Criptomoedas fecham a semana em alta
Lideradas pelo Bitcoin (BTC), criptomoedas fecharam a semana com alta em seus preços.
Não é novidade que o ano de 2022 foi negativo para os investidores de ativos digitais, principalmente criptomoedas. No entanto, as primeiras semanas de 2023 estão sendo promissoras, principalmente com a elevação dos preços dos criptoativos, o que acaba animando o mercado e os investidores.
Nesta semana, o Bitcoin (BTC) liderou a alta das criptomoedas, com uma valorização de 11,2% e ultrapassado a marca de US$ 22.000,00. Já o Ethereum (ETH), segundo token que mais valorizou, viu seu preço subir 9,7% e alcançar a marca de US$ 1.659,66. Enquanto isso, a XRP valorizou 5% no período, seguida pela Polygon (MATIC) que acabou registrando uma alta de 4,3%.
A valorização das criptomoedas acabou aquecendo o mercado e as negociações dos ativos digitais aconteceram em grande escala. Após um começo de ano de incertezas, os investidores e as próprias corretoras começam a vislumbrar um 2023 positivo para o mercado de ativos digitais. Sendo assim, a expectativa é que os volumes diários de negociação acabem aumentando se comparado ao ano que passou.
Abaixo, confira a lista das 10 maiores criptomoedas em capitalização de mercado:
1 – Bitcoin (BTC – US$ 22.577,92)
2 – Ethereum (ETH – US$ 1.659,66)
3 – Tether (USDT – US$ 0,999044)
4 – USD Coin (USDC – US$ 0,998609)
5 – BNB (BNB – US$ 302,97)
6 – XRP (XRP – US$ 0,409953)
7 – Binance USD (BUSD – US$ 0,996502)
8 – Cardano (ADA – US$ 0,363591)
9 – Dogecoin (DOGE – US$ 0,085924)
10 – Solana (SOL – US$ 25,19)
11 (bônus) – Polygon (MATIC – US$ 1,03)
Coinbase demite funcionários
Coinbase confirmou a demissão de quase mil pessoas do seu quadro de funcionários.
A Coinbase, maior corretora de criptomoedas dos Estados Unidos, também vem sofrendo com o inverno das criptomoedas. A gigante norte-americana confirmou que precisou reduzir seus custos de operação e com isso precisou demitir cerca de 20% do seu quadro de funcionários, o que resulta na demissão de quase mil pessoas. Em comunicado, o CEO da Coinbase, Brian Armstrong, pediu desculpas pelas demissões.
“Tomei a difícil decisão de reduzir os nossos custos operacionais em cerca de 25%, o que inclui a demissão de cerca de 950 pessoas. Todos os membros da equipe afetados serão notificados hoje. Também quero deixar claro que, embora alguns dos fatores que nos trouxeram até aqui estejam fora de nosso controle, a responsabilidade é minha como CEO”, diz parte do trecho da nota divulgada por Armstrong no blog da Coinbase.
Segundo Brian Armstrong, a decisão de demitir funcionários também passou por conta da previsão de oscilação e insegurança no mercado em 2023. Ainda de acordo com o CEO da Coinbase, os efeitos negativos de 2022 perdurarão ao longo do corrente ano, principalmente após a FTX ter entrado com pedido de falência, o que agitou negativamente o mercado das criptomoedas.
“Ao examinarmos nossos cenários de 2023, ficou claro que precisaríamos reduzir despesas para aumentar nossas chances de nos sairmos bem em todos os cenários. Embora seja sempre doloroso nos separarmos de nossos colegas, não havia como reduzir nossas despesas significativamente o suficiente, sem considerar mudanças no quadro de funcionários”, diz outro trecho da nota publicada por Armstrong.
Visando a segurança da empresa e dos investidores, todos os funcionários demitidos tiveram seus acessos aos sistemas internos da Coinbase bloqueados antes mesmo das demissões ocorrerem.
Solana se recupera e 2023 começa positivo para as criptomoedas
Principais criptomoedas e tokens começaram 2023 no verde, inclusive tendo sido registrada a recuperação da Solana.
Não é novidade para ninguém que o mercado de ativos digitais sofreu bastante com as perdas em 2022. Por outro lado, a primeira semana de 2023 foi positiva para as principais criptomoedas e tokens do mercado. Entre os criptoativos que viram sua valorização acontecer o que mais chamou a atenção foi a recuperação da Solana (SOL).
A criptomoeda havia despencado no mercado após o colapso da FTX, pois Sam Bankman-Fried (SBF), fundador da cxchange, foi um dos principais investidores do ecossistema Solana. Para a sorte do ativo digital e dos investidores, 2023 veio com mudanças, sendo que sua recuperação começou ainda na segunda-feira, ou seja, no primeiro dia útil do ano.
A onda de queda da Solana terminou na última segunda-feira com uma valorização de 11%, sendo que na terça-feira já havia valorizado mais 16%. Ao final da primeira semana de 2023 a criptomoeda já apresentava uma valorização de 39%, sendo negociada pelo valor de US$ 13,75 a unidade. No entanto, não foi apenas a Solana que valorizou, pois outras criptomoedas e tokens também tiveram valorizações.
As duas principais criptomoedas do mercado, o Bitcoin (BTC) e o Ethereum (ETH), subiram 2% e 5%, respectivamente, na primeira semana de 2023. Neste domingo (8), os ativos digitais estão sendo negociados a US$ 16.950 (BTC) e US$ 1.260 (ETH). Já a Ethereum Classic (ETC) registrou uma alta de 30% na semana, sendo negociada a US$ 20,27. Cardano (ADA) e Litecoin (LTC) também apresentaram altas e foram negociadas a US$ 0,28 e US$ 76, respectivamente.
Já os tokens do metaverso também começaram 2023 no verde. O ApeCoin (APE) subiu 12% e o Axie Infinity (AXS) registrou alta de 18%. Os tokens alcançaram os valores de US$ 4,04(APE) e US$ 7,06 (AXS).
Genesis Trading demite funcionários
Empresa do ramo de criptomoedas, Genesis Trading demite funcionários.
O mercado de ativos de digitais vem sofrendo bastante nos últimos meses e nem a chegada de um novo ano melhorou a situação. Prova disso é que a companhia de empréstimos cripto Genesis Trading, através de seu porta-voz, comunicou a demissão de diversos funcionários. O número exato de trabalhadores que perderam o emprego não foi divulgado, mas estima-se que pode chegar a 30% de sua equipe.
“Enquanto continuamos a enfrentar desafios sem precedentes da indústria, a Genesis tomou a difícil decisão de reduzir nosso número de funcionários globalmente. Essas medidas fazem parte de nossos esforços contínuos para levar nossos negócios adiante. Agradecemos sinceramente o trabalho árduo de nossa talentosa e dedicada equipe enquanto continuamos a trabalhar para identificar o melhor resultado para os negócios, clientes e funcionários da Genesis a longo prazo”, disse o porta-voz da Genesis ao Decrypt.
A medida adotada pela Genesis Trading tem por objetivo reduzir seus custos operacionais. A empresa tem enfrentado sérios problemas financeiros e desde novembro interrompeu as retiradas de seus clientes.
A Genesis Trading foi mais uma vítima do colapso da FTX, pois a empresa possuía US$ 175 milhões em exposição não corretora que faliu. Para piorar a situação, os credores estão cobrando valores milionários da empresa e como exemplo podemos a Gemini, uma exchange de criptomoedas que tem um crédito de US$ 900 milhões.
Criptomoedas perderam valor de mercado em 2022
Perda no valor de mercado das criptomoedas são consequências de 2022 turbulento.
O ano de 2022 ficou para trás, porém, seus reflexos ainda estão presentes no começo de 2023. O mercado de ativos digitais foi um dos que mais sofreu no ano que passou e sua grande inconstância acabou afetando diretamente o preço das criptomoedas, que tiveram perdas significativas em seus valores de mercado.
De acordo com a Santiment, plataforma especializada no comportamento do mercado de criptomoedas, alguns fatores influenciaram para que os ativos digitais perdessem valor de mercado em 2022. Segundo a plataforma, a pandemia, o colapso da FTX, as taxas de juros aumentando no mundo e a guerra da Rússia com a Ucrânia tiveram papeis cruciais na perda de valor.
O Bitcoin, por exemplo, viu seu preço de mercado recuar 65% nos últimos 12 meses, muito abaixo de sua máxima de 2021. Já o Ethereum, que possui o segundo maior valor de mercado, registrou uma perda de 67% em seu valor. Já a criptomoeda Terra(Luna) entrou em colapso em perdeu 99% do seu valor de mercado. Criptomoedas como Solana (-93%), AMP (-93%), Cardano (-80%) e Dogecoin (-55%) também apresentaram queda em seus valores. No geral, o mercado de criptomoedas sofreu uma perda de US$ 2 trilhões somente em 2022.
Já para 2023 muitas discussões ainda estão acontecendo, porém, não existe convicção de como o mercado de ativos digitais irá se portar. O que se sabe é que dificilmente as criptomoedas conseguirão recuperar o valor das perdas de 2022, tanto que buscam ao menos recuperar parte dos prejuízos gerados pelo caos do ano que terminou recentemente.
Jared Gross diz que instituições estão se afastando das criptomoedas
De acordo com Jared Gross, estrategista da JPMorgan, as instituições estão se afastando das criptomoedas.
A JPMorgan Asset Management é a ramificação de gestão de recursos de terceiros da JPMorgan Chase, uma das maiores instituições financeiras do mundo. Seu estrategista e diretor-gerente, Jared Gross, afirmou que a maioria dos grandes investidores institucionais estão se afastando das criptomoedas. De acordo com Gross, as instituições estão aliviadas por se manterem longe dos ativos digitais.
Em entrevista à Bloomberg, Jared Gross disse que a volatilidade do preço das criptomoedas é o que mais afasta as instituições. Em sua fala, o diretor-gerente da JPMorgan Asset Management ainda afirmou que o Bitcoin e os demais criptoativos não se tornaram uma alternativa ao ouro e uma proteção contra a inflação, algo que muitos esperavam.
“Como uma classe de ativos, as criptomoedas são efetivamente inexistentes para a maioria dos grandes investidores institucionais. A volatilidade é muito alta e a falta de um retorno intrínseco que você pode apontar torna isso muito desafiador. A maioria dos investidores institucionais provavelmente está respirando aliviada por não ter entrado nesse mercado e provavelmente não o fará tão cedo”, disse Jared Gross.
Em que pese as divergências entre os investidores sobre os ativos digitais, o que se sabe é que em 2022 o mercado sofreu grandes perdas. Inúmeras corretoras acabaram quebrando e o preço das criptomoedas caíram drasticamente, não existindo uma previsão de nova valorização. Quem também tem sofrido com a situação são as corretoras de criptomoedas, pois além da baixa no preço das moedas digitais também houve um grande aumento no custo da energia, tornando mais cara e menos rentável a operação.
Guilherme Haddad é o novo diretor-geral da Binance no Brasil
Sobrinho de Fernando Haddad, Guilherme Haddad, foi anunciado como diretor-geral da Binance no Brasil.
O atual cenário político brasileiro vive um período de transição, pois a partir do dia 1ª de janeiro de 2023 Luiz Inácio Lula da Silva reassume a presidência do Brasil. Com isso, o futuro presidente e sua equipe já estão trabalhando na organização dos ministérios e alguns deles já tem nomes conhecidos. Curiosamente, a Binance, maior corretora de criptomoedas do mundo, anunciou Guilherme Haddad Nazar como seu novo diretor-geral de operações no Brasil.
O ponto curioso mencionado é que Nazar é sobrinho de Fernando Haddad, ex-prefeito da cidade de São Paulo e que será o novo ministro da Fazenda do Brasil. É bem verdade que não há informações que comprovem que a indicação de Guilherme para diretor-geral da Binance no Brasil tenha ligação com o cargo de seu tio Fernando no ministério mencionado, porém, é algo que gera questionamentos.
Independentemente do vínculo familiar entre Guilherme e Fernando Haddad, o que se sabe é que o novo diretor-geral da Binance no Brasil tem uma carreira consolidada no ramo empresarial. Guilherme foi vice-presidente e general manager da Loft, empresa de tecnologia para o setor imobiliário, além isso, além disso, também já atuou como chefe de operações do Uber no Brasil. Em setembro deste ano, Guilherme chegou à Binance para atuar como country manager, sendo que agora foi promovido.
Guilherme Haddad Nazar irá assumir o cargo de diretor-geral da Binance no Brasil que estava vago desde julho de 2021. A última pessoa no cargo foi Ricardo Da Ros, que pediu demissão da corretora de criptomoedas sob a alegação de um “desalinhamento de expectativas”.
Nassim Taleb chama investidores de criptomoedas de burro
Considerado um guru do mercado financeiro, Nassim Taleb chamou investidores de criptomoedas de burro.
O escritor líbano-americano Nassim Taleb, considerado um por muitos um guru do mercado financeiro, causou polêmica nesta semana. Declaradamente contra o mercado de ativos digitais, Nassim Taleb chamou os investidores de criptomoedas de burros e idiotas através de suas redes sociais.
“Nem todos os idiotas adotam criptomoedas, mas todas as pessoas que as adotam são idiotas, ou seja, burras de uma maneira especial: há um parafuso faltando em algum lugar (para alguns) de um cérebro que funciona de outra forma. Você pode usar as criptomoedas em um currículo como um marcador de uma futura falência”, disse Taleb.
O escritor, que outrora foi defensor do Bitcoin e das demais criptomoedas, afirmou que via os ativos digitais como algo positivo, porém, com o passar do tempo, viu que tudo relacionado ao tema não passava de uma farsa. Em seu comentário, Nassim Taleb ainda diz que não foi cegado por uma esperança na nova tecnologia.
“Sim, eu tinha esperança nas criptomoedas, mas não era o que eu esperava e, conforme me aprofundei na blockchain, vi que era uma farsa para os bitolados da tecnologia. Eu nunca fui cegado pela esperança”, concluiu o escritor.
É importante lembrar que no início do mês Nassim Taleb se envolveu em outra polêmica. Em meio ao caos e ao colapso da FTX, o líbano-americano sugeriu Sam Bankman-Fried, então CEO da corretora, fosse preso e responsabilizado pelos atos ilegais cometidos e pelos prejuízos causados aos investidores.
Binance removerá criptomoedas da sua plataforma
Sem dar maiores explicações, Binance removerá criptomoedas da sua plataforma.
Se você lida com ativos digitais ou pelo menos busca informações sobre o assunto certamente já ouviu falar da Binance. Em meio a um momento complicado e de oscilações na economia digital, a maior corretora de criptomoedas do mundo informou que irá remover quatro criptos de sua plataforma.
Sem dar maiores informações, a Binance confirmou que a partir de quinta-feira (15) as criptomoedas Augur (REP), Bitcoin Standard Hashrate Token (BTCST), Mithril (MITH) e Tribe (TRIBE) não estarão mais em sua plataforma. A corretora ainda informou que os investidores deverão sacar as criptomoedas mencionadas até o dia 23 de março de 2023.
O anúncio da retirada de criptomoedas da sua carteira acabou mexendo com o mercado e com o preço das criptos. Nas últimas 24 horas, a Augur (REP) perdeu 4,3% do seu preço e a Tribe despencou 7,4% no mesmo período. Contudo, para as duas criptomoedas mencionados a queda em seu preço de mercado não foi das piores se comparada aos outros dois ativos digitais que serão retirados pela Binance.
O preço da Mithril (MITH) despencou 28,8% após o anúncio da Binance e só não teve um resultado pior que a Bitcoin Standard Hashrate Token. A BTCST viu o seu preço despencar 46,6% desde o anúncio, prejudicando bastante a sequência do projeto. Agora, as criptomoedas que serão excluídas da Binance podem ser encontradas apenas em corretoras de menor porte.
Site de apostas esportivas libera aposta polêmica
Um site de apostas esportivas está permitindo que seus usuários apostem na próxima corretora de criptomoedas que irá falir.
O ramo das apostas esportivas, seja de maneira recreativa ou profissional, é algo que tem dominado o mundo inteiro. Neste liame, uma casa de apostas gerou polêmica ao introduzir em seu site um tipo de aposta bastante inusitado. Se valendo das polêmicas e quebra recente de corretoras de criptomoedas, a casa liberou seus usuários a apostarem em qual será a próxima corretora que irá à falência.
Enquanto investidores estão preocupados com a custódia de seus fundos, o site de apostas aproveita a instabilidade do mercado para liberar a aposta polêmica. O BetOnline disponibilizou dez corretoras de criptomoedas em seu site, dentre elas a Binance, Coinbase, KuCoin, Robinhood, Crypto.com, Bitfinex e Kraken.
Em sua lista polêmica, a Coinbase, a Binance e a Kraken são as corretoras de criptomoedas que aparecem com a menor probabilidade de quebra, com 3,8%, 4,8% e 6,3, respectivamente. Por outro lado, o site de apostas indicou que a Crypto.com é a que tem a maior probabilidade de quebra, com incríveis 33,3%, o que irritou possíveis holders do token nativo da corretora, o CRO.
Seguindo a lista de corretoras de criptomoedas com maior probabilidade de ir à falência de acordo com o BetOnline, temos a eToro com 26,7% de chances de quebra e a KuCoin, que possui 22,2% de probabilidade segundo o site de apostas. Na lista ainda aparecem corretoras como Gemini e Binance.US. Conforme mostra o site, o prazo final da aposta é o dia 1º de janeiro de 2023.