Correios colocaram novos imóveis à venda
Em meio a uma possível privatização, Correios colocaram novos imóveis à venda
As privatizações é um assunto frequente no governo de Jair Bolsonaro e isso não é mais novidade. Por isso, em meio a uma possível privatização, os Correios colocaram novos imóveis à venda. Trata-se de mais um feirão de imóveis promovido pela estatal e vai até amanhã (15). Estão disponíveis propriedades em dezessete estados do país, sendo que no Distrito Federal, onde se encontra a sede da empresa, existem vinte e cinco imóveis desocupados.
Os interessados deverão acessar o site https://www.feiraodeimoveiscorreios.com.br/ para verificarem as imagens dos imóveis e o valor de cada unidade. As propostas de aquisição poderão serem feitas por meio eletrônico ou por meio de envelope fechado. Ao todo, estão disponíveis para venda apartamentos, prédios e terrenos, com valores podendo chegar a quantias milionárias.
Privatização
Como visto, os Correios colocaram novos imóveis à venda e uma possível privatização da estatal ganha cada vez mais força. Nesta quarta-feira (14), o ministro das Comunicações, Fábio Faria, encaminhou à presidência o projeto de lei que cria as condições para a privatização dos Correios. Segundo Faria, a expectativa é que o texto final seja enviado até o ano que vem para que possa haver a venda da estatal.
“Esse projeto trata mais sobre princípios do que regras, até porque o Congresso deve se debruçar sobre esses temas e é lá a arena onde serão debatidos todos os requisitos necessários, sobre a universalização das entregas dos Correios e em relação aos funcionários, tudo isso será tratado com bastante cuidado no Congresso e o Ministério das Comunicação vai fazer o acompanhamento junto com deputados e senadores”, disse o ministro.
Em nota, o Ministério das Comunicações disse que “as atividades dos serviços postais pela iniciativa privada serão baseadas nos princípios constitucionais da atividade econômica e terão por objetivo viabilizar o cumprimento das leis, em especial das relativas aos serviços postais, à ordem econômica e aos direitos dos consumidores.”
Funcionários dos Correios voltam ao trabalho em SP
Com o reajuste salarial decidido, funcionários dos Correios voltam ao trabalho em SP
Nesta última segunda-feira (21), foi decidido o reajuste salarial e assim os funcionários dos Correios voltam ao trabalho em SP. A decisão ocorreu durante uma assembleia realizada em São Paulo.
Para relembrar, os Correios estavam em greve desde o dia 17 de agosto, por conta de manutenção das cláusulas de acordo coletivo e reivindicação de reajuste salarial.
Assim, conforme julgado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), chegaram à conclusão de que a greve dos Correios não foi abusiva. Com isso, os ministros presentes decidiram que metade dos dois de greve serão descontados dos salários dos funcionários. Já a outra metade, será compensada.
De acordo com TST, os funcionários dos Correios deverão receber 2,6% de reajuste. Os funcionários estavam pedindo 5% e foi decidido pela manutenção de 29 cláusulas de acordo coletivo.
A proposta feita pelo TST foi votada no Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares de São Paulo, Grande São Paulo e zona posta de Sorocaba.
Assim, 1.409 pessoas votaram, sendo 699 concordando com a proposta do TST para retorno ao trabalho já a partir desta terça-feira (22). Já 671 votaram contra e outras 38 não se posicionaram. Dessa forma, funcionários dos Correios voltam ao trabalho em SP.
Privatização dos Correios
Presidente da estatal garante que a privatização dos Correios está próxima
A privatização dos Correios está próxima e quem garante isso é o próprio presidente da estatal, o general Floriano Peixoto. Em entrevista ao portal Uol, o general afirmou que o processo de privatização já está em andamento e que ao menos cinco empresas já estão interessadas em realizar à compra da estatal brasileira.
O general Floriano Peixoto vem brigando na justiça para tentar retirar benefícios considerados exagerados pelos Correios. Em contrapartida, os funcionários da estatal estão em greve desde o mês de agosto e, um dos motivos da greve, é por serem contra a privatização dos Correios.
O presidente da estatal ainda falou sobre a estrutura que a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos possui, além da sua capacidade operacional dentro do país.
“A capilaridade da estatal é seu maior ativo: estar presente em todo o território nacional é uma vantagem de poucas instituições. Isso se torna mais relevante quando consideramos as medidas de racionalização da carteira imobiliária que foram tomadas recentemente, o que certamente reduzirá as despesas com manutenção que perduravam até pouco tempo”, disse Peixoto.
Segundo o general, o processo de privatização dos Correios já está em andamento, mas dependerá de algumas etapas.
“A consultoria contratada entregará a primeira parte dos estudos de viabilidade econômico-financeira da empresa até novembro deste ano. Nessa fase está incluso o projeto de lei que deve ser enviado ao congresso para apreciação e, a partir desse ponto, os parlamentares terão à sua disposição o embasamento técnico para discutir os rumos do serviço postal”, disse o presidente dos correios.
Salim Mattar, o secretário da Desestatização é a favor da Privatização dos Correios
O rombo se aproxima dos R$ 15 bilhões, apenas com plano de saúde e o fundo de pensão dos funcionários, segundo o que disse o Secretário
O secretário da Desestatização, Salim Mattar, é a favor e defende a privatização dos correios. A pasta do secretário é vinculada ao Ministério da Economia. Segundo ele, os Correios acumulam muitas dívidas e acabam por se tornar insustentáveis.
Além disso, Salim disse que não tem porque e não fazer sentido manter uma empresa pública que serve “para entregar cartas, se ninguém escreve mais cartas”. Ainda em sua entrevista ao Jornal da Record, o secretário disse que os Correios são uma “grande empresa”, porém com o déficit muito elevado.
Salim Mattar
O rombo se aproxima dos R$ 15 bilhões, apenas com plano de saúde e o fundo de pensão dos funcionários, segundo o que disse o Secretário. “Os Correios se tornaram uma empresa muito grande, perderam eficiência e estão comendo caixa disponível. Então vai chegar uma hora que não vai ter mais condições de continuar funcionando”, ressaltou Salim Mattar.