
Segundo Gleen Greenwald, este conteúdo supera o número de conteúdos da principal matéria de sua carreira, a qual comprovou o monitoramento indevido de informações privadas por parte dos serviços de inteligência dos Estados Unidos. Na época, o jornalista teve ajuda do ex-agente da CIA e da NSA, Edward Snowden. Essa matéria foi publicada no jornal britânico, The Guardian, em 2013, e lhe rendeu o Prêmio Pulitzer de jornalismo e fama mundial.
O Jornalista afirmou já ter uma certeza: “Moro era um chefe da força tarefa, que criou estratégia para botar Lula e outras pessoas na prisão, se comportando quase como um procurado, não como juiz”.

Gleen Greenwald é casado com David Miranda e reside no Rio de Janeiro desde 2005, quando conheceu o atual Deputado federal (PSOL-RJ). O jornalista também é um dos fundadores do site “The Intercept Brasil” e se diz estar ciente com as acusações que irá receber daqui pra frente, mas resume a sua defesa com o seguinte comentário: “Dizem que eu e meu marido somos de esquerda, mas nem Moro e nem a Lava Jato, dizem que os argumentos são falsos”