Endividamento de famílias chega em 66,5%
O endividamento de famílias chega em 66,5% em janeiro de 2021.
De acordo com os dados da Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, em janeiro deste ano, o endividamento de famílias chega em 66,5%.Esses dados foram divulgados nesta quinta-feira (18), através da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Dessa forma, o percentual de inadimplentes, das famílias com dívidas ou contas atrasadas chegou a 24,8%, ficando abaixo dos 25,2% de dezembro, mas acima dos 23,8% de janeiro de 2020.
Assim, as famílias sem condições de pagar as contas somam 10,9% do total, ficando abaixo dos 11,2% de dezembro, mas acima dos 9,6% de janeiro do ano passado.
“Com o fim do auxílio [emergencial] e o atraso no calendário de vacinação, as famílias de menor renda precisarão adotar maior rigor na organização do orçamento. Essa conjuntura faz o crédito ter papel ainda mais importante na recomposição da renda. É preciso seguir ampliando o acesso aos recursos com custos mais baixos, mas também alongar os prazos de pagamento das dívidas para manter a inadimplência sob controle” informou a economista e responsável pela pesquisa, Izis Ferreira.
Com isso, em janeiro deste ano o endividamento de famílias chega em 66,5%. Já o endividamento por conta de cartões de crédito chegou a 80,5%, ficando num patamar muito acima das porcentagens anteriores.
Endividamento e inadimplência sofrem aumentos em junho
Efeitos da pandemia vem atingindo as famílias brasileiras
Os efeitos da pandemia vêm afetando cada vez mais o brasileiro. Prova disso, é que o percentual de famílias brasileiras endividadas e inadimplentes sofreu um aumento em junho. De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o percentual de endividados alcançou a marca de 67,1% neste mês, sendo o maior patamar desde 2010, quando a série foi iniciada. Já em relação aos inadimplentes, também houve um acréscimo nos números. A porcentagem atingiu a marca de 25,4% em junho, quase 2% a mais do que no mesmo período do ano passado.
O presidente da CNC, José Roberto Trados, falou sobre o assunto:
“Apesar do contexto negativo em relação ao mercado de trabalho e à renda, a inflação controlada e a queda da taxa Selic são fatores que podem favorecer o poder de compra dos consumidores. Além disso, as transferências emergenciais do coronavoucher também impactam positivamente a renda e o consumo, especialmente dos itens considerados essenciais” – disse.
Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, os mais afetados foram as famílias de baixa renda. Entre eles, o percentual de endividados cresceu de 67,4% em maio para 68,2% em junho. Em contrapartida, nas famílias que recebem mais de dez salários mínimos, houve queda nos números. Em maio a porcentagem apresentava 61,3% de endividados, já em junho baixou para 60,7%.
*Endividados – Com dívidas, em atraso ou não.
*Inadimplentes – Com dívidas ou contas em atraso.