Coronavírus: Fim da quarentena não seria a solução para a economia
Ex-presidente do Banco Central afirma que uma 2ª crise iria se instalar no país
Os efeitos da pandemia gerada pelo coronavírus vêm surtindo efeitos, seja na saúde, seja na economia. O presidente Jair Bolsonaro e empresários defendem o término da quarentena em que o país se encontra, tudo isso com o foco para não existir problemas maiores na economia do país. Tanto o presidente como o empresariado defendem o chamado isolamento vertical, onde somente as pessoas das áreas de risco devem ficar em isolamento.
Contrariando isso, o ex-presidente do Banco Central, Arminio Fraga, defendeu o isolamento total, assim como determinam as autoridades de saúde. Fraga disse que a economia do país sofreria ainda um segundo baque caso o isolamento total não existisse. O ex-presidente do Banco Central, que vem de uma família de médicos, acredita que o fim da quarentena não seria bom para o país e que o foco deve ser no salvamento de vidas.
“É evidente que a opção é salvar vidas. Mas eu não creio que a economia se beneficiaria tanto (de uma suspensão da quarentena, que faria mais vítimas). E, num segundo momento, a economia poderia levar a um segundo baque” – disse.
Fraga ainda mencionou que quase 40% da população brasileira é idosa, portadora de doença crônica ou ambos. Salientou também que as pessoas não devem voltar a trabalhar como antes e o consumo será bastante baixo.
“Os que ficarão expostos são muito numerosos e vulneráveis. Nossa rede de hospitais, como aliás em boa parte do mundo, não estava preparada para uma emergência desse tamanho, seria uma catástrofe social. Isso foi ventilado no Reino Unido, e eles rapidamente desistiram. A ideia de que há uma relação de troca entre saúde e economia, na minha avaliação e de meus colegas do Ieps (Instituto de Estudos para Políticas de Saúde), é que não é bem assim. As pessoas já estão muito assustadas e não vão sair consumindo mesmo que se decrete o fim do isolamento de repente” completou.
A divergência entre qual caminho tomar é grande, pois o executivo federal e empresários estão focados na economia do país. No entanto, estados e municípios seguem com decretos visando a saúde da população, assim como determinam os órgãos de saúde. As próximas semanas serão muito importantes para ver quais caminhos serão seguidos, pois tudo depende da análise do desenvolvimento ou não do vírus dentro do Brasil.
Coronavírus: Governo irá pagar R$ 600 para trabalhadores informais
A Câmara já aprovou o benefício, na qual foi um acordo entre o Congresso Nacional e o Governo Federal
Foi aprovado pela Câmara o projeto na qual irá pagar um auxílio de R$ 600 aos trabalhadores informais, por conta dos impactos gerados pelo coronavírus. Visto que, o governo vê esse auxílio como meio de ajudar famílias e ainda assim a economia do país.
O relator do projeto, o deputado Marcelo Aro, prevê um auxílio emergencial aos mais pobres (PL 9236/17), informou que depois de se reunir com o deputado Vitor Hugo, líder do governo, concordaram em aumentar de R$ 500,00 para R$ 600,00 o valor do auxílio, enquanto durar a pandemia do Covid-19.
Além disso, esse auxílio pode ajudar mais de 24 milhões de brasileiros, na qual vivem em situação de vulnerabilidade social e que sofrem mais os impactos do coronavírus no país. O governo federal informou isso em nota publicada.
“É mais uma iniciativa conjunta do Executivo com o Legislativo para minimizar os danos sociais provocados pela coronavírus e com a necessária segurança jurídica. É uma demonstração cabal do bom relacionamento entre os dois Poderes da República para encontrar soluções imediatas que afligem a população brasileira.”
Coronavírus: Bolsonaro decreta lotéricas e atividades religiosas a serviço essencial
Estados e municípios determinaram o fechamento de serviços não essenciais para a população, por um prazo inicial de 15 dias
Nesta quinta-feira (26), o presidente Jair Bolsonaro editou o decreto sobre os serviços essenciais para a população, adicionando casas lotéricas e atividades religiosas. Esse texto foi publicado no DOU (Diário Oficial da União).
O mundo todo está parado, ou, quase todo, por conta da pandemia do coronavírus. No Brasil não é diferente, estados e municípios determinaram o fechamento de serviços não essenciais para a população, por um prazo inicial de 15 dias.
No entanto, Bolsonaro editou seu decreto, na qual adicionou que unidades lotéricas, atividades religiosas, de pesquisa e também fiscalização do trabalho também são essenciais e deverão reabrir.
Além disso, Bolsonaro falou sobre o transporte intermunicipal: “o órgão de vigilância sanitária ou equivalente nos Estados e no Distrito Federal deverá elaborar a recomendação técnica e fundamentada”.
Coronavírus: Empresários cobram atitude do governo federal
Mendetta, Ministro da Saúde, é elogiado pelo empresariado do setor varejista e shoppings centers
A pandemia do coronavírus vem tomando está tomando grandes proporções, seja em relação à saúde ou em matéria econômica. É sobre esta última que o setor empresarial está incomodado. Ligados ao setor varejista e aos shoppings centers, os empresários cobram agilidade do governo no anúncio de medidas econômicas para frear a crise. O assunto foi debatido na última terça-feira, quando ocorreu uma reunião virtual promovida pela XP.
Carlos Jereissati Filho, da rede Iguatemi, falou sobre o assunto:
“O – Ministro da Saúde, Luiz Henrique – Mendetta é um maravilhoso comunicador. Cadê o cara da economia para dizer quais serão as medidas? Não estamos falando de nós, estamos falando das pessoas que precisam dessa grana. É preciso agir com rapidez.”
O empresário ainda comentou que suspendeu a cobrança de aluguéis dos lojistas da rede de shoppings Iguatemi.
“Queremos dar fôlego e liquidez neste momento. Também estamos cobrando condomínio com redução e o fundo de promoção levamos a zero em alguns casos. É a nossa contribuição para os lojistas, mas não é o suficiente.”
Seguindo nesta linha, Rafael Sales, da Aliansce, uma das maiores administradoras de shoppings centers no Brasil, disse que o governo precisa de uma medida econômica real. Já Alexandre Birman, da Arezzo, afirma que o país viverá uma grande deflação quando a pandemia acabar, pois há muita mercadoria em estoque.
“Parou um estoque muito grande e precisa dar vazão a isso de alguma forma. Claro que vai ter um ajuste de acordo com o poder aquisitivo, uma deflação massiva. Os estoques vão ter que ser colocados à venda com um preço diferente.”
Em meio a pandemia, uma coisa é certa, a preocupação com a saúde e economia tem que ser muito grande. Em tempos de crise, medidas precisam ser tomadas, para que no futuro não haja uma grande quantidade de mortos e um país quebrado economicamente e com falta de empregos.
Coronavírus: Bolsonaro critica o isolamento e diz que a vida tem de voltar ao normal
“Caso fosse contaminado pelo vírus, não precisaria me preocupar, nada sentiria ou seria, quando muito, acometido de uma gripezinha ou resfriadinho”
Na noite desta terça-feira, Jair Bolsonaro falou em TV aberta e criticou o isolamento social por conta do coronavírus. Além disso, na manhã desta quarta-feira, o presidente voltou a defender e citar a reabertura de todo o comércio no país, por meio de seu twitter oficial.
Somado a isso, alguns estados como Rio de Janeiro e São Paulo, decretaram uma quarentena oficial de 15 dias, na qual obrigou o fechamento de escolas, faculdades e o comércio em si, deixando aberto apenas postos de gasolina, áreas da saúde e mercados.
Em seu post no twitter, Bolsonaro diz que o Brasil deve fazer de tudo para que a vida dos idosos seja preservada e também a de portadores de comorbidades. Isso porque, são do grupo de risco do coronavírus.
Abaixo, veja a publicação de Jair Bolsonaro:
Pronunciamento na TV:
Ontem, terça-feira 24, na TV, Bolsonaro criticou a indicação dos especialistas e o isolamento social por conta do coronavírus. “O sustento das famílias deve ser preservado. Devemos, sim, voltar à normalidade. Algumas poucas autoridades estaduais e municipais devem abandonar o conceito de terra arrasada, como proibição de transporte, fechamento de comércio e confinamento em massa”, disse.
Para Bolsonaro, 90% dos brasileiros não apresentaram reação ao coronavírus. “O que se passa no mundo tem mostrado que o grupo de risco é o das pessoas acima dos 60 anos. Então, por que fechar escolas? Raros são os casos fatais de pessoas sãs, com menos de 40 anos de idade. Devemos, sim, é ter extrema preocupação em não transmitir o vírus para os outros, em especial aos nossos queridos pais e avós. Respeitando as orientações do Ministério da Saúde”, explicou o presidente.
Além disso, Bolsonaro diz ter histórico de atleta e que não teria problemas caso fosse infectado pelo coronavírus. “caso fosse contaminado pelo vírus, não precisaria me preocupar, nada sentiria ou seria, quando muito, acometido de uma gripezinha ou resfriadinho”, afirma.
Governo publicou no DOU novas regras para quem deseja entrar no Brasil
Essa portaria foi assinada pelos ministros Sérgio Moro, Tarcísio de Freitas, Luiz Henrique Mandetta e Walter Souza Braga Netto
O Governo Federal publicou em uma edição extra do DOU (Diário Oficial da União), uma nova portaria em edição extra com novas regras para quem deseja entrar no Brasil. Em uma destas regras, foi adicionada uma proibição para a vinda de passageiros do Irã.
Visto que, nas regras anteriores já não podiam entrar no Brasil passageiros da China, Malásia, Austrália, Japão, União Europeia, Islândia, Reino Unido, Suiça, Grã Bretanha, Irlanda do Norte e Coreia.
Essa portaria foi assinada pelos ministros Sérgio Moro, Tarcísio de Freitas, Luiz Henrique Mandetta e Walter Souza Braga Netto. Além disso, possui a duração de 30 dias.
Porém, vale ressaltar que as regras para entrar no Brasil não se aplicam a: Brasileiros, nato ou naturalizados; imigrantes com prévia autorização de residência em território brasileiro e profissional na qual esteja em missão a serviço.
Somado a isso, de acordo com o texto da portaria, está seguindo todas as instruções e recomendações Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Na qual, este novo texto irá facilitar burocracias para os brasileiros as quais tentarem voltar para o Brasil e situações de estrangeiros em conexões aéreas.
Bolsonaro irá destinar R$ 85 bilhões para Estados e municípios
Essa verba será destina para ajudar no combate ao novo coronavírus no país
Nesta segunda-feira 23, o presidente Jair Bolsonaro propôs uma proposta de destinar R$ 85 bilhões para Estados e Municípios, para ajudar no combate ao coronavírus. Essa verba seria para ajudar nas demandas de saúde e também em impactos econômicos causados pelo Covid-19.
Bolsonaro impôs seu plano em uma reunião na qual participou com governadores do Nordeste. Somado a isso, esse plano do presidente foi postado por ele mesmo em sua conta oficial no twitter.
Além disso, na reunião, foram listadas as principais ações do governo em relação ao coronavírus, pelo chefe do Poder Executivo.
Desses R$ 85 bilhões, R$ 40 bilhões virão através de “operações com facilitação de créditos”, é o que diz no tweet de Bolsonaro. Entretanto, o presidente ainda afirmou que terá um alívio de R$ 12,6 bilhões à frente do pleito dos entes subnacionais por suspensão de pagamentos das dívidas junto a União.
Mineradora Vale compra 5 milhões de kits de testes para o coronavírus
Número de casos confirmados do coronavírus chegaram a 1.546, enquanto o número de mortos subiu para 25
A mineradora Vale comprou 5 milhões de kits de testes rápidos do coronavírus, a qual entregará ao governo brasileiro para ajudar no combate e expansão da doença no Brasil. Esses testes foram comprados na China e permitem que os resultados saiam em 15 minutos
Na próxima sexta-feira (27), será entregue a primeira remessa, na qual será 1 milhão de kits, com prazo de chegar ao Brasil a semana seguinte, é o que informa a Vale. Já os outros 4 milhões, tem previsão de chegada em Abril.
No Brasil, o número de casos confirmados do coronavírus chegaram a 1.546, enquanto o número de mortos subiu para 25, de acordo com os números do Ministério da Saúde.
“Estamos lançando mão da nossa rede de logística na Ásia para trazer ao Brasil insumos que poderão fazer a diferença na vida das pessoas”, disse Eduardo Bartolomeo, presidente da Vale em uma nota.
Além disso, a Vale entregará também outros materiais, como por exemplo, equipamentos de proteção individual para médicos e enfermeiros: óculos, luvas e máscaras, também comprados na China.
Coronavírus: Brasil têm todas suas fronteiras terrestres fechadas
Agora foi a vez de fechar a fronteira com o Uruguai
Até demorou um pouco aos pensamentos dos brasileiros, mas agora nenhum estrangeiro pode mais entrar no Brasil por terra, por conta do coronavírus. Pois, todas as fronteiras com os “vizinhos” agora estão fechadas. Visto que, neste último domingo (22), foi à vez de fechar a fronteira com o Uruguai, a qual já foi até publicada no Diário Oficial da União. Essa decisão foi assinada pelos ministros Sérgio Moro, Braga Netto e Luiz Henrique Mandetta, da Saúde.
Essa decisão foi tomada após uma recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por conta da pandemia do coronavírus, a qual já fez 13 mil vítimas até o momento no mundo todo.
Por enquanto, as fronteiras ficarão fechadas ao menos por 30 dias, podendo ser prorrogado de acordo com a Anvisa. Um dos principais objetivos é de que prevenir que o coronavírus se alastre ainda mais.
“A eficiência na prevenção e colaborar na redução de riscos em situações de emergência que possam afetar a vida das pessoas”.
No entanto, os brasileiros que estão ainda no Uruguai, que tenham parentes no Brasil ou moram no país, estão liberados para retornar.
Coronavírus: 22 agora é o número de infectados da comitiva de Bolsonaro
Mesmo com tantos infectados na viagem, Jair Bolsonaro saiu ileso e em testes feitos, deu negativo para o vírus
Na semana passado, o presidente Jair Bolsonaro fez uma viajem para os Estados Unidos, na qual diversos membros da comitiva que viajou com ele, foram infectados pelo coronavírus, sendo confirmadas agora 22 pessoas. Visto que, nesta última quinta-feira, foi confirmado que o assessor internacional da Presidência, Felipe Martins; do Major Cid, chefe da ajudância de ordens; do diretor do Departamento de Segurança Presidencial, Coronel Suarez; e também do chefe Cerimonial, Carlos França.
No entanto, apesar disso tudo, os dois testes feito por Jair Bolsonaro deram negativo. Porém conforme recomendação do Ministério da Saúde, Bolsonaro deverá efetuar um novo exame na próxima semana. Por hora, o presidente segue sendo monitorado.
Mas, Bolsonaro não levou a sério, pois no último domingo participou de um ator a favor de seu governo, a qual cumprimentou e fez selfies com diversos apoiadores.
Abaixo, veja os infectados pelo coronavírus que viajaram com Bolsonaro:
– Fabio Wajngarten, secretário de Comunicação da Presidência da República
– Nelsinho Trad, senador pelo PTB-MS
– Nestor Forster, embaixador e encarregado de negócios do Brasil nos EUA
– Karina Kufa, advogada e tesoureira do Aliança pelo Brasil
– Sérgio Lima, publicitário e marqueteiro do Aliança pelo Brasil
– Samy Liberman, secretário-adjunto de comunicação da Presidência
– Alan Coelho de Séllos, chefe do cerimonial do Itamaraty
– Quatro integrantes não-identificados da equipe de apoio do voo presidencial aos EUA
– Robson Andrade, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI)
– Marcos Troyjo, secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia
– Flávio Roscoe, presidente da Federação das Indústria do Estado de Minas Gerais
– Daniel Freitas, deputado federal (PSL-SC)
– Augusto Heleno, ministro-chefe do GSI
– Bento Albuquerque, ministro de Minas e Energia
– Sérgio Segovia, presidente da Apex
– Filipe Martins, assessor internacional da Presidência
– Major Cid, chefe da ajudância de ordens
– Coronel Suarez, diretor do Departamento de Segurança Presidencial
– Carlos França, chefe do Cerimonial