Comércio paulistano teve aumento nas vendas
O comércio paulistano teve aumento nas vendas em novembro
O ano de 2020 está chegando ao fim e muitos setores tentam minimizar os prejuízos causados pela pandemia. Dentre as mais variadas áreas, ao menos uma vem conseguindo se recuperar, pelo menos no maior município do país. O comércio paulistano teve aumento nas vendas em novembro, tendo crescido 17,1% em relação a outubro. Por outro lado, se comparado ao mesmo período do ano passado, houve uma queda de 5%.
Os dados do Balanço de Vendas, indicador da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), que divulgou os números, mostram também que na capital paulista a recuperação do comércio começou ainda em junho. Em números, isso significa uma redução de perdas gradual de 54,9%, 47,7%, 33,6%, 14,6% e 9,2% (junho, julho, agosto, setembro e outubro, respectivamente).
Para o economista Marcel Solimeo, se o comércio paulistano conseguir empatar com os números de 2019 irá deixar a situação um pouco melhor. No entanto, destaca que é como se 2020 sequer tivesse existido.
“É como se este ano não tivesse existido. Acreditamos que a passagem por 2021 será como se estivéssemos indo ainda para 2020 agora. Crescimento, mesmo, só acreditamos que vá ocorrer em 2022”, disse o economista da ACSP.
Se o comércio paulistano teve aumento nas vendas, muito se deu por conta das promoções e vendas na Black Friday. De acordo com Solimeo, mesmo sem os dados fechados da Black Friday, já se estima que houve boas vendas no período.
“Embora não tenhamos ainda um balanço definitivo dessas vendas, as prévias indicam que já podemos considerar o período de promoções como sendo bem-sucedido para o comércio, principalmente, para os varejistas que trabalham com e-commerce”, afirmou o economista.
Fecomercio-SP estima queda nas vendas do dia das mães
Segundo a entidade, o prejuízo poderá alcançar R$ 3,7 bilhões no estado
Já não é novidade que a pandemia do COVID-19 vem afetando os mais variados setores da economia. Com a proximidade do feriado do Dia das Mães, as futuras perdas já estão sendo calculadas. De acordo com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), é estimado um prejuízo de R$ 3,7 bilhões no comércio paulista na semana que antecede o feriado. Os números são ainda mais assustadores se analisarmos o mês de maio inteiro, pois pode alcançar uma perda de R$ 19,3 bilhões, ou seja, uma queda de 31% em relação ao mesmo período no ano passado.
Para chegar a esses números, a FecomercioSP analisou os dados de cinco segmentos que tem aumento nas vendas nesta temporada: lojas de móveis e decoração (-92%); eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamento (-82%); lojas de vestuário e calçados (-72%); supermercados (-14%); farmácias e perfumarias (-3%). O fechamento das lojas por conta da pandemia é o principal responsável pela queda.
Em comunicado, a FecomercioSP disse que “esse período de crise terá reflexos econômicos profundos, que vão dificultar a retomada das atividades em padrões adequados no médio prazo. Por outro lado, o nível de consumo da população reflete não apenas o lucro das empresas, mas também mede a qualidade de vida e bem-estar dos consumidores”. Também recomendou aos empresários que busquem alternativas para conseguir manter a liquidez e o fluxo de caixa.
“Para isso, pode-se fazer um levantamento de estoque, diminuir a margem de lucro e realizar promoções. Buscar canais de vendas alternativos é fundamental, grandes marketplaces têm aberto espaço para pequenas empresas. Pequenos comerciantes também podem se juntar para compartilhar mailings e mercadorias por consignação”, disse a entidade.
Comércio de São Paulo planeja reabertura de portas
A solicitação será feita ao governo do Estado após empresários temerem impacto negativo na economia
Em algumas localidades do país, já está havendo uma flexibilização para a abertura do comércio após o fechamento por conta da pandemia do coronavírus. Em São Paulo, a Federação das Associações Comerciais do Estado São Paulo (Facesp) e a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) vão pedir esta semana ao governo estadual para que as atividades sejam retomadas de maneira parcial a partir de 1º de maio.
De acordo com as duas entidades, a não abertura do comércio, que era prevista para ontem (22), acarretará na não circulação diária de 1 bilhão de reais. Isso traria um enorme prejuízo à economia e poderia causar uma onda de demissões. Abaixo, confira parte da nota emitida pela Facesp e ASCP.
“Evidentemente obedecendo as devidas regras de segurança para evitar que os efeitos da pandemia do novo coronavírus (covid-19), que já afetam a saúde de milhares de pessoas no Brasil, não se perpetuem na economia. Queremos comemorar o Dia do Trabalho trabalhando.”
Ainda segundo a Facesp e ASCP, a medida é necessária para garantir a manutenção das empresas e não haver perda de empregos. Além disso, visa também a continuidade dos serviços efetuados por trabalhadores informais.