Brasil está saindo da recessão econômica
Segundo afirmação de Paulo Guedes, o Brasil está saindo da recessão econômica
A pandemia do coronavírus afetou todo o mundo e isso acabou gerando um forte impacto na economia. Contudo, as coisas parecem estarem mudando, ao menos para o ministro da Economia. De acordo com Paulo Guedes, o Brasil está saindo da recessão econômica. A afirmação do ministro ocorreu no 39º Encontro Nacional do Comércio Exterior (Enaex).
“Recebemos hoje a notícia de que o Brasil está oficialmente está saindo da recessão”, disse Guedes, que ainda completou: “O Brasil está conseguindo combater a doença. Isso é um fato que está acontecendo do lado da saúde. Do outro lado, da economia, é um fato que o Brasil está saindo da recessão.”
O ministro também falou sobre o tempo para o governo trabalhar e tornar a retomada da economia num crescimento sustentável. Segundo Guedes, o governo terá cerca de um ano e meio para fazer isso acontecer.
“Em vez de uma onda de consumo, em uma forte recuperação cíclica, o desafio é transformar isso na ampliação da capacidade produtiva”, disse o ministro.
Nesta sexta-feira (13), o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) dessazonalizado (ajustado para o período) foi divulgado e nele se constatou que houve um crescimento de 9,47% no terceiro trimestre se comparado ao segundo trimestre. Contudo, se comparado ao mesmo período do ano passado, houve uma queda de 3%.
Banco do Brasil teve queda no seu lucro líquido
Banco do Brasil teve queda no seu lucro líquido no terceiro trimestre
Vivendo uma grande recessão econômica, o país vem tentando, aos poucos, voltar ao seu ritmo normal. No entanto, é impossível passar por este período sem sofrer algumas consequências. Prova disso, é que uma das maiores instituições financeiras do país também sentiu o efeito da pandemia causada pelo coronavírus. O Banco do Brasil teve queda no seu lucro líquido no terceiro trimestre.
Por outro lado, falar em queda no lucro líquido, não significa que a instituição tenha tido prejuízo. O Banco do Brasil registrou um lucro líquido de R$ 3,085 bilhões no terceiro trimestre deste ano. Em comparação com o último trimestre, a queda foi de 3,9%.
O Banco do Brasil teve queda no seu lucro líquido, mas se tratando de lucro líquido ajustado, onde não são contabilizados os eventos extraordinários, a situação foi diferente. A instituição financeira atingiu R$ 3,5 bilhões de lucro no terceiro trimestre, ou seja, um aumento de 5,2% se comparado com o trimestre anterior. Entretanto, no comparativo com o mesmo período do ano passado, o decréscimo chegou a 23,3%.
Conforme informações emitias pelo banco, o aumento de 40,5% nas provisões teve papel fundamental para impactar no lucro do terceiro trimestre
“Diante das incertezas econômicas provocadas pela pandemia, o banco constituiu, de forma conservadora, antecipação prudencial de provisões de crédito, em um valor de R$ 2 bilhões neste trimestre, ainda que o índice de inadimplência (operações vencidas há mais de 90 dias) em setembro tenha caído em relação ao trimestre anterior e se situado em 2,43%. No acumulado em nove meses, as antecipações prudenciais de provisões totalizaram R$ 6,1 bilhões”, disse o BB.
Pedidos de falência atingiram o menor índice dos últimos dez anos
De acordo com a Serasa Experian, Pedidos de falência atingiram o menor índice dos últimos dez anos
O país vem vivendo uma grande recessão econômica e isso acabou preocupando (e ainda preocupa) bastante os empresários. Mesmo assim, em meio à pandemia, os pedidos de falência atingiram o menor índice dos últimos dez anos. De acordo com os números divulgados pela Serasa Experian, aconteceram 754 solicitações de falência de janeiro a setembro deste ano. Se comparado ao ano passado, houve uma redução de mais de 350 casos para o período. Já se comparado ao ano de 2011, mesmo assim seguirá com números 50% abaixo.
É evidente que alguns aspectos influenciaram para que isso acontecesse, principalmente a mudança de comportamento do mercado. Alguns novos mecanismos ajudaram os empresários a enfrentarem os problemas de maneiras diferentes, buscando saídas alternativas para o fechamento das empresas.
“O pedido de falência está caindo em desuso. Antes, quando uma empresa atrasava os pagamentos era muito comum o pedido de falência. Hoje, existem diversas ferramentas que a ajudam a evitar essa medida”, disse o economista Luiz Rabi.
Como visto, os pedidos de falência atingiram o menor índice dos últimos dez anos. Para Luiz Rabi, ideias para se reinventar durante a pandemia também ajudaram os empresários a não fecharem as portas.
“Estamos tendo um ano bem diferente em todos os sentidos. Com o isolamento social as empresas tiveram que se redescobrir e inovar, pensando em estratégias para sobreviverem num momento tão difícil”, afirmou o economista.
Mês de setembro registrou alta na produção de motocicletas
Mesmo em meio à crise, mês de setembro registou alta na produção de motocicletas
O país vem vivendo forte recessão econômica e ainda não se tem um prazo exato para as coisas voltarem a fluir normalmente. No entanto, um setor teve números positivos no mês que acabou de passar. O mês de setembro registou alta na produção de motocicletas se comparado ao mesmo período de 2019. Em porcentagem, isso representa uma alta de 13,1% em relação ao mês de setembro do ano anterior.
De acordo com a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), 105 mil motocicletas foram montadas no período, que foi o melhor de todo o 2020.
Se por um lado o mês de setembro registrou alta na produção de motocicletas, por outro, o aglomerado do ano apresenta números negativos. No total, há uma queda de 17,1%, ou seja, a produção de motocicletas caiu de 836,4 mil para 693,5 mil unidades se comparado ao mesmo período do ano passado.
O principal fator para a queda na produção do ano foi a pandemia do coronavírus, contudo, a recuperação vem acontecendo aos poucos e quem confirma isso é Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo.
“Desde a retomada gradual das atividades, as fábricas registram curva ascendente. Esse quadro se confirmou em setembro, quando alcançamos o melhor resultado do ano”, disse Marcos Fermanian.
Conforme divulgado pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), 2020 deve terminar com a produção de 937 mil motocicletas. Isso significa uma retração de 15,4% se comparado ao último ano.