Márcio Pochmann será o novo presidente do IBGE
Por indicação do presidente Lula, novo presidente do IBGE será Márcio Pochmann.
A ministra do Planejamento, Simone Tebet, confirmou nesta quinta-feira (27) que o novo presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) será Márcio Pochmann. De acordo com a ministra, a escolha do professor e pesquisador partiu diretamente do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“O presidente Lula não me fez um pedido até hoje. Nenhum pedido dentro do ministério ou fora. Aliás, ele não me pediu sequer para apoiá-lo no segundo turno, vocês se lembram que eu fiz uma declaração de apoio antes mesmo de conversar com o presidente Lula. Diante disso, nada mais justo de atender o presidente Lula independente do nome que ele apresentaria”, disse Simone Tebet.
Segundo a ministra, já havia um consenso dentro Ministério do Planejamento e do Palácio do Planalto sobre o nome de Márcio Pochmann para assumir o cargo de presidente do IBGE. No entanto, mesmo com o nome definido, a transição de cargo será feita em momento oportuno. No momento, Cimar Azevedo comanda interinamente o instituto desde o início do ano.
Sobre Márcio Pochmann, o professor e pesquisador foi presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) entre os anos de 2012 e 2016. Além disso, faz parte de um grupo de economistas ligados à Universidade de Campinas (Unicamp) que são conhecidos pela defesa do desenvolvimentismo econômico e da indústria nacional.
Lula diz que seu foco é combater a fome
Retornando a presidência do Brasil, Lula focará seus esforços ao combate a fome.
Em seu primeiro discurso como presidente do Brasil, Lula diz que seu foco será combater a fome e a miséria, após vencer Jair Bolsonaro. A vitória do candidato do PT foi de 50,9%, contra 49,1% do candidato do PL.
“O Brasil é a minha causa e combater a miséria é a causa pela qual vou viver até o fim da minha vida”, disse Luiz Inácio Lula da Silva, atual presidente do Brasil.
A fala do presidente ocorreu em um hotel em São Paulo, ao lado da ex-presidente Dilma Rousseff, Fernando Haddad, Geraldo Alckmin e Simone Tebet, que ficou em terceiro lugar no primeiro turno das eleições de 2022 para presidente, representando o MDB.
O presidente Lula agradeceu aos votos recebidos e disse que seu governo é para todos, e não apenas para aqueles que votaram nele. “A partir de 1° de janeiro de 2023, vou governar para 215 milhões de brasileiras e brasileiros e não apenas para aqueles que votaram em mim. Não existem dois Brasis. Somos um único país, um único povo e uma grande nação.”
Além disso, Lula ressaltou que um de seus desejos é de pacificar o Brasil: “Tenho fé em Deus que com a ajuda do povo nós vamos encontrar uma saída para que esse país volte a viver democraticamente, harmonicamente e que a gente possa restabelecer a paz entre as famílias, entre os divergentes, para que a gente possa construir o mundo que nós precisamos e o Brasil.”
Lula fala sobre a Economia e a Democracia
O atual presidente do Brasil comentou sobre a escolha pelas urnas eletrônicas nas eleições, dizendo que essa é uma escolha pela democracia. Já que, vale lembrar, o Jair Bolsonaro era a favor do voto impresso. “É assim que eu entendo a democracia, não apenas uma palavra bonita escrita na lei, mas como algo palpável, que sentimos na pele e que podemos construir no dia a dia. Foi essa democracia, no sentido mais amplo do termo, que o povo brasileiro escolheu hoje nas urnas.”
“É com essa democracia que vamos buscar cada dia do nosso governo, com crescimento econômico repartido com toda população, porque é assim que a economia deve funcionar, como instrumento para melhorar a vida de todos, e não para perpetuar desigualdades”, completou Luiz Inácio.
Sobre a economia, Lula disse que irá fazer acontecer e incluindo os mais necessitados. “A roda da economia vai voltar a girar com os pobres voltando a fazer parte do orçamento.” Além disso, o presidente deu ênfase as políticas de incentivo à agricultura familiar e a micro e pequenas empresas.