Polícia Federal irá inicia a operação para investigar as fraudes no INSS
De acordo com as investigações, o esquema gerou um prejuízo de cerca de R$ 55 milhões. Serão cumpridos 22 mandados
Na manhã desta segunda-feira, a Polícia Federal (PF) deflagrou a operação Cronocinese, para colher provas sobre a participação de advogados, contadores e servidores do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) em fraudes contra o Sistema Previenciário.
Serão cumpridos 22 mandados, um deles em Guarulhos, um em Diadema e 20 na capital de São Paulo. Segundo as investigações, o prejuízo é de cerca de R$ 55 milhões.
Esse esquema consiste em incluir tempo de contribuição fictício para conseguir aposentadorias, o que acontecia por meio de transmissão de GFIPs (Guias de Recolhimento do FGTS e de informações à Previdência Social), feita por empresas inativas.
As fraudes fizeram com que as pessoas que não possuíam direito, recebessem aposentadoria, já que informavam vínculos de trabalhos inexistentes.
Esse documento é usado para empresas para o recolhimento do FGTS e além disso, disponibilizar à Previdência Social informações relativas aos segurados, inclusive para comprovar o tempo de contribuição dos funcionários.
De acordo com as investigações, as fraudes eram concentradas em seis servidores do INSS e dois escritórios de contabilidade responsáveis pela inserção dos dados falsos nos sistemas do INSS. Além disso, era também através da transmissão das GFIPS, na qual continha os períodos fictícios.
Cinco advogados foram identificados e responsáveis pela captação de clientes e pela formalização de requerimentos das aposentadorias junto ao INSS. Todos os investigados poderão ser indiciados por crimes de organização criminosa, estelionato e inserção de dados falsos em sistemas de informação. A penas podem varias de 2 a 12 anos de reclusão.