Atividade econômica irá desacelerar
Paulo Guedes afirma que atividade econômica irá desacelerar em 2022.
O mundo vem enfrentando uma forte pandemia há mais de dois anos, porém é preciso afirmar que o seu momento mais crítico já passou. A economia mundial sofreu um grande impacto e no Brasil isso não foi diferente, porém a situação está se normalizando. Após a grande queda na atividade econômica e o seu crescimento em 2021, a “volta em V” (forte queda seguida de forte crescimento) já foi concluída, o que faz com que uma desaceleração deva acontecer a partir de agora.
Segundo Paulo Guedes, ministro da Economia, com o processo de recuperação concluído após a fase mais aguda da pandemia de Covid-19, a atividade econômica brasileira desacelerará em 2022. As palavras do ministro foram proferidas após uma reunião do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).
“Agora há previsões de que não vai haver crescimento, que vai haver recessão porque estamos combatendo a inflação. Os economistas sabem que quando se combate a inflação e sobe juros, há desaceleração econômica, um desaquecimento. Isso esvazia essa recuperação cíclica que estávamos desfrutando. Mas nós já estamos em pé, essa é a volta em V, esse episódio se completou”, disse Guedes.
Importância do PPI
Como a atividade econômica deverá desacelerar em 2022, o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) será muito importante para o país no próximo ano. De acordo com Paulo Guedes, o investimento privado será crucial para que não haja uma desaceleração ainda maior da atividade econômica. O PPI é um programa que estuda e avalia as concessões e privatizações, definindo ações e modelagens para as futuras operações. O ministro também citou números sobre o programa de parcerias.
“Nossa taxa de investimento está chegando ao ponto mais alto desde 2013, a 19,5% do PIB (Produto Interno Bruto). Só neste ano, nós temos investimentos contratados de R$ 334 bilhões e para 2022 são mais 153 ativos, num total de R$ 389,3 bilhões”, concluiu o ministro.
Em relação ao PIB (Produto Interno Bruto), sua projeção de crescimento em 2021 caiu de 4,7% para 4,4%. Já para o próximo ano, a estimativa caiu de 2,1% para 1%.