Atividade econômica recua em julho e acende sinais de alerta

A atividade econômica mostra que, apesar do crescimento anual, alguns setores fundamentais do país registram retrações preocupantes.
O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), divulgado pelo Banco Central, registrou retração de 0,5% em julho em comparação com junho, interrompendo a sequência de altas do início do ano. Esse resultado, já ajustado sazonalmente, representa a terceira queda mensal consecutiva do indicador, utilizado como termômetro da economia nacional.
Entre os setores que compõem o índice, a indústria foi a mais afetada, apresentando recuo de 1,1%. A agropecuária também registrou queda significativa, de 0,8%, enquanto o setor de serviços apresentou retração mais moderada, de 0,2%. Esses números refletem desafios pontuais enfrentados por cada segmento, especialmente na produção industrial, impactada por fatores sazonais e flutuações de demanda.
Apesar da retração mensal, o desempenho anual mostra sinais de resiliência. Comparado a julho de 2024, o IBC-Br avançou 1,1%. No acumulado dos últimos 12 meses encerrados em julho, o índice registrou crescimento de 3,5%, enquanto o período de janeiro a julho deste ano teve aumento de 2,9%. Para essas comparações, não é necessário aplicar ajuste sazonal, pois os períodos analisados são equivalentes. O ajuste sazonal é utilizado apenas quando há diferenças significativas no número de dias úteis ou flutuações típicas de determinadas atividades econômicas.
Especialistas destacam que, mesmo diante de quedas mensais consecutivas, a economia brasileira mantém um ritmo de crescimento sustentável em bases anuais. O desempenho positivo nos setores de serviços e agropecuária ajuda a compensar a retração industrial, evidenciando a importância de políticas públicas que incentivem a produção e apoiem a recuperação de segmentos mais afetados.
O acompanhamento contínuo do IBC-Br se torna cada vez mais relevante para investidores, formuladores de políticas e gestores públicos. A análise desses dados permite antecipar tendências da atividade econômica, identificar riscos e planejar estratégias que promovam estabilidade e crescimento sustentável no país.
Banco Central anuncia Pix automático

Nova funcionalidade do Pix, divulgada pelo Banco Central, visa facilitar a vida dos usuários.
Nesta quarta-feira (4), o Banco Central divulgou uma nova funcionalidade para o Pix: o Pix automático. Nessa nova modalidade, será possível realizar o agendamento de despesas periódicas e recorrentes, como contas de luz, mensalidades escolares, academias e serviços por assinatura. Segundo o BC, a função visa facilitar a vida dos usuários.
“O Pix é o dinheiro que anda na velocidade do nosso tempo. O Pix é um ativo de todos os brasileiros, da sociedade brasileira, do setor privado, dos indivíduos, das pessoas físicas, do Banco Central, de todo mundo”, disse Gabriel Galípolo, presidente do BC.
De acordo com o Banco Central, a nova funcionalidade estará disponível a partir do dia 16 de junho e vai fazer com diversos brasileiros tenham acessos a serviços que antes não tinham. Segundo o presidente do BC, cerca de 60 milhões de brasileirão não possuem cartão de crédito, e agora, com o Pix automático, poderão ter acesso a uma série de serviços ou a uma série de facilidades.
Vale destacar que em 2024 as transações por Pix atingiram um recorde histórico. Somente no último ano, foram registradas 26 trilhões de transações na modalidade de pagamento instantâneo.
Banco Central registrou lucro bilionário em 2024

Após prejuízo em 2023, Banco Central registrou grande lucro em 2024.
Depois de sofrer com prejuízos recentes, o Banco Central (BC) registrou um resultado positivo, impulsionado pela valorização do dólar. Após um déficit de R$ 114,2 bilhões em 2023, o BC obteve um lucro de R$ 270,9 bilhões em 2024. O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou, nesta quinta-feira (27), o balanço da instituição referente ao ano anterior.
Em 2024, o lucro de R$ 242,8 bilhões veio principalmente das operações cambiais, como swaps (venda de dólares no mercado futuro) e a variação das reservas internacionais. Isso se deve ao aumento de 27,3% do dólar no ano passado, o que gerou ganhos ao converter as operações cambiais para reais.
O lucro total de 2024 foi maior graças ao lucro operacional de R$ 28,1 bilhões, proveniente das atividades normais do Banco Central. Combinando os resultados cambiais e operacionais, o lucro final chegou a R$ 270,9 bilhões.
De acordo com a legislação de 2019, que regula a relação entre o Banco Central e o Tesouro Nacional, a distribuição dos lucros da autoridade monetária passou por mudanças. Do lucro total, o Tesouro receberá R$ 28,1 bilhões relativos ao resultado operacional. Esse valor será repassado pelo BC ao Tesouro em até dez dias úteis.
Já o lucro cambial de R$ 242,8 bilhões será destinado a uma reserva do BC, que serve para cobrir eventuais perdas em anos subsequentes. A reserva anterior foi totalmente utilizada em 2022, quando o BC usou R$ 85,9 bilhões do lucro de 2021.
O maior lucro já registrado pelo Banco Central ocorreu em 2020, quando a instituição obteve R$ 469,61 bilhões devido à alta do dólar durante a pandemia de covid-19.
Lula diz que não irá interferir na nova gestão do Banco Central

Em vídeo ao lado no novo presidente do Banco Central, Lula afirma que o governo não vai interferir nas decisões.
A partir do dia 1º de janeiro o Banco Central terá como presidente Gabriel Galípolo. Em vídeo divulgado nesta sexta-feira (20) ao lado do próprio Galípolo além dos ministros Fernando Haddad, da Fazenda; Simone Tebet, do Planejamento e Orçamento, e Rui Costa, da Casa Civil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o governo não irá interferir na gestão do Banco Central.
“Eu quero que você saiba que jamais haverá da parte da Presidência qualquer interferência no trabalho que você tem que fazer no Banco Central. oje, nós estamos oferecendo um presente, uma novidade ao Brasil. Esse jovem chamado Galípolo está assumindo a presidência do Banco Central. Queria dizer para o Galípolo que seguimos mais convictos do que nunca que a estabilidade econômica e o combate à inflação são as coisas mais importantes para proteger o salário e o poder de compra das famílias brasileiras. Tomamos as medidas necessárias para proteger a nova regra fiscal e seguiremos atentos à necessidade de novas medidas”, disse Lula ao se dirigir à Galípolo.
Gabriel Galípolo, que irá assumir o lugar de Campos Neto no comando do Banco Central, é ex-secretário de Economia e de Transportes do governo de São Paulo e também já trabalhou na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), no Centro Brasileiro de Relações Internacionais e no Banco Fator, instituição que fundou. Em 2023, assumiu o cargo de secretário-executivo do Ministério da Fazenda, até ser indicado e aprovado para a diretoria de Política Monetária do Banco Central, cargo que ocupa desde julho do ano passado.
Banco Central revoluciona sistema de boletos com Pix

O Banco Central aprova mudanças que permitem pagamentos por Pix e introduzem o boleto dinâmico, trazendo mais segurança e eficiência para os processos financeiros.
O Banco Central (BC) anunciou, nesta quinta-feira (12), uma importante atualização para o sistema de boletos de pagamento. A resolução aprovada visa modernizar os boletos tradicionais, permitindo, além do código de barras, o pagamento por métodos como o Pix.
Embora a medida só entre oficialmente em vigor em 3 de fevereiro, o BC informou que os boletos poderão incluir, já a partir de agora, um código QR específico para pagamentos. Essa novidade será disponibilizada de forma experimental, enquanto a regulamentação definitiva deve ocorrer ao longo de 2025.
A introdução do código QR torna o pagamento mais ágil e simples: o usuário precisará apenas apontar a câmera do celular para o código e concluir a transação. A principal vantagem dessa atualização, especialmente com o uso do Pix, é a compensação instantânea, eliminando a demora de dias que ainda afeta muitos boletos bancários convencionais.
Além disso, o Banco Central lançou a modalidade de boleto de cobrança dinâmico, que trará mais segurança aos pagamentos de dívidas associadas a títulos específicos, como a duplicata escritural, regulamentada pela Lei nº 13.775, de 2018. Com esse modelo, o BC busca melhorar a confiabilidade e a segurança das transações financeiras envolvendo esses tipos de títulos.
O BC também destacou a importância dessa inovação para proteger tanto os pagadores quanto os credores. Como esses títulos podem ser negociados, a ideia é garantir que os valores sejam sempre enviados ao legítimo detentor dos direitos. Para isso, o boleto dinâmico será vinculado ao título, emitido de forma digital em sistemas previamente autorizados pelo BC, assegurando que os pagamentos automáticos cheguem ao destino correto.
A nova modalidade de boleto é vista como um avanço importante na modernização do sistema financeiro, especialmente para pequenas e médias empresas, que frequentemente utilizam esse tipo de título para fomentar seus negócios.
A segurança oferecida pelo boleto dinâmico beneficia tanto o devedor quanto o credor. O pagador poderá quitar sua dívida de forma automática, utilizando o mesmo boleto, seja ele gerado fisicamente ou de maneira eletrônica. Além disso, o financiador que adquiriu o título não precisará se preocupar com a troca de instrumentos de pagamento para garantir o recebimento dos valores.
Com essa mudança, o BC reforça que, no caso das duplicatas escriturais, o novo sistema de boleto dinâmico traz segurança tanto para o sacado quanto para o financiador. O pagamento será efetuado de forma automática, sem a necessidade de substituição dos boletos, garantindo a agilidade e a certeza de que o dinheiro será recebido pelo legítimo credor.
Banco Central diz que todas as corretoras de criptomoedas terão que seguir regras

Com regulamentação das criptomoedas no Brasil, Banco Central afirma que corretoras terão que seguir regras.
Um dos assuntos mais discutidos no mercado financeiro nacional é a regularização das corretoras criptomoedas no Brasil. O assunto vem sendo amplamente discutido e foi alvo de debate durante o seminário internacional “Regulação e concorrência no mercado digital”, que foi promovido pela Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU). Em sua fala, o diretor de Regulação do Banco Central do Brasil, Otávio Ribeiro Damasceno, falou sobre o tema e afirmou que as exchanges deverão seguir regras para atuação em território brasileiro.
“Esse é um universo novo para o Banco Central, o BC não regulava isso, teve uma lei se eu não me engano há dois anos atrás, há um ano atrás. O Presidente da República designou que o órgão responsável seria o Banco Central. A gente ficou esse ano estudando e soltou e uma consulta pública”, disse Damasceno.
Além de falar sobre ser um universo novo para o Banco Central, Damasceno foi enfático ao dizer que todas as corretoras de criptomoedas que atuam no Brasil deverão seguir regras, estando de acordo ou não com o regramento.
“Vai ser um grande desafio, porque é um mercado que o Banco Central não conhece, ele não tem relação direta com ele, a gente não sabe sequer quantas exchanges de criptomoedas existe no país. Nem todas vão querer regras, e estamos preocupados com mercado marginal. Pela a nossa regulamentação, todas vão ter que ser autorizadas e vão ser supervisionadas pelo Banco Central”, afirmou o diretor do BC.
O evento que foi promovido pela ESMPU teve parceria com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a Universidade de Brasília (UnB). Além disso, também houve a participação de representantes do MPF, do MPDFT e dos MPs estaduais, do Instituto Brasileiro de Estudos de Concorrência, Consumo e Comércio Internacional (Ibrac), da Associação Brasileira de Direito e Economia (ABDE) e do Instituto de Estudos em Ciências Sociais (IE).
Beneficiários do Bolsa Família destinam R$ 3 bilhões para apostas online

Estudo do Banco Central revela que parte do auxílio social está sendo redirecionada para sites de apostas, levando o senador Omar Aziz a buscar regulamentação das plataformas.
Uma investigação recente do Banco Central revelou que, em agosto, R$ 3 bilhões dos beneficiários do Bolsa Família foram direcionados para plataformas de apostas online, com o uso do Pix como meio de pagamento. Essa prática tem levado recursos sociais a serem redirecionados para o setor de apostas.
A pesquisa foi encomendada pelo senador Omar Aziz (PSD-AM), que pretende solicitar à Procuradoria-Geral da República (PGR) que tome medidas legais para desativar os sites de apostas até que haja regulamentação adequada por parte do governo federal.
A análise técnica do Banco Central indica que cerca de 5 milhões de beneficiários, de um total de aproximadamente 20 milhões, utilizaram o Pix para fazer apostas, com um gasto médio de R$ 100 por apostador. Entre esses, 70% são chefes de família e, em agosto, enviaram R$ 2 bilhões para essas plataformas, o que representa 67% do total despendido.
O relatório abrange tanto as apostas em eventos esportivos quanto em cassinos virtuais. No entanto, o valor total apostado pelos beneficiários do Bolsa Família pode ser ainda maior. Os dados do Banco Central consideram apenas as transações via Pix, não incluindo outros métodos de pagamento, como cartões de débito e crédito ou transferências eletrônicas diretas (TED). Além disso, a análise se concentrou apenas nos valores enviados para as casas de apostas, sem contabilizar os prêmios que os apostadores possam ter recebido.
O Banco Central também avaliou o montante que a população destina mensalmente às apostas eletrônicas por meio do Pix. As transferências mensais para essas plataformas variaram entre R$ 18 bilhões e R$ 21 bilhões, com agosto registrando um total impressionante de R$ 20,8 bilhões — um valor que supera em mais de dez vezes os R$ 1,9 bilhão arrecadados pelas loterias oficiais da Caixa Econômica Federal.
Em agosto, o programa Bolsa Família distribuiu R$ 14,12 bilhões entre 20,76 milhões de beneficiários, resultando em um valor médio de R$ 681,09 para cada um.
Pix automático será lançado em 2025

Banco Central confirmou o lançamento do Pix automático para 2025.
O Banco Central (BC) confirmou neste começo de semana o lançamento de uma nova modalidade de pagamento para beneficiar a vida dos brasileiros: o Pix automático. De acordo com a instituição, a nova modalidade estará disponível à população a partir do dia 16 de junho de 2025. O anúncio do lançamento foi feito com a publicação da Resolução BCB Nº 402.
O Pix automático nada mais é que uma modalidade semelhante ao débito em conta. Nesse caso, o intuito é facilitar o pagamento de cobranças recorrentes, ou seja, em que o cidadão paga periodicamente para ter acesso a um produto ou serviço. Com o lançamento do Pix automático, esses pagamentos irão agilizar e facilitar a vida do usuário em seu dia-a-dia.
Segundo o Banco Central, os principais serviços que irão usufruir do Pix automático são os de concessionárias de serviço público de luz, água, telefone; mensalidades de escolas e faculdades; academias; condomínios; clubes sociais; planos de saúde; serviços de streamings; portais de notícias; clubes por assinatura e empresas do setor financeiro, dentre outros.
O Pix, para quem não sabe ou ainda não o utiliza, é um modo de transferência monetária instantâneo e de pagamento eletrônico instantâneo em real brasileiro, oferecido pelo Banco Central a pessoas físicas e jurídicas. Seu funcionamento é 24 horas por dia, ininterruptamente, sendo o mais recente e mais utilizado meio de pagamento do Sistema de Pagamentos Brasileiro.
Banco Central confirma vazamento de dados cadastrais de 46 mil chaves Pix

Mesmo com o vazamento de dados cadastrais de 46 mil chaves Pix, dados sigilosos como saldos e senhas não foram afetados.
O Banco Central (BC) confirmou nesta segunda-feira (18) que os dados cadastrais de 46 mil chaves Pix foram esvaziados. De acordo com o BC, 46.093 clientes da Fidúcia Sociedade de Crédito ao Microempreendedor e à Empresa de Pequeno Porte Limitada (Fidúcia) foram vítimas do vazamento de dados. No entanto, dados sigilosos como saldos e senhas não foram afetados.
Conforme explicado pelo Banco Central, o vazamento de dados cadastrais de mais de 46 mil chaves Pix ocorreu em virtude de falhas no sistema da instituição de pagamento. Ainda de acordo com o BC, o caso, por ter sido de baixo potencial lesivo aos clientes, poderia até mesmo não ser comunicado, mas houve a informação pelo fato de a autarquia visar sempre a transparência.
Vale lembrar que esta não é a primeira vez que dados cadastrais das chaves Pix são vazados. Desde o lançamento do sistema instantâneo de pagamentos, em novembro de 2020, seis vezes os dados dos clientes foram vazados. O maior deles ocorreu em 2021, quando 414,5 mil chaves Pix por número telefônico do Banco do Estado de Sergipe (Banese) foram vazadas. Ao todo, quase 1 milhão de chaves já foram vazadas por falhas de segurança e nos sistemas informatizados.
Servidores do Banco Central irão realizar paralisação

Paralisação dos servidores do Banco Central visa reajuste salarial e reestruturação de carreira.
Os servidores do Banco Central (BC) irão realizar uma paralisação nos próximos dia 20 e 21 de fevereiro. Os principais motivos para o ato é a reinvindicação de reajuste salarial de 36% e a reestruturação de carreira. A decisão por paralisar foi tomada na última semana, quando em assembleia foi rejeitada a proposta de reajuste de 13%, de maneira parcelada, entre os anos de 2025 e 2026.
Durante a assembleia, também foi aprovado um indicativo de greve, porém, incialmente os servidores do Banco Central irão realizar a paralisação dos dias 20 e 21 deste mês. De acordo com o Sindicato Nacional dos Servidores do Banco Central (Sinal), 97% dos presentes na assembleia assentiram de maneira favorável para a realização de uma greve de forma escalonada.
Além do reajuste salarial e a reestruturação de carreira, os servidores do Banco Central também reivindicam a exigência de curso superior para o cargo de técnico, a mudança de nome do cargo de analista para auditor e a criação de uma retribuição por produtividade. Esta última, por sinal, já existe para os auditores-fiscais da Receita Federal.