JPMorgan lança nova criptomoeda e surpreende o mercado

A JPMorgan aposta em uma inovação que pode mudar a forma como bancos tradicionais lidam com o universo das criptomoedas.
O JPMorgan, maior banco dos Estados Unidos, acaba de dar um passo importante no mercado de criptoativos com o lançamento oficial da JPM Coin (JPMD). A novidade, revelada pela Bloomberg nesta quarta-feira (12), marca uma mudança de postura do banco em relação ao setor, especialmente considerando o histórico de críticas do seu CEO, Jamie Dimon.
Embora o nome remeta a outras moedas digitais, a JPM Coin não se trata de uma stablecoin, mas sim de um token de depósito — uma representação digital do dinheiro já existente em contas bancárias. A nova moeda será emitida na rede Base, desenvolvida pela Coinbase, e permitirá transações em tempo real, 24 horas por dia, oferecendo maior agilidade e eficiência para clientes institucionais.
O banco já vinha se preparando para esse movimento desde junho, quando registrou oficialmente a marca “JPMD”. Desde então, o JPMorgan conduziu testes em parceria com gigantes como Mastercard, Coinbase e B2C2, com o objetivo de validar o funcionamento da moeda antes de disponibilizá-la ao público.
Segundo Naveen Mallela, executivo do JPMorgan, o foco principal da instituição está em atender empresas e grandes investidores. Ele explicou à Bloomberg que, embora as stablecoins recebam grande destaque no mercado, “para clientes institucionais, os produtos baseados em depósitos se mostram mais atrativos e até capazes de gerar rendimento”.
A principal diferença entre uma stablecoin e um token de depósito está no lastro. Enquanto as stablecoins são apoiadas por ativos como títulos do Tesouro americano, os tokens de depósito representam valores reais já mantidos em contas bancárias, apenas convertidos para o ambiente digital. Na prática, ambos oferecem funcionalidades muito parecidas — como a possibilidade de transações instantâneas e sem limitações de horário.
Essa mudança de estratégia também reflete a nova postura de Jamie Dimon. Conhecido por seu ceticismo em relação às criptomoedas — chegando a chamar o Bitcoin de “fraude” no ano passado —, o executivo passou a reconhecer o potencial da tecnologia blockchain à medida que o banco ampliava seus investimentos na área. Em junho, Dimon declarou que o JPMorgan pretende “liderar a vanguarda da inovação financeira”, destacando a JPM Coin como um dos exemplos mais promissores.
Por enquanto, a JPMD será disponibilizada exclusivamente para clientes institucionais, mas há indícios de que o banco pretende expandir o acesso no futuro. Além disso, o JPMorgan já registrou uma nova marca, “JPME”, o que sugere o desenvolvimento de uma versão semelhante da moeda, dessa vez baseada em euro.
Com essa iniciativa, o JPMorgan reforça sua posição de liderança no setor financeiro global, unindo a segurança tradicional dos bancos à inovação tecnológica do universo cripto. O movimento não apenas redefine a relação das instituições tradicionais com os ativos digitais, mas também coloca o banco na linha de frente da transformação financeira mundial.
Binance anuncia remoção de três criptomoedas

Com pouco volume de negociação, nove pares de criptomoedas foram removidos pela Binance de sua plataforma.
A Binance, que é a maior corretora de criptomoedas do mundo, anunciou nesta semana a remoção de três criptomoedas da sua plataforma: Flamingo (FLM), Kadena (KDA) e Perpetual Protocol (PERP). Em nota, a exchange não confirmou o motivo exato da medida, mas declarou que revisa as criptomoedas com grande periodicidade e quando eles não estão atendendo às expectativas acabam sendo removidos da plataforma.
“Na Binance, nós revisamos periodicamente cada ativo digital listado para garantir que ele continue atendendo a um alto nível de padrão e aos requisitos da indústria. Quando uma moeda deixa de atender a esses padrões ou quando o cenário do setor muda, conduzimos uma análise mais aprofundada e podemos potencialmente removê-lo da listagem”, diz o comunicado
Abaixo, confira os nove pares de criptomoedas que foram removidos pela Binance:
- Flamingo (FLM);
- Kadena (KDA);
- Perpetual Protocol (PERP).
Além do comunicado padrão emitido pela Binance, que informa sobre a avaliação periódica dos criptoativos, a exchange afirmou também que a retirada das criptomoedas de sua plataforma serve para proteger os usuários e manter um mercado de negociação de alta qualidade.
Estados Unidos realizaram o maior confisco de Bitcoin da história

Ao todo, US$ 15 bilhões em Bitcoin foram confiscados pelos Estados Unidos.
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos divulgou nesta terça-feira (14) um confisco recorde de Bitcoin. Ao todo, 127.271 unidades da criptomoeda foram confiscadas, o que equivale a aproximadamente US$ 15 bilhões. A apreensão está ligada a um grande esquema de golpes no Camboja que incluem trabalho forçado e faziam vítimas ao redor do mundo, além de usarem os ativos digitais para lavar dinheiro e ocultar a origem do dinheiro.
Segundo o Departamento de Justiça norte-americano, as criptomoedas pertenciam a Chen Zhi, também conhecido como Vincent, fundador e presidente do Prince Holding Group (Prince Group). Além de confiscar os Bitcoins, os EUA declararam o Prince Group como organização criminosa transnacional, impondo sanções contra Chen Zhi e diversos associados.
“Sob seu comando, o grupo lucrou bilhões ao operar campos de fraude no Camboja, onde eram realizados golpes de investimento em criptomoedas. Eles utilizavam técnicas avançadas de lavagem em blockchain, como “spraying” e “funneling”, que dividem e recombinam criptomoedas em milhares de endereços para ocultar sua origem”, diz o comunicado.
Vale destacar que esta é a maior apreensão da história relacionada a Bitcoin, tendo superado os 94 mil Bitcoins apreendidos em 2022 no caso de Ilya Lichtenstein e Heather Morgan.
Ethereum atinge recorde histórico e supera Netflix e Mastercard

Valorização do ETH interrompe domínio do Bitcoin e reforça o crescimento das stablecoins no mercado digital.
O Ethereum alcançou neste domingo (24) um marco histórico ao registrar US$ 4.950, seu maior valor até hoje. A valorização colocou a segunda maior criptomoeda do mercado à frente de gigantes tradicionais, como Netflix e Mastercard, em termos de capitalização, reforçando sua relevância crescente no cenário financeiro digital.
A escalada do ETH também interrompeu a tendência de domínio contínuo do Bitcoin, que vinha crescendo de forma constante nos últimos três anos. Mesmo assim, o Ethereum ainda acompanha os movimentos da maior criptomoeda do mercado: nas últimas 24 horas, o BTC recuou 1,5% após uma grande venda por uma baleia, enquanto o ETH caiu 4% no mesmo período.
Segundo dados do portal 8marketcap, que reúne informações sobre ações, ETFs, metais preciosos e criptomoedas, o Ethereum ocupa atualmente a 26ª posição no ranking global, com valor de mercado estimado em US$ 554 bilhões. O Bitcoin, por sua vez, figura na 7ª colocação, avaliado em US$ 2,2 trilhões, ficando abaixo da Amazon, mas acima da prata.
Entre os concorrentes indiretos do Ethereum, estão grandes players do setor financeiro, como o JPMorgan Chase, em 18º lugar, e a Visa, na 21ª posição. O ETH, conhecido por ser a principal rede de stablecoins, também se beneficia da expectativa de expansão dessas moedas digitais, impulsionada recentemente pela aprovação do Genius Act nos Estados Unidos, que tende a favorecer a adoção de stablecoins.
O potencial de valorização do Ethereum também tem atraído atenção de especialistas. Arthur Hayes, fundador da BitMEX, projeta que o ativo pode chegar a US$ 20.000 neste ciclo, multiplicando seu preço atual por mais de quatro vezes.
No mercado corporativo, o interesse pelo Ethereum também se mostra significativo. Na última semana, enquanto a Strategy (NASDAQ: MSTR) comprou 3.081 bitcoins, totalizando cerca de R$ 1,9 bilhão, a BitMine (NYSE: MNR) investiu em 190.500 ETH, equivalentes a aproximadamente R$ 4,8 bilhões. Sob a liderança de Tom Lee, a BitMine acumula cerca de US$ 8,8 bilhões em Ethereum, ficando atrás apenas da Strategy no ranking de empresas com maiores tesourarias em criptomoedas. Outras companhias de destaque incluem Sharplink Gaming Inc (NASDAQ: SBET), Dynamix Corp (NASDAQ: DYNX), conhecida como The Ether Machine, Bit Digital (NASDAQ: BTBT) e Ethzilla Corp (NASDAQ: ETHZ).
O crescimento do Ethereum também se reflete na sua participação de mercado. Dados do CoinMarketCap mostram que a dominância do Bitcoin, que havia subido de 38,3% em abril de 2022 para 64,9% em junho deste ano, recuou para 57%. Em paralelo, a fatia do Ethereum mais que dobrou desde abril, passando de 7,1% para 14%.
Para efeito de comparação, em 2017, o Ethereum chegou a ocupar 31,2% do mercado, se aproximando dos 37,8% do Bitcoin na mesma época. Esses números mostram que, embora esteja em recuperação, a segunda maior criptomoeda ainda não voltou ao auge histórico de sua dominância.
TRF6 abre concurso para juízes com foco em criptomoedas e blockchain

Edital oferece 28 vagas, salário de R$ 37,7 mil e destaca a relevância de novas tecnologias no direito digital; Belo Horizonte é a primeira “Capital do Bitcoin” do país.
O Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF6) lançou nesta segunda-feira (25) o edital do seu concurso público para juízes federais, chamando atenção para a possibilidade de cobrança de temas relacionados a criptomoedas e à tecnologia blockchain nas provas.
O documento, publicado no Diário Oficial da União, foi assinado pela Desembargadora Federal Simone Lemos Fernandes, presidente da Comissão do I Concurso Público. O certame disponibiliza 28 vagas para os cargos de Juiz Federal Substituto e Juíza Federal Substituta, além da formação de cadastro de reserva. “O concurso público destina-se ao provimento de 28 vagas, com cadastro de reserva, nos termos estabelecidos neste Edital”, informa a publicação.
O salário oferecido é de R$ 37.765,55, valor compatível com cargos de nível federal, e inclui benefícios típicos da carreira. O edital está disponível no site da Fundação Getúlio Vargas (FGV), responsável pela organização do concurso.
A inserção de temas como criptomoedas, com ênfase no bitcoin, e blockchain, tecnologia central por trás da principal moeda digital e atualmente aplicada em outras criptomoedas, mostra a relevância das novas tecnologias no campo do direito digital. Nos últimos anos, profissionais da área têm dado atenção crescente a essas questões, refletindo a modernização e os desafios do setor jurídico.
A FGV já está preparada para atender dúvidas dos candidatos. A partir desta segunda-feira, informações sobre o concurso podem ser obtidas pelo telefone 0800 591 3078 ou pelo e-mail concursotrf6@fgv.br.
Vale destacar que Belo Horizonte, cidade sede do TRF6, se tornou a primeira no Brasil a receber o título de “Capital do Bitcoin”, reforçando a relação do certame com o universo das tecnologias digitais e finanças descentralizadas.
Conta de presidente do Paraguai no X publica falsa notícia sobre Bitcoin

Mensagem que anunciava adoção da criptomoeda foi resultado de possível invasão, e governo pede cautela.
Nesta segunda-feira (9), uma publicação no X, antiga plataforma Twitter, pelo perfil oficial do presidente do Paraguai, Santiago Peña, causou dúvidas e gerou controvérsia. O post indicava que o país teria adotado o Bitcoin como moeda oficial e estaria criando uma reserva estratégica de 5 milhões de dólares em BTC.
A postagem, que logo chamou atenção, suscitou questionamentos dos seguidores. Cerca de 13 minutos após a divulgação, uma conta verificada do governo paraguaio informou que o perfil de Peña possivelmente sofreu uma invasão, alertando o público a desconsiderar quaisquer mensagens até que fosse emitido um comunicado oficial.
Até o momento desta publicação, a mensagem no perfil do presidente acumula quase 200 mil visualizações. O conteúdo afirmava que o Paraguai oficializou o uso do Bitcoin como moeda legal e está estruturando uma reserva em criptomoedas para fortalecer sua economia.
No texto, estava incluída a seguinte frase: “Oficial: Paraguai reconhece o Bitcoin como moeda legal! O presidente Peña anuncia reserva de US$ 5 milhões em BTC e acesso a títulos para cidadãos com ativos em criptomoedas.” Contudo, o post também apresentava um link para um endereço de Bitcoin, acompanhado da chamada “seu investimento hoje determinará a escala dessa implementação”, caracterizando um forte indício de golpe.
Uma análise on-chain feita pela Livecoins indicou que o endereço de Bitcoin mencionado já recebeu cerca de 0,026 BTC, o que equivale a aproximadamente R$ 16 mil. Interessante notar que a única movimentação financeira registrada neste endereço ocorreu meses antes da divulgação da publicação duvidosa.
Assim, até o momento, não há evidências de que pessoas tenham sido enganadas, mesmo com o post permanecendo ativo no X.
Apesar da evidente tentativa de fraude, a mensagem falsificada aparenta ter sido bem estruturada, ressaltando os supostos benefícios do Bitcoin e como a criptomoeda poderia contribuir para melhorar a economia e a vida da população paraguaia.
Pouco depois do incidente, outra conta oficial do governo paraguaio, também verificada, divulgou um esclarecimento. Foi confirmado que a conta do presidente foi alvo de possível invasão por terceiros, reiterando a necessidade de cautela.
“A conta oficial do Presidente da República no X registrou uma atividade incomum, indicando uma possível invasão por terceiros”, dizia o comunicado.
“A equipe do CERTPY está trabalhando em conjunto com a plataforma X para investigar a situação”, complementou a conta Presidencia Paraguay. “Pedimos à população que desconsidere qualquer conteúdo recente até que um posicionamento oficial seja divulgado.”
Méliuz amplia investimento em bitcoin com nova captação

Empresa planeja levantar pelo menos R$ 150 milhões para reforçar seu tesouro digital e consolidar presença no mercado de criptoativos.
O Méliuz (B3: CASH3) anunciou planos para captar pelo menos R$ 150 milhões, com o objetivo de expandir sua carteira de Bitcoins dentro da estratégia de gestão do seu tesouro corporativo. Essa iniciativa reforça o compromisso da empresa em ampliar sua atuação no mercado de ativos digitais, destinando integralmente os recursos levantados para novas aquisições da criptomoeda.
A companhia informou que está estudando diferentes alternativas para a captação desse capital, como parte de seu plano estratégico de longo prazo focado em investimentos em criptoativos. A confirmação veio diretamente do CEO Israel Salmen, que divulgou a novidade em seu perfil na rede social X, na terça-feira (20).
Para conduzir esse processo, o Méliuz contará com o apoio do BTG Pactual, que atuará como coordenador da operação, auxiliando na estruturação e execução da captação de recursos. Essa parceria visa garantir eficiência e segurança durante todo o procedimento.
De acordo com Márcio Loures Penna, Diretor de Relações com Investidores e Governança Corporativa do Méliuz, a empresa pretende utilizar duas modalidades distintas para captar os recursos necessários. A primeira envolve a emissão de títulos de dívida, que poderão ser conversíveis em ações ou não. A segunda opção é uma oferta pública primária para distribuição de ações ordinárias, que pode incluir bônus de subscrição como incentivo extra aos investidores.
O valor mínimo almejado de R$ 150 milhões poderá ser ampliado caso surjam oportunidades estratégicas no mercado. Com essa quantia, o Méliuz planeja aumentar suas reservas de bitcoin, que atualmente somam 320,2 BTC, reforçando sua posição como pioneiro no tesouro corporativo em criptoativos no Brasil.
Além disso, a empresa mostra-se atenta às condições do mercado financeiro, buscando aproveitar oportunidades para fortalecer ainda mais sua carteira digital.
Vale destacar que essa movimentação ocorre após a recente aprovação dos acionistas, que concordaram com a mudança no direcionamento estratégico da companhia, agora focada em ampliar sua exposição ao bitcoin e consolidar sua atuação no segmento de investimentos digitais.
MGX Investe de forma agressiva na Binance

MGX investe US$ 2 bilhões e reforça a presença no mercado cripto global e o foco é a Binance, maior corretora do mundo no setor.
A Binance acaba de receber um aporte recorde de US$ 2 bilhões (aproximadamente R$ 11,6 bilhões) da MGX, uma empresa de investimentos dos Emirados Árabes Unidos, criada pelo governo de Abu Dhabi. A parceria foi anunciada oficialmente pela corretora nesta quarta-feira (12), e reforça ainda mais a posição da Binance no cenário global, consolidando a MGX como um investidor estratégico no mercado de criptomoedas.
Em fevereiro, os fundadores da Binance, Changpeng Zhao e Yi He, haviam desmentido rumores sobre a venda da corretora. No entanto, Zhao revelou que, no futuro, a Binance pode considerar permitir investimentos minoritários de até um dígito percentual na empresa, sem especificar uma porcentagem exata.
Embora os detalhes sobre o aporte ainda não tenham sido divulgados, a cifra de US$ 2 bilhões indica que a Binance pode ter um valor de mercado entre 22 e 200 bilhões de dólares, caso a participação adquirida pela MGX seja de 1% a 9%.
Este investimento é notável por ser o maior já realizado em uma empresa do setor de criptomoedas e também por ter sido integralmente feito em criptomoedas, um novo marco que evidencia o crescimento do mercado e o poder das moedas digitais no cenário financeiro.
“É com grande entusiasmo que anunciamos o primeiro investimento institucional na Binance pela MGX. Este marco não apenas avança a adoção de ativos digitais, mas também reforça o papel da blockchain nas finanças globais. O aporte de US$ 2 bilhões é o maior da história do setor cripto e foi feito inteiramente com criptomoedas, estabelecendo um novo recorde”, afirmou a MGX em comunicado.
Ahmed Yahia, CEO e Diretor-Geral da MGX, comentou sobre o impacto estratégico da aquisição, ressaltando a importância de criar um ecossistema financeiro digital mais acessível e robusto. “O investimento da MGX na Binance reflete nosso compromisso em impulsionar o impacto transformador da blockchain no setor financeiro digital.”
Em relação à aceleração da adoção institucional, Yahia também destacou a crescente demanda por soluções blockchain seguras e escaláveis que atendam às exigências regulamentares. “A Binance tem sido uma pioneira na inovação no mundo das criptomoedas, abrangendo desde tecnologia de exchanges e tokenização até soluções de staking e pagamentos”, concluiu.
Em fevereiro deste ano, outro fundo de Abu Dhabi, o Mubadala Investment Company, adquiriu uma participação significativa de US$ 436,8 bilhões no IBIT, um ETF de Bitcoin da BlackRock, reforçando a tendência crescente de institucionalização do mercado de criptomoedas e a forte demanda por Bitcoin.
O CEO da Binance, Richard Teng, também foi mencionado no anúncio. Teng, que anteriormente foi diretor-executivo da Autoridade de Serviços Financeiros de Abu Dhabi, destacou a importância desse investimento para a indústria. “Este investimento da MGX é um marco importante para a Binance e para o setor cripto como um todo”, afirmou.
Em sua declaração, Teng também mencionou o compromisso da Binance em continuar trabalhando com reguladores globais para criar políticas transparentes e inovadoras. “Estamos moldando o futuro das finanças digitais com um ecossistema mais inclusivo e seguro, com foco em conformidade e proteção dos usuários”, disse Teng.
Após o anúncio, a criptomoeda BNB registrou um aumento expressivo, saltando de US$ 556 para US$ 574 em poucos minutos, o que representa uma valorização de 3,3%. Contudo, o preço acabou perdendo parte desse ganho à medida que o Bitcoin também registrou uma queda de 2%, influenciado por outros fatores do mercado.
Bitcoin da Indeal retido nos EUA aguarda decisão judicial

Clientes seguem sem receber valores enquanto processo de repatriação continua em andamento em relação ao Bitcoin da Indeal.
As autoridades dos Estados Unidos mantêm os bitcoins apreendidos em uma conta vinculada a um dos sócios da Indeal, aguardando uma decisão judicial no Brasil para definir quando os valores serão liberados. O processo de repatriação, que envolve cerca de R$ 1,6 bilhão, só poderá ser concluído após o trânsito em julgado da decisão brasileira.
A advogada Caroline Boff, que representa cerca de 100 clientes prejudicados pela Indeal, está acompanhando o caso de perto, na esperança de que os bens sejam liberados em breve para que os patrimoniais das vítimas possam ser recuperados. Embora a Operação Egypto tenha resultado na prisão dos principais envolvidos e na apreensão de diversos bens, os clientes ainda não receberam seus investimentos de volta.
Os bens apreendidos no Brasil, como imóveis e outros ativos, já foram leiloados, e os valores obtidos estão à disposição da justiça. No entanto, os bitcoins, que representam a maior parte do montante a ser devolvido aos clientes, continuam fora de circulação, com sua movimentação suspensa.
Nos últimos dias, uma série de questionamentos sobre o paradeiro dos bitcoins foi levantada. Eles estavam armazenados na conta de um dos líderes da Indeal na corretora Poloniex, mas as autoridades americanas já os confiscaram e os colocaram em uma carteira à disposição da justiça. Tudo indica que, após o trânsito em julgado no Brasil, os valores poderão ser transferidos para a justiça brasileira, que ficará responsável pela restituição aos afetados.
Ainda assim, a advogada Caroline Boff expressou preocupações sobre o destino dos bitcoins. “Não sabemos se os bitcoins foram vendidos nem onde estão os valores. Se foram vendidos, onde estão? Ninguém sabe”, declarou, destacando a incerteza que ainda paira sobre a situação.
O TRF4 também afirmou que o processo de repatriação está em andamento desde julho de 2023, com o envio de novas informações em janeiro de 2024 e 2025. No entanto, devido à complexidade da operação, que envolve a colaboração entre as autoridades de dois países, os bitcoins continuam retidos nos Estados Unidos.
Enquanto isso, os clientes seguem aguardando uma solução para seus problemas, na expectativa de que o trânsito em julgado no Brasil abra caminho para a devolução dos valores. Para aqueles que ainda não se registraram como vítimas, é possível fazer isso acessando o site https://www.falenciaindeal.com.br/habilitacoes-e-divergencias-de-credito.
Binance e Ministério Público unem forças para capacitar sobre crimes com criptomoedas

Através de um seminário realizado em Brasília, a Binance e Ministério Público abordam investigação de crimes com criptomoedas.
A Binance, maior corretora de criptomoedas em volume no Brasil, estará presente nos próximos dias em um seminário promovido pelo Ministério Público. O evento visa capacitar membros do Ministério Público sobre como investigar crimes envolvendo criptomoedas, com ênfase no uso de tecnologias avançadas para combater atividades ilícitas.
Organizado pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e pela Unidade Nacional de Capacitação do Ministério Público (UNCMP), o seminário ocorrerá nos dias 20 e 21 de março em Brasília. A Binance, juntamente com outras grandes empresas do setor, como a Chainalysis, participa dessa iniciativa com o objetivo de apoiar o fortalecimento das ferramentas de investigação e prevenção de crimes financeiros relacionados aos ativos digitais.
O evento, que terá uma transmissão híbrida no primeiro dia, será acessível tanto presencialmente, no auditório do CNMP, quanto virtualmente, por meio da plataforma Microsoft Teams. Os participantes terão a oportunidade de discutir questões como regulamentação de criptoativos no Brasil, segurança institucional e estratégias para investigar crimes financeiros com criptomoedas.
A abertura contará com a presença de autoridades de destaque, como o presidente do CNMP, procurador-geral da República Paulo Gonet, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Ricardo Villas-Bôas Cueva, e o conselheiro Paulo Cezar dos Passos, presidente da UNCMP. Também confirmaram presença os conselheiros Moacyr Rey Filho e Jaime de Cassio Miranda, além de representantes de entidades como o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o COAF e a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR).
A parceria entre o CNMP, a CI2-MPRJ e empresas como Binance e Chainalysis reflete a importância da cooperação entre os setores público e privado no combate a crimes financeiros. Guilherme Nazar, vice-presidente regional da Binance para a América Latina, destacou que o fortalecimento da indústria de ativos digitais depende do esforço conjunto para combater atividades ilícitas e garantir a segurança do ecossistema. Ele enfatizou ainda que este seminário é um reflexo da visão vanguardista do Ministério Público Brasileiro.
Caio Motta, da Chainalysis, ressaltou que a colaboração com o CNMP e CI2-MPRJ é crucial para promover um diálogo contínuo sobre o cenário regulatório e os desafios nas investigações envolvendo criptoativos. Ele afirmou que a parceria tem o objetivo de capacitar os órgãos competentes com técnicas investigativas eficazes e reforçar a necessidade de um ambiente financeiro mais seguro e transparente, com a cooperação entre os setores público e privado.