Inflação no país será temporária
Para o presidente do Banco Central, a inflação no país será temporária.
Além de estar vivendo a maior crise sanitária de sua história, o Brasil vem sofrendo duros golpes na economia. A corda anda “estourando” pelos dois lados, ou seja, tanto o empresário como a população em geral acaba sendo afetada. No entanto, é o cidadão brasileiro quem mais sofre com isso tudo, pois vê os preços das coisas subir cada vez mais. No entanto, para Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, a inflação no país é apenas temporária.
O que diz Campos Neto?
Segundo Campos Neto, alguns fatores acabam influenciando para que isso aconteça, porém isso não deve perdurar por muito tempo, sendo apenas de maneira temporária. Mesmo assim, salientou que a reprecificação dos alimentos teve papel fundamental para a inflação, mas situações externas como a grandiosa desvalorização do Real e as análises que o mercado faz da relação entre dívida pública, capacidade de pagamento e crescimento potencial do país também influenciaram.
“Faremos o necessário para garantir que a inflação atinja o target. Mesmo reconhecendo que a inflação está aumentando, reconhecemos que a maioria dos componentes que levam a isso são temporários. Entendemos que a desvalorização da moeda tem impacto na persistência. A não ser que algo muito diferente aconteça, acho que estamos preparados para um aumento de 0,75 ponto percentual na taxa (Selic). Isso está decidido? Não. Mas sempre explicamos que o Banco Central sempre pode mudar. Se algo acontece diferente, a primeira coisa que fazemos é comunicar ao mercado o que está acontecendo”, disse o presidente do BC.
Outro ponto citado por Roberto Campos Neto em sua live, onde abordou a inflação e seu caráter temporário, foi a diferença como países emergentes e países desenvolvidos encaram a pandemia. Afirmou que países com o Brasil sentem mais o impacto, mas voltou a dizer que esta situação é temporária, apensar de não ser fácil encarar este grande problema.
“Em termos de efeito de curto prazo, como os emergentes tiveram de emitir muita dívida para enfrentar a pandemia, estamos vendo variáveis se comportando de um jeito que não é esperado. Por exemplo, as moedas em mercados emergentes não estão se comportando da forma esperada com as commodities subindo. Em parte, isso é explicado porque as pessoas [o mercado] colocam na equação essa dívida, que é de risco, mais elevada”, disse Campos Neto.