Congresso não tem a intenção de reduzir as atribuições do presidente – diz Rodrigo Maia
Rodrigo Maia dá resposta ao presidente Jair Bolsonaro, que no fim de semana teria dito que o congresso estaria tentando transformá-lo na “rainha da Inglaterra”, que reina, mas não governa
Nesta segunda-feira, Rodrigo Maia, Presidente da Câmara dos Deputados respondeu ao comentário feito por Jair Bolsonaro no último fim de semana. Rodrigo Maia afirmou que o congresso não tem como intenção reduzir as atribuições do atual presidente.
No final de semana, Bolsonaro disse que o congresso estaria tentando transformá-lo em “Rainha da Inglaterra”, isso pelo fato do Congresso ter aprovado o projeto que limita as indicações políticas para agências reguladoras.
“Eu e Davi (presidente do Senado, Davi Alcolumbre), a gente tem conversado muito sobre a necessidade do Congresso também cumprir um papel relevante na pauta do Brasil”, Citou o presidente da Câmara.
“Ninguém está querendo suprimir o papel do presidente da República, nem as suas prerrogativas. Até porque tem muitos projetos que nós dependemos do Poder Executivo,”, complementou.
Rodrigo Maia comentou sobre a reforma da Previdência, e afirmou ainda ter expectativa de que possa ser votada ate quinta-feira dessa semana. Para que assim o Plenário da casa possa analisar a mesma na primeira ou segunda semana de julho.
Posse e porte de armas
Outro ponto importante que Maia comentou, foi sobre o projeto que suspendeu os efeitos de um decreto do presidente Bolsonaro que flexibiliza as regras para posse e porte de armas. O Presidente da Câmara diz estar mantendo contato com Alcolumbre para que o Senado possa por meio de projetos de lei, disciplinar temas constitucionais da medida.
“O Senado deve ter essa iniciativa, talvez essa semana”, disse, acrescentando que dois pontos devem ser objeto de novos projetos: o que trata de colecionadores e o que diz respeito à posse em propriedades rurais.
“O Senado organizando essa votação, a gente organiza a questão do decreto”, disse.
Por fim, Rodrigo Maia considerou relevante o estabelecimento de um novo marco legal para a saúde privada no país. Disse também ser de suma importância a participação mais ativa do setor privado nas áreas de educação e saúde.