PicPay interrompe operações envolvendo criptomoedas
Por alegar uma indefinição regulatória no setor, o PicPay decide interromper suas operações que envolvem criptomoedas.
Nesta segunda-feira (20), o PicPay anunciou de forma oficial que está interrompendo sua operação de criptomoedas, por conta de uma indefinição regulatório no mercado. No entanto, essa decisão não tem nada em paralelo com os testes envolvendo o Real Digital (Drex).
Na nota oficial, o vice-presidente de Produtos e Tech do PicPay, Anderson Chamon, disse que a crença da empresa na tecnologia como infraestrutura, permanece.
“Nada muda em relação à nossa crença na tecnologia como infraestrutura, e continuamos disponíveis para atuar, junto ao Banco Central, para impulsionar e popularizar esse mercado no Brasil”, disse Anderson. Que completou: “Quando houver mais clareza sobre o tema.”
Vale relembrar que o PicPay havia lançado sua própria Exchange em agosto de 2022 e chegou a bater a marca mais de um milhão de usuários em somente cinco meses de existências.
De acordo com Daniel Mandil, o executivo que ficou responsável pela operação envolvendo a criptomoeda, disse que essa foi uma interrupção de forma estratégica.
“Apesar dos avanços regulatórios recentes, a definição do arcabouço legal até o momento está em aberto. Observamos que uma incerteza similar também acontece em outros países, que ainda buscam modelos definitivos. Esse cenário nos levou a essa decisão.”
Que completou: “Criptomoedas em geral representam um percentual pequeno da carteira de cada investidor, então há um mundo que podemos explorar com outras aplicações que complementem a experiência do app e aumentem o valor para o cliente.”
Usuários do Exchange do PicPay
A partir desta sexta-feira (20), os usuários não poderão efetuar mais compras de criptos. Já aqueles usuários que ainda contam com saldo na conta, poderão vender sem que haja taxas, com validade até o dia 11 de dezembro.
Já aqueles usuários que desejam seguir com os ativos digitais operando, contam com a opção de realizar a portabilidade através da Foxbit, que é uma corretora específica em criptomoedas. O dia limite para que isso seja realizado é o dia 30 de outubro. Basta clicar na “Área Cripto” do aplicativo PicPay.
Itaú em busca de especialista em criptomoedas
Com o avanço do mercado de ativos digitais, Itaú está em busca de um especialista em criptomoedas.
Com o mercado de ativos digitais cada vez mais em alta, as instituições financeiras precisam se adequar à nova realidade para não ficar para trás. Recentemente, instituições como Nubank, o Mercado Pago, o BTG Pactual (Mynt) e PicPay, começaram a explorar ainda mais o mercado das criptomoedas, inclusive buscando profissionais para essa área. Agora, é vez do Itaú querer qualificar a sua equipe, tanto que está em busca de um especialista em criptomoedas.
O Itaú, maior banco da América Latina, está em busca de um mestre ou doutor em matemática para trabalhar na divisão de moedas digitais da instituição, a Itaú Digital Assets. Por mais que o foco da empresa seja em um matemático, o profissional também deverá possuir um amplo conhecimento em criptografia e blockchain, pois uma das maiores preocupações do Itaú é com a parte de segurança.
“O candidato deverá ter profundo conhecimento dos protocolos de criptografia (TLS, GPG, SSH, etc), assinatura de código, cyber-security, autenticação/autorização e o cenário de ameaças para ataques de última geração. Conhecimento sobre de Sistemas de Gerenciamento de Chaves (KMS), Hardware Security Modules (HSMs) e Secure Multiparty Computation (MPC)”, diz parte do anúncio do Itaú, que pode ser conferido em seu inteiro teor no site da instituição.
O interesse do Itaú em contratar um especialista em criptomoedas não é algo que surpreenda, pois há uma grande movimentação nesse setor. Recentemente, a BTG Pactual anunciou mais de 400 vagas de trabalho, incluindo vagas para o setor de ativos digitais e criptomoedas. Como informado recentemente aqui no Giro Econômico, quem também está em busca de profissionais nesta área é o PicPay.