Banco do Brasil tem queda nos lucros no primeiro trimestre
Em comparação ao primeiro trimestre do ano passado, a perda chega a 20%
A pandemia causada pelo coronavírus vem afetando os mais diversos setores. Isso influencia diretamente na questão econômica do país. Prova disso é que o Banco do Brasil teve uma queda de faturamento de 20% no primeiro trimestre em comparação com o mesmo período do ano passado. Mesmo assim, o banco ainda faturou R$ 3,2 bilhões nos três primeiros meses.
Por outro lado, apesar de ter uma queda nos lucros, o banco destaca que a geração de negócios permaneceu forte. Houve um crescimento de 15,4% no primeiro trimestre, comparação feita também com os primeiros três meses de 2019.
“Esse cálculo é composto pelo produto bancário e pelas despesas operacionais totais, não sofre os efeitos das provisões. Os principais vetores desse resultado foram o crescimento da carteira de crédito e o incremento nas rendas com prestação de serviços” – diz em nota.
Outro dado importante divulgado pelo Banco do Brasil faz referência a empréstimos e prorrogação de créditos. No curto período entre 16 de março e 30 de abril, foram desembolsados mais de R$ 98 bilhões para essas operações. Pequenas, micro e grandes empresas também utilizaram as linhas de crédito do banco para enfrentar a pandemia causada pelo coronavírus.
Procedimento de arbitragem é aberto contra Boeing
Embraer tomou a decisão após rescisão de contrato que formaria uma joint venture entre as empresas
Não demorou muito para a Embraer tomar providências contra a Boeing. A fabricante de aeronaves brasileira informou ontem (27) que já iniciou os procedimentos de abertura de arbitragem em relação à rescisão contratual que formaria uma joint venture entre as empresas. A informação foi publicada na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
“A Embraer S.A. (EMBR3 e ERJ) informa a seus acionistas e ao mercado que procedimentos arbitrais foram iniciados acerca da rescisão do Acordo Global da Operação (Master Transaction Agreement – MTA) celebrado com a The Boeing Company”, diz a nota.
Após a Boeing anunciar que não iria seguir com o acordo, a Embraer se manifestou falando que buscaria os direitos que possuía. Nesse começo de embate, a arbitragem foi a medida escolhida, sendo um meio paralelo de resolução de conflitos que não envolve o poder judiciário. Normalmente, os contratos estipulam um juízo arbitral para tentar resolver as lides fora da esfera judicial. Até o momento, não há informações concretas sobre uma possível judicialização do caso.
Entenda melhor a história
A Boeing, uma das maiores fabricantes de aviões do mundo, havia anunciado a compra de 80% da Embraer pelo valor de US$4,2 bilhões. Desta compra, resultaria uma parceria em relação à aviação comercial, sendo que a empresa brasileira continuaria à frente da aviação executiva e militar. Contudo, a gigante americana anunciou na última semana que iria rescindir o contrato por não haver o cumprimento de algumas exigências.
Por outro lado, a Embraer alega que todas as exigências foram cumpridas e que a Boeing estava apenas tentando fugir de suas obrigações. Segundo informações, os recentes problemas relacionados ao modelo 737-MAX e a crise gerada pelo coronavírus seriam alguns dos motivos reais para a gigante norte-americana desistir do negócio.
Boeing rescinde contrato de compra da Embraer
Empresa americana alega o não atendimento às condições necessárias para realizar o negócio
A Boeing, anunciou no último sábado (25), a rescisão do contrato de compra de parte da Embraer. O acordo, que estava na casa dos US$ 4,2 bilhões, envolvia a aviação comercial da empresa brasileira. A alegação da gigante americana é que não houve o cumprimento das exigências que existia entre ambos.
Em nota, a Boeing informou que “exerceu seu direito de rescindir o contrato após a Embraer não ter atendido às condições necessárias”. Segundo o presidente da empresa, Marc Allen, a não realização do negócio é uma decepção profunda. Entretanto, não houve mais detalhes sobre quais exigências não haviam sendo cumpridas.
Por outro lado, a Embraer negou qualquer pendência em relação ao acordo comercial que foi feito. Além disso, alegou que vai buscar na justiça medidas contra o cancelamento do contrato, que a seu ver é indevido. Em nota divulgada, a empresa brasileira afirmou que a Boeing “fabricou falsas alegações como pretexto para tentar evitar seus compromissos e fechar o negócio de US$ 4,2 bilhões”. Ainda no comunicado, disse que “a Boeing adotou um padrão de atraso devido à falta de vontade em concluir a transação”. A empresa brasileira ainda reafirmou que cumpriu todas as exigências previstas no acordo.
A união das empresas iria resultar na Boeing Brasil Comercial, onde os americanos seriam donos de 80% da aviação comercial da Embraer, que continuaria à frente da aviação executiva e do setor militar.
Comércio de São Paulo planeja reabertura de portas
A solicitação será feita ao governo do Estado após empresários temerem impacto negativo na economia
Em algumas localidades do país, já está havendo uma flexibilização para a abertura do comércio após o fechamento por conta da pandemia do coronavírus. Em São Paulo, a Federação das Associações Comerciais do Estado São Paulo (Facesp) e a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) vão pedir esta semana ao governo estadual para que as atividades sejam retomadas de maneira parcial a partir de 1º de maio.
De acordo com as duas entidades, a não abertura do comércio, que era prevista para ontem (22), acarretará na não circulação diária de 1 bilhão de reais. Isso traria um enorme prejuízo à economia e poderia causar uma onda de demissões. Abaixo, confira parte da nota emitida pela Facesp e ASCP.
“Evidentemente obedecendo as devidas regras de segurança para evitar que os efeitos da pandemia do novo coronavírus (covid-19), que já afetam a saúde de milhares de pessoas no Brasil, não se perpetuem na economia. Queremos comemorar o Dia do Trabalho trabalhando.”
Ainda segundo a Facesp e ASCP, a medida é necessária para garantir a manutenção das empresas e não haver perda de empregos. Além disso, visa também a continuidade dos serviços efetuados por trabalhadores informais.
Coronavírus: Ministro da Economia sugere venda de estatais
Paulo Guedes afirma que com esta ação haverá um equilíbrio nas contas por conta dos gastos com o COVID-19
A crise econômica vem assolando o mundo por conta da pandemia causada pelo coronavírus. Por conta disso, o Ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu a venda de estatais e ativos. Com os recursos vindos desta ação, o governo poderia pagar à vista dívidas de um possível endividamento causado pela pandemia. Atualmente, a expectativa é que os gastos para combater o Covid-19 e para ajudar a economia possam chegar aos 700 bilhões de reais.
Guedes também falou sobre a perspectiva de crescimento e recuperação na economia. De acordo com o ministro, um dos sinais que a economia segue viva é o fato das exportações para a China se manterem. Além disso, afirmou que o crescimento econômico poderá ser acelerado se, no segundo semestre, forem retomadas as votações para as reformas administrativas e tributárias.
Em sua entrevista, que foi concedida a um banco de investimentos, o ministro também criticou a Câmara dos Deputados por terem aprovado um projeto de lei que prevê o repasse de R$ 89 bilhões para ajudar estados e municípios. A PL foi encaminhada ao Senado e aguarda votação.
Mais de 1,7 milhão de empregos preservados no país
Esse número foi divulgado pelo Ministério da Economia
A MP (Medida Provisória) da Renda Emergencial foi umas das medidas que mais favoreceram a população nesse período de crise. Já foram preservados mais de 1,7 milhão de empregos através de acordos que foram feitos por conta do Programa de Renda Emergencial, que foi criado pela MP 936/2020. Os dados são da Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev) e foram divulgados ontem (15) pelo Ministério da Economia.
De acordo com o ministério, “o programa prevê a concessão de Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda aos trabalhadores que tiverem jornada reduzida ou contrato suspenso e ainda auxílio emergencial para trabalhadores intermitentes com contrato de trabalho formalizado.”
O valor do benefício emergencial no caso de suspensão do contrato de trabalho é o mesmo do seguro-desemprego que o trabalhador iria receber caso fosse demitido. Em caso de redução da jornada de trabalho, a União pagará proporcionalmente à redução de horas, também se baseando no valor do seguro desemprego. O valor total a ser aplicado nesses benefícios tendem a alcançar R$ 51,2 bilhões.
Pandemia do coronavírus afeta diretamente a renda de 50% dos brasileiros
A pesquisa foi realizada por telefone pelo Instituto Locomotiva
Já não é mais novidade que a pandemia do coronavírus vem afetando o planeta, logo, isso afeta diretamente a população. Aqui no Brasil, ao menos 50% dos brasileiros tiveram sua renda familiar afetada por conta do Covid-19. A pesquisa, feita pelo Instituto Locomotiva, ouviu 935 pessoas com mais de 16 anos e de 72 municípios do país.
Dentre os que sofreram com o impacto no orçamento familiar, 52% têm 50 anos ou mais, 48% possuem ensino superior completo e 38% moram na Região Sudeste. Outro ponto importante destacado na pesquisa foi em relação a empresas e dispensa de empregados. De acordo com o Instituto, houve uma dispensa temporária de 16% dos trabalhadores e 57% das empresas e negócios não estão trabalhando durante a quarentena. O índice dos que continuam trabalhando normalmente alcança os 37%, já 47% declaram estar trabalhando no sistema home Office por conta da pandemia do novo cooravírus.
Mesmo em meio ao caos e a crise econômica, existe uma boa notícia. Já está sendo pago o auxílio emergencial para os cidadãos que cumpriram os requisitos da medida provisória que trata do assunto. Ao todo, serão pagas três parcelas de 600 reais (podendo chegar a 1200 reais) que servem para auxiliar nas despesas de quem vem enfrentando os problemas causados pelo coronavírus.
Setor de turismo sofre grande queda no faturamento em março
A queda alcança 84% em relação ao mesmo período do ano anterior
A pandemia do COVID-19 segue fazendo suas vítimas no Brasil. O aumento de casos confirmados e mortes vem crescendo. Contudo, não é só na saúde que o caos está instalado. A economia vem sofrendo muito com a quarentena e o isolamento social. Um dos setores que sofreu uma grande perda foi o turismo e os números dimensionam a crise.
De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), houve uma queda de faturamento de 84% em relação ao mesmo período do ano passado. Somente na segunda quinzena de março, o setor de turismo perdeu em torno de R$ 11 bilhões devido aos problemas relacionados ao coronavírus.
Um número que impressiona foi o dos cancelamentos de voos domésticos e internacionais. A média diária nos primeiros dias do mês de março era de 4%, no entanto, alcançou a marca de 88% no final do mês. Os quatro principais aeroportos de São Paulo e Rio de Janeiro tiveram uma taxa de cancelamento superior a 80% no final do último mês. Para piorar, os aeroportos de cidades como Goiânia e Salvador chegaram a zerar o número de voos em alguns dias.
Ainda não há uma previsão para a retomada da economia no país, sendo que tudo dependerá do avanço ou não da pandemia do COVID-19.
Coronavírus: Páscoa deverá ter queda histórica nas vendas
Segundo CNC, poderá existir uma perda de até 738 milhões de reais em relação à 2019
O período de páscoa é um dos mais esperados pelos lojistas e vendedores, pois há um aumento significativo nas vendas. No entanto, a pandemia do coronavírus mudou o cenário e agora os números são contra a expectativa de boas vendas. De acordo com o Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), uma queda história de 31,6% poderá acontecer em relação à 2019.
Isso significa que o comércio pode deixar de vender até R$738 milhões se comparado ao último ano. Ainda segundo o CNC, o faturamento do varejo na páscoa deve alcançar R$1,598 bilhão este ano, contra R$2,336 bilhões do ano passado. Existia uma grande expectativa para esta páscoa, pois era esperado um aumento de 5,5% nas vendas, o que não irá mais acontecer.
Em meio à crise causada pela pandemia do COVID-19, os comerciantes precisaram se reinventar para conseguir vender seus produtos. Muitas lojas de chocolate adotaram medidas para tentar amenizar a queda nas vendas e estão utilizando a internet como uma forma de aumentar o consumo dos clientes. Seja por site, aplicativo de mensagens ou até mesmo delivery, o comércio tenta sobreviver ao caos causado pelo coronavírus.
Inflação para o mês de março é a menor desde a implementação do plano real
Segundo o IBGE, no mês de março a inflação foi de 0,07%
A inflação do país, que é calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou na casa 0,07% no mês de março. Desde a implementação do plano real, em 1994, este é o menor valor para um mês de março. Em comparação com fevereiro, a inflação apresentou queda, pois no último mês atingiu 0,25%.
O IBGE (Instituto Nacional de Geografia e Estatística) também informou nesta quinta-feira (9), que o IPCA acumula taxas de 0,53% no ano e de 3,3% em 12 meses. Apesar de ter suspendido desde o dia 18 de março a coleta de preços de maneira presencial, o IBGE segue coletando dados através da internet, telefone e e-mail. A pausa de coleta presencial se deu por conta da pandemia do coronavírus.
A maior alta da inflação se deu no grupo de alimentos e bebidas, alcançando a marca de 1,13%. Os maiores vilões para esta suba foram o ovo de galinha (4,67%), a batata-inglesa (8,16%), o tomate (15,74%), a cebola (20,31%) e a cenoura (20,39%). Por outro lado, o transporte ajudou a frear a inflação com uma deflação de 0,90%. A queda nos preços foi sentida em itens como passagens aéreas (-16,75%), etanol (-2,82%), óleo diesel (-2,55%), gasolina (-1,75%) e gás veicular (-0,78%).