Governo pretende reduzir IRPJ
Governo pretende reduzir IRPJ caso aprovada a retirada de isenções às empresas.
Já não mais novidade que a redução do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) (empresas, fundações, sociedades, igrejas, organizações não governamentais e partidos políticos) vem sendo discutido pelo governo. De acordo com Paulo Guedes, a redução poderá ser ainda maior caso o Congresso Nacional aprove o fim das isenções bilionárias que “poucas empresas recebem”.
No texto que foi inicialmente apresentado, a forma para reduzir o IRPJ seria de maneira escalonada. A redução seria de 5 pontos percentuais, caindo de 15% para 12,5% até o final do ano até chegar em 10% no final de 2023. Contudo, caso haja a aprovação do Congresso para o fim das isenções mencionadas, a redução do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica poderá chegar até 10 pontos percentuais.
O que diz Paulo Guedes?
“Já estamos reavaliando para uma redução imediata de cinco e, talvez, de até 10 pontos percentuais de queda imediata nas alíquotas cobradas das empresas, desde que consigamos aprovar a remoção de isenções bilionárias que, às vezes, beneficiam uma única empresa. O que estamos fazendo é tributar os rendimentos de capital e reduzindo a carga de empresas e assalariados. Encontramos uma nova base, que são os rendimentos de capital, que estavam isentos há 25 anos, ou seja, são justamente as pessoas que têm mais recursos as que neste período pagaram menos impostos do que as pessoas físicas. Chegamos a dados extremos, como, por exemplo, apenas 20 mil pessoas receberam R$ 280 bilhões em isenções”, disse o ministro Paulo Guedes.
O ministro da economia ainda falou sobre a importância de reduzir o Imposto de Renda da Pessoa Jurídica.
“Idealmente, deveríamos ir reduzindo o IRPJ, pois a pessoa jurídica é uma ficção. Enquanto o dinheiro estiver dentro das empresas, está gerando inovação, investimento, criação de emprego e renda, aumento de produtividade, melhores salários e treinamento. Dentro da empresa, o dinheiro deve ser cada vez menos tributado. É quando ele sai para a pessoa física que deve haver esta tributação”, concluiu o ministro.