Safra de grãos de 2020 deve bater recorde
Segundo o IBGE, a alta deverá ser de 2,3%
Se o mundo vem sendo assolado por notícias ruins por conta do coronavírus, uma boa notícia chegou neste meio tempo. De acordo com a estimativa de abril do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, a safra de grãos de 2020 baterá novo recorde no país. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a alta deverá ser de 2,3%, ou seja, alcançará 247 milhões de toneladas este ano.
Se analisarmos a previsão de março e fizermos uma comparação, isso representa um aumento de 0,8% e que alcança 2,3% se comparados à última safra. Em toneladas, isso significa uma diferença de 5,5 milhões. Esse aumento em relação à 2019, principalmente se deu por conta do crescimento da estimativa da soja (6,7%) e do arroz (3,5%).
Ainda de acordo com o IBGE, o estado do Mato Grosso seguirá como o maior produtor de soja do país em 2020. Isso corresponde a 28,7% da safra nacional de grãos, que deve alcançar 34,7 milhões de toneladas.
Safra 2019/20 teve acréscimo na tomada de crédito
Em relação à safra anterior, agricultores acumularam um acréscimo de 12% nos pedidos de crédito
O Ministério da Agricultura divulgou os dados de crédito referente a safra 2019/20 e houve aumento na solicitação. De julho de 2019 até abril deste ano, os financiamentos feitos pelos produtores rurais alcançaram a marca de R$156,6 bilhões. Se comparado com o mesmo período da safra anterior, houve um acréscimo de 12%.
De acordo com os dados divulgados pelo ministério, os produtores de médio porte contrataram R$ 20 bilhões para as despesas de custeio de suas lavouras, ou seja, para o período entre o plantio e a colheita. Já em relação aos agricultores familiares, o valor de financiamento de crédito alcançou a marca de R$ 12 bilhões.
Outro ponto que teve alta foi o do setor de investimentos. Neste período, os produtores rurais tomaram R$ 42 bilhões em financiamento, o que representa 19% a mais que no mesmo período da última safra. Por outro lado, os financiamentos para comercialização tiveram uma queda de 14% segundo o Ministério da Agricultura.