Arrecadação dos estados apresentou crescimento
Com exceção de apenas um estado, todos os demais apresentaram crescimento na arrecadação.
De acordo com os dados do Relatório Resumido de Execução Orçamentária (RREO), divulgado pelo Tesouro Nacional, 25 dos 26 estados do país, além do Distrito Federal, apresentaram crescimento na arrecadação do primeiro quadrimestre. No período compreendido entre janeiro e abril deste ano, a arrecadação foi superior em relação à mesma época de 2020. Apenas o Espírito Santo não apresentou crescimento em sua receita.
Conforme divulgado pelo Tesouro Nacional, os estados que mais tiveram crescimento na arrecadação foram Roraima (31%), Rio Grande do Norte (27%), Piauí (25%), Goiás (24%), Sergipe (24%), Alagoas (23%) e Mato Grosso (23%). Já em relação às despesas, também foi registrado um crescimento, porém em 21 estados da federação. Maranhão e Amapá foram as unidades federativas que mais tiveram aumento nas despesas, 32% e 23%, respectivamente, maior que o crescimento de suas receitas, que foram 19% e 7%, respectivamente.
Despesas e dependência de recursos federais
Além da arrecadação dos estados, o Relatório Resumido de Execução Orçamentária (RREO) também apresentou quais as maiores despesas existentes nas unidades da federação. Em 19 delas, mais da metade das receitas obtidas são gastas com o pagamento de pessoal e encargos sociais, sendo que o maior percentual é do Rio Grande do Norte.
Em solo potiguar, 70% das receitas são gastas com despesas com pagamento pessoal, sendo seguido por Rio Grande do Sul (69%), Mato Grosso do Sul (63%) e Tocantins (60%). Em contrapartida, os estados de Roraima (40%), São Paulo (44%), Maranhão (45%), Ceará (46%) e Espírito Santo (46%) são os que menos tem despesas com o seu pessoal.
Nos dados contidos no RREO, também ficou evidenciado quais as unidades federativas que mais dependem de recursos federais para sobreviver. Atualmente, o Acre tem apenas 20% de receitas próprias, dependendo de 80% de valores repassados pela União. Por outro lado, São Paulo depende apenas de 7% de valores oriundos do governo federal, pois possui 93% de receitas próprias.
Endividamento federal teve aumento em setembro
De acordo com os dados, endividamento federal teve aumento em setembro
Os constantes gastos que estão sendo gerados por conta da pandemia vêm causando sérios impactos na economia do país e, prova disso, é que o endividamento federal teve aumento em setembro. A notícia acaba não sendo uma grande surpresa, pois as declarações sobre o aumento das despesas em meio à pandemia são quase constantes.
No último mês, a Dívida Pública da União (DPF) subiu o equivalente a 2,59%, ou seja, passou de R$ 4,412 trilhões para R$ 4,527 trilhões. Enquanto isso, a Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi), que aborda a dívida pública referente aos títulos no mercado interno, teve uma alta de 1,35% no mês que passou. Em valores reais, isso significa que a dívida passou de R$ 4,118 trilhões para R$ 4,174 trilhões.
O endividamento federal teve aumento em setembro e há uma explicação para isso. De acordo com o Tesouro Nacional, especificamente falando de Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi), o aumento se deu por conta da emissão líquida de R$ 80,55 bilhões na DPMFi. Esse valor significa a diferença entre o total de novos títulos emitidos pelo Tesouro Nacional – R$ 155,27 bilhões – em relação ao volume de títulos resgatados (embolsado pelos investidores), que somou R$ 74,57 bilhões.