Crescimento na economia brasileira
Pela terceira vez consecutiva, há registro de crescimento na economia brasileira
O país vem vivendo uma grande crise econômica e isso já não é novidade para ninguém. Por outro lado, não são só notícias ruins que existem e há uma perspectiva de melhora dentro desta situação. Pela terceira vez consecutiva, há registro de crescimento na economia brasileira. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (14) pelo Banco Central.
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que é considerado uma prévia do PIB (Produto Interno Bruto), registrou no mês de julho um crescimento de 2,15%. Esta foi a terceira alta consecutiva, tendo em vista que em maio e junho houve crescimento de 1,86% e 5,32%, respectivamente.
Por outro lado, mesmo com o crescimento da economia brasileira pela terceira vez seguida, os números ainda não foram suficientes para superar as quedas do começo da pandemia. Entre março e abril, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central registrou uma queda de 15,26%.
Ainda é cedo para afirmar quando a economia brasileira vai voltar a se estabilizar. Entretanto, percebe-se que aos poucos a normalidade está voltando a acontecer no país. É bem verdade que ainda se enfrenta uma séria pandemia, mas, apesar da retração econômica neste ano, sinais de melhora já começam a aparecer.
Economia japonesa sofre retração histórica
Economia japonesa sofre retração histórica que ainda não tinha sido vista no período pós-guerra
Está enganado quem pensa que a pandemia do coronavírus afetou apenas países com menor capacidade econômica. O Japão, dono da terceira maior economia do mundo, vem sofrendo seriamente com a crise. Dizer isso não é exagero, pois a economia japonesa sofre com retração história que ainda não tinha sido visto no período pós-guerra.
De acordo com os dados do PIB (Produto Interno Bruto) do país, divulgados recentemente, a economia local caiu 28,1% no segundo trimestre. Este percentual é 0,3% a mais do que os economistas estavam esperando entre os meses de abril e junho. Isso acabou surpreendendo, pois no primeiro trimestre o cálculo para retração foi de 7,9%, mas acabou sendo, de fato, 7,8%, ou seja, menos que o esperado.
Os números que expõem que a economia japonesa sofre retração histórica preocupam o novo primeiro-ministro japonês que será escolhido na próxima segunda-feira (14). Isto é dito, pois ações mais drásticas terão que serem tomadas para recuperar a economia do país. Um dos concorrentes ao comando do país, Yoshihide Suga, deixou claro que irá aumentar os gastos em relação à recuperação econômica se passar a liderar o Japão.
Cinco estados brasileiros deverão elevar o seu PIB
Cinco estados brasileiros deverão elevar o seu PIB em relação ao período pré-pandemia
Já não é mais novidade que a pandemia causada pelo coronavírus afetou o mundo de várias maneiras. Os mais variados setores da economia estão enfrentando problemas, entretanto, parece que nem todo mundo sofrerá com a crise. De acordo com a Tendências Consultorias, cinco estados brasileiros deverão elevar o seu PIB (Produto Interno Bruto) em relação ao período pré-pandemia.
As produções agrícolas e minerais farão com que Mato Grosso do Sul, Pará, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Goiás, terminem o corrente ano com acréscimo em seu Produto Interno Bruto. A variação ficará entre 0,5% e 2,7%. Se por um lado cinco estados brasileiros deverão elevar o seu PIB, por outro, alguns estados sentirão de maneira reversa os efeitos da pandemia. Estados como Ceará, Sergipe, Rio Grande do Sul, Amazonas e Distrito Federal, sofrerão com a retração entre 7% e 8,9% no PIB.
Recuperação da economia brasileira
Em relação ao cenário econômico do país, o comentarista Miguel Daoud, do Canal Rural, afirmou que a recuperação da economia passará diretamente pelo setor agropecuário.
“A saída para a recuperação da economia brasileira é pela agropecuária. Mesmo em um cenário pós-pandemia e que vai impactar muitos países, existe um grande mercado de produção e venda de alimentos, uma área onde o Brasil é marcado por sua competência” disse Miguel Daoud, que ainda completou: “quando falamos sobre crescimento, significa que o país vai gerar mais rendas, empregos e impostos, com isso, o Brasil passa a distribuir renda e as pessoas consomem mais. Esse crescimento é muito complicado de alcançar porque é preciso alinhar alguns investimentos internos e externos. Precisamos dar uma maior atenção a agropecuária, na questão dos endividamentos de produtores, financiamentos e linhas de crédito, porque só assim, o Brasil voltará a crescer.”
Déficit histórico nas contas públicas
Grave crise causada pela pandemia fará com que 2020 tenha déficit histórico nas contas públicas
A crise econômica vem atingindo os mais variados setores e isso fará com que 2020 tenha um déficit histórico nas contas públicas do país. De acordo com o Ministério da Economia, o prejuízo deverá alcançar a casa dos R$ 787 bilhões. Assim, baterá o recorde de pior balanço desde que a série começou a ser analisada pelo Tesouro Nacional, em 1997.
Conforme dados divulgados no Relatório de Receitas e Despesas referente ao terceiro bimestre, os problemas gerados pelo coronavírus agravaram a situação das contas públicas. E, apesar do governo ter conseguido reduzir alguns custos, não será suficiente para conseguir ao menos empatar a diferença entre o que se arrecada e o que se gasta. Dessa forma, pela sétima vez consecutiva haverá déficit nas contas públicas.
Além disso, as perdas de receitas afetaram bastante a economia do país e isso ficou claro na fala de Waldery Rodrigues, secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia. Neste sentido, pode-se destacar redução das receitas com Previdência Social, devido, principalmente, à redução da massa salarial. Ainda, cabe destacar a perda na arrecadação de tributos federais, tais como os impostos de importação, sobre produtos industrializados e o Imposto de Renda. Repasses aos estados e municípios também entram nessa conta.
Produto Interno Bruto
Se por um lado 2020 fechará com déficit histórico nas contas públicas, as perspectivas referentes ao Produto Interno Bruto (PIB) tiveram uma leve melhora. Apesar de ainda ter um grande recuo, o PIB tende a fechar com baixa de 4,1%, o que é menor do que o previsto anteriormente. No entanto, a previsão do Ministério da Economia diverge do Boletim Focus e do FMI (Fundo Monetário Internacional), que estimaram perda de 5,95% e 9,1%, respectivamente.
PIB da América Latina e Caribe terá queda em 2020
PIB da América Latina e Caribe terá queda em 2020 e a pandemia é o principal fator para isso acontecer
As notícias no cenário econômico não são nada boas e, para piorar, o PIB da América Latina e Caribe terá queda em 2020. Aliás, a pandemia causada pelo coronavírus é o principal fator para isso acontecer. De acordo com a CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe), a retração do Produto Interno Bruto da região deverá alcançar a marca de 9,1%. Esta é a terceira revisão feita pela comissão e os números assustam cada vez mais.
A comissão econômica, que é ligada à ONU (Organização das Nações Unidas), está sempre atualizando as projeções econômicas para a região da América Latina e Caribe. Segundo seus dados e informações, o mundo vem sofrendo com a retração na economia, mas os números pioram nos países das Américas por estarem sendo o centro principal do coronavírus.
Além disso, no último relatório divulgado pela CEPAL, que aconteceu nesta semana, no Chile, a queda brusca do PIB acarretará em problemas futuros. Neste tocante, a tendência é que exista uma década economicamente perdida. Para piorar, o nível de desemprego e desigualdade social irá aumentar ainda mais, sendo que tudo é reflexo da pandemia do coronavírus.
Preocupações
O PIB da América Latina e Caribe terá queda em 2020 e isso não tem perspectiva de mudança. Assim, isso faz com as preocupações aumentem bastante e o sentido é lógico. Segundo Alicia Bárcena, Secretária-Executiva da Comissão da ONU, a taxa de desemprego na América Latina e Caribe passará dos 13% até o final do ano, ou seja, 5% a mais do que em 2019. Dessa forma, seguindo esta linha, a situação fica mais grave se analisarmos o fato de que 37,3% da população latino-americana terminará o ano pobre. Desses, 28,5 milhões de pessoas estarão na linha de extrema pobreza.
PIB teve crescimento em maio
No mês de abril havia tido uma grande queda no Indicador, mas o PIB teve o seu crescimento em maio
O PIB (Produto Interno Bruto) teve crescimento em maio. É o que informa o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica), a qual foi o Banco Central foi quem divulgou nessa última terça-feira (14).
Dessa forma, o IBC-Br mostrou o crescimento do PIB de maio em 1,31%. Aliás, no mês de abril o indicador mostrava uma grande baixa de -9,73%, por conta do Covid-19.
Entretanto, o mercado financeiro estima que o PIB ainda chegue em 6,1% neste ano de 2020. Além disso, vale relembrar que PIB (Produto Interno Bruto) é a soma de todos os bens e serviços produzidos pelo país. Assim, podendo ser medida a atividade econômica através do mesmo.
Indicador de incerteza da economia cai pela terceira vez seguida
Queda em julho alcança 7,3 pontos
Mesmo em meio à crise econômica causada pela pandemia do Covid-19, o Indicador de Incerteza da Economia Brasileira (IIE-Br) mostrou queda entre junho e julho. Segundo dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas, de maneira extraordinária, o indicador marcou queda de 7,3 pontos. Caso esse número se confirme, o índice ficará na marca de 166,3 pontos.
Se os indicadores permanecerem neste nível até o final de julho, quando há a divulgação final, o IIE-Br terá devolvido quase metade dos 95,4 pontos da alta que aconteceu entre março e abril. Economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), Anna Carolina Gouveia, falou sobre o assunto.
“Após a terceira queda consecutiva, o nível do IIE-Br de julho se aproxima do nível de março, de 167,1 pontos, primeiro momento em que o País precisou forçar paralisações e iniciar o isolamento social para conter o avanço da pandemia. As dificuldades de se prever cenários para o futuro da economia continuam muito grandes, como reflete o componente de Expectativas, que, no nível apurado nesta prévia, recuperaria, até julho, apenas 7% da alta ocorrida entre março e maio. Uma queda mais acelerada da Incerteza daqui para a frente dependerá da evolução da pandemia no País e da velocidade de normalização das atividades econômicas e do apaziguamento das tensões políticas.”
Já o mercado financeiro, projeta uma queda de 6,1% na economia do país neste ano. No entanto, a projeção para 2021 é que haja um crescimento de 3,5%. Já em 2022 e 2023, a expectativa é que o crescimento siga existindo com pelo menos 2,5% ao ano.
Primeiro trimestre registra queda no PIB
O recuo de 1,2% interrompe crescimento que vinha acontecendo desde 2017
O ano de 2020 pegou muita gente de surpresa com a pandemia causada pelo COVID-19. Isso afetou as mais variadas áreas e, logicamente, a economia não iria ficar de fora. Pelo contrário, está sendo um dos setores mais afetados pelo coronavírus.
Segundo dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro sofreu um recuo de 1,2% no primeiro trimestre deste ano se comparado ao mesmo período do ano passado. Esta queda acabou interrompendo a trajetória de crescimento que vinha ocorrendo desde 2017.
“É inegável que o ano de 2020 será marcado pela forte desaceleração econômica em decorrência da pandemia de covid-19; passamos do lento ritmo de crescimento observado nos três últimos anos à acelerada retração, que está apenas no início”, disseClaudio Considera, coordenador do Monitor do PIB da FGV.
Outros números também foram divulgados pela FGV. Tratando-se de consumo das famílias, houve um acréscimo de 0,2% no primeiro trimestre de 2020. Já os investimentos operaram com queda de 0,2%. Dentro deste mesmo período, as exportações tiveram uma queda de 3,8%. Por outro lado, as importações cresceram 5,3%.
A queda do varejo é um dos setores que mais afeta a economia
Vendas, que tiveram aumento em fevereiro, sofreram uma grande queda
O mundo vem a grave pandemia do coronavírus (Covid-19) e aos poucos o impacto vem sendo sofrido. No setor econômico, o varejo vem sendo um grande vilão por conta da sua drástica queda de arrecadação. O aumento das vendas de fevereiro ficou para trás e agora o setor vem sofrendo com o pouco consumo. Isso afeta principalmente o PIB do país, pois o gasto dos consumidores corresponde a dois terços do mesmo.
Segundo o Serasa Experian, a redução do consumo foi generalizada. Tanto itens de alto valor como de baixo valor tiveram vendas muito abaixo do normal. Essa queda de consumo está sendo considerada como uma das maiores em décadas. Com esses fatores, a crise começa a fechar o comércio e, consequentemente, o desemprego aumenta.
Luiz Rabi, economista do Serasa Experian falou sobre o assunto.
“Com as pessoas ficando mais em casa e muitas lojas físicas fechadas, cai automaticamente o consumo de itens, principalmente os não essenciais.”
O governo federal, mesmo de maneira lenta, vem tentando amenizar a crise econômica no Brasil. As medidas adotadas beneficiam o cidadão e o empresário, mas para especialistas isso é muito pouco perto da dimensão do problema que está sendo enfrentado. Mesmo assim, é considerado inédito a liberação de tanto capital para movimentar a economia.
Coronavírus: Pobreza deverá aumentar significativamente no Brasil
Falta de empregos deverá o principal fator para piorar a situação social no país
A crise do coronavírus vem afetando o mundo inteiro e o Brasil não fica de fora dessa lista. Porém, um dado preocupante vem deixando todos em alerta. Segundo pesquisadores, o índice de pobreza deverá aumentar consideravelmente por conta da pandemia. A falta de emprego deverá ser o principal fator para influenciar na nova realidade.
Para os especialistas, a crise gerada pela pandemia do COVID-19 deixará um rastro de pobreza e desigualdade ainda maior no Brasil. Segundo eles, mais pessoas entrarão na lista dos mais pobres e os que já estavam em situação de vulnerabilidade social ficarão em situação ainda pior. Desta maneira, há uma cobrança para que o poder público aja com rapidez para amenizar o problema. Apesar do anúncio do auxílio emergencial de R$600,00, acredita-se que os valores dificilmente cheguem aos mais afetados.
“A crise deve provocar um aumento acelerado da pobreza e da desigualdade no país. Se as medidas não forem colocadas em prática rapidamente, uma parcela da população não vai ter nenhuma renda”, disse Naercio Menezes Filho, professor do Insper.
Como acima mencionado, o desemprego deve ser o principal fato gerador para desencadear este aumento na pobreza. Segundo o último dado divulgado, no Brasil existem 11, 9 milhões de desempregados e 38,3 milhões de trabalhadores na informalidade. Em estimativa do banco Santander, poderá haver um aumento de 2,5 milhões de desempregados no auge da crise.
Até o momento, é difícil dizer até onde o impacto do coronavírus pode chegar, mas já existem expectativas em relação ao impacto econômico. De acordo com a Genial, se a quarentena durar 40 dias o PIB nacional pode recuar 1,1%. No entanto, num cenário pior, onde haja quarentena de 70 dias, esses números podem chegar a 7,7%.