Mineração em área indígena
Mineração em área indígena poderá afetar a Amazônia e a própria economia brasileira
A intenção do presidente Jair Bolsonaro em liberar uma área de 863 mil quilômetros quadrados para a mineração em área indígena pode afetar bastante o país. De acordo com uma pesquisa feita pela Universidade de Queensland (Austrália), a liberação da mineração em terras indígenas na Amazônia terá um custo muito alto, tanto na questão ambiental como na questão econômica.
Segundo Juliana Siqueira-Gay, líder da pesquisa internacional feita pela universidade australiana, é grande a preocupação com a liberação da extração de minerais no local previsto.
“Os territórios indígenas do Brasil são incrivelmente valiosos em termos sociais, ecológicos e econômicos. Eles constituem uma categoria única de áreas protegidas, cobrindo 1,2 milhão de quilômetros quadrados, ou 23% do que é legalmente reconhecido como a Amazônia”, disse Juliana.
Ainda de acordo com a pesquisadora, o governo brasileiro pretende gerar recursos através da mineração em área indígena, mas não compreendem que o prejuízo poderá ser muito maior. A perda poderá chegar a bilhões de dólares a cada ano, pois atingirá diretamente a produção de borracha, madeira e castanha-do-pará, além do aumento dos danos ao ecossistema local. Juntos, os segmentos mencionados geram um lucro de US$ 5,12 bilhões ao país.
“Os números são espantosos. É evidente que grande parte da Amazônia está ameaçada por esta proposta, incluindo a conservação de ecossistemas extremamente raros e a incrível diversidade dos grupos indígenas e suas culturas”, finalizou a pesquisadora.
Foram registradas duas mortes entre indígenas pelo coronavírus
A Funai está impedindo a entrada de qualquer pessoa que não seja índio, em terras indígenas em todo o Brasil
O coronavírus está afetando até os lugares as quais são considerados mais difíceis, as tribos indígenas. Isso porque, até o momento foram registradas duas mortes e outros seis casos confirmados pelo novo coronavírus. Essas informações são da Secretaria Especial da Saúde Indígena (Sesai).
A Funai está impedindo a entrada de qualquer pessoa que não seja índio, em terras indígenas em todo o Brasil, para evitar que o coronavírus se espalhe ainda mais dentro das tribos. Porém, a fiscalização é a mínima possível.
Além disso, os especialistas ressaltam que os índios são os mais vulneráveis a epidemias por conta das condições precárias a qual se encontraram, tanto socialmente quanto de saúde.
Somado a isso, semanada passada 115 instituições da Amazônia e de outras regiões do país se manifestaram diretamente ao governo, cobrando ações emergentes para com os índios contra o coronavírus (Covid-19).
Bolsonaro diz não ser contra proteger as terras indígenas
No entanto, o presidente criticou a forma com que são demarcadas as terras
Foi feito um evento para o anúncio da criação do Conselho da Amazônia, Bolsonaro diz ser a favor a proteger as terras indígenas. “ninguém é contra dar a devida proteção e terra aos nossos irmãos índios”. Além disso, Bolsonaro criticou a demarcação das terras indígenas feitas no país.
Somado a isso, o presidente ainda reforçou sobre o que já tinha falado, sobre a imagem negativa que o Brasil teria ficado no exterior sobre as proteções da floresta amazônica. Além disso, afirmou que há registro de altas nas queimadas. “Espero que possamos dar a devida resposta àqueles que nos criticam”, disse Bolsonaro. “Temos de ter capacidade de implementar políticas que mostrem que a Amazônia é nossa”, reforçou.
Augusto Heleno
Segundo o Ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, a Amazônia é propriedade dos brasileiros, reforçando o discurso da soberania nacional. No entanto, falou também que os cidadãos brasileiros tratam a Amazônia como país amigo. “A Amazônia é propriedade dos brasileiros, precisamos pensar grande”, disse Heleno.” Finalizou Heleno.
Força Nacional fica no Pará desocupar terras indígenas
A desocupação das terras é uma medida jurídica, de direito legal dos territórios dos Índios
A Força Nacional de Segurança Pública ficará mais 180 dias no Pará em apoio a Funai (Força Nacional do Índio). A partir do dia 28 de janeiro e será para resolver o problema de invasão da Terra Indígena Apyterewa, no Pará.
Nesta quarta-feira, essa medida foi autorizada e publicada no Diário Oficial da União (DOU), conforme a portaria do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Além disso, esse documento será de apoio logístico da Funai, que ajudará a Força Nacional como o apoio necessário.
Entretanto, a quantidade de militares ainda será definida pelo ministério, dessa forma obedecendo a um planejamento.
Além disso, a desocupação das terras é uma medida jurídica, de direito legal dos territórios dos Índios, na qual autoriza a desintrusão de invasores que não forem Índios.