Racionamento de energia não deve acontecer
De acordo com o ministro de Minas e Energia, racionamento de energia não deve acontecer no país.
Um dos assuntos mais comentados dos últimos dias no Brasil é referente à crise hídrica que o país vem enfrentando. De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a escassez de chuvas no país para a geração de energia é a pior em 91 anos, sendo que os reservatórios estão cada vez mais baixos. No entanto, o racionamento de energia, que chegou a ser cogitado, não irá acontecer.
Quem confirmou a situação foi Bento Albuquerque, ministro de Minas e Energias, porém isso não significa que o consumidor não sofrerá com impactos. De acordo com o ministro, por conta da necessidade de utilizar mais energia vinda de usinas termoelétricas, o consumidor irá pagar a mais por isso. Logo, para não existir o racionamento de energia, o brasileiro terá que pagar a mais pela mesma.
“Não trabalhamos com a hipótese de racionamento. No momento, em face da escassez hídrica, gerações de energia como térmica e outras vão aumentar o custo ao consumidor”, disse o ministro.
População tem que se conscientizar
Por outro lado, o fato de momentaneamente não existir um racionamento de energia, não significa que o brasileiro não tenha que se preocupar com a crise hídrica e com a economia de energia. Segundo Bento Albuquerque, o cidadão tem que se conscientizar quanto ao uso da energia, além disso, afirmou que isso fará a diferença na conta a ser paga no final do mês.
“Se sai de um ambiente, desliga a luz. Se pode não ligar o ar condicionado, não ligue o ar condicionado, procure usar a energia em casos extremamente necessários. Temos todos que ter essa consciência para que não só economizemos no sentido do uso de energia, mas também na conta que vamos pagar no fim do mês”, afirmou Bento Albuquerque.
A partir de setembro haverá aumento de 1,7% na carga de energia do Brasil
Isso são estimativas do NOS, expansão será mais forte nas regiões Sul e Norte, com crescimento de 5,5% e 4,8% respectivamente
Em setembro começar a crescer a carga de energia no Brasil em 1,7%. Na comparação com o ano passado no país, segundo as estimativas do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), na qual foram divulgadas nessa sexta-feira (30 de agosto).
A carga no chamado Sistema Interligado Nacional (SIN), deverá alcançar 66.368 MW médios. Como a expansão será mais forte no Sul e no Norte, na qual deverão apresentar alta de 5,5% e 4,8% em setembro, frente a frente do ano passado, para 11.4400 MW médios e 5.730 MW médios.
Já o subsistema Sudeste/Centro-Oeste, principal centro de carga do País, deve apresentar leve crescimento, de 0,6%, na mesma comparação, para 38.352 MW médios. No Nordeste, o aumento será ainda mais brando, de 0,4%, para 10.886 MW médios.
Hidrologia:
A hidrologia deve seguir abaixo da média histórica para agosto em todo o País. Visto que, setembro ainda corresponde a um período sazonalmente de fraca incidência de chuvas, mas as afluências previstas estão em volumes ainda mais baixos.
De acordo com o ONS, a ENA (Energia Natural Afluente) na região Sudeste, considerada a caixa d’água do País, deve ficar em 74% da média de longo termo (MLT) para o período, enquanto no Sul o volume de água que chegará aos reservatórios chegará a 55% da média de longo termo, no Nordeste, o porcentual é de 43% da MLT para setembro e no Norte, de 69%.
Segundo as afluências esperadas, o nível dos reservatórios deve cair em todas as regiões. No Sudeste, a queda deve ser de 7,1 pontos porcentuais (p.p.), passando dos atuais 39,7% para 32,6% ao fim de setembro, enquanto o Sul a queda deverá ser de 4,9 p.p., para 49,1%. No Nordeste o recuo esperado é de 5,5 p.p., para 43,2%, enquanto no Norte a baixa é de 17,3 p.p., para 47,7%.
CMO:
Diante das projeções feitas, o ONS calculou um Custo Marginal de Operação (CMO) em R$ 192,83 por megawatt-hora (MWh) na média da primeira semana operativa de setembro (entre 31 de agosto e 6 de setembro) para os subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Sul, o que corresponde a uma queda de 19% ante os R$ 238,27/MWh da semana passada.
Para os subsistemas Norte e Nordeste, o CMO para a próxima semana foi estabelecido em R$ 191,25/MWh, ligeiramente acima dos R$ 190,87/MWh no Nordeste e dos R$ 194,38/MWh no Norte.
O CMO é utilizado como referência para a definição do PLD, indicador que deve ser divulgado esta tarde pela CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica). O PLD é uma das variáveis que determinam a cor da bandeira a ser acionada no próximo mês, isso também deve ser divulgado nas próximas horas.