Pagamentos com cartões apresentaram crescimento
Pagamentos com cartões registraram um crescimento no primeiro trimestre.
Por mais que o Brasil ainda esteja vivenciando o Covid-19, é inegável que o pior momento da pandemia já ficou para trás. Desta forma, a economia começa a voltar a funcionar e, consequentemente, os gastos também começam a acontecer. Prova disso, é que os pagamentos com cartões registraram um crescimento no primeiro trimestre de 2022, período compreendido entre janeiro e março.
De acordo com o balanço divulgado pela Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), tanto os pagamentos como cartão de crédito, de débito e pré-pagos registraram alta no primeiro trimestre se comparado com o mesmo período de 2021. Ainda segundo a associação, foram movimentados aproximadamente R$ 760 bilhões em operações com cartões.
Em relação aos pagamentos com os cartões de crédito, houve um crescimento de 42,4% no primeiro trimestre se comparado com a mesma época do ano passado. Isso representa R$ 478,5 bilhões em pagamentos com cartões de crédito nos três primeiros meses do ano. Já a alta em relação aos cartões de débito, o crescimento ficou na casa de 15,2%, representando R$ 235,4 bilhões em pagamentos no primeiro trimestre. Por fim, as transações com cartões pré-pagos somaram R$ 44,6 bilhões de janeiro a março, alta de 148,4%.
No entanto, por mais que os pagamentos com cartões apresentassem crescimento, um dado negativo chamou a atenção. A inadimplência dos usuários de cartões de crédito vem em grande crescimento nos últimos meses e, segundo a Abecs, o desemprego elevado, a inflação alta e a taxa de juros elevada estão provocando uma corrosão da renda das famílias.
Banco do Brasil registra lucro recorde
Em 2021, Banco do Brasil registrou lucro bilionário recorde.
Na noite desta segunda-feira (14), o Banco do Brasil divulgou o seu balanço referente ao ano de 2021. Conforme dos dados divulgados pela instituição financeira, seu lucro líquido ajustado atingiu a marca recorde de R$ 21 bilhões, ou seja, um crescimento de 51,4% se comparado com o ano de 2020.
Somente no último trimestre do ano passado o Banco do Brasil registrou um lucro de R$ 5,9 bilhões, o que corresponde a uma alta de 60,5% em relação ao mesmo período de 2020. Segundo a instituição, o crescimento no lucro é derivado de uma queda nas despesas com provisões de crédito (reserva do banco para cobrir eventuais calotes), que teve uma retração de 40,2%. Fausto Ribeiro, presidente do Banco do Brasil, falou sobre o assunto.
“O nosso lucro recorde fez com que nossa rentabilidade ficasse ainda mais próxima dos pares privados. O resultado que entregamos concilia retorno e solidez. É uma demonstração de nosso compromisso com todos os acionistas”, disse.
É importante destacar que o crescimento na carteira de crédito, o aumento nas receitas de prestação de serviços e a melhoria na margem financeira bruta, também foram fatores importantes para que o Banco do Brasil batesse um recorde no seu lucro. Para 2022, a previsão da instituição é que o lucro líquido ajustado fique entre R$ 23 bilhões e R$ 26 bilhões.
Consumidores poderão pagar dívidas de até R$1000 por apenas R$100
A ação promovida pela Serasa visa à regularização dos débitos dos consumidores
Desde a última segunda-feira (15), a Serasa iniciou um programa de regularização de débitos dos consumidores. Dívidas que variam de R$200 até R$1000 poderão serem quitadas plenamente pelo valor de R$100. Esta é uma grande oportunidade para diminuir o inadimplemento, entretanto, há restrições para que esses pagamentos sejam realizados.
De acordo com a Serasa, somente dívidas que estão com a empresa “Ativos” poderão serem pagas. A Ativos e a Serasa Limpa Nomes são parceiras e trabalham juntas na regularização dos débitos. Para saber se a sua dívida está entre as que podem serem regularizadas, você deve acessar o site do “Serasa Limpa Nome”. Além disso, também poderá buscar as informações através do aplicativo Serasa para celulares.
Apesar de não especificar quais lojas ou setores serão englobados por este acordo, a Serasa afirmou que mais de 1,5 milhões de consumidores serão beneficiados. Em relação à validade das dívidas, não consta nada sobre prazos. Porém, se ela estiver ativa junto à Ativos, poderá ser regularizada. Segundo o diretor da Serasa Limpa Nomes, esta medida visa auxiliar as pessoas que estão endividadas e sofrendo com o desemprego ou com a redução de renda.
A partir deste sábado, bancos e empresas poderão consultar informações do Cadastro Positivo
Bancos e empresas que emprestam dinheiro terão acesso ao Cadastro Positivo para analisar se concedem ou não crédito aos clientes
Através de um banco de dados, o mercado poderá, por enquanto, consultar apenas cinco tipos de informações sobre o consumidor. São elas: nota de crédito, que é utilizada para avaliar eficiência do cliente para pagar o empréstimo; índice de pontualidade de pagamento, diz respeito a quantidade de contas vencidas, quitadas ou canceladas.
Ainda poderá pesquisar o índice de comportamento de gastos, ou seja, os principais gastos, como cartão, financiamentos, contas de consumo, e outros; quantidade de consultas que o CPF do consumidor possui; histórico consolidado de compromissos assumidos (como valores e datas de pagamentos de crediário, financiamentos e empréstimos, por exemplo) desde que tenha sido consentido pelo consumidor.
Dentre os itens que NÃO podem ser acessados estão: nome da instituição na qual o consumidor apanhou o empréstimo. Informações de investimentos ou saldo em conta corrente. E, quais bens o consumidor adquiriu.
Nem mesmo os gestores do banco de dados terão acesso a essas informações.
Consumidores que já estão no Cadastro positivo
120 milhões de consumidores que têm crédito nos cinco principais bancos do país (Itaú, Caixa, Bradesco, Banco do Brasil e Santander) e em outras 100 empresas, já estão no Cadastro Positivo, segundo SPC.
O comunicado está sendo enviado via e-mail, carta ou SMS, para os consumidores que estão sendo incluídos.
O banco de dados receberá, nos próximos meses, informações repassadas por empresas de telefonia, concessionária, varejo, água e luz, para que assim, quem não tem conta em banco também possa fazer parte do cadastro.
O consumidor pode optar por não ter seus dados no cadastro, quando isso ocorrer, poderá ser solicitada a retirada gratuitamente a qualquer momento em qualquer um dos birôs de créditos – os demais serão notificados automaticamente. Assim como pode solicitar a reinclusão no sistema.
O sistema entrou em vigor em 2013, mas houve pouca adesão dos consumidores, que necessitavam se inscrever voluntariamente. Uma lei sancionada em 2019 tornou automática a inclusão dos dados dos clientes pelos bancos e empresas.
É atribuída uma nota de crédito (score) a cada consumidor que tem o nome incluído no cadastro, calculada através do seu histórico de pagamentos. Essa nota é utilizada para definir limites de empréstimos que ele poderá solicitar, por exemplo.
O sistema tem como intuito identificar quem são os melhores consumidores para que as instituições financeiras e bancos possam oferecer crédito com menor risco de calote. Com isso, espera-se uma diminuição de inadimplência e um aumento do volume de crédito concedido no país.