Jair Bolsonaro diz que o coronavírus está começando a ir embora
“Ser colocado sob dúvida de que a liberdade será mantida a qualquer preço”.
Em uma vídeoconferência no domingo de páscoa (12), o presidente Jair Bolsonaro deu indícios de que o novo coronavírus está começando a ir embora do Brasil. No entanto, voltou a ressaltar que este no é o único problema do país, citando o desemprego e os impactos econômicos das medidas de isolamento por conta do Covid-19.
“É o que tenho dito desde o começo, desde há 40 dias. Temos dois problemas pela frente, lá atrás eu dizia: o vírus e o desemprego”, disse Bolsonaro.
Que ressaltou: “Quarenta dias depois, parece que está começando a ir embora a questão do vírus, mas está chegando e batendo forte o desemprego. Devemos lutar contra essas duas coisas.”
As palavras de Bolsonaro foram após divulgação de que o Brasil havia confirmado 1.223 casos confirmados e 99 mortes apenas de sábado para domingo.
Jair Bolsonaro fala em “Liberdade a qualquer preço”
“Há grande perigo pela frente” disse o presidente, afirmando ainda que o destino do Brasil não pode “ser colocado sob dúvida de que a liberdade será mantida a qualquer preço”.
Além disso, Bolsonaro têm ido contra as medidas de isolamento mais rígidas impostas por governadores e prefeitos, na qual servem como forma de prevenir o descontrole de contaminação pelo coronavírus. Pois, segundo ele, isso irá causar maiores danos à economia do país.
Somado a isso, o presidente tem contrariado o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta e todas as recomendações dos agentes da saúde. Além de que, ele têm ido para locais públicos, com aglomerações de seus apoiadores, contrariando todas as medidas de isolamento social e precauções.
Saiba os números do coronavírus no Brasil
Até o momento o país registra 1.241 mortos e 22.318 pessoas com o vírus confirmado
O Brasil atingiu a marca de 1.241 mortos por conta do novo coronavírus, além de 22.318 casos confirmados da doença. Essas informações foram publicadas pelo Ministério da Saúde.
De sábado (11), para domingo, os números no Brasil tiveram um salto, na qual foram 99 mortes e outros 1.442 casos confirmados, tudo isso de um dia para o outro. Somado a isso, a taxa de letalidade no país pelo coronavírus está em 5,5% até o momento.
Conforme o Ministério da Saúde, informa que o Amazonas, Amapá, Distrito Federal, São Paulo, Ceará e Rio de Janeiro são os que mais merecem atenção neste momento. Isso porque, o Sudeste acumula 57,7% (12.799) casos confirmados do Covid-19, seguido pela região Nordeste com 4.246 casos, o Sul registrando 2.159 , o Norte com 1.898 e o Centro-Oeste com 1.067 casos.
Abaixo, os números de casos confirmados e mortes pelo coronavírus no Brasil:
São Paulo: 8.755 casos (588 mortes)
Rio de Janeiro: 2.855 casos (170 mortes)
Ceará: 1.676 casos (74 mortes)
Amazonas: 1.206 casos (62 mortes)
Pernambuco: 960 casos (85 mortes)
Minas Gerais: 806 casos (20 mortes)
Santa Catarina: 768 casos (24 mortes)
Paraná: 738 casos (30 mortes)
Rio Grande do Sul: 653 casos (16 mortes)
Bahia: 673 casos (21 mortes)
Distrito Federal: 614 casos (14 mortes)
Espírito Santo: 383 casos (9 mortes)
Maranhão: 398 casos (24 mortes)
Rio Grande do Norte: 302 casos (15 mortes)
Pará: 246 casos (13 mortes)
Goiás: 229 casos (14 mortes)
Amapá: 230 casos (5 mortes)
Mato Grosso: 123 casos (3 mortes)
Mato Grosso do Sul: 101 casos (2 mortes)
Paraíba: 101 casos (13 mortes)
Roraima: 79 casos (3 morte)
Acre: 77 casos (2 mortes)
Alagoas: 48 casos (3 mortes)
Sergipe: 44 casos (4 mortes)
Piauí: 44 casos (7 mortes)
Rondônia: 35 casos (2 mortes)
Tocantins: 25 casos
Setor de turismo sofre grande queda no faturamento em março
A queda alcança 84% em relação ao mesmo período do ano anterior
A pandemia do COVID-19 segue fazendo suas vítimas no Brasil. O aumento de casos confirmados e mortes vem crescendo. Contudo, não é só na saúde que o caos está instalado. A economia vem sofrendo muito com a quarentena e o isolamento social. Um dos setores que sofreu uma grande perda foi o turismo e os números dimensionam a crise.
De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), houve uma queda de faturamento de 84% em relação ao mesmo período do ano passado. Somente na segunda quinzena de março, o setor de turismo perdeu em torno de R$ 11 bilhões devido aos problemas relacionados ao coronavírus.
Um número que impressiona foi o dos cancelamentos de voos domésticos e internacionais. A média diária nos primeiros dias do mês de março era de 4%, no entanto, alcançou a marca de 88% no final do mês. Os quatro principais aeroportos de São Paulo e Rio de Janeiro tiveram uma taxa de cancelamento superior a 80% no final do último mês. Para piorar, os aeroportos de cidades como Goiânia e Salvador chegaram a zerar o número de voos em alguns dias.
Ainda não há uma previsão para a retomada da economia no país, sendo que tudo dependerá do avanço ou não da pandemia do COVID-19.
Medida provisória isenta pagamento de energia elétrica
A medida atingirá consumidores de baixa renda e que não ultrapassem o consumo mensal de 220 kWh
Em meio à crise, uma boa notícia surgiu para a população brasileira, mais especificamente para os mais pobres. A Medida Provisória 950/2020 irá isentar consumidores de baixa renda do pagamento da conta de energia elétrica. A medida é válida entre o período de 1º de abril até 30 de junho deste ano. O consumo mensal não poderá ser superior à 220 quilowatts hora (kWh).
Desta forma, a União está autorizada a destinar recursos para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), mas os valores não poderão ultrapassar 900 milhões de reais. Esse montante irá compor os descontos da conta de energia dos consumidores que estão inclusos na chamada Tarifa Social. Esta medida é mais uma que está inserida nas ações temporárias e emergenciais que ocorrerão durante o estado de calamidade pública que o país vem enfrentando.
Ainda não há perspectiva de quando a normalidade irá voltar, sendo que tudo dependerá da diminuição de casos e o controle da pandemia do COVID-19, o coronavírus.
Foram registradas duas mortes entre indígenas pelo coronavírus
A Funai está impedindo a entrada de qualquer pessoa que não seja índio, em terras indígenas em todo o Brasil
O coronavírus está afetando até os lugares as quais são considerados mais difíceis, as tribos indígenas. Isso porque, até o momento foram registradas duas mortes e outros seis casos confirmados pelo novo coronavírus. Essas informações são da Secretaria Especial da Saúde Indígena (Sesai).
A Funai está impedindo a entrada de qualquer pessoa que não seja índio, em terras indígenas em todo o Brasil, para evitar que o coronavírus se espalhe ainda mais dentro das tribos. Porém, a fiscalização é a mínima possível.
Além disso, os especialistas ressaltam que os índios são os mais vulneráveis a epidemias por conta das condições precárias a qual se encontraram, tanto socialmente quanto de saúde.
Somado a isso, semanada passada 115 instituições da Amazônia e de outras regiões do país se manifestaram diretamente ao governo, cobrando ações emergentes para com os índios contra o coronavírus (Covid-19).
Bolsonaro volta a enaltecer eficácia da Cloroquina contra o coronavírus
“Sempre busquei tratar da vida das pessoas em 1º lugar, mas também preocupando em preservar empregos”
Na manhã desta quarta-feira (8), o presidente Jair Bolsonaro voltou a enaltecer o uso de idroxicloroquina (cloroquina) no tratamento contra o coronavírus. Somado a isso, Bolsonaro disse que já vem falando sobre o uso deste remédio “há 40 dias”. O presidente usou o seu Twitter para defender a Cloroquina, que disse também: “Cada vez mais o uso da Cloroquina se apresenta como algo eficaz”.
“Sempre busquei tratar da vida das pessoas em 1º lugar, mas também preocupando em preservar empregos” disse. Além disso, Bolsonaro falou que fez “contato com dezenas de médicas e chefes de estados de outros países” para falar sobre a eficácia deste remédio em questão.
Além de defender a Cloroquina em seu Twitter, Bolsonaro tratou de “cutucar” João Doria (PSDB), o governador de São Paulo. “Dois renomados médicos no Brasil se recusaram a divulgar o que os curou da COVID-19. Seriam questões políticas, já que um pertence a equipe do Governador de SP?”, escreveu Bolsonaro.
Abaixo, veja o tweet do presidente:
Coronavírus: Projeto de Lei torna receitas amplia validade de receita médica
Esse projeto foi aprovado pela Câmara e só não valerá para os remédios de uso controlado
Foi aprovado pelo plenário da Câmara dos Deputados, um projeto de lei que irá ampliar e tornar receitas médicas por tempo indeterminado. Esse projeto será instituído por conta do novo coronavírus e irá durar enquanto a pandemia durar. Essa matéria está sendo analisada pelo Senado.
No entanto, essa medida valerá apenas pra o receituário de medicamentos simples e de uso contínuo, além de medicamentos odontológicos. Para os remédios de uso controlado, ainda irá permanecer a necessidade de retenção de receita pela farmácia e com prazo imposto. Esse tipo de medicamento terá de ter regulamentado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Ou seja, os remédios do tipo antibióticos, antidepressivos e remédios de controle, além de tarja preta, continuarão com suas regras mantidas normalmente.
“Se liberarmos indefinidamente os remédios com tarja preta, poderemos ter consequências inimagináveis, além da automedicação, da venda ilegal da medicação. Então, a Anvisa já regula, e essa regulamentação precisa ser mantida”, disse a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), que foi quem relatou o texto.
Além disso, os pacientes as quais foram de grupos mais suscetíveis à contaminação pelo coronavírus (Covid-19) e também pessoas com deficiência, poderá pedir para terceiros retirar os medicamentos, com alguma forma de declaração. No entanto, quem for fazer a retirada terá de levar a receita médica consigo.
A queda do varejo é um dos setores que mais afeta a economia
Vendas, que tiveram aumento em fevereiro, sofreram uma grande queda
O mundo vem a grave pandemia do coronavírus (Covid-19) e aos poucos o impacto vem sendo sofrido. No setor econômico, o varejo vem sendo um grande vilão por conta da sua drástica queda de arrecadação. O aumento das vendas de fevereiro ficou para trás e agora o setor vem sofrendo com o pouco consumo. Isso afeta principalmente o PIB do país, pois o gasto dos consumidores corresponde a dois terços do mesmo.
Segundo o Serasa Experian, a redução do consumo foi generalizada. Tanto itens de alto valor como de baixo valor tiveram vendas muito abaixo do normal. Essa queda de consumo está sendo considerada como uma das maiores em décadas. Com esses fatores, a crise começa a fechar o comércio e, consequentemente, o desemprego aumenta.
Luiz Rabi, economista do Serasa Experian falou sobre o assunto.
“Com as pessoas ficando mais em casa e muitas lojas físicas fechadas, cai automaticamente o consumo de itens, principalmente os não essenciais.”
O governo federal, mesmo de maneira lenta, vem tentando amenizar a crise econômica no Brasil. As medidas adotadas beneficiam o cidadão e o empresário, mas para especialistas isso é muito pouco perto da dimensão do problema que está sendo enfrentado. Mesmo assim, é considerado inédito a liberação de tanto capital para movimentar a economia.
Coronavírus: Pobreza deverá aumentar significativamente no Brasil
Falta de empregos deverá o principal fator para piorar a situação social no país
A crise do coronavírus vem afetando o mundo inteiro e o Brasil não fica de fora dessa lista. Porém, um dado preocupante vem deixando todos em alerta. Segundo pesquisadores, o índice de pobreza deverá aumentar consideravelmente por conta da pandemia. A falta de emprego deverá ser o principal fator para influenciar na nova realidade.
Para os especialistas, a crise gerada pela pandemia do COVID-19 deixará um rastro de pobreza e desigualdade ainda maior no Brasil. Segundo eles, mais pessoas entrarão na lista dos mais pobres e os que já estavam em situação de vulnerabilidade social ficarão em situação ainda pior. Desta maneira, há uma cobrança para que o poder público aja com rapidez para amenizar o problema. Apesar do anúncio do auxílio emergencial de R$600,00, acredita-se que os valores dificilmente cheguem aos mais afetados.
“A crise deve provocar um aumento acelerado da pobreza e da desigualdade no país. Se as medidas não forem colocadas em prática rapidamente, uma parcela da população não vai ter nenhuma renda”, disse Naercio Menezes Filho, professor do Insper.
Como acima mencionado, o desemprego deve ser o principal fato gerador para desencadear este aumento na pobreza. Segundo o último dado divulgado, no Brasil existem 11, 9 milhões de desempregados e 38,3 milhões de trabalhadores na informalidade. Em estimativa do banco Santander, poderá haver um aumento de 2,5 milhões de desempregados no auge da crise.
Até o momento, é difícil dizer até onde o impacto do coronavírus pode chegar, mas já existem expectativas em relação ao impacto econômico. De acordo com a Genial, se a quarentena durar 40 dias o PIB nacional pode recuar 1,1%. No entanto, num cenário pior, onde haja quarentena de 70 dias, esses números podem chegar a 7,7%.
UFSCar produz equipamentos para ajudar no combate ao coronavírus
Os equipamentos tem sido confeccionados por contribuições de empresas privadas e por recursos próprios da UFSCar
A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), produziu cerca de 50 protetores faciais faceshield com impressão 3D e entregou ao Hospital Universitário de São Carlos (SP), para ajudar no combate ao coronavírus. Esses protetores são de proteção individual, a qual foram aprovados pelo hospital e já estão todos em uso dos profissionais.
“O novo coronavírus é um vírus de alto contágio e transmitido por via aérea. O uso das faceshields, associados aos demais EPIs [máscaras, luvas e vestimentas de proteção], contribuirá para a manutenção de profissionais saudáveis e, também, para evitar a transmissão do vírus aos seus familiares e contatos próximos” disse a professora Flávia Gomes Pileggi Gonçalves.
Esse projeto é coordenado pelo professor Rafael Vidal Aroca, do Departamento de Computação e diretor da Agência de Inovação da UFSCar. Além disso, também conta com a ajuda de voluntários da Escola de Engenharia de São Calors, da Universidade de São Paulo (USP) e mais algumas instituições.
Os equipamentos tem sido confeccionados por contribuições de empresas privadas e por recursos próprios da UFSCar.
“Nosso objetivo é fornecer materiais para o Hospital Universitário da UFSCar, mas, conforme nossa disponibilidade e número de colaboradores, pretendemos fabricar equipamentos de proteção para outras unidades de saúde e cidades da região”, disse Vidal, do Deparmento de Comunicação.