Coin Cloud pede recuperação judicial
Empresa de caixas eletrônicos de Bitcoin, Coin Cloud acabou pedindo recuperação judicial nos Estados Unidos.
A Coin Cloud, conhecida por operar mais de quatro mil caixas eletrônicos (ATMs) de Bitcoin, está entrando com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos. Assim como em outros casos envolvendo empresas ligadas às criptomoedas e de outros ramos, o pedido está amparado capítulo 11 da Lei de Falências dos Estados Unidos, o famoso Chapter 11.
De acordo com informações divulgadas pelo Coindesk, a empresa possui dívidas entre US$ 100 milhões e US$ 500 milhões. Um dos principais credores da Coin Cloud, a empresa Genesis, também entrou com um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos. Somente para a empresa de empréstimo de criptomoedas a Coin Cloud deve mais de US$ 100 milhões.
Por outro lado, as operações da empresa no Brasil não serão afetadas com o seu pedido de recuperação judicial. Em nota, a Coin Cloud afirmou que no Brasil há 30 ATMs instalados e em breve novos equipamentos serão instalados no país. O número pequeno de funcionários também é um dos motivos para as operações em solo brasileiro não serem afetadas.
“A operação local é enxuta e não há qualquer previsão de alteração na equipe. 2022 não foi um ano fácil, mas o nosso time está bem animado aqui no Brasil, onde temos uma situação bastante diferente da dos EUA. Temos um lote de mais 42 máquinas chegando no próximo mês e fechamos uma nova parceria que será anunciada em breve. Na verdade, na prática a única coisa que compartilhamos com a operação americana é o nome”, disse a country manager da empresa, Isabela Rossa, ao Portal do Bitcoin.
Caso a justiça norte-americana aceite o pedido de recuperação judicial da Coin Cloud, a empresa poderá suspender o pagamento de credores até a apresentação do seu plano de pagamento.
Binance suspenderá transferências em dólares
Maior corretora de criptomoedas do mundo, Binance confirmou que transferências em dólares serão suspensas.
A Binance, maior corretora de criptomoedas do mundo, emitiu um comunicado por meio de porta-voz informando que suspenderá as transferências em dólares. De acordo com a exchange, a ação se limita a usuários de fora dos Estados Unidos que transferem dinheiro para ou de contas bancárias em dólares. Em seu comunicado, a empresa afirmou que apenas 0,01% de seus clientes serão afetados, mas que já está trabalhando para resolver o problema.
“Estamos suspendendo temporariamente as transferências bancárias em USD a partir de 8 de fevereiro (quarta-feira). Os clientes afetados estão sendo notificados diretamente. Contudo, apenas 0,01% de usuários ativos mensais utilizam transferências bancárias em dólares americanos, mas já estamos trabalhando duro para reiniciar o serviço o mais rápido possível”, disse a Binance por meio de um porta-voz.
Problemas com o SWIFT
O fato de a Binance suspender as transferências em dólares acaba mostrando os problemas que tem enfrentado com as instituições financeiras. No final de janeiro, a exchange comunicou seus clientes que não poderia mais usar o sistema SWIFT em transferências bancárias envolvendo dólares americanos para comprar ou vender criptomoedas em transações menores do que US$ 100 mil.
“O parceiro bancário que atende sua conta informou que não será mais capaz de processar transações com dólares americanos por meio SWIFT caso sejam em valores menores do que US$ 100 mil. Isso está acontecendo com todos os clientes de cripto deles. Por favor, esteja ciente de que, até acharmos uma solução alternativa, você pode não conseguir usar sua conta bancária para comprar ou vender criptomoedas com dólares americanos por meio do SWIFT em valores menores que US$ 100 mil depois do dia 1º de fevereiro”, dizia no e-mail enviado pela Binance aos seus clientes.
Já em relação à suspensão de transferências em dólares para clientes de fora dos Estados Unidos, a Binance informou que as transações ainda poderão ser feitas em outras moedas, como o Euro, além de cartões de crédito, débito, pré-pagos e aplicativos de pagamento da Google e Apple.
Criptomoedas fecham a semana em alta
Lideradas pelo Bitcoin (BTC), criptomoedas fecharam a semana com alta em seus preços.
Não é novidade que o ano de 2022 foi negativo para os investidores de ativos digitais, principalmente criptomoedas. No entanto, as primeiras semanas de 2023 estão sendo promissoras, principalmente com a elevação dos preços dos criptoativos, o que acaba animando o mercado e os investidores.
Nesta semana, o Bitcoin (BTC) liderou a alta das criptomoedas, com uma valorização de 11,2% e ultrapassado a marca de US$ 22.000,00. Já o Ethereum (ETH), segundo token que mais valorizou, viu seu preço subir 9,7% e alcançar a marca de US$ 1.659,66. Enquanto isso, a XRP valorizou 5% no período, seguida pela Polygon (MATIC) que acabou registrando uma alta de 4,3%.
A valorização das criptomoedas acabou aquecendo o mercado e as negociações dos ativos digitais aconteceram em grande escala. Após um começo de ano de incertezas, os investidores e as próprias corretoras começam a vislumbrar um 2023 positivo para o mercado de ativos digitais. Sendo assim, a expectativa é que os volumes diários de negociação acabem aumentando se comparado ao ano que passou.
Abaixo, confira a lista das 10 maiores criptomoedas em capitalização de mercado:
1 – Bitcoin (BTC – US$ 22.577,92)
2 – Ethereum (ETH – US$ 1.659,66)
3 – Tether (USDT – US$ 0,999044)
4 – USD Coin (USDC – US$ 0,998609)
5 – BNB (BNB – US$ 302,97)
6 – XRP (XRP – US$ 0,409953)
7 – Binance USD (BUSD – US$ 0,996502)
8 – Cardano (ADA – US$ 0,363591)
9 – Dogecoin (DOGE – US$ 0,085924)
10 – Solana (SOL – US$ 25,19)
11 (bônus) – Polygon (MATIC – US$ 1,03)
FTX pode voltar a operar
Novo CEO da FTX afirmou que corretora pode voltar a operar.
O colapso sofrido pela FTX em 2022 chamou a atenção do mundo, pois refletiu diretamente no mercado de ativos digitais. Empresas fecharam e as criptomoedas viram seus preços despencarem. Contudo, uma nova informação vinda da empresa balançou o mercado, tudo isso por conta de uma possível volta às operações.
O novo CEO da FTX, John J. Ray III, afirmou que a corretora pode voltar a operar em breve. De acordo com Ray, já está sendo analisada a reativação das operações da empresa e que há um estudo para descobrir como recuperar os ativos perdidos pela FTX durante a gestão do seu fundador Sam Bankman-Fried (SBF).
“Existem partes interessadas, com as quais estamos trabalhando, que identificaram um negócio viável”, afirmou o atual CEO da FTX.
A notícia de uma possível volta da FTX às operações caiu como uma bomba no mercado de ativos digitais. Prova disso é que a criptomoeda nativa da empresa, o token FTT, deu um salto de 165% desde a falência da FTX, 32% somente nesta quinta-feira (19). O valor de mercado do FTT alcançou US$ 2,37 durante o dia, bem distante dos US$ 0,82 que chegou quando houve o anúncio da falência da FTX.
A valorização do FTT acabou chamando a atenção pelo fato da FTX estar com suas operações paralisadas, porém, acredita-se que os investidores tenham identificado uma oportunidade de lucrar com a volatilidade do token nativo da exchange mencionada. Além disso, alguns investidores podem estar apostando na volta da FTX e numa suba ainda maior do FTT.
Coinbase demite funcionários
Coinbase confirmou a demissão de quase mil pessoas do seu quadro de funcionários.
A Coinbase, maior corretora de criptomoedas dos Estados Unidos, também vem sofrendo com o inverno das criptomoedas. A gigante norte-americana confirmou que precisou reduzir seus custos de operação e com isso precisou demitir cerca de 20% do seu quadro de funcionários, o que resulta na demissão de quase mil pessoas. Em comunicado, o CEO da Coinbase, Brian Armstrong, pediu desculpas pelas demissões.
“Tomei a difícil decisão de reduzir os nossos custos operacionais em cerca de 25%, o que inclui a demissão de cerca de 950 pessoas. Todos os membros da equipe afetados serão notificados hoje. Também quero deixar claro que, embora alguns dos fatores que nos trouxeram até aqui estejam fora de nosso controle, a responsabilidade é minha como CEO”, diz parte do trecho da nota divulgada por Armstrong no blog da Coinbase.
Segundo Brian Armstrong, a decisão de demitir funcionários também passou por conta da previsão de oscilação e insegurança no mercado em 2023. Ainda de acordo com o CEO da Coinbase, os efeitos negativos de 2022 perdurarão ao longo do corrente ano, principalmente após a FTX ter entrado com pedido de falência, o que agitou negativamente o mercado das criptomoedas.
“Ao examinarmos nossos cenários de 2023, ficou claro que precisaríamos reduzir despesas para aumentar nossas chances de nos sairmos bem em todos os cenários. Embora seja sempre doloroso nos separarmos de nossos colegas, não havia como reduzir nossas despesas significativamente o suficiente, sem considerar mudanças no quadro de funcionários”, diz outro trecho da nota publicada por Armstrong.
Visando a segurança da empresa e dos investidores, todos os funcionários demitidos tiveram seus acessos aos sistemas internos da Coinbase bloqueados antes mesmo das demissões ocorrerem.
Solana se recupera e 2023 começa positivo para as criptomoedas
Principais criptomoedas e tokens começaram 2023 no verde, inclusive tendo sido registrada a recuperação da Solana.
Não é novidade para ninguém que o mercado de ativos digitais sofreu bastante com as perdas em 2022. Por outro lado, a primeira semana de 2023 foi positiva para as principais criptomoedas e tokens do mercado. Entre os criptoativos que viram sua valorização acontecer o que mais chamou a atenção foi a recuperação da Solana (SOL).
A criptomoeda havia despencado no mercado após o colapso da FTX, pois Sam Bankman-Fried (SBF), fundador da cxchange, foi um dos principais investidores do ecossistema Solana. Para a sorte do ativo digital e dos investidores, 2023 veio com mudanças, sendo que sua recuperação começou ainda na segunda-feira, ou seja, no primeiro dia útil do ano.
A onda de queda da Solana terminou na última segunda-feira com uma valorização de 11%, sendo que na terça-feira já havia valorizado mais 16%. Ao final da primeira semana de 2023 a criptomoeda já apresentava uma valorização de 39%, sendo negociada pelo valor de US$ 13,75 a unidade. No entanto, não foi apenas a Solana que valorizou, pois outras criptomoedas e tokens também tiveram valorizações.
As duas principais criptomoedas do mercado, o Bitcoin (BTC) e o Ethereum (ETH), subiram 2% e 5%, respectivamente, na primeira semana de 2023. Neste domingo (8), os ativos digitais estão sendo negociados a US$ 16.950 (BTC) e US$ 1.260 (ETH). Já a Ethereum Classic (ETC) registrou uma alta de 30% na semana, sendo negociada a US$ 20,27. Cardano (ADA) e Litecoin (LTC) também apresentaram altas e foram negociadas a US$ 0,28 e US$ 76, respectivamente.
Já os tokens do metaverso também começaram 2023 no verde. O ApeCoin (APE) subiu 12% e o Axie Infinity (AXS) registrou alta de 18%. Os tokens alcançaram os valores de US$ 4,04(APE) e US$ 7,06 (AXS).
Criptomoedas perderam valor de mercado em 2022
Perda no valor de mercado das criptomoedas são consequências de 2022 turbulento.
O ano de 2022 ficou para trás, porém, seus reflexos ainda estão presentes no começo de 2023. O mercado de ativos digitais foi um dos que mais sofreu no ano que passou e sua grande inconstância acabou afetando diretamente o preço das criptomoedas, que tiveram perdas significativas em seus valores de mercado.
De acordo com a Santiment, plataforma especializada no comportamento do mercado de criptomoedas, alguns fatores influenciaram para que os ativos digitais perdessem valor de mercado em 2022. Segundo a plataforma, a pandemia, o colapso da FTX, as taxas de juros aumentando no mundo e a guerra da Rússia com a Ucrânia tiveram papeis cruciais na perda de valor.
O Bitcoin, por exemplo, viu seu preço de mercado recuar 65% nos últimos 12 meses, muito abaixo de sua máxima de 2021. Já o Ethereum, que possui o segundo maior valor de mercado, registrou uma perda de 67% em seu valor. Já a criptomoeda Terra(Luna) entrou em colapso em perdeu 99% do seu valor de mercado. Criptomoedas como Solana (-93%), AMP (-93%), Cardano (-80%) e Dogecoin (-55%) também apresentaram queda em seus valores. No geral, o mercado de criptomoedas sofreu uma perda de US$ 2 trilhões somente em 2022.
Já para 2023 muitas discussões ainda estão acontecendo, porém, não existe convicção de como o mercado de ativos digitais irá se portar. O que se sabe é que dificilmente as criptomoedas conseguirão recuperar o valor das perdas de 2022, tanto que buscam ao menos recuperar parte dos prejuízos gerados pelo caos do ano que terminou recentemente.
Mineradora de Bitcoin vende seus equipamentos para evitar falência
Em meio à crise no setor de ativos digitais, mineradora de Bitcoin vende seus equipamentos para evitar falência.
Já não é mais novidade que o mercado de ativos digitais vem enfrentando grandes dificuldades. Quem vem sentido o impacto são as mineradoras de criptomoedas, pois viram o preço da energia subir significativamente e o preço dos criptoativos caírem ainda mais. Em meio aos problemas existentes, uma mineradora de Bitcoin precisou vender parte de seus equipamentos para evitar a falência.
De acordo com a mineradora de Bitcoin Argo Blockchain, a empresa precisou vender 23 mil equipamentos de mineração para evitar a falência. O acordo de venda foi feito com a Galaxy Digital e envolve os equipamentos das instalações da Helios, no Condado de Dickens, no Texas. O bilionário Mike Novogratz, dono da Galaxy, desembolsou US$ 65 milhões pelos equipamentos, sendo que esse valor fará com que a Argo Blockchain possa operar com menos pressão.
“Esta transação com a Galaxy é transformadora para a Argo e beneficia a empresa de várias maneiras. Reduz a nossa dívida em US$ 41 milhões e gera um balanço mais forte e uma maior liquidez para ajudar a garantir a continuação das operações através do mercado em baixa em curso”, disse Peter Wall, CEO da Argo Blockchain.
É importante destacar que mesmo com a venda de parte dos equipamentos a Argo Blockchain não está livre dos problemas. A mineradora de Bitcoin também realizou um empréstimo de US$ 35 milhões junto à Galaxy Digital, tendo como prazo inicial de 36 meses. A garantia do empréstimo se deu com 23.619 máquinas de mineração Bitmain S19j que estão na Helios e em seus datacenters no Canadá.
Jared Gross diz que instituições estão se afastando das criptomoedas
De acordo com Jared Gross, estrategista da JPMorgan, as instituições estão se afastando das criptomoedas.
A JPMorgan Asset Management é a ramificação de gestão de recursos de terceiros da JPMorgan Chase, uma das maiores instituições financeiras do mundo. Seu estrategista e diretor-gerente, Jared Gross, afirmou que a maioria dos grandes investidores institucionais estão se afastando das criptomoedas. De acordo com Gross, as instituições estão aliviadas por se manterem longe dos ativos digitais.
Em entrevista à Bloomberg, Jared Gross disse que a volatilidade do preço das criptomoedas é o que mais afasta as instituições. Em sua fala, o diretor-gerente da JPMorgan Asset Management ainda afirmou que o Bitcoin e os demais criptoativos não se tornaram uma alternativa ao ouro e uma proteção contra a inflação, algo que muitos esperavam.
“Como uma classe de ativos, as criptomoedas são efetivamente inexistentes para a maioria dos grandes investidores institucionais. A volatilidade é muito alta e a falta de um retorno intrínseco que você pode apontar torna isso muito desafiador. A maioria dos investidores institucionais provavelmente está respirando aliviada por não ter entrado nesse mercado e provavelmente não o fará tão cedo”, disse Jared Gross.
Em que pese as divergências entre os investidores sobre os ativos digitais, o que se sabe é que em 2022 o mercado sofreu grandes perdas. Inúmeras corretoras acabaram quebrando e o preço das criptomoedas caíram drasticamente, não existindo uma previsão de nova valorização. Quem também tem sofrido com a situação são as corretoras de criptomoedas, pois além da baixa no preço das moedas digitais também houve um grande aumento no custo da energia, tornando mais cara e menos rentável a operação.
Guilherme Haddad é o novo diretor-geral da Binance no Brasil
Sobrinho de Fernando Haddad, Guilherme Haddad, foi anunciado como diretor-geral da Binance no Brasil.
O atual cenário político brasileiro vive um período de transição, pois a partir do dia 1ª de janeiro de 2023 Luiz Inácio Lula da Silva reassume a presidência do Brasil. Com isso, o futuro presidente e sua equipe já estão trabalhando na organização dos ministérios e alguns deles já tem nomes conhecidos. Curiosamente, a Binance, maior corretora de criptomoedas do mundo, anunciou Guilherme Haddad Nazar como seu novo diretor-geral de operações no Brasil.
O ponto curioso mencionado é que Nazar é sobrinho de Fernando Haddad, ex-prefeito da cidade de São Paulo e que será o novo ministro da Fazenda do Brasil. É bem verdade que não há informações que comprovem que a indicação de Guilherme para diretor-geral da Binance no Brasil tenha ligação com o cargo de seu tio Fernando no ministério mencionado, porém, é algo que gera questionamentos.
Independentemente do vínculo familiar entre Guilherme e Fernando Haddad, o que se sabe é que o novo diretor-geral da Binance no Brasil tem uma carreira consolidada no ramo empresarial. Guilherme foi vice-presidente e general manager da Loft, empresa de tecnologia para o setor imobiliário, além isso, além disso, também já atuou como chefe de operações do Uber no Brasil. Em setembro deste ano, Guilherme chegou à Binance para atuar como country manager, sendo que agora foi promovido.
Guilherme Haddad Nazar irá assumir o cargo de diretor-geral da Binance no Brasil que estava vago desde julho de 2021. A última pessoa no cargo foi Ricardo Da Ros, que pediu demissão da corretora de criptomoedas sob a alegação de um “desalinhamento de expectativas”.