Bolsonaro nega ter responsabilidade por crise econômica
Mesmo com país passando por uma crise econômica, Bolsonaro nega sua responsabilidade.
É bem verdade que a economia está, aos poucos, começando a voltar ao normal, mas isso não muda o fato de o Brasil estar vivendo uma forte crise econômica. A população brasileira vem sofrendo cada vez mais com a alta no preço dos combustíveis, da energia e dos alimentos, tanto que o índice de pobreza e fome no país subiu significativamente. Em meio a esse turbilhão, o presidente da república, Jair Bolsonaro, nega ter responsabilidade pelo que vem acontecendo e se mostrou tranquilo quanto às críticas.
“O tempo todo eu sou o responsável por tudo, se é assim, ache um cara melhor, sem problema nenhum. Tem muita gente boa candidata por aí. Vou cumprir meu mandato, sem problema nenhum, fazer o que é possível”, disse o presidente.
Responsabilidade dos estados e municípios
Como de costume, Jair Bolsonaro atacou os governos estaduais e municipais por terem adotados medidas restritivas no combate ao coronavírus, afirmando que a responsabilidade pela crise econômica é dos governantes mencionados. Segundo o presidente, o país está pagando a conta do “fica em casa”, como chama as medidas restritivas que foram adotadas para tentar reduzir o número de contaminados pelo Covid-19.
“Os problemas existem, o que é duro é a incompreensão. Muitos de vocês apoiaram ficar em casa, agora a conta chegou. E não chegou toda a conta, ainda, vai chegar mais. Combustível, energia elétrica, alimentação. Agora, a pior coisa que tem é desesperar, é achar uma pessoa responsável por seu insucesso. Responsável é quem adotou essa política”, concluiu o presidente.
Em ano pré-eleitoral e com a sua popularidade caindo, Bolsonaro se apega à criação do Auxílio Brasil, que irá substituir o Bolsa Família, para tentar conter a queda em seus apoiadores. O auxílio, que deve entrar em vigor em 2022, poderá alcançar os R$ 400 mensais, valor este sendo destinado às famílias de baixa renda. O benefício será parcialmente financiado com dinheiro fora do teto de gastos, a regra que limita o avanço dos gastos públicos à inflação.
Empresas poderão solicitar aumento na carência do Pronampe
De acordo com o Ministério da Economia, empresas poderão solicitar aumento na carência do Pronampe.
Os empresários vêm sofrendo bastante com a crise econômica que existe por conta da pandemia do coronavírus. Contudo, uma boa notícia acabou chegando para o setor e deverá ajudar bastante num período como este. De acordo com o Ministério da Economia, empresas poderão solicitar aumento na carência do Pronampe. Assim, o prazo para o pagamento ficará estendido de oito para onze meses aos interessados.
Em assembleia realizada ontem (08), os cotistas do Fundo de Garantia de Operações (FGO) acabaram aprovando a mudança no texto do regulamento. Desta forma, as empresas que tiverem interesse em realizar o aumento do prazo de carência para iniciar o pagamento do Pronampe deverão procurar as instituições financeiras com que obtiveram o crédito.
O que é Pronampe?
Como visto as empresas poderão solicitar o aumento na carência para o início do pagamento do Pronampe, mas vocês sabem o que é isso? O Pronampe nada mais é que o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte. O programa foi criado no último ano, em meio à pandemia, visando auxiliar financeiramente os pequenos negócios.
“Originalmente, o Pronampe permitiu que o empreendedor tomasse até 30% do seu faturamento anual em empréstimos com as seguintes condições: prazo de pagamento de 36 meses, carência de até oito meses e taxa de juros de, no máximo, Selic + 1,25%. As instituições financeiras que aderiram ao Programa puderam requerer a garantia do Fundo Garantidor de Operação (FGO), regido pela Lei nº 12.087/2009, em até 100% do valor da operação”, explicou o Ministério da Economia.
Segundo os dados divulgados pelo Ministério da Economia, quase 520 mil micros e pequenos empreendedores aderiram ao programa. No total, mais de R$ 37 bilhões foram liberados em empréstimos aos empresários.
Vendas de veículos tiveram queda em 2020
De acordo com a Fenabrave, vendas de veículos tiveram queda em 2020.
O ano que passou ficará marcado na história, pois foi quando se instalou uma pandemia que até hoje não chegou ao fim. Os problemas causados por ela são notórios, pois muitas pessoas perderam a vida, além de ter afetado drasticamente a economia global. No Brasil, por exemplo, as vendas de veículos tiveram queda em 2020.
Os dados, que foram divulgados hoje (05) pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), mostram como a retração no comércio de veículos novos atingiu o país. No geral, a venda de veículos zero quilômetro representou uma queda de 21,6% se comparado ao mesmo período de 2019. Isso significa que foram emplacados 3,16 milhões de veículos no ano que passou, abaixo dos 4,03 que foram emplacados em 2019.
Se tratando de automóveis, a retração alcançou a marca de 28,5%, ou seja, foram comercializados 1,61 milhão de carros em 2020, porém, em 2019, as vendas atingiram 2,26 milhões. Quem também sofreu com a crise econômica foi o setor das motocicletas, onde foi notória a queda nas vendas. Segundo a Fenabrave, foram vendidas 915,5 mil motocicletas em 2020, ou seja, uma queda de 15% em relação à 2019.
Como vimos, as vendas de veículos tiveram queda em 2020 no Brasil, sendo que o setor dos pesados também sofreu com a pandemia. Os ônibus, por exemplo, registaram uma queda de 33% nas vendas, o que significa a comercialização de 18,2 mil unidades durante todo o último ano. Já os caminhões, apresentaram uma retração de 12,3%, totalizando aproximadamente 90 mil veículos emplacados em 2020.
Venda de veículos automotores teve leve alta
Venda de veículos automotores teve leve alta de outubro para novembro
O país vem tentando se reerguer em meio à crise econômica causada pelo coronavírus. O setor automotivo, apesar de registar perdas no ano, vem conseguindo, aos poucos, se reerguer. Prova disso é que a venda de veículos automotores teve leve alta de outubro para novembro. Os dados foram divulgados pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), que teve como base o Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam).
De acordo com a federação, foram comercializadas 334.356 unidades de veículos automotores (automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas, e implementos rodoviários) em novembro. Este número é 3,18% menor que a quantidade vendida no mesmo mês de 2019, porém representa uma alta de 0,45% se comparado ao último mês de outubro.
“Mesmo com novembro tendo um dia útil a menos (20 dias), em relação a outubro (21 dias), a trajetória de alta do mercado se manteve. Além disso, este crescimento fez com que o penúltimo mês do ano registrasse o melhor resultado de 2020, em volume de vendas, até o momento”, disse Alarico Assumpção Júnior, presidente da Fenabrave.
Se por um lado a venda de veículos automotores teve leve alta de outubro para novembro, no aglomerado geral a situação é diferente. Sendo os dados divulgados, foram vendidos em 2020 a quantia de 2.799.712 veículos automotores, ou seja, uma queda de 23,62% se comparado ao mesmo período de 2019 (no ano passado haviam sido vendidos 3.665.298 veículos automotores).
Empregos perdidos no auge da pandemia estão sendo recuperados
No Rio de Janeiro, empregos perdidos durante o auge da pandemia estão sendo recuperados
No início do ano, quando aos poucos se ouvia falar em coronavírus, ninguém imaginava a proporção do problema que se aproximava. Com o vírus, vieram muitas mortes, crise econômica e desemprego. No entanto, no Rio de Janeiro, os empregos perdidos durante o auge da pandemia estão sendo recuperados. Quem afirma isso é a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).
A pesquisa, que foi divulgada através da plataforma Retratos Regionais, mostrou que está havendo um crescimento nos postos de empregos. O setor industrial foi o que mais gerou vagas, tendo recuperado entre julho e outubro 15.225 dos 36.010 postos de trabalho perdidos de março a junho. Isso significa uma recuperação de 42,3% do que foi perdido.
Outro setor que está crescendo novamente é o comércio, onde 31% dos postos de emprego já foram recuperados. Entretanto, não é só de boas notícias que se vive, sendo que existem setores que não começaram a sua retomada. O setor de serviços, por exemplo, acumula um saldo negativo de 5142 postos de trabalho desde julho, mês que foi considerado como o da retomada pela plataforma Retratos Regionais.
De qualquer forma, os empregos perdidos no auge da pandemia estão sendo recuperados de forma gradativa. Um ou outro setor pode apresentar números divergentes, mas, no geral, mudanças estão acontecendo. A expectativa é que este ritmo se mantenha e que a partir de 2021 tudo comece a se normalizar.
Mês de outubro registou alta nas vendas de máquinas e equipamentos
De acordo com a Abimaq, mês de outubro registou alta nas vendas de máquinas e equipamentos
Mesmo em meio à uma grande crise econômica, alguns setores conseguiram se manter firmes e fortes, além disso, registraram crescimento durante o período. De acordo com os dados divulgados pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), o mês de outubro registrou alta nas vendas de máquinas e equipamentos.
Segundo a associação, as vendas no setor mencionado alcançaram a marca de R$ 14,6 bilhões. Isso, se comparado ao mesmo período de 2019, significa um crescimento de 16%. Já no acumulado total de 2020, as vendas totalizam R$ 113,9 bilhões, ou seja, um crescimento de 0,7% se comparado ao mesmo período do ano passado.
“Esta foi a alta mais significativa em 2020. Com o quarto avanço consecutivo da receita, o setor passou a acumular resultado positivo na somatória do ano”, afirmou a Abimaq em sua nota.
O mês de outubro registrou alta nas vendas de máquinas e equipamentos, o que é muito bom. Entretanto, as vendas para o exterior acabaram caindo nesse período, isso se comparado à mesma época de 2019. Foram vendidos R$ 664,8 milhões em equipamentos para fora do país, sendo que isso significa uma queda de 8,8% em comparação ao mês de outubro do ano passado. Já no acumulado de 2020, existe uma retração de 26% se comparado com o mesmo período de 2019.
“As exportações de máquinas e equipamentos apresentaram queda menos brusca após meses de fortes contrações. Em outubro, as exportações em dólar retraíram 8,8% na comparação interanual, após quedas consecutivas na ordem de 32%”, disse a Abimaq.
Receita Federal arrecadou quase R$ 160 bilhões
Receita Federal arrecadou quase R$ 160 Bilhões em outubro
Mesmo em meio à pandemia do Covid-19, a Receita Federal arrecadou quase R$ 160 bilhões somente no mês de outubro. A arrecadação exata das receitas federais no último mês foi de R$ 153,938 bilhões, ou seja, isso representa um crescimento real* de 9,56% em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados hoje (24) pela própria Receita Federal.
É claro que esse aumento tem motivo e nenhuma mágica foi feita, sendo ele derivado da própria pandemia. Boa parte do valor arrecadado é oriundo do pagamento de tributos que foram adiados como meio de enfrentar a crise econômica que o país vem enfrentando por conta da pandemia.
Os impostos e contribuições federais, que são administrados pela Receita Federal, alcançaram o valor de R$ 146,081 bilhões em outubro, o que representou um aumento de 12,31% no mês. Já no acumulativo entre janeiro e outubro, o total da arrecadação chegou a R$ 1,132 trilhão, ou seja, uma queda de 9,06%. Já se tratando da Receita Previdenciária, a arrecadação foi de R$ 42,019 bilhões, tendo um acréscimo real de 15,01%.
“Esse desempenho é explicado pelo pagamento dos diferimentos [adiamento] do Simples Nacional relativo ao mês de abril de 2020, da Contribuição Previdenciária Patronal relativo ao mês de maio de 2020 e dos parcelamentos especiais relativos ao mês de junho de 2020 e pelo aumento das compensações tributárias com débitos de receita previdenciária”, diz o relatório da Receita Federal.* Crescimento real é quando o cálculo é feito descontando a inflação.
Déficit histórico nas contas públicas
Mês de agosto registrou déficit histórico nas contas públicas
A crise econômica instalada por conta da pandemia do coronavírus parece não ter prazo para terminar. Em meio a esta situação, o mês de agosto registrou déficit histórico nas contas públicas. De acordo com o Banco Central, as despesas extraordinárias para enfrentar o Covid-19 fizeram com que o setor público (União, Estados e Municípios) fechassem o mês de agosto com um déficit primário de R$ 87,594 bilhões. Este foi o pior resultado desde que a série começou a ser analisada, em dezembro de 2001.
Para se ter uma noção da real gravidade da situação, no mesmo período do ano passado, o déficit alcançou a casa de R$ 13,448 bilhões. Isso significa um saldo negativo de mais de R$ 70 bilhões se comparado com o mês de agosto de 2019. No entanto, conforme afirmou Fernando Rocha, chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, estes números já eram esperados dada à situação. Além disso, se for feita uma comparação interanual, as receitas cresceram quase 6%.
“Isso mostra que o período de postergação de pagamento de impostos já está terminando e mesmo a própria evolução da atividade econômica, com a redução do distanciamento social, começa a ter maior normalização”, disse Fernando Rocha.
O déficit histórico nas contas públicas se refere exclusivamente ao déficit primário. Isso significa que são os números do endividamento do setor público sem estar considerando os juros da dívida pública. Somando os períodos de janeiro a agosto de 2020, o déficit primário do país está na casa de R$ 571,367 bilhões.