Pedido de Lula é negado pelo STF
Esse pedido pó negado por unanimidade entre os ministros da Segunda Turma da Suprema Corte
A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) negou por unanimidade o pedido de defesa do ex-presidente Lula. O pedido de Lula foi contra o ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro.
Veja os que foram contra o pedido de Lula: Cármen Lúcia, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Edson Fachin. No entanto, o Ministro Celso Mello não participou do julgamento virtual por conta de uma licença médica.
Esse processo só foi analisado pelo plenário virtual, pois o relator dos processos relacionados à Operação Lava Jato no Supremo, Fachin, havia negado o andamento do pedido do ex-presidente Lula em abril. “A irresignação não merece prosperar”, escreveu o ministro na ocasião.
No entanto, diante da decisão monocrática, a Procuradoria-Geral da República (PRG) não manifestou interesse em recorrer do voto de Fachin.
Está marcado o depoimento de Lula sobre compra de caças da FAB
O Ex-presidente Lula é acusado de receber R$ 2 milhões para influenciar na compra dos caças
Vallisney de Oliveira, juiz da 10° Vara Federal de Brasília, marcou o interrogatório do ex-presidente Lula para o dia 22 de outubro. Visto que, o ex-presidente é acusado de receber R$ 2 milhões para influenciar na compra dos caças Gripen, da sueca Saab, para a Força Aérea Brasileira.
A ação entrará em sua etapa final após o interrogatório dos acusados, com a apresentação das alegações finais. Na qual, é o último ato dos acusados e do Ministério Público Federal antes da sentença.
O Interrogatório de Lula já chegou a ser vezes, por decisões do desembargador Néviton Guedes, do Tribunal Regional Federal da 1° região. A audiência com os réus já vem se arrastando desde o fim de 2017, após decisões do desembargador.
Segundo ele, os interrogatórios só poderiam acontecer após o depoimento de todas as testemunhas. Visto que, faltavam declarações de pessoas que estavam fora do país. Entretanto, na mesma decisão o desembargador fixou o prazo de quatro meses para que as cartas rogatórias internacionais fossem cumpridas e assim as testemunhas prestassem seus depoimentos.
Vallisney de Oliveira:
Vallisney rela que: “as cartas rogatórias visando à inquirição das testemunhas residentes no Reino Unido e na França foram expedidas em outubro de 2017, ou seja já transcorreu 01 (um) ano e 08 (oito) meses do atol e inexiste qualquer previsão de cumprimento das diligências com grave violação ao princípio da razoável duração do processo e da efetividade/economia processual”.
Segundo ele: “que não se pode admitir é a indefinida suspensão/sobrestamento deste feito à espera da boa vontade de países soberanos, cujas autoridades não se dispuseram a dar celeridade aos atos de cooperação, do mesmo modo como fizeram as autoridades suecas, impondo-se a continuidade do processo (parágrafo único do art. 222-A do CPP), porquanto presentes nos autos depoimentos aptos a esclarecer os pontos sustentados pelas defesas como caracterizadores da imprescindibilidade das oitivas das testemunhas residentes no exterior, conforme acima explanado bem como por não haver prejuízo à Defesa que se colha o depoimento dos réus por economia processual”.
“O que não se pode é esperar eternamente o cumprimento de diligência internacional sem perspectiva alguma de cumprimento nos próximos meses ou anos. Entendo satisfeita, assim, a exigência constante das decisões do eminente Desembargador Federal do TRF la Região, uma vez configurada, no caso concreto, a hipótese de não cumprimento do ato rogado em prazo razoável, hipótese apta a ensejar o prosseguimento da instrução mesmo sem o retorno das missivas internacionais”, finalizou.
Soltura do Lula será analisada no dia 25
Após o vazamento de conversas do então Juiz Sérgio Moro, Supremo decidirá sobre soltura do Lula
Com argumento de uma possível parcialidade por parte do ex-juiz, soltura do ex-presidente Lula será julgado pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 25. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está preso desde o dia 7 de abril de 2018.
O caso foi liberado para julgamento após o vazamento de informações de uma possível troca de mensagens entre o ex-juiz Moro e o procurador da força-tarefa. Nas mensagens trocadas, Moro dava sugestões ao procurador, como inversão de fases da operação e menor intervalo entre ações da Policia Federal.
Apesar da possibilidade das informações obtidas pelo The Intercept sejam ilegais, ainda sim são informações extremamente comprometedoras. As conversas entre o então juiz e o procurador Dallagnol, revelam uma intimidade que não deveria haver, já que o juiz deveria ser totalmente isento e imparcial.
O julgamento da possível suspeição de Moro no caso triplex, não será julgado ainda essa semana. O mesmo ocorrerá também no dia 25 de junho, junto com o habeas corpus de Lula.
Futuras revelações reforçam intervenção de Sérgio Moro
Greenwald afirma ter um grande número de conteúdos não publicados que confirmam a intervenção de Moro
O jornalista Gleen Greenwald um os autores das diversas reportagens iniciadas ontem pelo site “The Intercept Brasil” revelou em entrevista hoje que ainda possui um vasto volume de dados não publicados. E citou que estes dados reforçam a sua opinião, de que Sérgio Moro, influenciou em prisões e opiniões públicas. O Site divulgou como algumas trocas de mensagens entre o ex-magistrado, Sérgio moro, e a força-tarefa lava Jato podem ter influenciado no rumo das eleições.
Segundo Gleen Greenwald, este conteúdo supera o número de conteúdos da principal matéria de sua carreira, a qual comprovou o monitoramento indevido de informações privadas por parte dos serviços de inteligência dos Estados Unidos. Na época, o jornalista teve ajuda do ex-agente da CIA e da NSA, Edward Snowden. Essa matéria foi publicada no jornal britânico, The Guardian, em 2013, e lhe rendeu o Prêmio Pulitzer de jornalismo e fama mundial.
O Jornalista afirmou já ter uma certeza: “Moro era um chefe da força tarefa, que criou estratégia para botar Lula e outras pessoas na prisão, se comportando quase como um procurado, não como juiz”.
Gleen Greenwald é casado com David Miranda e reside no Rio de Janeiro desde 2005, quando conheceu o atual Deputado federal (PSOL-RJ). O jornalista também é um dos fundadores do site “The Intercept Brasil” e se diz estar ciente com as acusações que irá receber daqui pra frente, mas resume a sua defesa com o seguinte comentário: “Dizem que eu e meu marido somos de esquerda, mas nem Moro e nem a Lava Jato, dizem que os argumentos são falsos”