Faturamento da indústria cresceu em janeiro
Mesmo em meio à pandemia, faturamento da indústria cresceu em janeiro.
A pandemia do coronavírus não vem só ceifando vidas, mas também vem prejudicando drasticamente a economia. No entanto, um setor conseguiu superar as expectativas ruins e apresentar lucro recentemente. De acordo com os Indicadores Industriais divulgados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) na manhã de hoje (04), o faturamento da indústria cresceu em janeiro.
Segundo as informações que foram divulgadas, a atividade industrial fechou o mês de janeiro com um crescimento de 8,7% no faturamento do setor. Além disso, ficou registrado um nível mais alto que no mesmo período de 2020, antes de entrarmos na pandemia do Covid-19. Outro ponto que merece destaque é em relação às horas trabalhadas na produção, pois tiveram uma alta de 6,7%.
“A atividade industrial segue forte, refletindo a continuidade da trajetória de alta iniciada com a recuperação da atividade. Observamos altas, em alguns casos altas significativas, na comparação com janeiro do ano passado, quando a pandemia ainda não era uma realidade no Brasil”, afirmou Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI.
Como mencionado, o faturamento da indústria cresceu em janeiro, assim como as horas trabalhadas na produção. Esses números também chegaram aos trabalhadores, pois o rendimento médio dos mesmos acabou apresentando um aumento de 0,4% na comparação com janeiro do ano passado, além de ficar 5,6% à frente do último mês de 2020.
Endividamento de famílias chega em 66,5%
O endividamento de famílias chega em 66,5% em janeiro de 2021.
De acordo com os dados da Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, em janeiro deste ano, o endividamento de famílias chega em 66,5%.Esses dados foram divulgados nesta quinta-feira (18), através da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Dessa forma, o percentual de inadimplentes, das famílias com dívidas ou contas atrasadas chegou a 24,8%, ficando abaixo dos 25,2% de dezembro, mas acima dos 23,8% de janeiro de 2020.
Assim, as famílias sem condições de pagar as contas somam 10,9% do total, ficando abaixo dos 11,2% de dezembro, mas acima dos 9,6% de janeiro do ano passado.
“Com o fim do auxílio [emergencial] e o atraso no calendário de vacinação, as famílias de menor renda precisarão adotar maior rigor na organização do orçamento. Essa conjuntura faz o crédito ter papel ainda mais importante na recomposição da renda. É preciso seguir ampliando o acesso aos recursos com custos mais baixos, mas também alongar os prazos de pagamento das dívidas para manter a inadimplência sob controle” informou a economista e responsável pela pesquisa, Izis Ferreira.
Com isso, em janeiro deste ano o endividamento de famílias chega em 66,5%. Já o endividamento por conta de cartões de crédito chegou a 80,5%, ficando num patamar muito acima das porcentagens anteriores.
Ford está deixando o Brasil
Ford está deixando o Brasil e decisão gerou questionamentos sobre o futuro do país.
O começo desta semana chegou com uma notícia surpreendente: a Ford está deixando o Brasil. A empresa norte-americana, que está no país há mais de um século, irá fechar as três fábricas que ainda existem em terras tupiniquins. Conforme divulgado, a decisão foi tomada por conta da pandemia de coronavírus, que intensificou a queda nas vendas e aumentou significativamente o seu prejuízo.
“Com mais de um século na América do Sul e no Brasil, sabemos que estas são ações muito difíceis, mas necessárias, para criar um negócio saudável e sustentável”, disse Jim Farley, diretor executivo da Ford.
Ocorre, que o fechamento das fábricas de Tatuapé, Camaçari e Horizonte não caiu bem e gerou questionamentos sobre o futuro do país. Para o Ministério da Economia, será necessário melhorar o ambiente de negócios e avançar nas reformas estruturais para que o Brasil possa ser novamente atrativo para empresas e indústrias investirem.
“O Ministério da Economia lamenta a decisão global e estratégica da Ford de encerrar a produção no Brasil. A decisão da montadora destoa da forte recuperação observada na maioria dos setores da indústria no país, muitos já registrando resultados superiores ao período pré-crise”, diz o comunicado do ministério.
CNI e Fiesp
Assim como o Ministério da Economia, que aborda a parte de mudanças para reduzir o custo das empresas no país, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) também se manifestaram sobre o assunto. Além disso, cobraram ações do governo para que o Brasil não perca mais indústrias num futuro próximo, principalmente por conta da alta carga tributária.
“O Brasil tem que lutar para melhorar sua competitividade, pois, além das fábricas, há toda uma cadeia automotiva que inclui redes de concessionárias, fornecedores de partes e peças e diversos outros serviços. Essa decisão reforça a urgência de se avançar na agenda de competitividade e redução do custo Brasil”, disse Carlos Abijaodi, diretor de desenvolvimento industrial da CNI.
Enquanto isso, a Fiesp declarou que é uma notícia muito triste o fato da Ford estar deixando o Brasil, mas que existe a necessidade de mudanças no país para que consiga ser forte economicamente. Em nota, a Fiesp disse que “a alta carga tributária brasileira faz diferença na hora da tomada de decisões. O custo de cada automóvel produzido aqui, por exemplo, dobra apenas por conta dos impostos. Precisamos urgentemente fazer as reformas estruturais, baixar impostos e melhorar a competitividade da nossa economia para atrair investimentos e gerar os empregos de que o Brasil tanto precisa”.