Azul e Gol assinam acordo para fusão

Duas das maiores companhias aéreas do Brasil, Azul e Gol assinam acordo de fusão.
A Azul Linhas Aéreas Brasileiras e a Abras, dona da Gol Linhas Aéreas, emitiram um comunicado muito importante para o setor da aviação. As empresas confirmaram que assinaram um memorando para começar a trabalhar na fusão das duas companhias. De acordo com as informações divulgadas, as negociações continuarão a partir do mês de abril, após processo de reestruturação da Gol.
Para Silvio Costa Filho, ministro de Portos e Aeroportos do Brasil, a fusão entre Azul e Gol pode ser muito benéfica para o país, principalmente no quesito redução no preço das passagens aéreas. Por outro lado, o ministro ressaltou que a fusão precisará da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão responsável por impedir que haja um preço abusivo nas passagens aéreas.
“Temos também a Anac e a imprensa fazendo papel de fiscalização. Acredito que o Cade não vai permitir movimento errado nesta fusão. Mas vamos aguardar”, disse o Costa Filho.
Caso a fusão da Azul e da Gol seja confirmada, ambas as empresas seguirão atuando no mercado aéreo com as suas marcas. A grande diferença é que as companhias continuarão a existir de forma independente, mas poderão compartilhar aeronaves, com uma companhia fazendo voos da outra, de modo a aumentar a ligação entre grandes cidades e destinos regionais. A princípio não serão feitos novos investimentos e a fusão engloba os ativos atuais das duas empresas.
Sony lança blockchain

Blockchain da Sony será focada em entretenimento.
A Sony lançou oficialmente a sua mais nova blockchain. A Soneium, sua rede de segunda camada baseada no Ethereum, terá como foco o entretenimento. Antes do lançamento, a empresa testou durou quatro meses a sua nova tecnologia e atraiu mais de 14 milhões de usuários, comprovando o sucesso do seu produto.
Criada pela subsidiária Sony Block Solutions Labs (Sony BSL), a plataforma foi desenvolvida para facilitar as interações com blockchain entre criadores e seus públicos, oferecendo ferramentas como sistemas de engajamento de fãs baseados em NFTs e um programa de incubação chamado Soneium Spark. De acordo com os dados da Blockscout, a plataforma processou cerca de 47 milhões de transações durante o seu período de testes, que teve início em agosto de 2024.
“Soneium é para todos. Há a necessidade de criar uma camada de entretenimento sobre a Web3 como a camada financeira. O plano é integrar pessoas comuns para que utilizem a tecnologia sem necessariamente entender a Web3. Acredito que a criatividade transcende muitas barreiras”, disse Sota Watanabe, diretor da Sony BSL.
De acordo com o comunicado do projeto lançado pela Sony, a Soneium foi desenvolvida com a tecnologia de rede de segunda camada do Ethereum, fornecida pela Optimism Foundation e utiliza o OP Stack e a arquitetura Superchain para oferecer uma blockchain que desperta emoção e fortalece a criatividade dos usuários.
Receita Federal afirma que não haverá cobrança por PIX

Além de confirmar que o PIX não será cobrado, Receita Federal também diz que não haverá imposto para este tipo de transação.
A nova política de fiscalização das transações via PIX tem sido alvo de debate entre os brasileiros, muito por conta da falta de informação e por conta das “Fake News”. Uma onda de informações falsas sobre a cobrança para realizar PIX e sobre a aplicação de impostos fez com que a Receita Federal do Brasil se manifestasse sobre o assunto, negando as falsas informações que circularam.
“Não existe cobrança por PIX, cobrança de imposto ou taxa sobre PIX. Isso não existe e jamais vai existir, porque a Constituição Federal veda a cobrança de qualquer tributo sobre movimentação financeira”, diz a nota da Receita Federal.
Outro ponto que vinha sendo discutido seria sobre uma possível fiscalização das transações via PIX realizada pelos brasileiros. De acordo com a Receita Federal, os cidadãos não terão suas transações fiscalizadas, sendo que apenas operações suspeitas serão analisadas, não o monitoramento de trabalhadores informais ou pequenos empreendedores.
“A Receita Federal não tem nenhum interesse em saber o detalhamento, quantos PIX você recebeu e quem passou para você, onde você gastou o seu dinheiro. Nada disso é informado. Quem precisa da atenção da Receita Federal é quem utiliza esses novos meios de pagamento para ocultar dinheiro ilícito, as vezes decorrente de atividade criminosa, de lavagem de dinheiro. O foco da Receita Federal é para eles. Não é para você, trabalhador, pequeno empresário”, disse Robinson Barreirinhas, secretário da Receita Federal.
Vale destacar que a Constituição Federal assegura que nenhum tributo pode ser criado sobre movimentações financeiras sem uma emenda constitucional, tampouco a aplicação de taxas para as operações financeiras.
Tesouro dos EUA está em busca de especialista em criptomoedas

Especialista em criptomoedas que irá atuar no Tesouro dos Estados Unidos poderá receber até mais de R$ 1 milhão por ano.
O avanço dos ativos digitais e a grande valorização do Bitcoin faz com que até mesmo as grandes potências econômicas comecem a ver com bons olhos o uso de criptoativos. Prova disso é que o Tesouro dos Estados Unidos (EUA) está contratando um especialista em criptomoedas. O salário do profissional poderá variar de R$ 860 mil e R$ 1,12 milhão (US$142,488 e US$185,234) por ano.
O especialista a ser contratado pelo Tesouro dos EUA terá como principais funções analisar possíveis crimes envolvendo transações financeiras e sua atuação será a nível global. Além disso, o profissional também terá de observar riscos para país e ajudar a impor sanções em caso de fraudes e crimes que envolvam criptomoedas e outros ativos digitais.
O foco da contratação está em transações que envolvem moeda fiduciária ou ativos virtuais, ou seja, as próprias criptomoedas. O contratado pelo Tesouro dos EUA também representará o FinCEN em reuniões com outros órgãos do Tesouro norte-americano, com agências governamentais e com parceiros internacionais. Além de ter que coordenar ações para combater ameaças financeiras ilícitas, também deverá atuar com o setor privado e autoridades estrangeiras.
As inscrições para o cargo estão abertas até o dia 8 de janeiro de 2025 e as informações podem ser analisadas através do link https://www.usajobs.gov/job/825917200.
Novo salário mínimo já está em vigor

Novo salário mínimo entrou em vigor no dia 1º de janeiro.
Desde a última quarta-feira, 1º de janeiro, o Brasil passou a contar com um novo salário mínimo. O novo valor é de R$ 1.518, o que representa um acréscimo de R$ 106 em relação ao valor de 2024, que era de R$ 1.412. De acordo com o governo federal, o reajuste reflete a reposição de 4,84% da inflação acumulada nos 12 meses até novembro do ano passado (medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor) e um ganho real adicional de 2,5%.
O aumento está em conformidade com a nova regra aprovada pelo Congresso Nacional, que estabelece que a atualização do salário mínimo siga os limites definidos pelo novo arcabouço fiscal. Conforme essa norma, válida de 2025 a 2030, o salário mínimo terá aumento real entre 0,6% e 2,5%. De acordo com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), pela regra anterior, o reajuste incluiria a reposição da inflação somada a 3,2%, correspondente à variação do Produto Interno Bruto (PIB) de 2023.
A aplicação do reajuste menor impactará diretamente os rendimentos de cerca de 59 milhões de pessoas que têm sua remuneração vinculada ao salário mínimo. Isso inclui empregados formais, trabalhadores domésticos, autônomos, empregadores e beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
É importante destacar que com a nova política de reajuste do salário mínimo o governo federal vai economizar R$ 110 bilhões até 2030, sendo que R$ 2 bilhões são previstos já para o ano de 2025.
Criadores de NFTs são processados por fraude

Além do processo por fraude, criadores de NFTs podem pegar 20 anos de prisão.
Dois criadores de NFTs de 23 anos, identificados como Gabriel Hay e Gavin Mayo, foram formalmente denunciados pela justiça norte-americana por envolvimento em um esquema de fraude com projetos de NFTs e criptomoedas. De acordo com as informações obtidas pelo Giro Econômico, os jovens teriam gerado perdas superiores a US$ 22 milhões (cerca de R$ 135 milhões) em investidores.
“Gabriel Hay e Gavin Mayo supostamente fraudaram investidores em projetos de ativos digitais em dezenas de milhões de dólares e ameaçaram um indivíduo que tentou expor seus papéis nesses esquemas fraudulentos. Os fraudadores aproveitam novas tecnologias e produtos financeiros para roubar o dinheiro arduamente ganho dos investidores. O departamento está comprometido em proteger os investidores e continuará a trabalhar com nossos parceiros de aplicação da lei para erradicar fraudes envolvendo criptomoedas e outros ativos digitais e levar os infratores à justiça”, disse Nicole M. Argentieri, procuradora-adjunta e chefe da Divisão Criminal do Departamento de Justiça.
Tanto Hay como Mayo são acusados de liderar projetos fraudulentos de ativos digitais, incluindo NFTs, que enganaram milhares de compradores. Conhecido como “rug pull”¸ o golpe tratava de criar projetos de criptomoedas falsos, arrendar dinheiro com investidores e abandonar o projeto. De acordo com a justiça norte-americana, dois projetos identificados como “Vault of Gems” e o “Faceless” estavam na lista, sendo que eles garantiam retornos milionários aos investidores.
Caso condenados, os jovens podem pegar até 20 anos de prisão. As investigações contra os suspeitos foram conduzidas pelo Homeland Security Investigations (HSI), com o apoio do Departamento de Justiça dos Estados Unidos e de outros órgãos.
Dólar apresenta nova alta

Mercado financeiro é impactado por incertezas internas e externas, com dólar em alta e bolsa em queda.
Com a liquidez reduzida no Brasil e as incertezas no cenário internacional, o dólar voltou a se aproximar dos R$ 6,20, impulsionando uma queda superior a 1% na bolsa, que atingiu o menor nível em seis meses.
Na segunda-feira (23), o dólar comercial encerrou o dia cotado a R$ 6,186, com alta de R$ 0,114 (+1,87%). A moeda abriu o pregão a R$ 6,11 e seguiu em alta ao longo da sessão, alcançando sua máxima de R$ 6,20 por volta das 15h30.
Diferente de outros dias recentes, o Banco Central (BC) optou por não intervir no mercado cambial. Contudo, logo após o fechamento do mercado, a autoridade monetária anunciou que venderá US$ 3 bilhões à vista na quinta-feira (26). Esses recursos serão retirados das reservas internacionais e, ao contrário dos leilões de linha, não serão recomprados pelo BC.
O mercado acionário também enfrentou um dia de tensão. O Ibovespa, índice da B3, caiu 1,09%, encerrando o dia aos 120.767 pontos, o menor nível desde 20 de junho.
Com o recesso parlamentar e a semana encurtada por feriados, o volume de negócios foi baixo, com os mercados influenciados, principalmente, pelos eventos internacionais. O dólar teve um desempenho positivo globalmente, com investidores absorvendo o comunicado do Federal Reserve (Fed), que indicou uma perspectiva de menores cortes de juros nos Estados Unidos em 2025.
Além disso, o câmbio no Brasil foi impactado pela saída de recursos, um movimento típico de final de trimestre, quando as multinacionais transferem lucros para o exterior.
A pesquisa semanal Boletim Focus, divulgada na segunda-feira, revelou uma piora nas expectativas para a inflação e as taxas de juros em 2025. O resultado dessa pesquisa pressionou as taxas futuras de juros, influenciando negativamente o desempenho da bolsa de valores.
Fonte: Reuters
Investidor esquece senha e perde R$ 515 em Bitcoin

A Trágica Perda de Bitcoin: Um Alerta Para Todos.
A comunidade de criptomoedas foi profundamente impactada por uma história que ilustra os riscos de não adotar práticas rigorosas de segurança. Um investidor, que havia acumulado cerca de 515 mil reais em Bitcoin (aproximadamente 0,88 BTC), perdeu seus fundos após esquecer a senha de sua carteira digital. Esse incidente, compartilhado através de uma postagem detalhada no X (antigo Twitter), destaca a importância de proteger de forma eficaz os ativos digitais.
“Estou completamente devastado por ter perdido o acesso à minha carteira de Bitcoin. Esta é a minha história”, começou o investidor, que usou sua própria experiência como um importante alerta para outros. Com o objetivo de acumular 1 BTC, ele iniciou sua jornada em 2020, comprando a criptomoeda tanto durante os momentos de alta, quando o preço alcançou US$ 69 mil, quanto nas quedas, como quando caiu para US$ 16 mil.
Vender nunca foi uma opção para ele, que acreditava que o Bitcoin seria a chave para sua segurança financeira a longo prazo. “O Bitcoin era minha aposentadoria”, afirmou, enfatizando a crença de que a criptomoeda, com sua descentralização, poderia garantir um futuro financeiramente estável. Sem um plano de aposentadoria tradicional, ele confiava no Bitcoin como seu principal ativo para alcançar a independência financeira.
A confiança do investidor era tanta que ele decidiu investir todas as suas economias na moeda digital, acreditando que, em 10 ou 20 anos, estaria financeiramente seguro. No entanto, o problema começou quando decidiu transferir seus bitcoins de uma carteira Ledger Nano S para uma Jade Wallet. Durante o processo, ele não se atentou a um detalhe crucial: o Ledger Nano S só permite três tentativas de inserção incorreta do PIN antes de realizar um reset de fábrica. Após cometer o erro nas três tentativas, o dispositivo foi resetado.
A Busca Desesperada e o Desespero
Com o dispositivo resetado, a única maneira de restaurar o acesso seria usando a frase-semente (seed), uma sequência de palavras que serve para recuperar carteiras de criptomoedas. Convencido de que havia guardado a seed em um local seguro, o investidor iniciou uma busca frenética por seu apartamento, revisando cada canto possível.
Ele revistou sapatos, gavetas, armários e bolsos de jaquetas, mas a seed permanecia inacessível. Sem ela, o acesso aos seus bitcoins foi perdido, o que gerou um desespero profundo. “Passei o fim de semana todo procurando, e a maior parte da semana sem esperança”, escreveu ele, descrevendo o impacto emocional da situação.
Frustração e Determinação para Recomeçar
A perda foi devastadora não apenas financeiramente, mas também emocionalmente. Conhecido por inspirar outras pessoas em sua profissão, o investidor compartilhou sua frustração, revelando sentimentos de desmotivação. “Com o Bitcoin, eu sabia que estaria seguro financeiramente em 10 a 20 anos. Agora, tudo parece sem propósito”, desabafou.
No entanto, ele deixou claro que não desistirá. “Já caí muitas vezes e sempre me levanto. Não há resiliência sem adversidade”, afirmou, prometendo seguir em frente. Ele viu na experiência uma lição importante e usou sua história para alertar outros investidores sobre a importância de adotar práticas seguras de armazenamento de criptomoedas.
Transformando a Tragédia em Lições para a Comunidade
A mensagem do investidor se espalhou rapidamente na comunidade de criptomoedas, gerando um intenso debate sobre as medidas de segurança a serem adotadas. Muitos usuários compartilharam suas próprias experiências, sugerindo estratégias como manter cópias redundantes da seed em locais seguros, utilizar cofres físicos e até contratar serviços especializados em recuperação de carteira.
Embora tenha perdido quase 1 Bitcoin, o investidor segue em sua jornada. Com a mesma determinação que o levou a investir inicialmente, ele garantiu que continuará comprando Bitcoin, aprendendo com seus erros e reforçando a necessidade de responsabilidade no gerenciamento desses ativos digitais.
Lula diz que não irá interferir na nova gestão do Banco Central

Em vídeo ao lado no novo presidente do Banco Central, Lula afirma que o governo não vai interferir nas decisões.
A partir do dia 1º de janeiro o Banco Central terá como presidente Gabriel Galípolo. Em vídeo divulgado nesta sexta-feira (20) ao lado do próprio Galípolo além dos ministros Fernando Haddad, da Fazenda; Simone Tebet, do Planejamento e Orçamento, e Rui Costa, da Casa Civil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o governo não irá interferir na gestão do Banco Central.
“Eu quero que você saiba que jamais haverá da parte da Presidência qualquer interferência no trabalho que você tem que fazer no Banco Central. oje, nós estamos oferecendo um presente, uma novidade ao Brasil. Esse jovem chamado Galípolo está assumindo a presidência do Banco Central. Queria dizer para o Galípolo que seguimos mais convictos do que nunca que a estabilidade econômica e o combate à inflação são as coisas mais importantes para proteger o salário e o poder de compra das famílias brasileiras. Tomamos as medidas necessárias para proteger a nova regra fiscal e seguiremos atentos à necessidade de novas medidas”, disse Lula ao se dirigir à Galípolo.
Gabriel Galípolo, que irá assumir o lugar de Campos Neto no comando do Banco Central, é ex-secretário de Economia e de Transportes do governo de São Paulo e também já trabalhou na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), no Centro Brasileiro de Relações Internacionais e no Banco Fator, instituição que fundou. Em 2023, assumiu o cargo de secretário-executivo do Ministério da Fazenda, até ser indicado e aprovado para a diretoria de Política Monetária do Banco Central, cargo que ocupa desde julho do ano passado.
Hacker brasileiro é preso por fraude em corretora de Bitcoin

Operação CryptoLand desmantela fraude de Bitcoin e prende hacker no Rio de Janeiro.
A Polícia Federal do Rio de Janeiro, em parceria com o Ministério Público, prendeu um hacker brasileiro acusado de invadir uma corretora de Bitcoin com sede em Nova Iorque. A prisão aconteceu durante a Operação CryptoLand, uma ação voltada para a investigação de uma fraude cibernética de grande escala que envolvia o desvio de milhões de dólares. A corretora alvo da invasão não teve o nome divulgado, pois as autoridades preferem manter o sigilo sobre o caso para não comprometer o andamento da investigação.
Na manhã da última quinta-feira (19), um mandado de prisão e três mandados de busca e apreensão foram cumpridos, autorizados pela Justiça Criminal do Rio de Janeiro. Embora o hacker tenha sido identificado, sua identidade continua em sigilo, assim como o nome da corretora afetada, para preservar a integridade das investigações.
O hacker teria explorado uma falha de segurança no sistema da corretora, realizando mais de 600 transações de swap de criptoativos em um curto período de apenas 10 horas. A fraude resultou no desvio de aproximadamente US$ 2,36 milhões (cerca de R$ 14,7 milhões). A investigação revelou também transações envolvendo cerca de US$ 30.481.601,35 (aproximadamente R$ 190 milhões), realizadas sem justificativas legais, o que gerou ainda mais suspeitas sobre a origem e os objetivos das movimentações.
A operação contou com o apoio da 2ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada do Núcleo Rio de Janeiro, da Coordenadoria de Segurança e Inteligência do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (CSI/MPRJ) e da Delegacia de Repressão aos Entorpecentes (DRE) da Polícia Federal. As investigações utilizaram técnicas avançadas de rastreamento e análise de blockchain, o que foi essencial para identificar e documentar as movimentações ilegais de criptoativos.
Os promotores responsáveis pelo caso, Fabiano Cossermelli Oliveira e Diogo Erthal, destacaram a importância das ferramentas de rastreamento utilizadas, além de enfatizarem o papel crucial da transparência das blockchains. A imutabilidade das informações armazenadas nas blockchains foi fundamental para a progressão da investigação, permitindo um mapeamento preciso dos fluxos de ativos virtuais e a identificação da fraude.
As investigações também contaram com a colaboração de empresas prestadoras de serviços de criptoativos em diversos países. As exchanges cumpriram as medidas cautelares impostas pela Justiça brasileira, contribuindo de forma significativa para o andamento das investigações. Segundo os promotores, essa cooperação internacional é um exemplo de como o estreitamento de laços entre o Ministério Público e as exchanges pode garantir a aplicação efetiva da lei, especialmente em um mercado de criptoativos global e altamente dinâmico.
Além disso, é importante ressaltar que o mercado de criptomoedas no Brasil tem atraído o interesse crescente de empresas internacionais, como a Coinbase, que recentemente expandiu suas operações para o país. Este movimento reflete a crescente relevância do Brasil no cenário global do mercado de criptoativos, o que torna ainda mais importante o trabalho das autoridades para garantir a segurança dos investimentos e a integridade do mercado.
O caso também ilustra a necessidade de maior regulação e monitoramento do mercado de criptomoedas, dado o aumento de crimes cibernéticos envolvendo criptoativos. A luta contra fraudes digitais no Brasil exige esforços contínuos das autoridades, além de um diálogo constante entre o Ministério Público, a Polícia Federal e as empresas do setor. A Operação CryptoLand representa uma resposta eficaz às ameaças crescentes desse tipo de crime e um passo importante na proteção dos investidores e da integridade do mercado financeiro digital.
Com informações do MPRJ.