Incerteza na economia bate recorde pelo segundo mês consecutivo
O indicador subiu 43,4 pontos de março para abril
À medida que o tempo vai passando e não se encontram soluções para combater o coronavírus, as incertezas do mundo começam a surgir. Medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Indicador de Incerteza da Economia atingiu um novo recorde. Com a suba de 43,4 pontos de março para abril, o indicador alcançou a marca histórica de 210,5 pontos. Antes da pandemia, o valor máximo havia sido em setembro de 2015, com 136,8 pontos.
A FGV chegou a esses números se baseando nos dois pilares do indicador: o componente de mídia e o componente de expectativa. Em relação ao primeiro, houve um aumento de 34,3 pontos e foi para 195,3 pontos, maior nível da série histórica. A frequência de notícias com menção à incerteza ocasionou isso.
Já em relação ao segundo componente, que é calculado a partir da média dos coeficientes de variação das previsões dos analistas econômicos, subiu 62,3 pontos, para 225,8 pontos, tendo atingido a sua segunda maior pontuação, ficando atrás apenas de outubro de 2002 (257,5 pontos).
Segundo Anna Carolina Gouveia, pesquisadora da Fundação Getúlio Vargas, “o segundo trimestre de 2020 se inicia com a incerteza econômica batendo novo recorde, sob influência da pandemia da covid-19 e seu impacto sem precedentes na atividade econômica e nas finanças de famílias e empresas.”
Número de brasileiros repatriados sobe por conta do coronavírus
Portugal é o país com mais brasileiros repatriado e disparado com 7.693,
Neste último domingo (26), o número de brasileiros repatriados subiu para 17.770 por conta do coronavírus e com o apoio das Embaixadas e Consulados. É o que informa o Ministério das Relações Exteriores.
Esse número aumentou mais por conta deste último sábado (25), na qual o Consulado do Brasil na Espanha, em Madri, fretou um vôo e repatriou 338 brasileiros. Já neste domingo (25), outras 297 pessoas foram repatriadas diretamente de Portugal.
Somado a isso, Portugal é o país com mais brasileiros repatriado e disparado com 7.693, seguido por Peru com 1.373 e México com 935. Além disso, o Ministério das Relações Exteriores estima que aproximadamente 3.800 brasileiros com passagens canceladas ou na espera da repatriação.
No entanto, vale relembrar que os brasileiros que estão fora do Brasil necessitam de auxílio para retornar ao país. Para isso, eles devem preencher um formulário de assistência, na qual está disponível no site do Ministério das Relações Exteriores.
Brasil elege o novo ministro da Justiça
O ex-ministro Sérgio Moro pediu demissão após não concordar com o presidente intervindo nas investigações da PF
Com o pedido de demissão do ex-ministro Sérgio Moro, o Brasil teve de eleger um novo ministro da Justiça e Segurança Pública, trata-se do ex-policial, Jorge Oliveira. Seu cargo anterior era o da Secretaria-Geral da Presidência da República, a qual comandava. A nomeação do novo ministro deve ocorrer ainda hoje (domingo 26), no DOU (Diário Oficial da União).
Jorge de Oliveira Francisco, o novo ministro, se pronunciou por meio de sua conta oficial no Twitter. “Juntos com o presidente por um Brasil melhor”. “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos!”.
Abaixo, a publicação do novo ministro da Justiça:
Petrobras irá diminuir a operação na extração de Petróleo
62 plataformas entrarão em hibernação por conta da baixa no preço internacional do petróleo
A Petrobras anunciou nesta semana que 62 de suas plataformas entrarão em modo de hibernação. Elas se encontram nos campos de águas rasas das bacias de Campos, Sergipe, Potiguar e Ceará. Segundo a estatal, a grande baixa no preço internacional do petróleo foi fundamental para que a atitude tenha sido tomada.
De acordo com a Petrobras, está é uma das ações que precisaram ser tomadas para preservar empregos e garantir a sustentabilidade da empresa. Em comunicado, ainda mencionaram que esta é a pior crise na indústria do petróleo nos últimos cem anos. A divulgação desta atitude foi divulgada apenas nesta semana, porém a estatal informou que o mercado já sabia da decisão desde o final do mês de março.
Com a inutilização destas plataformas, a Petrobras irá deixar de produzir diariamente 23 mil barris de petróleo. A estatal informou que com a baixa do preço do barril fica inviável manter a extração e produção ativa.
“Dessas plataformas, 80% não são habitadas, e os empregados que atuam nas demais unidades habitadas não serão demitidos. Todos serão realocados para outras unidades. Caso haja interesse, outra opção é a adesão ao Plano de Desligamento Voluntário (PDV), conforme prevê o plano de pessoal para gestão de portfólio”, disse a empresa.
A crise causada pela pandemia do COVID-19 influenciou na diminuição da demanda por petróleo e seus derivados. No Brasil, já se consegue perceber a queda de preço nas bombas de combustíveis, principalmente na gasolina. Em questão global, a guerra dos preços vem acontecendo a pouco mais de um mês, quando Rússia e Arábia Saudita decidiram aumentar a sua produção mesmo com o preço do barril em queda. Para se ter uma ideia, recentemente o barril com o petróleo tipo Brent chegou a operar na casa dos US$ 20, menor nível desde o início dos anos 2000.
Coronavírus: Aviões de passageiros são permitos para transportar cargas
O texto permite que as empresas aéreas mudem as partes que seriam para transporte de passageiros
Medida aprova que aviões de passageiros são permitidos para uso de transporte de cargas por conta do coronavírus e enquanto durar a pandemia no Brasil. Somado a isso, essas diretrizes foram aprovadas pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), numa decisão na qual foi publicada no DOU (Diário Oficial da União) nesta quarta-feira (15).
O texto permite que as empresas aéreas mudem as partes que seriam para transporte de passageiros, na qual adapta para transporte de caras, como os assentos.
“Os detentores de certificado de operador aéreo que desejem operar em acordo com esta decisão devem cumprir integralmente as diretrizes aprovadas”, diz a Anac.
“maximizar a capacidade de entrega contínua de produtos e insumos essenciais nesse momento de pandemia, como alimentos, suprimentos médicos e equipamentos de proteção individual (EPI), além de outros produtos hospitalares”, enfatizou.
Coronavírus: R$ 25,3 milhões foram gastos para trazer brasileiros de volta
De acordo com o levantamento, foi revelado que o governo gastou R$ 2.200 para repatriar cada brasileiro
Por conta da pandemia do novo coronavírus, o Ministério das Relações Exteriores já gastou R$ 24,3 milhões fretando aviões para trazer brasileiros de volta para o Brasil. Isso porque, esses brasileiros sofreram com os cancelamentos de vôos por conta da pandemia, ficando presos no exterior. Cerca de 12 mil brasileiros foram repatriados.
Esses dados foram levantados pelo Portal R7, na qual revelou que o governo gastou R$ 2.200 para repatriar cada brasileiro. Somado a isso, os dados demonstram que a Embaixada do Brasil em Lisboa, no Portugal, pagou cerca de R$ 8,3 para trazer os brasileiros de volta a seu país de origem.
Além disso, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores informou que 5 mil brasileiros ainda aguardam sua volta para o Brasil. Somado a este fato, os consulados e embaixadas do Brasil no exterior, trabalham veementemente para atender todos os cidadãos brasileiros que precisa retornar para suas famílias.
Essa pasta ainda pede que os brasileiros fora do país procurem o serviço diplomático brasileiro nos países na qual se encontram no momento.
Abaixo, veja os valores que foram gastos das embaixadas do Brasil no exterior:
Setor de turismo sofre grande queda no faturamento em março
A queda alcança 84% em relação ao mesmo período do ano anterior
A pandemia do COVID-19 segue fazendo suas vítimas no Brasil. O aumento de casos confirmados e mortes vem crescendo. Contudo, não é só na saúde que o caos está instalado. A economia vem sofrendo muito com a quarentena e o isolamento social. Um dos setores que sofreu uma grande perda foi o turismo e os números dimensionam a crise.
De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), houve uma queda de faturamento de 84% em relação ao mesmo período do ano passado. Somente na segunda quinzena de março, o setor de turismo perdeu em torno de R$ 11 bilhões devido aos problemas relacionados ao coronavírus.
Um número que impressiona foi o dos cancelamentos de voos domésticos e internacionais. A média diária nos primeiros dias do mês de março era de 4%, no entanto, alcançou a marca de 88% no final do mês. Os quatro principais aeroportos de São Paulo e Rio de Janeiro tiveram uma taxa de cancelamento superior a 80% no final do último mês. Para piorar, os aeroportos de cidades como Goiânia e Salvador chegaram a zerar o número de voos em alguns dias.
Ainda não há uma previsão para a retomada da economia no país, sendo que tudo dependerá do avanço ou não da pandemia do COVID-19.
O Brasil é a favor e apoia renúncia de Nicolás Maduro
O objetivo dos EUA é a de que o ditador e o autoproclamado presidente da Venezuela saiam de uma forma democrática
Os Estados Unidos de Donald Trump apresentou uma proposta para que haja uma renúncia conjunta de Nicolás Maduro e Juan Guaidó, com o Brasil tendo apoiado a proposta. A ideia dos EUA é a de que o ditador e o autoproclamado presidente da Venezuela saiam de uma forma democrática. É o que informa o Ministério das Relações Exteriores, na qual publicou nesta quarta-feira (1º).
De acordo com o Itamaraty, o Brasil é a favor da “proposta de uma Moldura Institucional para a Transição Democrática na Venezuela”, que foi apresentada pelos EUA. Somado a isso, disse que é um “instrumento capaz” de favorecer a democracia na Venezuela.
“De maneira convergente com a proposta, o governo considera que somente a realização de eleições presidenciais livres, justas e transparentes poderá pôr fim à grave crise política, econômica e humanitária por que passa a Venezuela”, disse.
“Considera, igualmente, que a saída de Nicolás Maduro é condição inicial para o processo, uma vez que ele carece de qualquer legitimidade para ser parte numa transição autêntica”, finalizou.
Fronteira do Brasil com a Venezuela seguira fechada
A principal alegação do fechamento da fronteira se dá por conta do coronavírus (Covid-19)
A portaria do Ministério da Justiça e Segurança Pública foi publicada nesta última terça-feira (31), na qual irá manter a fronteira de Brasil e Venezuela fechada por mais 30 dias, por conta do coronavírus. Somado a isso, o ministro da Justiça, Sérgio Moro, já havia anunciado que iria prorrogar o fechamento da fronteira, a qual já havia determinado no dia 19 de março.
A principal alegação do fechamento da fronteira se dá por conta do coronavírus (Covid-19), por conta de razões sanitárias proibindo principalmente a entrada de venezuelanos no Brasil.
No entanto, conformem já havia sido determinado pelo governo, brasileiros, autoridades e profissionais que estiverem cumprindo missões humanitárias, não serão afetados por essa restrição, caso estejam autorizados pelo governo. Além disso, quem for pego pelas autoridades descumprindo esta decisão, será deportado e não poderá mais pedir refúgio, somado a ter de responder por processo civil e penal.
Coronavírus: Fim da quarentena não seria a solução para a economia
Ex-presidente do Banco Central afirma que uma 2ª crise iria se instalar no país
Os efeitos da pandemia gerada pelo coronavírus vêm surtindo efeitos, seja na saúde, seja na economia. O presidente Jair Bolsonaro e empresários defendem o término da quarentena em que o país se encontra, tudo isso com o foco para não existir problemas maiores na economia do país. Tanto o presidente como o empresariado defendem o chamado isolamento vertical, onde somente as pessoas das áreas de risco devem ficar em isolamento.
Contrariando isso, o ex-presidente do Banco Central, Arminio Fraga, defendeu o isolamento total, assim como determinam as autoridades de saúde. Fraga disse que a economia do país sofreria ainda um segundo baque caso o isolamento total não existisse. O ex-presidente do Banco Central, que vem de uma família de médicos, acredita que o fim da quarentena não seria bom para o país e que o foco deve ser no salvamento de vidas.
“É evidente que a opção é salvar vidas. Mas eu não creio que a economia se beneficiaria tanto (de uma suspensão da quarentena, que faria mais vítimas). E, num segundo momento, a economia poderia levar a um segundo baque” – disse.
Fraga ainda mencionou que quase 40% da população brasileira é idosa, portadora de doença crônica ou ambos. Salientou também que as pessoas não devem voltar a trabalhar como antes e o consumo será bastante baixo.
“Os que ficarão expostos são muito numerosos e vulneráveis. Nossa rede de hospitais, como aliás em boa parte do mundo, não estava preparada para uma emergência desse tamanho, seria uma catástrofe social. Isso foi ventilado no Reino Unido, e eles rapidamente desistiram. A ideia de que há uma relação de troca entre saúde e economia, na minha avaliação e de meus colegas do Ieps (Instituto de Estudos para Políticas de Saúde), é que não é bem assim. As pessoas já estão muito assustadas e não vão sair consumindo mesmo que se decrete o fim do isolamento de repente” completou.
A divergência entre qual caminho tomar é grande, pois o executivo federal e empresários estão focados na economia do país. No entanto, estados e municípios seguem com decretos visando a saúde da população, assim como determinam os órgãos de saúde. As próximas semanas serão muito importantes para ver quais caminhos serão seguidos, pois tudo depende da análise do desenvolvimento ou não do vírus dentro do Brasil.