Vendas do dia dos pais sofreu queda em São Paulo
Em meio à crise, vendas do dia dos pais sofreu queda em São Paulo
A pandemia do coronavírus chegou com força ao Brasil no mês de março e, desde então, as consequências vêm sendo sofridas. A parte econômica é uma das mais atingidas por conta do vírus e a preocupação dos empresários é legítima. Em meio à crise, vendas do dia dos pais sofreu queda em São Paulo, sendo que isso era esperado devido à situação em que o país se encontra.
Em pesquisa realizada pelo Sindilojas-SP (Sindicato dos Lojistas do Comércio de São Paulo), 76% dos empresários entrevistados relataram que suas lojas tiveram queda nas vendas em relação à 2019. Por outro lado, 24% seguiram na contramão e informaram que tiveram aumento em suas vendas se comparado com o ano passado.
De acordo com o Sindilojas-SP, o curto período para o funcionamento do comércio também afetou nas vendas. Atualmente, as lojas podem funcionar apenas pelo período de seis horas diárias.
“Uma vez que os estabelecimentos comerciais já estão adaptados aos protocolos sanitários e de distanciamento social para atendimento ao público e também já implantaram as regras de proteção com os seus colaboradores, o Sindilojas-SP solicita, tanto para a prefeitura municipal quanto para o governo estadual, o retorno do horário de funcionamento das lojas para oito horas”, disse, através de nota, o sindicato.
Em relação aos números de aumento e queda nas vendas, acabou acontecendo uma variação. Dos entrevistados, 46% alegaram que a queda variou entre 50% e 90%, enquanto o restante notou uma diferença entre 10% e 40% em suas vendas. Já os que relataram aumento nas vendas, 92% tiveram um acréscimo de 10% a 40%, enquanto o restante vendeu 70% ou mais que no último ano.
Paulo Guedes é contra o furo no teto de gastos do governo
Mesmo que seja para garantir investimentos públicos no país, Paulo Guedes é contra o furo no teto de gastos do governo
O país vem vivendo um momento conturbado por conta da pandemia do coronavírus e não se tem uma perspectiva de melhora. Contudo, o governo federal precisa fazer investimentos, mas não terá o apoio do Ministério da Economia. O ministro Paulo Guedes é contra o furo no teto de gastos do governo. Este teto significa um limite estabelecido para que não haja o aumento de despesas no orçamento a ser elaborado para o ano seguinte.
O ministro da economia foi direto ao dizer que “não haverá nenhum apoio do Ministério da Economia a fura-tetos. Se tiver ministro fura-teto, eu vou brigar com ministro fura-teto”. Guedes ainda comentou que, por conta da pandemia do coronavírus, o Brasil teve que gastar mais dinheiro do que o previsto com a saúde. As declarações do ministro foram dadas em um encontro com o deputado Rodrigo Maia, que também defendeu esta linha de pensamento.
“Nossa decisão de estar aqui falando em conjunto é para mostrar para a sociedade brasileira, para o governo brasileiro, para o Legislativo brasileiro que nós queremos encontrar caminhos para melhorar a qualidade do gasto público, mas não será furando o teto de gastos. Não há jeitinho para resolver os problemas de gasto público no Brasil. Só tem um jeito, é reformar o Estado brasileiro”, afirmou o presidente da Câmara dos Deputados.
DEMISSÕES NO MINISTÉRIO DA ECONOMIA
Que Paulo Guedes é contra o furo no teto de gastos do governo já está claro, além disso, tem apoio do presidente da Câmara dos Deputados. Por outro lado, o ministério que comanda vem sofrendo com baixas nos últimos meses. As duas novas perdas do Ministério da Economia foram Salim Matar e Paulo Uebel.
O primeiro era o atual secretário especial de Desestatização e deixou o cargo, segundo Paulo Guedes, por conta da dificuldade nas privatizações. O segundo era secretário de Desburocratização, Gestão e Governo Digital e, de acordo com o ministro, deixou o cargo por conta da demora na reforma administrativa.
“Houve uma debandada. O que ele – Matar – me disse é que é muito difícil privatizar, que o establishment não deixa haver a privatização, que é muito difícil, muito emperrado, que tem que ter apoio mais definido, mas decisivo. O secretário Uebel, a mesma coisa. A reforma administrativa está parada, então ele reclama também que a reforma administrativa parou”.
JetSMART pretende atuar no Brasil
Considerada empresa aérea de baixo custo, JetSMART pretende atuar no Brasil
A crise econômica causada pelo coronavírus vem assolando o mundo e os mais variados setores estão preocupados com a retomada da economia. Tanto no Brasil como no mundo, a aviação está sofrendo com a baixa demanda de voos, o que fez inclusive empresas aéreas entrarem com pedidos de recuperação judicial. No entanto, mesmo em meio a esses problemas, a JetSMART pretende atuar no Brasil.
A empresa chilena de baixo custo, mesmo em meio à crise, mantém suas expectativas fortes de abrir uma filial no Brasil. Contudo, mantém os pés no chão e espera que haja uma melhora no mercado aéreo brasileiro para que haja um investimento no país. Quem afirma isso é Estuardo Ortiz, CEO da empresa aérea.
“Porém, tudo depende de como a pandemia irá avançar e afetar a indústria”, disse Estuardo.
Aos poucos, a companhia aérea chilena vem em expansão e, por isso, a JetSMART pretende atuar no Brasil. Além da filial brasileira, a empresa de baixo custo também pretende operar na Colômbia. Recentemente, abriu uma filial no Peru com a intenção de operar voos regionais a partir de 2021. Já na Argentina, onde possui quatro aeronaves, adquiriu a operação da Norwegian Air Argentina.
Em relação ao Brasil, a JetSMART solicitou rotas ligando Santiago, capital do Chile, à Foz do Iguaçu, Salvador e São Paulo. Estas solicitações já foram aceitas e constam no Registro de Serviços Autorizados da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) e a tendência é que as operações comecem em outubro. A companhia aérea chilena, a princípio, irá operar com aeronaves Airbus A320 que comportam 186 passageiros.
Setor industrial apresentou crescimento
Setor industrial apresentou crescimento pela segunda vez seguida
Mesmo em meio à uma forte crise, o setor industrial apresentou crescimento pela segunda vez seguida. De acordo com os dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a produção da indústria brasileira apresentou uma alta de 8,9% em relação a maio. Além disso, no mês anterior também havia sido registrado crescimento, porém de 8,2%.
Segundo as informações da Pesquisa Industrial Mensal, o crescimento atingiu praticamente todas as categorias que foram pesquisadas. Dito isto, é importante mencionar que duas categorias tiveram papel fundamental neste crescimento: a de veículos automotores, reboques e carrocerias e o setor de equipamentos de transporte. O primeiro mostrou um crescimento de 70% e o segundo um avanço de 141,9%, principalmente por conta da produção de motocicletas.
De acordo com André Macedo, um dos responsáveis pela pesquisa, é algo gratificante ver que o setor industrial apresentou crescimento. No entanto, os índices estão muito abaixo do esperado se comparado ao período anterior ao da pandemia do Covid-19. No ano, as perdas já alcançam o patamar de 10,9% e no período dos últimos doze meses a queda é de 5,6%. Se comparado ao mesmo período de 2019, houve uma retração de 9%
Caio Megale deixará o Ministério da Economia
Caio Megale deixará o Ministério da Economia e será mais uma baixa na equipe de Paulo Guedes
Na próxima sexta-feira (31), Caio Megaledeixará Ministério da Economia e será mais uma baixa na equipe do ministro Paulo Guedes. Assim, o cargo de diretor de programas da Secretaria Especial de Fazenda deste ministério ficará vago. Isto é dito, pois ainda não há uma definição de quem será o substituto de Megale ou quando haverá o anúncio do novo diretor.
De acordo com as informações, o diretor de programas da Secretaria Especial de Fazenda do Ministério da Economia já vinha planejando a sua saída. Além disso, segundo pessoas ligadas à Megale, a distância da família seria um dos principais motivos para a sua saída. Assim, com a confirmação do seu desligamento do ministério, a tendência é retorne para São Paulo. Boatos surgiram que sua saída estaria ligada ao aumento nos gastos com o Covid-19, mas isso não foi confirmado.
Como bem dito, Caio Megale deixará o Ministério da Economia na próxima sexta-feira. No entanto, esta não será a única baixa que Paulo Guedes terá no mês de julho. Na última sexta-feira (24), Rubem Novaes, até então presidente do Banco do Brasil, acabou pedindo demissão. Antes dele, no dia 15 deste mês, Mansueto Almeida pediu desligamento do cargo de secretário do Tesouro Nacional.
Confiança do consumidor teve alta em julho
Apesar de ainda estar abaixo do esperado, confiança do consumidor teve alta em julho
Mesmo ainda não tendo atingido o seu patamar ideal, o ICC, Índice de Confiança do Consumidor teve alta em julho. De acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o crescimento entre junho e julho alcançou a casa de 7,7%. Assim, numa escala que é medida entre 0 e 200, o índice atingiu 78,8 pontos, sendo a sua terceira alta consecutiva.
Apesar de ter tido um aumento no indicador durante a passagem do último mês para o atual, a perspectiva de melhora tem mais relação com o segundo semestre. Contudo, boa parte da população ainda segue insatisfeita com o momento vivido e com relação às suas finanças. Dessa forma, quem explica melhor a situação é Viviane Seda Bittencourt, pesquisadora da FGV.
“A confiança dos consumidores manteve em julho a tendência de recuperação, motivada principalmente pela melhora das expectativas em relação à economia. Mas, apesar de acreditar numa recuperação da economia no segundo semestre, o consumidor continua insatisfeito com a situação presente e ainda não enxerga a melhora de suas finanças pessoais no horizonte de seis meses. Sem prazo para terminar, a pandemia parece ter um efeito mais acentuado nos consumidores, que ainda se sentem ameaçados com desemprego e perda de renda nas empresas.”
Como já dito, a confiança do consumidor teve alta no mês de julho. Entretanto, o indicador ainda não alcançou o patamar de fevereiro, período anterior à pandemia causada pelo coronavírus.
Indicador de incerteza da economia cai pela terceira vez seguida
Queda em julho alcança 7,3 pontos
Mesmo em meio à crise econômica causada pela pandemia do Covid-19, o Indicador de Incerteza da Economia Brasileira (IIE-Br) mostrou queda entre junho e julho. Segundo dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas, de maneira extraordinária, o indicador marcou queda de 7,3 pontos. Caso esse número se confirme, o índice ficará na marca de 166,3 pontos.
Se os indicadores permanecerem neste nível até o final de julho, quando há a divulgação final, o IIE-Br terá devolvido quase metade dos 95,4 pontos da alta que aconteceu entre março e abril. Economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), Anna Carolina Gouveia, falou sobre o assunto.
“Após a terceira queda consecutiva, o nível do IIE-Br de julho se aproxima do nível de março, de 167,1 pontos, primeiro momento em que o País precisou forçar paralisações e iniciar o isolamento social para conter o avanço da pandemia. As dificuldades de se prever cenários para o futuro da economia continuam muito grandes, como reflete o componente de Expectativas, que, no nível apurado nesta prévia, recuperaria, até julho, apenas 7% da alta ocorrida entre março e maio. Uma queda mais acelerada da Incerteza daqui para a frente dependerá da evolução da pandemia no País e da velocidade de normalização das atividades econômicas e do apaziguamento das tensões políticas.”
Já o mercado financeiro, projeta uma queda de 6,1% na economia do país neste ano. No entanto, a projeção para 2021 é que haja um crescimento de 3,5%. Já em 2022 e 2023, a expectativa é que o crescimento siga existindo com pelo menos 2,5% ao ano.
Quase 200 milhões de reais são economizados em diárias durante a pandemia
Trabalho remoto dos servidores federais influenciou nos números
A pandemia do coronavírus fez com que mudanças precisassem acontecer nas mais variadas áreas. Dentre as mudanças mais comuns, está o trabalho remoto, onde trabalhadores utilizam novos meios de comunicação para realizarem suas atividades. Isso influenciou bastante na economia de dinheiro público, principalmente em relação aos servidores federais.
De acordo com a Secretaria de Gestão do Ministério da Economia, as restrições para viagens e deslocamentos dos servidores fez com que fossem poupados quase R$ 200 milhões entre os meses de março e maio se comparado ao mesmo período de 2019. Segundo a secretaria, a economia com os gastos com diárias, passagens e transporte alcançou 75,2%.
Dentre todas as modalidades de custo com os servidores federais, a maior economia se deu em relação aos voos internacionais, cujo os gastos caíram 86%. Viagens nacionais (72,9%) e despesas com o TaxiGov (60,9%) também influenciaram bastante nos números. O trabalho remoto dos servidores federais, como já dito, foi o principal fator para que essas despesas fossem reduzidas.
Os valores que deixaram de serem gastos chamaram a atenção da Secretaria de Gestão do Ministério da Economia. Já há um estudo para viabilizar atividades remotas mesmo após o término da pandemia do Covid-19. O ponto de destaque sobre o assunto é a possibilidade da realização de reuniões remotas, assim diminuindo custo com viagens e diárias dos servidores.
Bolsonaro diz que seu governo respeita a constituição
Segundo ele, já encontram o Brasil com sérios problemas financeiros
Neste sábado, Jair Bolsonaro deu uma entrevista para a afiliada da Record TV, a NDTV, a qual disse que já “encontrou” o Brasil com problemas financeiros. Além disso, Bolsonaro disse que o seu governo respeita a constituição acima de tudo.
“Encontramos um Brasil com sérios problemas econômicos, financeiros, éticos e morais. É um governo que respeita a Constituição acima de tudo e ninguém pode falar uma só palavra que por ventura venha a dizer que estamos fazendo o contrário. Respeitamos a liberdade de expressão, que é um dos pilares da democracia, respeitamos os poderes”, disse o presidente da República.
Somado a isso, Bolsonaro diz que o seu governo tem uma maneira diferenciada de governar, a qual não é igual aos governos interiores. “Temos um grupo de 23 ministros, todos técnicos, que trabalham para que o Brasil ocupe o lugar de destaque que merece, tendo em vista o grande potencial que existe”.
Confiança empresarial subiu no mês de junho
Segundo a FGV, houve um crescimento de 14,9 pontos em relação a maio
O país vem vivendo um momento bastante conturbado por conta da pandemia do coronavírus. Com isso, as incertezas na economia fazem com que as análises sejam mais importantes, pois os dados das pesquisas acabam mostrando como as coisas estão andando. Em relação à confiança empresarial, houve uma melhora se comparado com o mês de maio.
Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice de Confiança Empresarial subiu 14,9 pontos se comparado ao mês passado. O indicador, que está numa escala de 0 a 200, alcançou a marca de 80,4 pontos. O índice subiu pela segunda vez consecutiva, já que em maio avançou 9,8 pontos.
Aloisio Campelo Júnior, Superintendente de Estatísticas da FGV, falou sobre o assunto:
“Apesar dos níveis elevados de incerteza, começa a ganhar força no meio empresarial a percepção de que o pior momento pode já ter passado. Com isso, as expectativas tornaram-se menos pessimistas, formando um cenário compatível com o de uma lenta retomada do nível de atividade econômica”.
Ao todo, 3.777 empresas dos setores de comércio, indústria, serviços e construção foram ouvidas. A pesquisa foi realizada entre os dias 1 e 25 de junho, sendo que o comércio foi o que mostrou maior alta de confiança, alcançando 17 pontos.