Técnico do Nottingham Forest diz que golpe de criptomoedas sofrido por Gustavo Scarpa está afetando seu futebol
Golpe de criptomoedas sofrido por Gustavo Scarpa estaria afetando seu futebol segundo o técnico do Nottingham Forest.
Um dos assuntos mais comentados das últimas semanas no meio esportivo e no de ativos digitais é o golpe sofrido por jogadores do Palmeiras que investiram em criptomoedas. Entre eles está o meia Gustavo Scarpa, que atualmente defende as cores do Nottingham Forest, da Inglaterra. De acordo com Steve Cooper, técnico da equipe inglesa, o golpe sofrido por Scarpa está interferindo diretamente em seu futebol.
Em entrevista, o treinador afirmou que não poderia dar mais detalhes, pois não cabia a si falar dos problemas pessoais de Gustavo Scarpa. Porém, afirmou que o golpe sofrido pelo jogador acabou o afetando dentro de campo. Além disso, disse que todos estão apoiando o jogador e que a sua liberação para viajar ao Brasil foi justamente pensando no seu bem-estar.
“O que posso dizer a vocês é que ele tem alguns problemas pessoais para resolver e nós estamos dando todo o apoio a ele. Foi inclusive por isso que nós autorizamos sua viagem ao Brasil. Mas não acho que seja correto da minha parte dar os detalhes do que está acontecendo. Não creio nem que tenho autorização para isso, mas, de toda forma, não gostaria de fazer, porque é um problema pessoal dele. Portanto, antes de tudo, quero dizer que essa é a situação. Estamos dando o apoio ao Gustavo para tentar ajudá-lo neste momento. E é claro que o que vem acontecendo com ele afeta seu desempenho futebolístico e o fato dele estar disponível ou não (para os jogos). Essas coisas podem fugir do controle, é claro”, disse Steve Cooper.
O golpe envolvendo criptomoedas
Gustavo Scarpa, assim como Mayke e Weverton, então companheiros de Palmeiras no ano de 2022, investiram valores significativos em criptomoedas por meio da empresa Xland Holding Ltda. Os jogadores chegaram até a Xland por meio da WLJC Consultoria e Gestão Empresarial, empresa que pertence a William Bigode, também jogador de futebol e que teve passagem pelo Palmeiras.
Scarpa, que investiu aproximadamente R$ 6,3 milhões em criptomoedas, acusa as duas empresas de praticarem o golpe. Já William Bigode se defende que ele e sua sócia também foram vítimas da Xland Holding Ltda. O atacante, que atualmente joga no Fluminense, afirmou que perdeu R$ 17 milhões investidos. Já Mayke, que também é uma das vítimas, perdeu aproximadamente R$ 4 milhões. Os valores investidos por Weverton não foram divulgados.
Com sede em Rio Branco, no Acre, a Xland Holding é de propriedade de Jean Ribeiro e Gabriel Nascimento. Em nota, a empresa alegou que foi mais uma das vítimas da falência da FTX. Segundo a empresa, suas operações se davam na FTX e que acabou perdendo todo o dinheiro dos clientes com a quebra da corretora norte-americana. Porém, estão trabalhando para ressarcir seus clientes.
Reportagem divulga conversas de Gustavo Scarpa após sofrer golpe com criptomoedas
Gustavo Scarpa teve conversas divulgadas após sofrer golpe com criptomoedas.
O mercado de ativos digitais, principalmente criptomoedas, tem feito muitas vítimas. Recentemente, três jogadores do Palmeiras acabaram sofrendo golpes de uma empresa e estão buscando reaver os valores investidos. Entre as vítimas está o jogador Gustavo Scarpa, que atua no Nottingham Forest, da Inglaterra, mas à época do golpe vestia as cores do Palmeiras.
O meia acusa a WLJC Consultoria e Gestão Empresarial e a Xland Holding Ltda de “sumirem” com os R$ 6,3 milhões que investiu. O que mais chama a atenção é que a primeira empresa é de propriedade de William Bigode, seu amigo e ex-companheiro de Palmeiras. Em reportagem realizada pelo programa Fantástico, da Rede Globo, conversas entre Scarpa, William Bigode e os proprietários da Xland Holding foram divulgadas.
Em áudio enviado à William Bigode, Scarpa afirma estar triste, pois era quase todo o seu patrimônio, patrimônio de sua família e que havia confiado no ex-companheiro. Em contrapartida, o atacante, que atualmente defende o Fluminense, disse que também havia sido vítima e aconselhou o jogador do Nottingham Forest orar para receber os valores de volta.
“Estou triste, parça, de verdade. Estou triste porque é meu patrimônio. Sempre via as pessoas burras que caíam em pirâmide, essas coisas de estelionatários. E me ver numa situação dessa, para mim, está sendo horrível. É meu patrimônio quase todo. Eu não posso correr esse risco de perder”, disse Gustavo Scarpa.
Já William Bigode respondeu da seguinte maneira:
“Scarpinha, agora não tem nem mais questão de confiança, irmão. Questão que agora é orar. Fazer o que eu sei. Agora é esperar no senhor. Nunca tinha dado problema, nada. E você vai criando essa confiança. Metade do meu patrimônio. Você tá doido, tô aqui desesperado. Mas fica tranquilo que você vai, dentro dos seus direitos, óbvio, ter o dinheiro de volta. Fica tranquilo, tá bom, Scarpinha”.
O que diz a Xland Holding e seus proprietários
Com sede em Rio Branco, no Acre, a Xland Holding é de propriedade de Jean Ribeiro e Gabriel Nascimento. Em nota, a empresa alegou que foi mais uma das vítimas da falência da FTX. Segundo a empresa, suas operações se davam na FTX e que acabou perdendo todo o dinheiro dos clientes com a quebra da corretora norte-americana.
Os sócios da empresa ainda afirmaram que irão reembolsar os valores de Gustavo Scarpa, mas estão enfrentando dificuldades em meio aos processos judiciais que estão sofrendo. Ainda em nota, a Xland Holding afirmou que estava tentando negociar pedras preciosas com um uma instituição financeira para devolver os valores aos seus clientes. Contudo, nenhuma das informações prestadas possuem provas documentais.
Além de Gustavo Scarpa, os jogadores Mayke e Weverton, ambos do Palmeiras, foram vítimas da Xland Holding e da WLJC Consultoria e Gestão Empresarial. O lateral investiu aproximadamente R$ 4 milhões, enquanto os valores investidos pelo goleiro não foram divulgados. Já William Bigode alega que também foi vítima e perdeu mais de R$ 17 milhões, enquanto sua sócia teve um prejuízo de R$1,6 milhão.