Pix Automático já tem data de lançamento
O Banco Central já estipulou uma data para o lançamento do Pix Automático, que deve ocorrer no ano que vem.
Nesta quarta-feira (21), o Banco Central anunciou que o Pix Automático deve ser lançado em abril de 2024. Essa função servirá para que pagamento sejam realizados com recorrência automática, visando o pagamento de contas de telefone, luz, escola, academia, condomínio, serviços de streamings, seguros e clubes por assinatura.
O usuário que desejar fazer o uso da nova função terá de solicitar uma autorização prévia, para que os pagamentos comecem a ser pagos de forma automática. Isso facilita a transação, já que não precisará da autenticação do cliente.
Para as pessoas que buscam a autorização, basta acessar o aplicativo do banco, com o QR Code ou através do Pix Copia e Cola. Essa autorização também pode ser cancelar no momento desejado pelo usuário, sem burocracias.
O Banco Central informou através de sua nota oficial, que o Pix Automático será direcionado a empresas de qualquer porte e segmento.
“A novidade irá ampliar o leque de alternativas disponíveis para que empresas de todos os tipos e segmentos recebam seus pagamentos recorrentes. Atualmente, o débito automático, por exemplo, depende de convênios bilaterais com múltiplas instituições, gerando complexidade operacional e custos elevados, o que restringe o serviço a grandes empresas, geralmente prestadoras de serviços públicos. Por outro lado, os pagamentos recorrentes no cartão de crédito não são acessíveis a parte relevante da população”, diz o BC através da nota.
Ainda de acordo com o Banco Central, o Pix Automático será sem taxas para o pagador. Já as empresas, recebem a tarifa no momento do ato. O pagador também conta com a função de limitar o valor da parcela que será paga.
5 milhões de empresas fecharam desde a pandemia
Um pouco mais de 5 milhões de empresas que foram abertas na pandemia já encerram suas atividades.
Na pandemia da Covid-19, cerca de 10 milhões de novas empresas foram abertas no Brasil e desde então, mais de 5 milhões delas já encerram suas atividades. Esses dados são da Plataforma Neoway, da empresa B3 de Big Data Analytics e Inteligência Artificial para empresas.
O setor de serviços foi o mais afetado pela economia e o fechamento das empresas desde a pandemia chegou a 65%, o que representa 2,8 milhões de negócios fechados. Já o setor do comércio, teve 1,3 milhão de empresas fechadas, seguido pela indústria, com 303 mil empresas encerradas.
Segundo os dados da pesquisa, o microempreendedor individual (MEI), foi quem apresentou o maior número de encerramentos, chegando a um total de 80%, representando 3,2 milhões de empresas.
Ainda de acordo com o levantamento, o estado com de São Paulo que mais teve fechamento de empresas desde a pandemia, seguido por Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e o Rio Grande do Sul.
“Esses dados confirmam a percepção de que negócios com baixa maturidade empresarial têm menos condições de competir no mercado e estão mais propensos a fechar as portas.” disse a VP de Marketing da Neoway, Fernanda Baggio.
Que completou: “É de suma importância identificar os níveis em que as companhias estão. Isso será fundamental para entender seus desafios e definir caminhos e soluções adequados aos seus obstáculos de crescimento.”
Micro e pequenas empresas geraram mais empregos
Micro e pequenas empresas foram as que mais geraram empregos em outubro.
Que o país sofre com o alto número de desempregados não é uma novidade, mas, ainda assim, outubro registrou a criação de mais de 250 mil postos de trabalho. O que mais chamou a atenção nesses números é que 201,7 mil novos empregos foram gerados por micro e pequenas empresas, o que significa que quase 80% dos empregos gerados no mês foram de empresas de menor porte.
Os números foram divulgados pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), tendo como base os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). A alta porcentagem chama a atenção, pois nos últimos meses a média de empregos gerados por micro e pequenas empresas permanecia na casa dos 70%. Carlos Melles, presidente do Sebrae, falou sobre o assunto.
“Mesmo com um quantitativo menor do que o observado nos últimos meses, devido à mudança de metodologia, os pequenos negócios são os que mais têm ajudado no aumento da criação dos novos postos de trabalho no país. São eles os grandes responsáveis pelo sustento de milhões de famílias brasileiras”, disse Melles.
No entanto, não são apenas os números de outubro que chama a atenção, pois no acumulado do ano as micro e pequenas empresas também mostraram força na criação de empregos. Em 2021, foram gerados 2,6 milhões, sendo que 1,9 milhão são oriundos das MPE. Em contrapartida, apenas 590 mil novos postos de trabalho foram gerados por médias e grandes empresas.
Os seguimentos de serviços, comércio, indústria da transformação e construção civil foram os que mais contrataram trabalhadores neste periodo.