Auxílio emergencial será estendido por mais dois meses
Entretanto, valor das futuras parcelas segue indefinido
Em meio à crise gerada pela pandemia do Covid-19 e a alta no número de desemprego, o governo precisou agir para tentar amenizar os problemas. Uma das medidas que mais beneficiaram a população foi o auxílio emergencial. Este benefício tem o valor de R$ 600 (ou R$ 1200 para mães chefes de família que tenha filhos menores de idade) e é válido por três meses.
Contudo, os casos de contaminação e morte por conta do coronavírus seguem aumentando no Brasil. Diante desta situação, o Ministro Paulo Guedes confirmou a prorrogação do auxílio emergencial por mais dois meses. No entanto, ainda não se sabe se o valor de R$ 600 será mantido, pois há uma discussão sobre o assunto e a tendência é que seja reduzido para R$ 300.
Por outro lado, os parlamentares não ficaram satisfeitos com esta possível redução nos valores, o que levou o presidente Jair Bolsonaro se pronunciar.
“A ideia da equipe econômica, e minha também, é de duas parcelas de R$ 300. Tem parlamentar que quer R$ 600. Se tirar dos salários dos parlamentares, tudo bem, por mim eu pago até R$ 1.000”. O presidente ainda completou: “Não podemos deixar esse pessoal sem emprego e sem auxílio. Agora, auxílio tem limite. Não tem possibilidade de a nossa dívida continuar crescendo dessa maneira”.
Até o momento, duas parcelas do auxílio emergencial foram pagas aos beneficiários. Já o pagamento da terceira parcela, começará no próximo dia 17 de junho para os beneficiários do Bolsa-Família. A ordem será de acordo com o final de cada NIS (Número de Identificação Social). Já as datas dos demais beneficiários ainda não foram divulgadas, porém a expectativa é que isso se torne público até a próxima quinta-feira (11).
Aviação brasileira é atingida com força pelo coronavírus
Setor encolheu cerca de 90% durante o estado de pandemia
A pandemia de Covid-19 está afetando o mundo e as consequências disso são os diversos problemas enfrentados nos mais variados setores da economia. Isso já não é uma novidade, mas com o passar dos dias os números vão ficando mais evidentes. No Brasil, um dos setores que mais está sofrendo com o coronavírus é o da aviação.
De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o mercado aéreo brasileiro sofreu uma retração de 90% em relação ao número de voos. Segundo a agência, a pandemia do coronavírus fez com que os brasileiros desistissem de andar de avião e, consequentemente, a demanda pelos voos acabou por diminuir.
Por outro lado, os principais aeroportos do país seguem operando, apesar do baixo fluxo de passageiros. É evidente que há uma maior rigidez para evitar a transmissão do vírus. As limpezas foram reforçadas, há mais dispensadores de álcool gel, as manutenções nos sistemas de climatização são feitas com mais frequência, há a medição da temperatura das pessoas, dentre outras ações.
Antes de existir a pandemia de Covid-19, a média semanal de voos no Brasil era de 15 mil. Após a existência do coronavírus acabou baixando para cerca de 1200 voos semanais. Isso já vem gerando forte impacto no setor, principalmente na América do Sul, onde empresas aéreas já solicitaram recuperação judicial. Segundo informações colhidas com especialistas, a normalidade no setor de aeroportos e empresas aéreas deverá voltar ao normal somente em dois anos.
Ministério da Saúde se posiciona sobre divulgação dos dados do coronavírus
O Ministério da Saúde informou neste domingo (7), que o número de mortos pelo Covid-19 havia sido 1.382 nas últimas 24 horas, mas depois atualizou os números com 857 mortes a menos
O Ministério da Saúde se posicionou e agora voltará com a divulgação do número total de mortos e infectados pelo novo coronavírus no Brasil. Mas, ainda vão analisar como, foi postado no portal do ministério. “será analisado como trabalhar as curvas logarítmicas sem desconsiderar os totais de casos e óbitos, pois entende-se que um tipo de dado trabalhado não dispensa o outro”.
“Na divulgação, puramente, do acúmulo de casos, como vinha sendo feito até o momento, é muito difícil verificar as mudanças dos cenários regionais, estaduais e municipais. O dado acumulado pode indicar uma grande quantidade de casos em localidades que já estão em outra fase da curva epidemiológica”, ressalta.
Além disso, a publicação diz que os dados têm de ter tudo correto. “Precisam ser divulgados por especialistas com um esclarecimento adequado, apontando as tendências, sem dar margens a interpretações equivocadas da curva epidemiológica em cada estado ou região do país”.
No entanto, o Ministério da Saúde informou que não sabem se será possível fazer a divulgação mais cedo, conforme era antes. Agora, o horário de divulgação dos dados sobre o coronavírus é às 22h.
“O momento de divulgação está atrelado ao fechamento dos boletins epidemiológicos estaduais. Ressalta-se que esses dados são carregados pelos estados e municípios ao final do dia, por volta das 18h, e que há diferentes fusos horários no território nacional, o que atrasa um pouco a finalização da atualização dos dados a serem trabalhados.”
Quando o ministro da Saúde era Luiz Henrique Mandetta, os dados eram divulgados sempre às 17h, em entrevista coletiva diária com os demais representantes da pasta.
Governo criticado
O governo de Bolsonaro vem sendo muito criticado agora por conta da omissão do número de mortos e infectados pelo novo coronavírus. Pois, além de divulgar somente o número de curados, alterou o horário de divulgação para que não passe na TV em horário de “pico” das transmissões.
Além disso, no domingo, o Ministério da Saúde informou neste domingo (7) que o número de mortos pelo Covid-19 havia sido 1.382 nas últimas 24 horas, mas depois atualizou os números com 857 mortes a menos do que haviam divulgado.
Bolsonaro fala sobre o novo horário de divulgação dos dados sobre o coronavírus
O governo recebeu diversas críticas, de que estaria trocando de horário para prejudicar a imprensa de levar informação aos brasileiros
Neste sábado (6), Jair Bolsonaro se posicionou sobre o novo horário de divulgação dos dados do coronavírus. Segundo o presidente, esse novo horário feito através do Ministério da Saúde é para mostrar com mais eficiência “o momento do país” e disse que “a maior parcela já não está com a doença”.
Uma das principais estratégias usadas pelo governo federal é a divulgação em destaque do número de pessoas curadas do novo coronavírus. Visto que, antes a divulgação era com o número de infectados e mortos abrindo a informação, agora é o número de casos recuperados.
Nesta última sexta-feira (5), o Ministério da Saúde confirmou 30.830 novos casos de infectados pelo coronavírus e 11.997 pessoas recuperadas, tendo um salto positivo de 18.853 infecções ativas. Além disso, foram 1.005 óbitos.
No entanto, o governo de Bolsonaro recebeu diversas críticas, de que estaria trocando de horário para prejudicar a imprensa de levar informação sobre o Covid-19 para a população brasileira.
Ibovespa alcança maior índice dos últimos três meses
Bolsa brasileira subiu quase 1% e fechou em alta ontem (04)
A situação econômica no mundo está sendo seriamente afetada pela pandemia do Covid-19. As incertezas políticas também vêm afetando o mercado e muitas dúvidas surgem em relação a este assunto. No entanto, a bolsa de valores brasileira (B3), tem o que comemorar. O índice Ibovespa fechou em alta de 0,89% ontem (04), terminando o dia com 93.829 pontos, maior marca dos últimos três meses.
Os movimentos no mercado financeiro oscilaram bastante, tanto que o índice teve várias variações durante o período da manhã. Entretanto, operou em alta na parte da tarde, tendo alcançando o maior valor desde seis de março, quando no fechamento do mercado atingiu 97.996 pontos.
Dólar
O real vinha numa forte desvalorização se comparado ao dólar. Uma unidade de dólar chegou quase alcançar a marca de seis reais, recorde histórico. A crise política enfrentada no Brasil e a pandemia do coronavírus foram grandes influenciadores nesta situação. Contudo, mudanças vem acontecendo nos últimos dias e o preço do dólar vem caindo.
Na manhã desta sexta-feira (05), o dólar operou em baixa, chegando a alcançar a marca de R$ 4,9761. Está foi a primeira vez que a moeda americana foi negociada abaixo dos R$ 5 desde março. A expectativa é que o dólar feche em baixa pela terceira semana seguida, ainda mais com o otimismo no cenário externo. No entanto, ontem (04), a moeda americana fechou em leve alta, encerrando o dia em R$ 5,1297.
Presidente Jair Bolsonaro inaugura novo hospital em Goiás
O presidente já havia visitado as obras, em abril
Hoje (sexta-feira 5), o presidente da República, Jair Bolsonaro, participou da inauguração de um novo hospital em Goiás. Trata-se do Hospital de Campanha de Águas Lindas, na qual o presidente afirmou torcer para que os leitos fiquem vazios.
“A gente torce para que pouca gente venha para cá, porque é sinal de que pouca gente precisa de atendimento”, disse o Bolsonaro, fazendo alusão ao novo coronavírus.
Além disso, aproximadamente R$ 1,4 bilhão já foram investidos em Goiás pelo Governo Federal. Foi o que disse o governador Ronaldo Caiado, que também participou do evento.
Em resposta, Jair Bolsonaro disse que esses recursos são do estado e que agora estão melhor direcionados. “…apenas eles estão agora melhor direcionados e mais fiscalizados. Há uma responsabilidade muito grande por parte do governo federal”.
Esse novo Hospital de Campanha em Goiás irá atender especialmente as pessoas que estiverem com suspeita de coronavírus ou até mesmo confirmados com o vírus. Dessa forma, terá 200 leitos para internação, na qual será 190 de enfermaria e 10 de UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
O reajuste de remédios e planos de saúde será suspenso
Foi aprovada a suspensão desse reajuste pelo Senado, com 71 votos a favor e apenas 2 votos contra
O reajuste que iria ocorrer de remédios e planos de saúde será suspenso por conta da pandemia pelo Covid-19. Este é um ajuste anual, mas que o Senado suspendeu por agora.
Visto que, nesta última terça-feira, foi aprovada a suspensão desse reajuste pelo Senado, com 71 votos a favor e apenas 2 votos contra. Agora, essa proposta está em analise na Câmara dos Deputados.
Além disso, foi enviado no dia 31 de março uma Medida Provisória (MP 933/2020) pelo Poder Executivo ao Congresso, a qual suspende esse reajuste nos preços envolvendo saúde por 60 dias em 2020.
Dessa forma, começaria no dia 1º de abril e iria durar até o dia 1º de junho. Somado a isso, de acordo com o senador Eduardo Braga (MDB-AM), o autor da PL 1.542/2020, o período de suspensão dos reajustes terá de ser estendido aos planos e seguros privados de assistência a saúde.
Visto que, segundo o senador, este é um momento a qual o aumento dos preços têm de ser evitado por conta dos efeitos econômicos que o coronavírus têm causado.
Pandemia afetou 80% da produção do setor industrial no Rio de Janeiro
Presidente da Firjan defende a retomada das atividades
Não é mais novidade que o mundo vem sofrendo com as consequências causadas pelo coronavírus. Os mais variados setores estão sendo atingidos e no Rio de Janeiro isso não ia ser diferente. De acordo com a Firjan (Federação das Indústrias do Estado), quase 80% da produção do setor industrial carioca foi afetado. Além disso, 40% das empresas acabaram por paralisar de forma completa.
Para Eugênio Gouvêa, presidente da Firjan, a retomada das atividades deve acontecer o mais breve possível. Ele ainda destacou que indústrias estão se preparando para a reabertura de forma planejada, seguindo as normas das Organizações Internacional do Trabalho e Mundial da Saúde. Dentre as ações que estão sendo preparadas por medida de segurança, está a realização de testes em todos os funcionários do setor.
O presidente da Firjan também falou sobre as relações de trabalho. Para ele, mudanças irão acabar acontecendo mesmo após o término da pandemia do Covid-19. Gouvêa acredita que as atividades que puderem ser realizadas de casa, continuarão sendo feitas através da modalidade home office. Essa e outras adequações deverão ser implementadas pelas empresas nos próximos meses.
Aumento no salário mínimo e no índice de desemprego
Senado confirma salário em R$ 1045, enquanto desemprego sobe para 12,6% no país
No final de 2019, a medida provisória 916 estipulou que o salário mínimo para 2020 seria de R$ 1039. Contudo, foi editada a MP 919 que aumentaria o valor em seis reais, ou seja, alcançaria R$ 1045. Esta MP perderia a validade no próximo dia 1º, porém acabou sendo votada pelo Senado e obteve aprovação.
Agora, a proposta, que já foi aprovada pela Câmara, depende da sanção presidencial. De acordo com Paulo Paim, relator da matéria, o valor diário do salário mínimo fica fixado em R$ 34,63 e a hora de trabalho, em R$ 4,75. Se por um lado o trabalhador teve uma boa notícia, por outro a preocupação é grande.
Segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o índice de desemprego no país aumentou. No final do trimestre que se encerrou em janeiro, a taxa de desemprego era de 11,2%. Porém, no término do trimestre que aconteceu no fim de abril, houve um aumento de 1,4% no número de desempregados, alcançando o índice de 12,6%.
A crise causada pela pandemia do Covid-19 é uma das principais responsáveis pela onda de demissão e fechamento de empresas.
LATAM Airlines entra com pedido de recuperação judicial nos EUA
Entretanto, pedido não envolve todas suas subsidiárias
Que os efeitos gerados pela pandemia do Covid-19 vêm assolando a economia não é mais novidade. Um dos setores que mais vem sofrendo com quedas é o da aviação. Nesta terça-feira (26), mais uma grande empresa aérea precisou tomar atitudes para conseguir superar as perdas causadas pelo coronavírus.
A Latam Airlines e suas subsidiárias no Chile, Peru, Colômbia, Equador e Estados Unidos, entraram com um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos devido ao impacto nas operações gerado por conta da pandemia. As afiliadas do Brasil, Paraguai e Argentina não estão inseridas no processo de reestruturação de dívidas.
“A LATAM Airlines Group S.A. e suas afiliadas no Chile, Peru, Colômbia, Equador e Estados Unidos iniciaram hoje uma reorganização e reestruturação voluntária de sua dívida sob a proteção do Capítulo 11 da lei dos Estados Unidos, com o apoio das famílias Cueto e Amaro, e da Qatar Airways, dois dos maiores acionistas da LATAM. Diante dos efeitos da COVID-19 no setor mundial de aviação, esse processo de reorganização oferece à LATAM a oportunidade de trabalhar com os credores do grupo e outras partes interessadas para reduzir sua dívida, acessar novas fontes de financiamento e continuar operando, enquanto adapta seus negócios a essa nova realidade” – diz o comunicado emitido pela empresa.
Apesar de seguir com suas operações, a Latam viu cair drasticamente o número de vôos por conta do fechamento de fronteiras. Antes da crise, a holding brasileira-chilena operava cerca de 1400 voos diários para 26 países. Após o começo da pandemia a empresa chegou a reduzir em 95% as operações, tendo demitido uma grande quantidade de funcionários.
É importante lembrar que a Latam Airlines não foi a primeira empresa de aviação da América Latina a buscar amparo na legislação de falência dos Estados Unidos. Antes disso, a Avianca Holdings já havia solicitado a recuperação judicial.