BNDES vai liberar R$ 66,5 bilhões para o Plano Safra 2024/25
Com R$ 66,5 bilhões liberados pelo BNDES, Plano Safra 2024/25 vê aumento de recursos superar 70% em relação ao último ano-safra.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) confirmou nesta segunda-feira os valores que serão disponibilizados para o Plano Safra 2024/25. Ao todo, a entidade irá liberar R$ 66,5 bilhões, que corresponde a 73% a mais do valor liberado no último ano-safra. Os protocolos informando como se dará o acesso aos valores serão divulgados na próxima quarta-feira (17).
“O apoio robusto do BNDES no Plano Safra 2024/2025, com incremento de 73% sobre o ano safra anterior, demonstra o compromisso do BNDES e de seus parceiros com os planos de investimento do agro, considerando a importância do setor para o Brasil e também os impactos positivos gerados em diversos outros segmentos econômicos, como os de infraestrutura e de indústria”, disse Marcelo Porteiro, superintendente da Área de Operações e Canais Digitais do BNDES.
Dos R$ 66,5 bilhões que serão disponibilizados pelo BNDES para o Plano Safra 2024/25, R$ 33,5 bilhões serão disponibilizados em recursos equalizáveis e R$ 33 bilhões por meio da linha BNDES Crédito Rural. Os valores que serão liberados por linhas de créditos serão divididos entre pequenos, médios e grandes produtores rurais, tendo taxas de juros variáveis conforme cada caso.
Safra 2023 deverá bater recorde
IBGE projetou safra recorde para 2023.
Não novidade para ninguém que o agronegócio é uma das principais – ou a principal – atividades econômicas do país. Para 2023, a expectativa é bastante positiva, tanto que a safra do próximo ano deverá bater recorde. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a safra brasileira de grãos, cereais e leguminosas deve alcançar a marca de 293,6 milhões de toneladas em 2023, ou seja, atingirá o maior patamar desde 1975, ano em que as pesquisas começaram a ser realizadas.
De acordo com Carlos Barradas, responsável pela pesquisa do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), alguns fatores influenciaram para que o segundo prognóstico da safra 2023 fosse mais positivo. Segundo Barradas, os índices climáticos estão favoráveis para uma safra recorde no próximo ano.
“Em 2022, a safra da soja foi drasticamente reduzida devido à falta de chuvas, sobretudo na Região Sul. Para a safra 2023, até o momento, as condições climáticas estão favoráveis ao desenvolvimento das lavouras, o que deve permitir uma recuperação na produção. A safra de 2023 deve ser novo recorde da série histórica do IBGE”, afirmou Carlos Barradas.
Conforme os números divulgados pelo IBGE, em 2023 deveremos ter uma supersafra de soja, sendo que a expectativa é 146,4 milhões de toneladas do grão, o que representa um crescimento de 22,5% se comparado com 2022. Já em relação ao milho, a expectativa é que sejam colhidas 115,8 milhões de toneladas, o que representa uma alta de 5,1%. É importante destacar que o estado do Mato Grosso, maior produtor de grãos do país, deverá representar cerca de 31% dos números mencionados.
Outubro registrou queda nas vendas de máquinas agrícolas e equipamentos
Em comparativo com o mesmo período do ano passado, outubro registrou queda nas vendas de máquinas agrícolas e equipamentos.
O mês de outubro registrou um total de R$ 18,4 bilhões em vendas de máquinas agrícolas e equipamentos. Os números são interessantes e isso não pode ser negado, porém acabou sendo registrado uma queda de 2,2% se comparado ao mesmo período de 2020 e 6,4% se comparado ao último mês de setembro. O resultado do mês foi divulgado hoje (24) pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).
Em contrapartida à queda nas vendas de outubro deste ano se comparado com o mesmo mês do ano passado, no aglomerado geral as coisas são diferentes. Em 2021, mais precisamente até o mês que passou, as vendas de máquinas agrícolas e equipamentos somaram R$ 182,1 bilhões, ou seja, 25,4% a mais que no mesmo período de 2020. A queda nas vendas no mercado doméstico influenciou nos números.
“Pela primeira vez, após 15 meses consecutivos de crescimento, observou-se queda na comparação interanual [das vendas gerais (-2,2%)] em razão, exclusivamente, da relativa piora no mercado doméstico, que encolheu 3,3% no período”, diz a nota da Abimaq.
Nos dados divulgados pela Abimaq também constou os setores que mais estão acumulando vendas neste ano. De acordo com a associação, as máquinas para logística e construção civil (56,9%), máquinas para agricultura (37%), máquinas para a indústria de transformação (37,6%) e componentes (26,7%) estão tendo destaque em 2021.
Safra de grãos pode bater recorde em 2022
Segundo o IBGE, a Safra de grãos pode bater recorde em 2022.
Nesta quinta-feira (11), o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou a primeira estimativa da safra de grãos (safra agrícola) pode bater recorde em 2022. A previsão é de que a produção de grãos, cereais e leguminosas seja em torno de 270,7 milhões de toneladas.
Segundo o IBGE, caso se confirme os dados realizados pelo Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), baterá recorde histórico, que teve início em 1975. O aumento foi de 7,85 com relação às estimativas de 2021, representando 19,5 milhões de toneladas a mais.
O IBGE espera que a produção tenha início através do milho, depois de uma queda enorme na safra do grão em neste ano, muito por conta do atraso ocorrido no plantio e a falta de chuvas. Com isso, a estimativa é de que uma alta em 11,1% na primeira safra, representando 2,8 milhões de toneladas, e de 26,8% para a segunda safra, chegando em 16,2 milhões de toneladas.
“Outra razão para a perspectiva de recorde diz respeito à questão econômica. Apesar do aumento dos custos de produção, os preços das commodities agrícolas como milho, trigo e soja estão altos, ajudados pela valorização do dólar, fazendo o produtor aumentar o plantio e investir mais nessas lavouras”, disse Carlos Barradas, o gerente de pesquisa.
A estimativa do IBGE é de que haja um crescimento de 0,8% na produção de soja, representando 1,1 milhão de toneladas; de 12,8% no sorgo, representando 302,4 mil toneladas; de 6,9% no feijão da 5 primeira safra, representando 80,9 mil toneladas, além do aumento de 9,8 no feijão da segunda safra e a previsão de 101 mil toneladas.
No entanto, a pesquisa também possui uma estimativa de queda nas produções de arroz que foi de 3,9%, que representa 451,6 mil toneladas; já o feijão da terceira safra, de 0,9% ou então e 5,1 mil toneladas; o trigo foi de 10% que representa 785,8 mil toneladas.
Como visto, o IBGE estima uma alta recorde na safra agrícola e principalmente, na safra de grãos.
Reforço nas linhas de crédito rural
Banco do Brasil anunciou reforço nas linhas de crédito rural
Mesmo em meio à crise, o setor rural mostrou força e conseguiu ter números positivos. Tendo em vista esta situação, o Banco do Brasil anunciou um reforço nas linhas de crédito rural para a safra 2020/2021. O reforço de R$ 1 bilhão será destinado ao financiamento de máquinas e equipamentos agropecuários. Em nota, o vice-presidente da instituição financeira, falou sobre o assunto.
“O nosso objetivo é atender a uma demanda crescente do setor, dinamizando a cadeia produtiva das empresas fabricantes e revendas e contribuindo para a transformação tecnológica no campo”, disse João Rabelo.
O valor destinado ao reforço nas linhas de crédito rural é de recurso próprio, mais especificamente da poupança rural. Os interessados em realizar um financiamento, irão devolver o dinheiro com uma taxa de juros de 7,5% ao ano e com um prazo de até seis anos.A decisão do Bando do Brasil em realizar um aporte nas linhas de crédito rural foi por conta da alta demanda. Até o momento, a instituição financeira já desembolsou mais de R$ 9 bilhões em operações de investimento agropecuário. Isso significa que houve um aumento de 27% em relação ao mesmo período da última safra.
Agronegócio bate recorde mesmo em meio à pandemia
Setor registrou US$ 10,9 bilhões em exportações apenas em maio
Falar da pandemia do Covid-19 e das crises que por ela foram geradas está cada vez mais corriqueiro. No entanto, alguns setores ainda se mantém fortes mesmo diante de um problema que afeta o mundo inteiro. O agronegócio é um deles e parece que a crise ainda não chegou neste ramo. Ao menos é isso que mostra os dados divulgados pela Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura.
De acordo com os números informados, somente no último mês de maio foram comercializados US$10,9 bilhões em exportações referentes ao agronegócio brasileiro. Isso significa um aumento de 17% em relação ao mesmo período de 2019, sendo o recorde histórico para o mês citado. Num geral, isso corresponde em 60% de tudo que o país exportou em maio.
A soja foi a principal responsável por esses números, correspondendo à US$ 5,2 bilhões das exportações do agronegócio. Itens como carne bovina, açúcar e café verde também tiveram papel importante para o recorde do mês ter sido alcançado. Por outro lado, as importações referentes ao agronegócio recuaram 29% em maio deste ano. Mas não é só isso, as exportações dos demais produtos brasileiros caíram 38% em maio deste ano se comparado ao mesmo período do ano passado.
Número de agrotóxicos aprovados pelo governo totalizam 262
Os agricultores deverão obedecer a algumas orientações
Foi aprovado nesta segunda-feira (22), pelo Ministério da Agricultura, mais 51 agrotóxicos, atingindo um total de 262 no ano de 2019.
Um dos agrotóxicos que teve o registro publicado foi o princípio ativo sulfoxaflor, utilizado para controlar pragas como mosca-branca, pulgão e psílideo. Esse e mais 6 agrotóxicos fazem parte de produtos formulados, ou seja, estão à venda em lojas de insumos agrícolas.
Para que seja utilizado nas lavouras do Brasil, os agricultores deverão obedecer a algumas orientações estabelecidas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA).
Dentre as orientações está, por exemplo, o estabelecimento de dosagens máximas do produto e de distâncias mínimas de aplicação em relação à borradura para a proteção de abelhas não-apis e a redução de aplicação em períodos de floração das culturas. As restrições constam no rótulo do produto e variam de acordo com cada cultura e ingrediente.
Registro do sulfoxaflor
O ingrediente ativo sulfoxaflor foi registrado como produto técnico no fim de 2018 e o produto formulado aguardava a avaliação final das autoridades ambientais. Após passar por consulta pública, teve sua aprovação pela ANVISA e pelo IMBAMA.
Segundo a Instrução Normativa (IN) nº 02/2017, do IBAMA, para que haja novos registros defensivos no país, deve-se condicionar à “apresentação de informações que permitam o uso adequado desses produtos, sem efeitos que comprometam a sobrevivência, a reprodução e o desenvolvimento das abelhas não-apis”. O IBAMA foi a primeira autoridade regulatória de pesticidas no mundo a realizar a avaliação de risco para abelhas não-apis.
Herbicida
Dentre os sete produtos formulados registrados nesta segunda-feira, está um herbicida à base do ingrediente ativo florpirauxifen-benzil. O produto técnico teve sua aprovação em junho.
O produto formulado à base deste novo herbicida poderá ser usado para controlar as plantas daninhas na cultura do arroz.
Além dos sete produtos formulados, ainda tiveram o registro aprovado outros 44, que fazem parte dos produtos equivalentes (genéricos de princípios ativos já autorizados no Brasil).
Como é feito o registro
Para que os pesticidas sejam registrados, devem ser avaliados e aprovados por três órgãos: O Ministério da Agricultura, que analisará a eficiência agronômica, a Anvisa que analisará os riscos à saúde humana, e o Ibama que avaliará os impactos ao meio ambiente.
O objetivo do aumento dos registros no Brasil é para aprovar novas moléculas, menos tóxicas e ambientalmente corretas, para que possa substituir os produtos mais antigos. Para isso, contam com “medidas desburocratizantes” para acelerar os registros.