Concessão de crédito alcança quase R$ 1 trilhão em menos de três meses
Dados divulgados pela Febraban correspondem a um período entre março e maio
A crise econômica vem afetando tanto pessoas físicas como pessoas jurídicas. Isso é um reflexo da pandemia do Covid-19 que, ao menos no Brasil, parece estar longe de acabar. Desta forma, algumas medidas precisam ser tomadas para tentar minimizar os efeitos da crise. Isso faz com que as negociações em relação à concessão de crédito acabem sendo movimentadas.
De acordo com dados divulgados pela Febranban (Federação Brasileira de Bancos), entre 1º de março a 22 de maio de 2020 as concessões de crédito alcançaram a marca de R$ 914,2 bilhões, ou seja, quase R$ 1 trilhão. Esses números são relativos às contratações, renovações e suspensão de parcelas.
Conforme informações divulgadas pela federação, 9,7 milhões de contratos em dia foram negociados por instituições financeiras dentro do período mencionado, o que corresponde a um saldo devedor de R$ 550,1 bilhões. Já a soma das parcelas suspensas que foram repactuadas alcança a marca de R$ 61,5 bilhões.
Um ponto positivo a ser destacado é que consumidores e empresas passaram a ter um período de carência para efetuar o adimplemento de suas obrigações. Segundo a Febraban, o prazo varia entre 60 e 180 dias. Ainda conforme a federação, a maioria dos beneficiados com esta prorrogação são pequenos empresários e pessoas físicas, que totalizam R$ 33,1 bilhões em créditos.
Aumento no salário mínimo e no índice de desemprego
Senado confirma salário em R$ 1045, enquanto desemprego sobe para 12,6% no país
No final de 2019, a medida provisória 916 estipulou que o salário mínimo para 2020 seria de R$ 1039. Contudo, foi editada a MP 919 que aumentaria o valor em seis reais, ou seja, alcançaria R$ 1045. Esta MP perderia a validade no próximo dia 1º, porém acabou sendo votada pelo Senado e obteve aprovação.
Agora, a proposta, que já foi aprovada pela Câmara, depende da sanção presidencial. De acordo com Paulo Paim, relator da matéria, o valor diário do salário mínimo fica fixado em R$ 34,63 e a hora de trabalho, em R$ 4,75. Se por um lado o trabalhador teve uma boa notícia, por outro a preocupação é grande.
Segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o índice de desemprego no país aumentou. No final do trimestre que se encerrou em janeiro, a taxa de desemprego era de 11,2%. Porém, no término do trimestre que aconteceu no fim de abril, houve um aumento de 1,4% no número de desempregados, alcançando o índice de 12,6%.
A crise causada pela pandemia do Covid-19 é uma das principais responsáveis pela onda de demissão e fechamento de empresas.
Petrobras anuncia alta de valores no Diesel e gasolina nas refinarias
O reajuste entrará em vigor nesta quarta-feira (27)
A partir desta quarta-feira (27) os combustíveis vão ficar mais caros. A Petrobras emitiu um comunicado informando que o preço do diesel e da gasolina iriam sofrer aumentos nas refinarias. A suba dos valores ficará em 7% e 5%, respectivamente. Isso equivale a R$0,10 no litro do diesel e R$0,06 no litro da gasolina.
Por outro lado, apesar da alta no preço, num aglomerado geral os combustíveis estão em baixa. Em 2020, a gasolina acumula redução de 30,9% e o diesel de 35,4%. A partir do aumento anunciado pela Petrobras, o diesel passará a ser repassado às distribuidoras ao preço de R$1,51 o litro e a gasolina à R$ 1,32. É importante destacar que o preço ao consumidor irá variar de acordo com a política de preço dos postos de combustíveis.
“Nossa política de preços para a gasolina e o diesel vendidos às distribuidoras tem como base o preço de paridade de importação, formado pelas cotações internacionais destes produtos mais os custos que importadores teriam, como transporte e taxas portuárias, por exemplo. A paridade é necessária porque o mercado brasileiro de combustíveis é aberto à livre concorrência, dando às distribuidoras a alternativa de importar os produtos”, diz a nota da Petrobras.
LATAM Airlines entra com pedido de recuperação judicial nos EUA
Entretanto, pedido não envolve todas suas subsidiárias
Que os efeitos gerados pela pandemia do Covid-19 vêm assolando a economia não é mais novidade. Um dos setores que mais vem sofrendo com quedas é o da aviação. Nesta terça-feira (26), mais uma grande empresa aérea precisou tomar atitudes para conseguir superar as perdas causadas pelo coronavírus.
A Latam Airlines e suas subsidiárias no Chile, Peru, Colômbia, Equador e Estados Unidos, entraram com um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos devido ao impacto nas operações gerado por conta da pandemia. As afiliadas do Brasil, Paraguai e Argentina não estão inseridas no processo de reestruturação de dívidas.
“A LATAM Airlines Group S.A. e suas afiliadas no Chile, Peru, Colômbia, Equador e Estados Unidos iniciaram hoje uma reorganização e reestruturação voluntária de sua dívida sob a proteção do Capítulo 11 da lei dos Estados Unidos, com o apoio das famílias Cueto e Amaro, e da Qatar Airways, dois dos maiores acionistas da LATAM. Diante dos efeitos da COVID-19 no setor mundial de aviação, esse processo de reorganização oferece à LATAM a oportunidade de trabalhar com os credores do grupo e outras partes interessadas para reduzir sua dívida, acessar novas fontes de financiamento e continuar operando, enquanto adapta seus negócios a essa nova realidade” – diz o comunicado emitido pela empresa.
Apesar de seguir com suas operações, a Latam viu cair drasticamente o número de vôos por conta do fechamento de fronteiras. Antes da crise, a holding brasileira-chilena operava cerca de 1400 voos diários para 26 países. Após o começo da pandemia a empresa chegou a reduzir em 95% as operações, tendo demitido uma grande quantidade de funcionários.
É importante lembrar que a Latam Airlines não foi a primeira empresa de aviação da América Latina a buscar amparo na legislação de falência dos Estados Unidos. Antes disso, a Avianca Holdings já havia solicitado a recuperação judicial.
Segunda parcela do 13º de aposentados e pensionistas começa a ser paga hoje (25)
Ao todo, quase 40 milhões de pessoas devem ser beneficiadas ainda em maio
Começa a hoje (25) a ser pago pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a segunda parcela do 13º de aposentados e pensionistas. Os pagamentos serão realizados até o dia 5 de junho e varia de acordo com o número final do benefício. Nesta segunda parcela, é feito o desconto do imposto de renda.
Segundo a instituição, os beneficiários que recebem um salário mínimo terão o dinheiro depositado até o prazo final. Já quem recebe mais de um salário, terá o valor depositado entre 1º e 5 de junho. É importante destacar que até o final de maio quase 40 milhões de pessoas receberão o 13º. Isso significa uma injeção de R$ 71 bilhões na economia nacional.
Tem direito, por lei, a receber o 13º salário quem, durante o ano, foi beneficiário da previdência. Ou seja, quem recebeu aposentadoria, pensão por morte, auxílio-doença, auxílio-acidente ou auxílio-reclusão.
Nascidos em maio e junho recebem hoje o auxílio emergencial
Pagamento da segunda parcela começou a ser efetuado na última segunda-feira (18)
Após muitas dúvidas e demora para encontrar definições, o pagamento da segunda parcela do auxílio emergencial já vem sendo efetuado. Os depósitos começaram a ser feitos na última segunda-feira (18) para beneficiários do bolsa família e na última quarta-feira (20) para os inscritos no CadÚnico e para quem realizou a inscrição através do site ou do aplicativo.
Nesta sexta-feira (22), mais 7,9 milhões de trabalhadores irão receber o benefício. De acordo com a Caixa Econômica Federal, 5,3 milhões são de usuários que receberam a primeira parcela até o dia 30 de abril. Esses beneficiários estavam inscritos no cadastro único ou se inscreveram pela internet (nascidos em maio ou junho). Também irão receber o benefício 1,9 milhões de beneficiários do Bolsa Família cujo o NIS termine em 5. Além disso, mais de 700 mil pessoas do novo lote de aprovados irá receber a primeira parcela.
É importante lembrar que, mesmo com o depósito feito hoje, transferências e saques não estarão habilitados. Existe um outro calendário para realizar essas ações e as datas do Auxílio Emergencial, que também são de acordo com o mês de nascimento, começam a correr no dia 30 de maio. Até lá, apenas o pagamento de contas, de boletos e compras por meio do cartão de débito virtual estão autorizadas.
Caixa fatura mais de 3 bilhões de reais no primeiro trimestre
Apesar do lucro, houve uma queda de 22,2% em relação ao mesmo período do ano passado
Mesmo em meio a pandemia, a Caixa Econômica Federal segue registrando altos faturamentos. A instituição financeira teve um lucro líquido no primeiro trimestre de 2020 de mais de R$ 3 bilhões. Entretanto, isso pode ser considerado ruim se comparado com os números último ano. Em comparação com o quarto trimestre de 2019, a queda chegou a 37,8%. Se comparado ao primeiro trimestre do ano passado, o lucro recuou em 22,2%.
Se tratando de lucro líquido recorrente, quando não são contabilizados efeitos extraordinários, os números mudam. Em relação ao último trimestre de 2019, houve um crescimento de 21,2%. Já em relação ao primeiro trimestre do ano passado, a queda registrada foi de 7,5%.
No que diz respeito à pandemia do Covid-19, é importante mencionar que a Caixa Econômica Federal é a responsável pelo depósito do auxílio emergencial. Por conta disso, também consegue gerar arrecadação. A instituição financeira está cobrando R$0,80 por cada operação realizada, o que segundo o seu presidente, é o menor preço dos programas do banco.
Nova modalidade de emenda parlamentar entra em vigor
Municípios terão quase R$ 600 milhões disponibilizados
Uma nova modalidade de emenda parlamentar já está em vigor no país. Com nome de “transferências especiais”, servirá para o repasse de recursos aos estados e municípios. Criada através de emenda constitucional no ano passado, funcionará quando um parlamentar encaminhar verbas para um governo estadual ou uma prefeitura sem uma destinação definida.
Neste primeiro ano, 1.296 municípios serão beneficiados através desta modalidade. Ao todo, serão liberados R$ 598 milhões em emendas parlamentares por “transferências especiais”. Para acessarem este dinheiro, os gestores deverão realizar um cadastro no Portal Gov.br. Após acessar a plataforma, deverá dar ciência à emenda e indicar uma conta bancária para receber os recursos.
De acordo com Cristiano Heckert, secretário de Gestão do Ministério da Economia, esta modalidade dará maior liberdade para os municípios aplicarem os recursos.
“Às vezes, o município pode receber uma emenda que é para uma finalidade necessária, mas não a prioritária. Com as transferências especiais, há liberdade maior para direcionar os recursos.”
Entretanto, é importante mencionar que existem restrições para a aplicação dos valores. Pelo menos 70% do recurso recebido deverá ser direcionado aos investimentos. Já o restante pode ser utilizado, por exemplo, para pagamento de dívidas ou salários.
Alívio no bolso dos candidatos que se inscreveram no concurso para participar do Censo
IBGE anunciou que irá restituir os valores pagos com a inscrição
Em meio à uma pandemia mundial qualquer valor financeiro a mais na conta faz a diferença. Quem tem a comemorar neste momento são os candidatos que se inscreveram no concurso para participarem do próximo Censo. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que irá restituir os valores de inscrição que foram pagos pelos candidatos.
Ao todo, serão devolvidos R$ 2,82 milhões e esta restituição será feita através do aplicativo Carteira Digital BB, do Banco do Brasil, a partir de hoje (19). É importante destacar que não é preciso ser correntista desta instituição financeira para receber os valores. Basta baixar o aplicativo nos celulares para ter acesso ao dinheiro.
O Censo é feito ao final de cada década e ia contratar de maneira temporária mais de 200 mil pessoas para trabalhar. Como foi cancelado em março deste ano por conta da pandemia do COVID-19, a previsão para sua realização fica para 2021.
Primeiro trimestre registra queda no PIB
O recuo de 1,2% interrompe crescimento que vinha acontecendo desde 2017
O ano de 2020 pegou muita gente de surpresa com a pandemia causada pelo COVID-19. Isso afetou as mais variadas áreas e, logicamente, a economia não iria ficar de fora. Pelo contrário, está sendo um dos setores mais afetados pelo coronavírus.
Segundo dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro sofreu um recuo de 1,2% no primeiro trimestre deste ano se comparado ao mesmo período do ano passado. Esta queda acabou interrompendo a trajetória de crescimento que vinha ocorrendo desde 2017.
“É inegável que o ano de 2020 será marcado pela forte desaceleração econômica em decorrência da pandemia de covid-19; passamos do lento ritmo de crescimento observado nos três últimos anos à acelerada retração, que está apenas no início”, disseClaudio Considera, coordenador do Monitor do PIB da FGV.
Outros números também foram divulgados pela FGV. Tratando-se de consumo das famílias, houve um acréscimo de 0,2% no primeiro trimestre de 2020. Já os investimentos operaram com queda de 0,2%. Dentro deste mesmo período, as exportações tiveram uma queda de 3,8%. Por outro lado, as importações cresceram 5,3%.