Produção de café deverá cair em 2021
Em comparação com 2020, produção de café deverá cair em 2021.
Por conta da falta de chuvas e o efeito da bienalidade negativa, a produção de café deverá cair em 2021. De acordo com os dados do 1º Levantamento da Safra 2021 de Café, divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra atual deverá ficar entre 43,8 milhões e 49,5 milhões de sacas, o que representa uma queda entre 30,5% e 21,4% se comparado a safra anterior.
Segundo Cleverton Santana, superintendente de Informações Agropecuárias da Conab, isso irá acontecer por conta da necessidade da recomposição do vegetal. Conforme explicou Santana, isso ocorre quando uma safra foi muito produtiva anteriormente e isso afeta o desempenho posterior no cultivo do café. O estudo foi feito baseando-se no grão conilon e arábica.
“Sendo um ano de bienalidade negativa, sempre há um aumento da área em formação, porque os produtores escolhem suas áreas onde ocorrem menores produtividades, por esgotamento da planta, e aproveita esse ano para levar essa área para formação, para fazer o manejo para que no ano de bienalidade positiva ela expresse todo seu potencial de produtividade”, disse o superintendente.
A produção de café deverá cair em 2021 e um dado importante divulgado pela Conab é o fato de que a safra atual terá a menor área de plantio dos últimos vinte anos. A seca –falta de chuva – e a bienalidade farão com que produtores do grão optem por reduzir suas plantações. Segundo a entidade, serão plantadas 1,76 milhão de hectares, ou seja, isso apresenta uma redução de 6,8% em relação ao ano passado.
Safra da cana-de-açúcar deve apresentar crescimento
Produção atual da safra da cana-de-açúcar deve apresentar crescimento
O ano vem chegando ao fim e as análises do futuro de alguns setores estão sendo feitos. De acordo com o terceiro levantamento anual feito pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção atual da safra da cana-de-açúcar deve apresentar crescimento. A safra 2020/21 tende a ser 3,5% maior que a safra anterior a esta. O volume total da produção, em toneladas, deverá ser bem próximo do recorde histórico de 665,6 milhões de toneladas, atingido em 2015/16.
A Conab vê com bons olhos a safra atual da cana-de-açúcar e já consegue enxergar os números que o produto pode gera. Segundo a companhia, 53,8% do total da safra será destinado à produção de 29,8 bilhões de litros do biocombustível, enquanto o restante será utilizado como matéria-prima para uma produção de açúcar, estimada em 41,8 milhões de toneladas.
Como vimos, a safra da cana-de-açúcar deve apresentar crescimento, mas outro ponto importante também merece destaque. Trata-se da exportação de açúcar, pois se espera um aumento significativo neste tocante. Entre abril e novembro deste ano, já foram exportados 23,7 milhões de toneladas, quase 80% a mais que no mesmo período de 2019. Além disso, já é 25% a mais do que foi exportado na última safra (abril de 2019 a março de 2020).
Abaixo, confira a nota emitida pela Conab
“O volume de cana estimado para a atual safra é de 665,105 milhões de toneladas, muito próximo do recorde de 665,6 milhões de toneladas colhidas em 2015/16. Na comparação com a temporada passada, o crescimento é previsto em 3,5%.
A estimativa é do 3º Levantamento da Safra 2020/21 de Cana-de-Açúcar, divulgado nesta terça-feira (15), pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Do total de cana, 53,8% devem ser destinados à produção de 29,8 bilhões de litros do biocombustível, enquanto que o açúcar absorverá 46,2% da atual colheita, devendo gerar 41,8 milhões de toneladas de açúcar.
A produção de cana varia em função do clima de cada região. No Sudeste, principal região produtora do país, o incremento da produção deve ser da ordem de 5,2%, alcançando 436,4 milhões de toneladas. São Paulo e Minas Gerais são os grandes destaques da região. Já o Centro-Oeste deve produzir 0,5% a menos, totalizando 139,8 milhões de toneladas; o Sul deve ter redução, de 2,7%, com a colheita estimada em 34,5 milhões de toneladas.
Já o Nordeste, favorecido pelo clima, deve aumentar em 3,6% a oferta de cana, que chegaria a 50,9 milhões de toneladas. O Norte, responsável por menos de 1% da produção nacional, deve ter aumento de 2,2%, com sua produção subindo para 3,6 milhões de toneladas.
O boletim da Conab destaca a produção de derivados da cana e também a geração de etanol de milho. A produção total de etanol, proveniente de cana e de milho, deve chegar a 32,8 bilhões de litros, o que representará diminuição de 7,9% em comparação com a safra anterior. O etanol de cana-de-açúcar deve ter queda de 12,3%, limitando-se a 29,8 bilhões de litros, enquanto o de milho deve crescer 80,3%, alcançando 3 bilhões de litros.
A geração de etanol anidro de cana-de-açúcar, utilizado na mistura com a gasolina, deverá diminuir em 5,6%, ficando em 9,5 bilhões de litros, ao passo que o anidro de milho está estimado em 932,9 milhões de litros, com 130,2% a mais do que o produzido na safra anterior.
Para o etanol hidratado de cana-de-açúcar, a estimativa de produção é de 20,3 bilhões de litros, com redução de 15,1%, e, para o hidratado de milho, de 2,1 bilhões de litros, aumento de 64,4% sobre a temporada 2019/20.
Mercado – A exportação de açúcar segue aquecida desde o começo do ano. No acumulado de abril a novembro, houve aumento de 79,2% em comparação com o mesmo período do ano passado. As atuais 23,7 milhões de toneladas já embarcadas superam em cerca de 25% o total da safra passada inteira (abr/19 a mar/20). A expectativa é que seja superado o recorde de 2016/17, quando o Brasil exportou 28,3 milhões de toneladas.
As vendas externas de etanol tiveram aumento de 49,2% no comparativo com igual período da safra passada, beirando a 2,2 bilhões de litros. Já a importação de abril a novembro diminuiu 65,1%, ficando em apenas 306 milhões de litros. A justificativa é a desvalorização do real frente ao dólar, mesmo diante de uma redução de 14,3% na produção do biocombustível e no consumo interno, devido à pandemia do Coronavírus.”