MGX Investe de forma agressiva na Binance

MGX investe US$ 2 bilhões e reforça a presença no mercado cripto global e o foco é a Binance, maior corretora do mundo no setor.
A Binance acaba de receber um aporte recorde de US$ 2 bilhões (aproximadamente R$ 11,6 bilhões) da MGX, uma empresa de investimentos dos Emirados Árabes Unidos, criada pelo governo de Abu Dhabi. A parceria foi anunciada oficialmente pela corretora nesta quarta-feira (12), e reforça ainda mais a posição da Binance no cenário global, consolidando a MGX como um investidor estratégico no mercado de criptomoedas.
Em fevereiro, os fundadores da Binance, Changpeng Zhao e Yi He, haviam desmentido rumores sobre a venda da corretora. No entanto, Zhao revelou que, no futuro, a Binance pode considerar permitir investimentos minoritários de até um dígito percentual na empresa, sem especificar uma porcentagem exata.
Embora os detalhes sobre o aporte ainda não tenham sido divulgados, a cifra de US$ 2 bilhões indica que a Binance pode ter um valor de mercado entre 22 e 200 bilhões de dólares, caso a participação adquirida pela MGX seja de 1% a 9%.
Este investimento é notável por ser o maior já realizado em uma empresa do setor de criptomoedas e também por ter sido integralmente feito em criptomoedas, um novo marco que evidencia o crescimento do mercado e o poder das moedas digitais no cenário financeiro.
“É com grande entusiasmo que anunciamos o primeiro investimento institucional na Binance pela MGX. Este marco não apenas avança a adoção de ativos digitais, mas também reforça o papel da blockchain nas finanças globais. O aporte de US$ 2 bilhões é o maior da história do setor cripto e foi feito inteiramente com criptomoedas, estabelecendo um novo recorde”, afirmou a MGX em comunicado.
Ahmed Yahia, CEO e Diretor-Geral da MGX, comentou sobre o impacto estratégico da aquisição, ressaltando a importância de criar um ecossistema financeiro digital mais acessível e robusto. “O investimento da MGX na Binance reflete nosso compromisso em impulsionar o impacto transformador da blockchain no setor financeiro digital.”
Em relação à aceleração da adoção institucional, Yahia também destacou a crescente demanda por soluções blockchain seguras e escaláveis que atendam às exigências regulamentares. “A Binance tem sido uma pioneira na inovação no mundo das criptomoedas, abrangendo desde tecnologia de exchanges e tokenização até soluções de staking e pagamentos”, concluiu.
Em fevereiro deste ano, outro fundo de Abu Dhabi, o Mubadala Investment Company, adquiriu uma participação significativa de US$ 436,8 bilhões no IBIT, um ETF de Bitcoin da BlackRock, reforçando a tendência crescente de institucionalização do mercado de criptomoedas e a forte demanda por Bitcoin.
O CEO da Binance, Richard Teng, também foi mencionado no anúncio. Teng, que anteriormente foi diretor-executivo da Autoridade de Serviços Financeiros de Abu Dhabi, destacou a importância desse investimento para a indústria. “Este investimento da MGX é um marco importante para a Binance e para o setor cripto como um todo”, afirmou.
Em sua declaração, Teng também mencionou o compromisso da Binance em continuar trabalhando com reguladores globais para criar políticas transparentes e inovadoras. “Estamos moldando o futuro das finanças digitais com um ecossistema mais inclusivo e seguro, com foco em conformidade e proteção dos usuários”, disse Teng.
Após o anúncio, a criptomoeda BNB registrou um aumento expressivo, saltando de US$ 556 para US$ 574 em poucos minutos, o que representa uma valorização de 3,3%. Contudo, o preço acabou perdendo parte desse ganho à medida que o Bitcoin também registrou uma queda de 2%, influenciado por outros fatores do mercado.
Bitcoin da Indeal retido nos EUA aguarda decisão judicial

Clientes seguem sem receber valores enquanto processo de repatriação continua em andamento em relação ao Bitcoin da Indeal.
As autoridades dos Estados Unidos mantêm os bitcoins apreendidos em uma conta vinculada a um dos sócios da Indeal, aguardando uma decisão judicial no Brasil para definir quando os valores serão liberados. O processo de repatriação, que envolve cerca de R$ 1,6 bilhão, só poderá ser concluído após o trânsito em julgado da decisão brasileira.
A advogada Caroline Boff, que representa cerca de 100 clientes prejudicados pela Indeal, está acompanhando o caso de perto, na esperança de que os bens sejam liberados em breve para que os patrimoniais das vítimas possam ser recuperados. Embora a Operação Egypto tenha resultado na prisão dos principais envolvidos e na apreensão de diversos bens, os clientes ainda não receberam seus investimentos de volta.
Os bens apreendidos no Brasil, como imóveis e outros ativos, já foram leiloados, e os valores obtidos estão à disposição da justiça. No entanto, os bitcoins, que representam a maior parte do montante a ser devolvido aos clientes, continuam fora de circulação, com sua movimentação suspensa.
Nos últimos dias, uma série de questionamentos sobre o paradeiro dos bitcoins foi levantada. Eles estavam armazenados na conta de um dos líderes da Indeal na corretora Poloniex, mas as autoridades americanas já os confiscaram e os colocaram em uma carteira à disposição da justiça. Tudo indica que, após o trânsito em julgado no Brasil, os valores poderão ser transferidos para a justiça brasileira, que ficará responsável pela restituição aos afetados.
Ainda assim, a advogada Caroline Boff expressou preocupações sobre o destino dos bitcoins. “Não sabemos se os bitcoins foram vendidos nem onde estão os valores. Se foram vendidos, onde estão? Ninguém sabe”, declarou, destacando a incerteza que ainda paira sobre a situação.
O TRF4 também afirmou que o processo de repatriação está em andamento desde julho de 2023, com o envio de novas informações em janeiro de 2024 e 2025. No entanto, devido à complexidade da operação, que envolve a colaboração entre as autoridades de dois países, os bitcoins continuam retidos nos Estados Unidos.
Enquanto isso, os clientes seguem aguardando uma solução para seus problemas, na expectativa de que o trânsito em julgado no Brasil abra caminho para a devolução dos valores. Para aqueles que ainda não se registraram como vítimas, é possível fazer isso acessando o site https://www.falenciaindeal.com.br/habilitacoes-e-divergencias-de-credito.
Operação Bilionária em Ethereum Levanta Suspeitas de Lavagem de Dinheiro

Investidor anônimo movimenta R$ 2 bilhões em alavancagem de 50x, enquanto a Hyperliquid enfrenta perdas e rumores sobre hackers norte-coreanos ganham força.
Um investidor anônimo realizou uma movimentação de R$ 2 bilhões no mercado de Ethereum nesta quarta-feira (12), usando uma alavancagem impressionante de 50x. Esse tipo de operação, altamente arriscada, poderia ter levado à perda total do valor investido caso o preço do Ethereum tivesse caído apenas 2%. No entanto, o investidor obteve lucros, gerando ainda mais especulações sobre o que realmente motivou a negociação.
A corretora descentralizada Hyperliquid foi severamente impactada por essa transação. Com a alavancagem aplicada, a plataforma sofreu uma perda de US$ 4 milhões. Para mitigar riscos futuros, mudanças foram implementadas no modelo de alavancagem, especialmente para o Ethereum e Bitcoin, cujas alavancagens máximas foram reduzidas para 25x e 40x, respectivamente. Apesar das perdas do Hyperliquidity Provider (HLP), o cofre de liquidez da corretora segue com um lucro de US$ 60 milhões, de acordo com fontes da empresa.
A magnitude da operação e a presença de um endereço anônimo levantaram suspeitas na comunidade, que começou a especular sobre um possível envolvimento de hackers norte-coreanos. Isso surgiu após um roubo de R$ 8,2 bilhões em Ethereum da corretora Bybit, há cerca de 20 dias. Desde então, hackers têm realizado transações para esconder a origem dos fundos, e alguns analistas acreditam que essa movimentação na Hyperliquid poderia ser uma tentativa de lavar o dinheiro roubado.
A especulação foi intensificada pela possibilidade de que o endereço em questão pertença ao infame Grupo Lazarus, responsável por diversos ataques cibernéticos. Para agravar a situação, a Hyperliquid negou qualquer falha no seu protocolo, explicando que o investidor simplesmente retirou os fundos, reduzindo sua margem e forçando a corretora a liquidar a posição. O resultado foi um PNL de US$ 1,8 milhão para o trader, enquanto a Hyperliquid perdeu US$ 4 milhões.
Embora a plataforma tenha ajustado suas alavancagens máximas e tomado medidas para proteger seus fundos, o token Hyperliquid (HYPE) viu uma queda de quase 10% antes de apresentar uma leve recuperação. A comunidade continua atenta a novas movimentações, e as especulações sobre possíveis falhas de segurança e lavagem de dinheiro permanecem em alta.
A situação gerou uma onda de rumores e discussões nas redes sociais, com muitos questionando se o movimento foi uma estratégia legítima de um trader ousado ou uma operação para ocultar recursos ilícitos. Por enquanto, o futuro dessa transação continua incerto, mas sem dúvida o mercado de Ethereum e as plataformas descentralizadas estão sob vigilância constante.
CVM faz alerta sobre Mercado Bitcoin

Além de alerta, CVM disse que poderá multar o Mercado Bitcoin se atuar fora das regulamentações.
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) do Brasil emitiu um alerta contra o Mercado Bitcoin. Segundo o CVM, a corretora brasileira estava ofertando contratos de investimentos coletivos para seus clientes, porém, não possui autorização para executar tal atividade. Ainda de acordo com o CVM, caso a empresa siga atuando fora dos parâmetros em que é autorizada poderá ser multada em R$ 100 mil por dia.
“Mercado Bitcoin Serviços Digitais Ltda. não possui autorização da CVM para atuar como intermediário de valores mobiliários”, disse o CVM.
Após o alerta de “stop order” nas operações que não estão regularizadas, o Mercado Bitcoin emitiu um comunicado informando que buscará entender melhor a notificação. A empresa disse ainda que preza por uma atividade regular e dentro das diretrizes do órgão regulador.
“O MB informa que zela pela conformidade de suas atividades e que segue as diretrizes dos órgãos reguladores na medida em que são emitidas. Tão logo tenha acesso aos fundamentos, irá entender e avaliar impacto e abrangência da manifestação da CVM. Reforça que sempre atuou em conformidade com consulta à CVM de 2020 e, posteriormente, também com as novas orientações de da área técnica de 2023. Além disso, é autorizado pela CVM a oferecer valores mobiliários como Gestora, Securitizadora e/ou Plataforma de Investimentos Participativos (crowdfunding)”, disse a corretora ao ser questionada pelo Livecoins.
O Mercado Bitcoin é uma das maiores corretoras brasileiras do ramo de criptomoedas. Em sua plataforma, são negociados Bitcoin, Ethereum, dentre outros ativos digitais.
Investidor de criptomoedas processa corretora por bloqueio de saldo

Após ter seu saldo bloqueado, investidor está processando corretora de criptomoedas.
Um investidor brasileiro chamado Leandro está processando a empresa “BitcoinToYou” após ter seu saldo bloqueado na plataforma. De acordo com os dados do processo que tramita no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, o brasileiro busca reaver quase R$ 65 mil que estão presos na plataforma. Na ação, há a alegação que desde abril do ano passado teve seu saldo bloqueado e a empresa não responde aos seus contatos.
“Sustenta, em síntese, que era cliente da BitcoinToYou desde 2011 e que possuía, aproximadamente R$ 62.799,54 em sua conta, na forma de criptomoedas. Aduz que, desde abril de 2024, o patrimônio do autor se encontra integralmente bloqueado pela corretora, e que a empresa deixou de responder qualquer tentativa de contato”, diz trecho da peça processual.
Em decisão liminar, o juiz Rodrigo Galvão Medina determinou o bloqueio de bens dos donos da BitcoinToYou, que também é conhecida como “Bitcoin2You” e “B2U”, além de bloqueio de valores em outras empresas de propriedade dos donos da BitcoinToYou, devido a comprovação de indícios de fraudes contra investidores.
“Observa-se que as empresas que compõe o polo passivo, bem como as pessoas físicas, estão envolvidas em um esquema que fraudou diversas pessoas”, diz a decisão do magistrado.
O processo do investidor brasileiro ainda está em fase inicial e a BitcoinToYou, assim como seus donos e as outras empresas do polo passivo da demanda, ainda possuem tempo para contestaram a ação. Em caso de silêncio, será decretada a revelia (os fatos alegados serão tidos como verdade) e o investidor deverá ter ganho de causa.
Bank of America pretende criar stablecoin

Criação de stablecoin de dólar é objetivo do Bank of America.
Um dos maiores bancos dos Estados Unidos, o Bank of America (BofA), está próximo de dar um passo importante nos seus negócios. A instituição financeira está determinada a criar uma stablecoin de dólar, sendo que apenas estão aguardando um sinal verde do governo norte-americano para prosseguirem com o projeto. Quem confirmou a informação foi Brian Moynihan, CEO do BofA.
“Está bem claro que haverá uma stablecoin, que será totalmente lastreada em dólares, algo que não é diferente de um fundo de mercado monetário com acesso a cheques, ou de uma conta bancária, na verdade. Então, se eles (governo) legalizarem isso, entraremos nesse negócio, e você terá uma moeda do Bank of America e um depósito em dólares americanos, e poderemos movê-las de um lado para o outro”, disse Moynihan à Bloomberg.
É importante destacar que a decisão tomada pelo Bank of America não é apenas para explorar o mundo dos ativos digitais. Na realidade, as stablecoins já representam 1% de todo M2 (papel-moeda + depósitos à vista) do dólar americano. Atualmente, o valor de mercado das stablecoins chega a US$ 221 bilhões (R$ 1,3 trilhão), sendo que a tendência é que haja um grande crescimento nos próximos meses e anos.
Caso se confirme a criação da stablecoin pela instituição financeira, o Bank of America será o primeiro gigante do ramo tradicional dos bancos a possuir uma stablecoin própria.
Inovação no mercado de criptomoedas revoluciona negociação sem depósitos em corretoras

Parceria entre BitGo, Copper e Deribit redefine segurança e liquidez para traders, abrindo novas possibilidades no mercado de criptomoedas.
Três grandes nomes do mercado de criptomoedas introduziram uma solução inovadora para traders, permitindo que realizem operações sem a necessidade de depositar seus ativos nas plataformas de corretagem. A novidade, inicialmente exclusiva da corretora Deribit, surge como uma alternativa atrativa, especialmente após os recentes ataques hackers contra plataformas como a Bybit, o que reforça o potencial dessa solução ser adotada por outras exchanges no futuro.
A parceria entre a BitGo, especializada em custódia de criptomoedas, e a Copper, com seu serviço ClearLoop, é o que torna possível essa inovação. A solução permite que os traders operem sem precisar transferir seus ativos para dentro das plataformas de negociação, mantendo-os sob custódia segura da BitGo Trust Company, Inc.
Ao realizar as transações de forma automatizada através das infraestruturas Copper ClearLoop e BitGo Go Network, a segurança e a eficiência são garantidas. Isso elimina a necessidade de pré-financiamento por parte dos investidores, o que melhora tanto a liquidez quanto a agilidade nas operações.
A Nova Solução: Mais Liquidez, Menos Risco
A colaboração entre BitGo e Copper resolve um desafio significativo para o mercado: como oferecer acesso a liquidez profunda sem comprometer a segurança dos ativos. O modelo multi-custodial adotado nesta parceria permite que os investidores negociem criptomoedas com maior flexibilidade, ao mesmo tempo em que mantêm seus fundos protegidos. Isso é um avanço importante para a segurança das transações no mercado de criptomoedas.
Além disso, a integração da Deribit ao Go Network via Copper ClearLoop proporciona uma plataforma robusta, ideal para estratégias avançadas de negociação, especialmente para opções e futuros. Essa inovação estabelece um novo padrão no setor, ao reduzir os riscos típicos relacionados à exposição de ativos em exchanges centralizadas, que são alvos constantes de ataques e falhas de segurança.
Fortalecimento da Custódia e Adoção Institucional
Brett Reeves, chefe da Go Network, comentou sobre a importância da colaboração com a Copper, destacando a transformação que ela traz para o acesso dos investidores às exchanges. “Manter os ativos sob custódia qualificada e realizar a liquidação através do processo confiável da ClearLoop responde diretamente à demanda do mercado por uma solução segura e eficiente. A BitGo se compromete a estabelecer um novo padrão para a negociação, equilibrando segurança e eficiência sem comprometer nenhum dos dois.”
Ben Lorente, Diretor de Alianças Estratégicas da Copper, complementou, afirmando que a parceria com a BitGo fortalece a rede de custódia da empresa e acelera a adoção de ativos digitais por investidores institucionais, um passo crucial para o futuro do mercado.
Um Novo Marco no Mercado de Criptomoedas
Luuk Strijers, CEO da Deribit, também enfatizou a importância da parceria, afirmando que ela marca uma nova era para os investidores e o mercado de criptomoedas. “Estamos empolgados em liderar essa transformação ao lado da BitGo e da Copper. A colaboração entre as nossas empresas abrirá novas oportunidades para os investidores, mudando completamente o panorama da negociação de criptomoedas.”
Com a crescente demanda por soluções mais seguras, é provável que soluções como essa se tornem cada vez mais comuns no mercado. As plataformas de criptomoedas estão cada vez mais sendo desafiadas a melhorar seus mecanismos de segurança, e essa inovação pode ser um precursor de outras mudanças significativas para o setor.
Investidores defendem Bitcoin em meio à proposta de fechamento de capital no setor de Cannabis

Enquanto a empresa de cannabis avalia proposta de aquisição, acionistas sugerem que a compra de Bitcoin pode ser a chave para a recuperação financeira.
A WM Technology, uma gigante no desenvolvimento de soluções tecnológicas para o mercado de cannabis, está no centro das atenções após receber uma proposta de aquisição que visa tirá-la da Nasdaq e transformá-la em uma empresa privada. No entanto, o movimento gerou controvérsias entre os investidores, especialmente após uma sugestão ousada de usar Bitcoin como uma estratégia de tesouraria.
A proposta de aquisição foi apresentada pelos próprios fundadores da companhia, que já possuem participação nas ações. Em dezembro de 2024, os fundadores procuraram o conselho de administração para discutir a compra das ações em circulação, especialmente aquelas em posse de investidores externos. O processo de análise está em andamento desde então.
Os fundadores oferecem US$ 1,70 por ação, um valor superior ao preço atual de mercado de US$ 1,39 por ação, sugerindo uma proposta vantajosa para os acionistas da WM Technology.
Contudo, a proposta não foi bem recebida por todos. A TMR Capital, uma das empresas que detém ações da WM Technology, criticou a aquisição, considerando-a uma desvalorização do verdadeiro valor da companhia. Segundo a TMR, a proposta subestima o potencial da WM Technology e não reflete sua capacidade futura.
Investir em Bitcoin: A Estratégia Sugerida
Em vez de aceitar a proposta de deslistagem, a TMR Capital sugeriu que a WM Technology adotasse o Bitcoin como parte de sua estratégia de tesouraria. A empresa defende que a compra de Bitcoin não apenas protegeria o valor da companhia, mas também ajudaria a fortalecer sua posição no mercado, mantendo suas ações listadas na Nasdaq.
A TMR apontou exemplos de empresas que prosperaram ao adotar o Bitcoin, como a MicroStrategy (agora Strategy), que viu suas ações se valorizar significativamente após incorporar a criptomoeda em sua estratégia de investimento. Além disso, outras gigantes como a MetaPlanet e a Tesla, de Elon Musk, também experimentaram crescimento ao fazerem investimentos estratégicos em Bitcoin.
Apostas Audaciosas para o Futuro
A TMR Capital enfatizou que a adoção do Bitcoin poderia gerar uma reviravolta nos mercados de capitais e promover a sustentabilidade financeira da WM Technology. Segundo a TMR, ao invés de recomprar ações ou emitir dividendos, o Bitcoin seria uma solução mais eficaz para garantir a recuperação da empresa. Eles ressaltaram ainda que iniciativas como essas ajudariam a melhorar o fluxo de caixa e o balanço patrimonial, colocando a empresa em uma posição vantajosa.
“Recomprar ações não vai tirar a empresa do buraco, mas investir em Bitcoin sim”, afirmou a TMR, destacando que essa estratégia poderia, de fato, colocar a WM Technology em uma posição mais sólida no longo prazo.
Tendência Global e a Necessidade de Adaptação
A recomendação da TMR também reflete um cenário maior, no qual o Bitcoin tem ganhado reconhecimento como uma moeda segura e estratégica. O movimento ganha força com a crescente aceitação do Bitcoin no mercado global e até mesmo com figuras políticas, como Donald Trump, que têm se posicionado publicamente em favor da criptomoeda.
A TMR também apontou que os Estados Unidos têm demonstrado interesse em se destacar no setor de criptomoedas, o que torna ainda mais relevante a adoção do Bitcoin por empresas de capital aberto. Isso reforça a visão de que a moeda digital é uma tendência consolidada que pode impulsionar empresas que adotem a tecnologia a tempo.
O Potencial da WM Technology e Seu Compromisso com a Cannabis
Fundada em 2008, a WM Technology opera a Weedmaps, uma das maiores plataformas de cannabis do mundo. A empresa também oferece uma gama robusta de soluções tecnológicas para e-commerce e conformidade para empresas e marcas no mercado regulamentado de cannabis nos Estados Unidos. Seu foco é garantir acesso legal e seguro aos consumidores, ao mesmo tempo em que promove o crescimento e a inovação dentro do setor.
Bybit sofre ataque hacker e perde R$ 6,4 bilhões em Ethereum

Corretora de criptomoedas confirma falha durante migração de fundos e garante segurança das outras carteiras. ETH sofre queda após o incidente.
Na última sexta-feira (21), a corretora de criptomoedas Bybit, a segunda maior do mundo, foi alvo de um ataque hacker que resultou no desvio de 401.346 ETH, o equivalente a R$ 6,4 bilhões. A movimentação dos fundos foi rapidamente identificada por Whale Alert, que notou as transações a partir das 11h22 (horário de Brasília).
O ataque foi confirmado pelo CEO e cofundador da Bybit, Ben Zhou, que explicou em suas redes sociais que a falha ocorreu durante a migração de fundos para uma carteira quente. De acordo com Zhou, a transferência foi mascarada por um erro no sistema, em que a interface mostrou um endereço correto, mas o código assinado alterou o contrato inteligente da carteira fria, permitindo que o hacker assumisse o controle.
Estratégia de mitigação e segurança das demais carteiras
Após o incidente, Zhou garantiu que as outras carteiras frias da empresa permanecem seguras e que os saques estavam ocorrendo normalmente. Ele também anunciou que mais detalhes sobre o ataque seriam compartilhados à medida que novas informações surgissem.
Apesar do incidente, a Bybit afirmou que seus serviços permanecem operantes para todas as criptomoedas, incluindo Ethereum, e que as únicas interrupções ocorreram em redes que já estavam inativas antes do ataque.
O impacto no mercado e nas reservas da Bybit
A carteira afetada, que anteriormente armazenava cerca de 7,5% das reservas totais da Bybit, era responsável por aproximadamente US$ 1 milhão em ETH. O valor foi transferido para diversos outros endereços, incluindo a conversão dos fundos, o que gerou especulações sobre a natureza da operação.
Além de prejudicar a corretora, o ataque também afetou o mercado de Ethereum, fazendo com que o ETH perdesse cerca de 4,7% de seu valor. Antes do hack, o ETH estava operando em alta devido à resolução do processo envolvendo a SEC contra a Coinbase.
A Bybit, que segue em segundo lugar no ranking mundial de corretoras de criptomoedas em volume de negociação, continua sendo um player importante no mercado, mas este incidente ressalta a vulnerabilidade das plataformas e a necessidade de medidas de segurança mais robustas.
Google aposta em soluções para integrar Bitcoin à Web2

Kyle Song compartilha estratégias para facilitar o acesso e a negociação de Bitcoin para usuários tradicionais.
Durante o evento Bitcoin Tech Carnival, realizado em Hong Kong nesta terça-feira (18), Kyle Song, especialista em Web3 do Google, compartilhou que a empresa está focada em facilitar a integração do Bitcoin para usuários que ainda não estão imersos no universo Web3. Ele afirmou que o Google busca maneiras de remover as barreiras que dificultam a adoção da criptomoeda, visando simplificar o acesso para aqueles acostumados com a Web2.
Song detalhou uma das iniciativas da gigante da tecnologia: a melhoria das carteiras de Bitcoin. A proposta é permitir que os investidores utilizem suas contas do Google para acessar seus bitcoins, oferecendo uma experiência mais fluida e intuitiva, semelhante à dos serviços financeiros tradicionais.
Embora o Google tenha adotado uma postura mais cautelosa em relação ao setor de criptomoedas, quando comparado a outras grandes empresas, a companhia já deu passos significativos ao investir em soluções para a indústria. Entre as iniciativas, estão parcerias com projetos de blockchain, incluindo uma equipe dedicada a explorar e desenvolver soluções para o ecossistema cripto.
O avanço do Google no universo cripto
O Bitcoin Tech Carnival, evento que reuniu grandes nomes do setor, também contou com a presença de Jeremy Rubin, desenvolvedor do Bitcoin Core, Muneeb Abi, fundador da Stacks, e Jeff Garzik, cofundador da Hemi Labs, entre outros. O destaque, no entanto, foi Kyle Song, que trouxe insights sobre como o Google está se posicionando para facilitar o acesso e a negociação do Bitcoin, especialmente com o crescimento dos ETFs de Bitcoin. Suas declarações foram documentadas pelo Bloomingbit.
Em sua apresentação, Song enfatizou que o Google está desenvolvendo soluções para reduzir as barreiras que impedem a adoção do Bitcoin, especialmente para usuários acostumados com a Web2. Ele afirmou: “Estamos buscando maneiras de tornar o Bitcoin mais acessível e fácil de usar para todos.”
O executivo também mencionou o aprimoramento das carteiras de Bitcoin, com o objetivo de oferecer uma experiência mais próxima ao que os usuários de Web2 estão habituados. A ideia é permitir que qualquer pessoa consiga acessar suas carteiras e negociar Bitcoins com a mesma facilidade dos sistemas de pagamento tradicionais. “O nosso objetivo é proporcionar uma integração simples, onde os usuários possam usar suas contas do Google para gerenciar e negociar seus bitcoins sem complicações”, completou Song.
O Google e o futuro das criptomoedas
Em 2022, o Google já dava sinais claros do seu interesse no mercado cripto ao contratar Arnold Goldberg, ex-PayPal, com o objetivo de fortalecer as parcerias estratégicas relacionadas a blockchain e criptomoedas. Contudo, desde então, a empresa não divulgou grandes inovações no setor, o que gera curiosidade sobre as futuras movimentações da gigante da tecnologia nesse mercado em expansão.
Kyle Song também abordou o papel das tecnologias de criptografia, mencionando as inovações em sistemas on-chain e off-chain. Ele detalhou os esforços para aumentar a confiabilidade das transações através do uso de Zero-Knowledge Proofs (ZKP), uma tecnologia que garante maior segurança e privacidade nas interações digitais.
O impacto do Google na adoção do Bitcoin
Acompanhando Song no painel estavam outros importantes nomes do setor, como Thomas Chen, CEO da Function Bitcoin, Eugene Cheung, Head de Negócios Institucionais da OSL, e Brian Mahony, cofundador da Mezo. Jun Ian Wong, cofundador da ACJR Network, moderou a conversa e trouxe importantes contribuições sobre as tendências atuais no mercado cripto.
O movimento do Google em facilitar o acesso e a negociação de Bitcoin pode acelerar a adoção da criptomoeda. Com mais de 560 milhões de pessoas investindo em ativos digitais até 2024, o potencial de crescimento é gigantesco. A medida que as soluções do Google tornam o processo mais simples e acessível, espera-se que esse número continue a crescer, aproximando cada vez mais o Bitcoin de um público maior e mais diversificado.