Venda de carros deve aumentar no país
Após anúncio na redução dos impostos, venda de carros deve aumentar no país.
O comunicado emitido pelo Governo Federal informando a redução de impostos para a fabricação de carros novos mexeu com o mercado. De acordo com Marcio Lima Leite, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a venda de carros poderá aumentar significativamente após a medida adotada pelo governo.
“Essas medidas podem impactar o mercado entre 200 ou 300 mil unidades, mas depende, porque nós ainda não conhecemos todas as regras. Mas não seria muito imaginar algo em torno de 200 mil a 300 mil unidades dependendo de como vai ser essa composição que será anunciada”, disse o presidente da Anfavea.
Ainda de acordo com Marcio Lima Leite, o aumento na produção e, consequentemente, na venda de carros já tem afetado as montadoras. Planejamentos já estão sendo feitos para conseguir aumentar a produção de veículos novos no país, tudo isso sendo um reflexo da redução de impostos anunciada pelo Governo Federal.
“Nós tivemos notícias de três fábricas que suspenderam lockdowns (paralisação dos trabalhos por falta de demanda) que estavam previstos. O efeito da redução dos impostos é imediato e isso explica a urgência dessas medidas”, afirmou márcio Lima Leite.
Por fim, o presidente da Anfavea afirmou que a redução de impostos não impacta na segurança dos veículos. Segundo Marcio Lima Leite, não haverá flexibilização alguma quanto aos itens de segurança obrigatórios que devem conter nos carros, assim como não haverá flexibilização quanto à liberação de poluentes no meio ambiente.
Venda de veículos apresentou alta no primeiro trimestre
Primeiro trimestre do ano registrou alta na venda de veículos.
A Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) divulgou nesta semana o balanço de vendas de veículos novos no primeiro trimestre de 2023. Conforme os números apresentados, o número de venda de veículos apresentou uma alta de 21% se comparado ao mesmo período do ano passado. Isso significa dizer que foram vendidas 878.817 unidades nos três primeiros meses deste ano contra 726.272 unidades do mesmo período em 2022.
No entanto, mesmo com o crescimento nas vendas de veículos, o presidente da Fenabrave, Andreta Jr, afirma que o mercado de venda de automóveis passa por um cenário desafiador. De acordo com Andreta Jr, o setor ainda não se recuperou da pandemia e sequer apresentou os números que tinha em 2019. Para piorar, o consumidor tem perdido o seu poder de compra, o que preocupa.
“Estamos diante de um cenário, novamente, desafiador para 2023, que apresenta alto endividamento das famílias, aumento da inadimplência, além da alta de juros e seletividade de crédito por parte das instituições financeiras, o que vem restringindo a demanda por parte do consumidor, que vem perdendo seu poder de compra”, disse o presidente da Fenabrave.
No balanço divulgado pela Fenabrave, ainda constou que houve um aumento na venda de automóveis na passagem de fevereiro para março. Segundo o balanço, houve um crescimento de quase 50%, sendo que um dos motivos para a porcentagem ser grande foi o fato de março ter tido mais dias úteis que fevereiro.
Queda na venda de veículos
Segundo a Anfavea, janeiro apresentou queda na venda de veículos
Segundo a divulgação da Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), o mês de janeiro apresentou queda na venda de veículos se comparado ao mês de dezembro de 2021. De acordo com a entidade, foram vendidos 126,5 mil veículos no primeiro mês do ano, o que representa uma queda de 38,5%, além disso, significa uma retração de 26,5% se comparado ao mesmo mês do ano passado.
Após a divulgação dos danos, Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea, afirmou que a queda na venda de veículos foi significativa, porém já era esperado devido janeiro ser um mês com vendas mais baixas.
“Foi uma queda relevante com relação a dezembro, que foi um mês muito bom, nós puxamos bastante a produção e o emplacamento, em grande parte para entregar muitos veículos pendentes de meses anteriores por falta dos semicondutores. Janeiro já é esperado uma queda, como acontece todos anos, mas tivemos alguns aspectos que impactaram ainda mais esse resultado, como o alto volume de emplacamento em dezembro, o desequilíbrio na cadeia de suprimentos, e tivemos uma transição no sistema de emplacamentos, como veículos que foram vendidos, mas não foram emplacados no mês de janeiro. Mas esse tema já foi resolvido e o emplacamento já voltou ao normal em fevereiro”, disse Moraes.
Chuvas e avanço da pandemia também influenciaram
Conforme informado pelo presidente da Anfavea, a queda na venda de veículos também foi motivada por outros fatores. As chuvas de verão e o avanço da pandemia com a variante Ômicron também acabaram interferindo nas vendas em janeiro.
“Tivemos chuvas acima da média em regiões importante como São Paulo, que é o maior mercado, que impactaram na frequência de consumidores de lojas e inclusive fecharam algumas lojas que tiveram problemas adicionais como alagamentos em determinadas regiões, e obviamente, a variante Ômicron que está afetando a cadeia como um todo, os fornecedores, os fabricantes e o varejo”, afirmou Moraes.
Em relação ao ano de 2022, Luiz Carlos Moraes diz que a Anfavea mantém os pés no chão e trabalha com números realistas. Segundo o presidente da entidade, a alta nas taxas de juros pode desestimular bastante a compra de veículos, tanto que já trabalham com uma restrição de oferta.
Financiamento de veículos apresentou alta em 2021
Com relação a 2020, o ano de 2021 apresentou alta no financiamento de veículos.
A Bolsa de Valores de São Paulo informou que o financiamento de veículos apresentou alta de 6,8% em 2021, se comparado a 2020. No total, foram mais de 5,9 milhões de veículos negociados, sendo 375 mil unidades a mais do que em 2020.
Dentre os financiamentos de veículos citados, estão inclusas as motos, automóveis leves, pesados, novos e usados. O principal destaque ficou por conta dos veículos pesados e as motos. A alta desses veículos foi de 18% e 17,6% respectivamente. Já os veículos leves, teve a alta em 4% se comprado aos financiamentos de 2020.
O financiamento de veículos usados foi de cerca de 70% do total, sendo uma alta de 10,7% se comparado a 2020. A maior procura da população foi por automóveis leves e com maior tempo de uso.
Os veículos de 9 a 12 anos apresentaram um aumento de 31,5%, enquanto os com mais de 12 anos, tiveram aumento de 71,4% nas vendas a crédito.
No entanto, o financiamento de veículos novos teve queda de 1,4% no total das vendas. Na categoria dos veículos leves, houve queda em 15% se comparado a 2020.