Queda na venda de veículos

Segundo a Anfavea, janeiro apresentou queda na venda de veículos
Segundo a divulgação da Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), o mês de janeiro apresentou queda na venda de veículos se comparado ao mês de dezembro de 2021. De acordo com a entidade, foram vendidos 126,5 mil veículos no primeiro mês do ano, o que representa uma queda de 38,5%, além disso, significa uma retração de 26,5% se comparado ao mesmo mês do ano passado.
Após a divulgação dos danos, Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea, afirmou que a queda na venda de veículos foi significativa, porém já era esperado devido janeiro ser um mês com vendas mais baixas.
“Foi uma queda relevante com relação a dezembro, que foi um mês muito bom, nós puxamos bastante a produção e o emplacamento, em grande parte para entregar muitos veículos pendentes de meses anteriores por falta dos semicondutores. Janeiro já é esperado uma queda, como acontece todos anos, mas tivemos alguns aspectos que impactaram ainda mais esse resultado, como o alto volume de emplacamento em dezembro, o desequilíbrio na cadeia de suprimentos, e tivemos uma transição no sistema de emplacamentos, como veículos que foram vendidos, mas não foram emplacados no mês de janeiro. Mas esse tema já foi resolvido e o emplacamento já voltou ao normal em fevereiro”, disse Moraes.
Chuvas e avanço da pandemia também influenciaram
Conforme informado pelo presidente da Anfavea, a queda na venda de veículos também foi motivada por outros fatores. As chuvas de verão e o avanço da pandemia com a variante Ômicron também acabaram interferindo nas vendas em janeiro.
“Tivemos chuvas acima da média em regiões importante como São Paulo, que é o maior mercado, que impactaram na frequência de consumidores de lojas e inclusive fecharam algumas lojas que tiveram problemas adicionais como alagamentos em determinadas regiões, e obviamente, a variante Ômicron que está afetando a cadeia como um todo, os fornecedores, os fabricantes e o varejo”, afirmou Moraes.
Em relação ao ano de 2022, Luiz Carlos Moraes diz que a Anfavea mantém os pés no chão e trabalha com números realistas. Segundo o presidente da entidade, a alta nas taxas de juros pode desestimular bastante a compra de veículos, tanto que já trabalham com uma restrição de oferta.
Queda na venda de veículos novos

Mês de outubro registrou queda nas vendas de veículos novos.
O mês de outubro chegou ao fim e com ele alguns dados começam a aparecer. Prova disso é que no mês que passou foi registrada uma queda de 17,07% na venda de veículos novos. De acordo com a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), o resultado leva em conta todos os segmentos automotivos, tendo como exceção tratores e máquinas agrícolas.
Durante o mês de outubro, foram licenciadas 276.033 unidades de veículos, bem abaixo dos 332.852 que foram registrados no mesmo período do ano passado. Por outro lado, se houve queda nas vendas de veículos novos em outubro, o acumulado geral de 2021 traz números positivos até o momento. Já em relação a passagem de setembro para outubro, houve uma queda de 1,78%.
“A demanda se mantém alta por parte do consumidor, mas há segmentos em que a espera por um veículo pode levar meses, em função dos baixos estoques das concessionárias, que não estão conseguindo ter todos os pedidos atendidos pelas fábricas, devido à falta de insumos e componentes. Esperamos pela normalização da produção, mas acreditamos que isso só ocorra em meados de 2022”, disse Alarico Assunmpção Júnior, presidente da Fenabrave.
Segundo a Fenabrave, as vendas tiveram aumento de 16,15% em 2021, isso se comparado com o mesmo período do ano que passou. Ao todo, foram 2.863.349 unidades licenciadas de janeiro até outubro, contra 2.465.260 vendidas em igual período de 2020.