Segundo Sérgio Moro, roubos de carga diminuem no Brasil
Além disso, os acidentes também diminuíram, por conta da diminuição do movimento em estradas e rodovias por conta da pandemia coronavírus
O número de roubos de carga e acidentes no Brasil diminuíram consideravelmente, isso por conta do isolamento social, por conta da pandemia do coronavírus. Dessa forma, com a diminuição do tráfego, obviamente os números de acidentes caem em estradas e rodovias. É o que informa o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro.
Moro citou os dados e estatísticas da Polícia Rodoviária Federal (PRF), de que os roubos de diminuíram 19% entre os dias 11 de março e 12 de abril de 2020, comparado ao mesmo período da comparação feita no ano passado. Somado a isso, houve queda ainda mais nos roubos de ônibus, na qual é de 49%.
O número de acidentes em rodovias teve diminuição de 28% segundo a comparação. Já os acidentes graves, tiveram queda de 23%. O número de mortes no último mês teve queda 7% se comparado ao ano passado e também o número de pessoas feridas em acidentes, na qual registrou uma queda de 30%.
“Isso pode ser atribuído à diminuição do tráfego nas rodovias federais, que gera dificuldades logísticas e de planejamento a esses criminosos”, disse Sérgio Moro.
Somado a isso, o ministro ainda informou que a redução no número mortes e pessoas feridas diminuiu um pouco da “pressão” sobre o sistema de saúde. Visto que, por conta disso, a demanda de leitos de UTIs (Unidades de Terapia Intensiva), deixando esses leitos para os infectados pela pandemia do novo coronavírus.
Pandemia do coronavírus afeta diretamente a renda de 50% dos brasileiros
A pesquisa foi realizada por telefone pelo Instituto Locomotiva
Já não é mais novidade que a pandemia do coronavírus vem afetando o planeta, logo, isso afeta diretamente a população. Aqui no Brasil, ao menos 50% dos brasileiros tiveram sua renda familiar afetada por conta do Covid-19. A pesquisa, feita pelo Instituto Locomotiva, ouviu 935 pessoas com mais de 16 anos e de 72 municípios do país.
Dentre os que sofreram com o impacto no orçamento familiar, 52% têm 50 anos ou mais, 48% possuem ensino superior completo e 38% moram na Região Sudeste. Outro ponto importante destacado na pesquisa foi em relação a empresas e dispensa de empregados. De acordo com o Instituto, houve uma dispensa temporária de 16% dos trabalhadores e 57% das empresas e negócios não estão trabalhando durante a quarentena. O índice dos que continuam trabalhando normalmente alcança os 37%, já 47% declaram estar trabalhando no sistema home Office por conta da pandemia do novo cooravírus.
Mesmo em meio ao caos e a crise econômica, existe uma boa notícia. Já está sendo pago o auxílio emergencial para os cidadãos que cumpriram os requisitos da medida provisória que trata do assunto. Ao todo, serão pagas três parcelas de 600 reais (podendo chegar a 1200 reais) que servem para auxiliar nas despesas de quem vem enfrentando os problemas causados pelo coronavírus.
Jair Bolsonaro diz que o coronavírus está começando a ir embora
“Ser colocado sob dúvida de que a liberdade será mantida a qualquer preço”.
Em uma vídeoconferência no domingo de páscoa (12), o presidente Jair Bolsonaro deu indícios de que o novo coronavírus está começando a ir embora do Brasil. No entanto, voltou a ressaltar que este no é o único problema do país, citando o desemprego e os impactos econômicos das medidas de isolamento por conta do Covid-19.
“É o que tenho dito desde o começo, desde há 40 dias. Temos dois problemas pela frente, lá atrás eu dizia: o vírus e o desemprego”, disse Bolsonaro.
Que ressaltou: “Quarenta dias depois, parece que está começando a ir embora a questão do vírus, mas está chegando e batendo forte o desemprego. Devemos lutar contra essas duas coisas.”
As palavras de Bolsonaro foram após divulgação de que o Brasil havia confirmado 1.223 casos confirmados e 99 mortes apenas de sábado para domingo.
Jair Bolsonaro fala em “Liberdade a qualquer preço”
“Há grande perigo pela frente” disse o presidente, afirmando ainda que o destino do Brasil não pode “ser colocado sob dúvida de que a liberdade será mantida a qualquer preço”.
Além disso, Bolsonaro têm ido contra as medidas de isolamento mais rígidas impostas por governadores e prefeitos, na qual servem como forma de prevenir o descontrole de contaminação pelo coronavírus. Pois, segundo ele, isso irá causar maiores danos à economia do país.
Somado a isso, o presidente tem contrariado o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta e todas as recomendações dos agentes da saúde. Além de que, ele têm ido para locais públicos, com aglomerações de seus apoiadores, contrariando todas as medidas de isolamento social e precauções.
Saiba os números do coronavírus no Brasil
Até o momento o país registra 1.241 mortos e 22.318 pessoas com o vírus confirmado
O Brasil atingiu a marca de 1.241 mortos por conta do novo coronavírus, além de 22.318 casos confirmados da doença. Essas informações foram publicadas pelo Ministério da Saúde.
De sábado (11), para domingo, os números no Brasil tiveram um salto, na qual foram 99 mortes e outros 1.442 casos confirmados, tudo isso de um dia para o outro. Somado a isso, a taxa de letalidade no país pelo coronavírus está em 5,5% até o momento.
Conforme o Ministério da Saúde, informa que o Amazonas, Amapá, Distrito Federal, São Paulo, Ceará e Rio de Janeiro são os que mais merecem atenção neste momento. Isso porque, o Sudeste acumula 57,7% (12.799) casos confirmados do Covid-19, seguido pela região Nordeste com 4.246 casos, o Sul registrando 2.159 , o Norte com 1.898 e o Centro-Oeste com 1.067 casos.
Abaixo, os números de casos confirmados e mortes pelo coronavírus no Brasil:
São Paulo: 8.755 casos (588 mortes)
Rio de Janeiro: 2.855 casos (170 mortes)
Ceará: 1.676 casos (74 mortes)
Amazonas: 1.206 casos (62 mortes)
Pernambuco: 960 casos (85 mortes)
Minas Gerais: 806 casos (20 mortes)
Santa Catarina: 768 casos (24 mortes)
Paraná: 738 casos (30 mortes)
Rio Grande do Sul: 653 casos (16 mortes)
Bahia: 673 casos (21 mortes)
Distrito Federal: 614 casos (14 mortes)
Espírito Santo: 383 casos (9 mortes)
Maranhão: 398 casos (24 mortes)
Rio Grande do Norte: 302 casos (15 mortes)
Pará: 246 casos (13 mortes)
Goiás: 229 casos (14 mortes)
Amapá: 230 casos (5 mortes)
Mato Grosso: 123 casos (3 mortes)
Mato Grosso do Sul: 101 casos (2 mortes)
Paraíba: 101 casos (13 mortes)
Roraima: 79 casos (3 morte)
Acre: 77 casos (2 mortes)
Alagoas: 48 casos (3 mortes)
Sergipe: 44 casos (4 mortes)
Piauí: 44 casos (7 mortes)
Rondônia: 35 casos (2 mortes)
Tocantins: 25 casos
Setor de turismo sofre grande queda no faturamento em março
A queda alcança 84% em relação ao mesmo período do ano anterior
A pandemia do COVID-19 segue fazendo suas vítimas no Brasil. O aumento de casos confirmados e mortes vem crescendo. Contudo, não é só na saúde que o caos está instalado. A economia vem sofrendo muito com a quarentena e o isolamento social. Um dos setores que sofreu uma grande perda foi o turismo e os números dimensionam a crise.
De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), houve uma queda de faturamento de 84% em relação ao mesmo período do ano passado. Somente na segunda quinzena de março, o setor de turismo perdeu em torno de R$ 11 bilhões devido aos problemas relacionados ao coronavírus.
Um número que impressiona foi o dos cancelamentos de voos domésticos e internacionais. A média diária nos primeiros dias do mês de março era de 4%, no entanto, alcançou a marca de 88% no final do mês. Os quatro principais aeroportos de São Paulo e Rio de Janeiro tiveram uma taxa de cancelamento superior a 80% no final do último mês. Para piorar, os aeroportos de cidades como Goiânia e Salvador chegaram a zerar o número de voos em alguns dias.
Ainda não há uma previsão para a retomada da economia no país, sendo que tudo dependerá do avanço ou não da pandemia do COVID-19.
Coronavírus: Governador do distrito federal autoriza a abertura do comércio
Ibaneis Rocha liberou o funcionamento de lojas de móveis e eletrodomésticos
Na última sexta-feira (10), o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, autorizou a reabertura das lojas de móveis e eletrodomésticos, deixando um pouco da pandemia do coronavírus de lado. O decreto foi publicado em edição extra do Diário Oficial do Distrito Federal. Portanto, lojas que vendam itens como fogão, geladeira, cama, sofá e outros móveis para casa e escritório poderão reabrir as portas.
Outro ponto importante do decreto foi a liberação para as instituições do “Sistema S” voltarem às atividades normais. Desta forma, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), o Serviço Social do Comércio (Sesc), o Serviço Social da Indústria (Sesi), o Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio (Senac), o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), o Serviço Social de Transporte (Sest), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat) podem voltar a funcionar.
As medidas adotadas pelo governador Ibaneis Rocha acabam abrandando a sua própria decisão sobre o isolamento social. Apesar de ser importante para o setor econômico, a atitude pode ser prejudicial à saúde. Segundo o Ministério da Saúde, o Distrito Federal está inserido em uma lista com São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará e Amazonas onde poderá haver um aumento descontrolado na pandemia do coronavírus.
Medida provisória isenta pagamento de energia elétrica
A medida atingirá consumidores de baixa renda e que não ultrapassem o consumo mensal de 220 kWh
Em meio à crise, uma boa notícia surgiu para a população brasileira, mais especificamente para os mais pobres. A Medida Provisória 950/2020 irá isentar consumidores de baixa renda do pagamento da conta de energia elétrica. A medida é válida entre o período de 1º de abril até 30 de junho deste ano. O consumo mensal não poderá ser superior à 220 quilowatts hora (kWh).
Desta forma, a União está autorizada a destinar recursos para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), mas os valores não poderão ultrapassar 900 milhões de reais. Esse montante irá compor os descontos da conta de energia dos consumidores que estão inclusos na chamada Tarifa Social. Esta medida é mais uma que está inserida nas ações temporárias e emergenciais que ocorrerão durante o estado de calamidade pública que o país vem enfrentando.
Ainda não há perspectiva de quando a normalidade irá voltar, sendo que tudo dependerá da diminuição de casos e o controle da pandemia do COVID-19, o coronavírus.
Inflação para o mês de março é a menor desde a implementação do plano real
Segundo o IBGE, no mês de março a inflação foi de 0,07%
A inflação do país, que é calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou na casa 0,07% no mês de março. Desde a implementação do plano real, em 1994, este é o menor valor para um mês de março. Em comparação com fevereiro, a inflação apresentou queda, pois no último mês atingiu 0,25%.
O IBGE (Instituto Nacional de Geografia e Estatística) também informou nesta quinta-feira (9), que o IPCA acumula taxas de 0,53% no ano e de 3,3% em 12 meses. Apesar de ter suspendido desde o dia 18 de março a coleta de preços de maneira presencial, o IBGE segue coletando dados através da internet, telefone e e-mail. A pausa de coleta presencial se deu por conta da pandemia do coronavírus.
A maior alta da inflação se deu no grupo de alimentos e bebidas, alcançando a marca de 1,13%. Os maiores vilões para esta suba foram o ovo de galinha (4,67%), a batata-inglesa (8,16%), o tomate (15,74%), a cebola (20,31%) e a cenoura (20,39%). Por outro lado, o transporte ajudou a frear a inflação com uma deflação de 0,90%. A queda nos preços foi sentida em itens como passagens aéreas (-16,75%), etanol (-2,82%), óleo diesel (-2,55%), gasolina (-1,75%) e gás veicular (-0,78%).
Estados e Municípios do Brasil decidem suas próprias quarentenas
Isso inclui medidas de isolamento social, suspensão de atividades de ensino, comércio, aglomerações e atividades culturais e entre outras coisas
Em decisão de Alexandre Moraes, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), os Estados e municípios possuem o aval para decidir sobre suas próprias quarentenas. Isso inclui medidas de isolamento social, suspensão de atividades de ensino, comércio, aglomerações e atividades culturais e entre outras coisas. Tudo isso independente de ordens contrárias do governo federal.
Alexandre Moraes acolheu a uma ação movida pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), na qual pediram para que Jair Bolsonaro fosse obrigado a seguir as recomendações da OMS e sem interferir em estados e municípios. Somado a isso, nesta última segunda-feira, a OAB reagiu a possível demissão de Luiz Henrique Mandetta, reforçando o seu pedido para o STF.
Abaixo, as palavras do ministro:
De acordo com Alexandre, essa decisão irá definir que os atos podem ser realizados “sem prejuízo da competência Geral da União para estabelecer medidas restritivas em todo o território nacional, caso entenda necessário”.
“Não compete ao Poder Executivo federal afastar, unilateralmente, as decisões dos governos estaduais, distrital e municipais que, no exercício de suas competências constitucionais, adotaram ou venham a adotar, no âmbito de seus respectivos territórios, importantes medidas restritivas como a imposição de distanciamento/isolamento social, quarentena, suspensão de atividades de ensino, restrições de comércio, atividades culturais e à circulação de pessoas, entre outros mecanismos reconhecidamente eficazes para a redução do número de infectados e de óbitos, como demonstram a recomendação da OMS (Organização Mundial de Saúde) e vários estudos técnicos científicos”.
“Não compete ao Poder Judiciário substituir o juízo de conveniência e oportunidade realizado pelo Presidente da República no exercício de suas competências constitucionais, porém é seu dever constitucional exercer o juízo de verificação da exatidão do exercício dessa discricionariedade executiva perante a constitucionalidade das medidas tomadas, verificando a realidade dos fatos e também a coerência lógica da decisão com as situações concretas”, Disse o ministro do Supremo Tribunal Federal.