Varejo deve faturar R$, 2,5 bilhões com a páscoa
De acordo com a CNC, faturamento do varejo brasileiro com a páscoa deve chegar a R$ 2,5 bilhões.
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgou nesta semana a estimativa de faturamento do varejo brasileiro no período de páscoa. De acordo com a CNC, o comercio varejista deve faturar R$ 2,5 bilhões, ou seja, deverá apresentar um crescimento de quase 3% se comparado à 2022. Contudo, em comparação à 2019, período anterior à pandemia, a tendência é que haja uma retração de 2,7%.
Em entrevista à Agência Brasil, o economista da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Fábio Bentes, informou que existem algumas razões para o faturamento do varejo brasileiro ser menor se comparado com o período de páscoa de 2019. Entre elas, estão a alta dos preços e o fato de que a páscoa não tem um apelo tão grande como outras datas comemorativas.
“Essa data comemorativa deve ficar aquém do nível de vendas de 2019. E, basicamente, são duas razões para isso. A primeira razão é o comportamento dos preços, com a alta da inflação. Os preços dos alimentos têm subido bastante e os itens específicos da Páscoa devem ter aumento de 8%. Se confirmado esse reajuste, será a maior alta desde 2016. O segundo fator para o faturamento do setor ser menor que o de 2019 é que a Páscoa não é uma data comemorativa com apelo tão grande como o Natal, dia das Mães e a Black Friday”, disse Fábio Bentes.
De acordo com a CNC, o maior volume de vendas na páscoa deverá se concentrar nos estados de São Paulo (R$ 977,02 milhões), Minas Gerais (R$ 273,11 milhões) e Rio de Janeiro (R$ 243,99 milhões).
Vendas no varejo apresentam crescimento
Segundo o IBGE, as vendas no varejo apresentaram crescimento no mês maio.
Do mês de abri a maio, o setor de vendas no varejo apresentou crescimento de 0,1% e essa foi a quinta alta consecutiva. No entanto, ainda assim, o indicador mostra que o crescimento tem caído desde janeiro deste ano, quando o aumento foi de 2,3% no volume.
Em fevereiro deste ano, a taxa chegou em 1,4%, com crescimento de 0,8% em abril. Esses dados foram coletados e divulgados pela Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na análise móvel trimestral, o comércio varejista apresentou alta de 0,7%, enquanto no acumulado do ano, o setor apresentou um aumento de 1,8%. No entanto, se comparado com maio de 2021, as vendas no varejo apresentaram queda de 0,2% e de 0,4% no acumulado dos últimos 12 meses.
De abril a maio, seis das oito atividades do varejo tiveram alta, enquanto apenas duas apresentaram queda.
Confira abaixo (alta):
- Livros, jornais, revistas e papelaria (5,5%);
- Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (3,6%);
- Tecidos, vestuário e calçados (3,5%),
- Combustíveis e lubrificantes (2,1%),
- Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (2%);
- Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1%).
Confira abaixo (queda):
- Artigos de uso pessoal e doméstico (-2,2%);
- Móveis e eletrodomésticos (-3%).
O crescimento da receita nominal foi de 0,4% e ocorreu de abril a maio, sendo 2,8% na média móvel trimestral, 17% na comparação com maio do ano passado e 16,8% no acumulado ano. Já no acumulado dos últimos 12 meses, foi de 13,6%.